Não se apaixone por mim

By PorECollins

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Existe uma linha tênue entre o certo e o errado? Livia Mitchell não contava com todos os seus planos dando er... More

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DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
Ideias...
Avisos
SAVE THE DATE
Sr. e Sra. Collins
Publicado!

UM

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By PorECollins

Oi gente! Essa é a primeira história que publico aqui. Tem um tempo ja que eu queria publicar e agora tomei coragem. Se gostarem não deixem de votar e comentar pra eu poder continuar!
Espero que gostem desse romance proibido.
Boa leitura!
______________________________________


David Collins

Olho pro relógio em cima da mesa do escritório, os ponteiros já marcavam meia noite. Ótimo, mais uma madrugada no trabalho. Não é que eu me sinta mal por isso, na verdade eu gosto de trabalhar, gosto de viver por essa empresa que eu fiz crescer. Não consigo me manter um dia longe daqui, a não ser que a Natalie precise de mim.

Natalie é a minha princesa, a minha filha, tudo o que tenho. Trabalho duro para dar a ela uma vida tranquila. Sempre tive que me esforçar em dobro para criá-la com todo zelo, pulso firme e carinho necessários. Me sinto orgulhoso ao ver a mulher íntegra que ela vem se tornando. Anne, sua mãe, morreu no parto após uma complicação seguida de negligência médica. Fiquei desolado, nos primeiros dias eu mal conseguia segurar a pequena Natalie. Acho que nunca sentirei uma dor como aquela. Desde então, sinto minha filha como a parte de Anne que ainda está comigo. Ainda que ela nunca tenha conhecido a mãe em vida, sempre fiz questão de honrar sua memória com histórias, fotos e lembranças.

Antony sempre me diz que preciso sair mais, conhecer outras mulheres afinal já fazem 21 anos desde a morte de Anne. Ele sempre gostou muito dela, esteve presente em toda nossa história e ficou quase tão devastado quanto eu quando ela morreu, mas, depois de um certo tempo começou a me dizer que eu precisava seguir em frente. Na verdade, eu concordo com ele, quer dizer, não é como se eu estivesse preso a Anne, só não sei se estou pronto para um relacionamento.

Natalie já conversou comigo diversas vezes sobre esse assunto, ela tem uma necessidade devastadora de me garantir, a todo momento, que está tudo bem se eu quiser sair com mulheres. Por diversas vezes já fui surpreendido com algum encontro às cegas. Ela sempre quer estar no controle de tudo, exatamente como o pai. É irritante. Quer dizer, eu consigo arranjar meus próprios encontros!

É... sendo bem realista, meus encontros não têm passado de noites sem sentimento, com mulheres das quais eu nem lembro o nome depois de certo tempo. E é recíproco, os dois lados querem um escape. Talvez um pouco de diversão, um bom vinho e alguns orgasmos. Tem funcionado bem, até o momento.

Me vejo perdido em pensamentos quando Antony abre a porta bruscamente com sua animação e delicadeza de sempre.
- Ainda trabalhando? - Perguntou ele. - Desse jeito vai se decompor nessa cadeira. Anda, vamos sair. - Ordenou enquanto fechava meu notebook. Apertei o queixo em sinal de desaprovação, mas ele me lançou um olhar de súplica que me fez rir.

- Cara me deixa trabalhar, ainda quero ir pra casa ver a Natie.

- Não aceito "não" como resposta, David. Hoje é sexta, amanhã você está de folga e pode passar o dia todo com a Natalie. Mas não hoje, não numa sexta-feira, não depois dessa semana de cão que tivemos. - Antony me fitou até que eu não conseguisse achar palavras para debater.

Acabei cedendo, realmente precisava relaxar. Salvei os trabalhos, peguei o blazer na cadeira e saímos em direção ao carro de Antony. - Para onde vamos? - Perguntei curioso.

- Boa e velha casa de poker, noite de jogos, cerveja, música ruim... você sabe, aliviar a tensão. - Seu olhar era um tanto divertido e também misterioso, estava explícito que ele não tinha me contado algo.

Alguns minutos depois estacionamos em frente a um prédio enorme e muito luxuoso. Antony deu nossos sobrenomes ao segurança que claramente dava uns dois de mim, mesmo eu me esforçando para manter meu corpo em forma.
O homem enorme à nossa frente nos analisou com uma expressão indecifrável e, em seguida, liberou nossa entrada.
Ao entrar logo percebi no que Antony havia me metido. Era a porra de um clube de strip.

- Antony! - Exclamei chamando sua atenção. - Deixei de ficar na minha casa confortável e aconchegante para vir num clube de strip?

- David, me diz com sinceridade o que você faria agora se estivesse em casa. - Antony me desafiou.

- Bom, pra começar, hoje é um dia especial para a Natie. Ela organizou uma festa de boas vindas para a Livia! - Livia e Natie são muito amigas e Livia está presente na família desde muito pequena, da mesma forma que Natalie está presente na família dela. Sempre foram muito grudadas e nossas famílias sempre foram ligadas. Susan, a mãe de Livia, me ajudou bastante na criação de Natie. Há três anos Livia se mudara para Portugal, para um intercâmbio que acabou não dando certo. Houve um grande problema com a papelada e Livia não conseguiu concluir a matrícula, mas, como eu digo, não existem erros, Livia acabou arrumando um bom emprego e ficando lá por três anos.

- Festa para a Livia? Sério? Olha ao seu redor David! Peeeeeitooos! - Antony disse cantarolando, apontando para as moças no palco. Revirei os olhos.

- Controle seus hormônios Antony. E por Deus não tente desviar minha atenção. Você me prometeu uma noite tranquila de jogos!

- David, meu amigo, eu não decepcionaria você, nós temos strip poker aqui! - Disse ele num tom debochado e me segurei para não desmanchar minha cara de raiva e rir da expressão dele. Caminhei até o bar, pedi uma dose de whisky. Puro. Precisava relaxar, uma boa dose de álcool poderia ajudar.

O relógio marcava duas horas da manhã quando eu já me via sem condições de dirigir. Antony mal conseguia andar. Assistíamos ao show da stripper mais gostosa no clube (como ela declarou, enquanto dançava no meu colo há pouco menos de uma hora) quando o segurança enorme da entrada pediu que nos retirássemos. Aparentemente estávamos bêbados além do permitido (isso existe?) e incomodando os outros clientes. Preferimos sair por bem, afinal estávamos bêbados, não loucos, aquele homem acabava conosco em um segundo. Pegamos um dos infinitos táxis parados no estacionamento.

A primeira parada foi na minha casa. Nos despedimos e o táxi seguiu para a casa de Antony. Eu estava mais alegre do que o normal, talvez tenha abusado do álcool. Cheguei em casa e a festa ainda rolava, mas eu estava bêbado demais para cumprimentar as meninas, não queria que elas me vissem naquele estado então entrei pela garagem pra não ter que passar pela sala. Subi as escadas, fui direito para o quarto e me joguei na cama.

Abri os olhos e em questão de segundos uma puta dor de cabeça me atingiu. Levantei da cama e cambaleei. Ainda estava bêbado. Olhei o relógio: quatro horas da manhã. Tudo estava silencioso, a festa havia acabado, deduzi que Natalie e Livia já estavam no sétimo sono, tirei toda a roupa ficando apenas de cueca boxer e colocando uma toalha sobre um dos ombros, saí do quarto para tomar um banho mas decidi descer e pegar um analgésico. Pior decisão. Virei em direção a sala quando alguém, que fazia o caminho contrário ao meu, me atingiu em cheio.

- Merda! - Exclamei segurando aqueles braços finos para que não caíssemos. Olhei para baixo e reconheci aquele rosto angelical.

- Senhor Collins! - Livia disse num tom um pouco alto devido ao susto. Fitei seus olhos cor-de-mel por mais tempo do que o que seria confortável até que percebi que estava só de cueca, e ainda a segurava. Muito. Perto.
Soltei rapidamente seus braços pegando a toalha em meus ombros para cobrir meu corpo semi exposto. Percebi seus olhos acompanhando minha ação e tentei pensar em algo para quebrar o silêncio constrangedor.

- B-bem vinda de volta, Livia! Me perdoe, não pude chegar a tempo da festa. Eu... É... muito trabalho. - Disse o mais simpático que pude enquanto me afastava até ficar numa distância confortável e segura. - E eu insisto que me chame de David, já tenho que lidar com muita formalidade na empresa.

Livia abriu a boca como quem fosse dizer algo, mas nenhum som saiu. Alguns segundos se passaram e eu tenho quase certeza de que ela analisava meu corpo descoberto. Sua expressão era um tanto desconfiada e divertida.

- Obrigada Sr. Collins. Digo, David! Mas não precisa se preocupar, a Natie fez uma bela festa pra mim. - Disse ela com alegria nos olhos, mas após um tempo considerável.

- Eu acredito, ela só falou sobre isso a semana inteira. Mas amanhã eu sou o responsável pela sua recepção. Natie organizou um dia de piscina, churrasco... você sabe. - Percebi que estava falando sem parar e me recordei da situação em que estávamos. Corei. - Bom, você deve estar cansada então não fique acordada até tarde. - Me despedi, e quando virei para pegar o maldito remédio cambaleei mais uma vez.

Livia segurou meus braços numa tentativa de me equilibrar e acabamos caindo os dois. A toalha a essa altura já estava longe e mais uma vez eu estava de cueca. Mas, dessa vez, Livia estava em cima de mim. Puta merda. Quando achei que isso não podia ficar mais constrangedor, meus olhos encontraram os dela e instantaneamente senti uma ardência se propagar em meu corpo. Eu estava duro.

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