MARIANA © - OGG 1 [COMPLETO]

By VRomancePlus

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LIVRO UM DA SÉRIE OUSADAS GG Vinícius & Mariana Conteúdo adulto! Ser professora de ensino fundamental não é... More

S I N O P S E & A P R E S E N T A Ç Ã O
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11.1
Capítulo 11.2
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20 -
Capítulo 21 -
Capítulo 22
Capítulo 23 -
Capítulo 24 -
Capítulo 25 -
Capítulo 26 -
Capítulo 27 -
Capítulo 28 -
Capítulo 29 -
Capítulo 30 -
Capítulo 31 -
Capítulo 32 -
Capítulo 33 -
Capítulo 34
Capítulo 35 -
Capítulo 37
Epílogo
eiii
Sobre a história nova...

Capítulo 36

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By VRomancePlus


Eu quero retornar, e se você deixar eu

eu juro que...

Dessa vez vou pensar só em nós o que

eu errei prometo nunca mais errar.

E se você perdoar o nosso amor os

nossos sonhos podem se realizar...

  UM44k       




Seus braços fortes se apertam ao meu redor. Agarro-me neles com força para me amparar. Vinícius não diz nada mas posso sentir que está chorando também, porque ele respira com dificuldade e seu peito sobe e desce em intervalos demorados.

— Eu não sabia... Não sabia. — Falo conforme seu choro se torna audível.

— Shhh... — Me acalenta e ficamos assim por minutos ou horas. Eu não sei dizer, porque acabei adormecendo e só acordei quando senti uma ânsia de vômito horrível e acabei pondo para fora o pouco que havia comido pela manhã.

Só percebi que ele tinha colocado a poltrona ao lado da cama quando o mesmo rapidamente levantou e veio tentar me socorrer.

— Está sentindo alguma coisa? — Perguntou com visível preocupação.

Balancei a cabeça negativamente.

— Não, acho que é só uma reação tardia ao sedativo, talvez, eu não sei... — Respondo enquanto me ajeito no colchão me sentindo tonta.

— Mariana talvez sua mãe devesse saber...

— Não!

Minha resposta é imediata e clara. Não quero preocupar a minha mãe. Está tentando refazer a sua vida e não quero atrapalha-la de modo algum. Em alguns dias sairei daqui e continuarei a minha vida. Ou ao menos tentarei.

— Liga para a minha prima, coitada deve está doida sem saber nada sobre mim até agora. Já que não voltei para casa e nem dei notícias. —  Pedi. Tê-la aqui comigo vai ser bom. Até porque, por mais que eu queira Vinícius aqui comigo tem Alice que também precisa dele, e não posso esquecer do Colégio, o qual como diretor e responsável não pode faltar.

Dei o número de Deise e não quis falar com ela, deixei essa tarefa para Vinícius e pude perceber o quando ela ficou nervosa só pela cara dele. Totalmente sem paciência.

Não demorou muito e minutos depois eu tinha uma Deise adentrando o quarto em uma crise de choro eminente por me ver nessa situação.

VINÍCIUS

As deixei no quarto e me direcionei a uma pequena lanchonete que havia, logo em frente ao hospital. Minha cabeça girava e eu ainda estava em estado inercia. Nunca presenciei Mariana naquele estado. Ela parecia tão perdida, tão machucada. E realmente estava.
Pedi um café forte e sem açúcar, estava levando o pequeno objeto com o líquido fumegante a boca quando senti meu celular vibrar dentro do bolso.

Não demorei a pegar me deparando com o número de Gustavo. Rapidamente atendi.

— Vinícius espero que esteja desperto o suficiente para ouvir. — Seu tom de voz é extritamente sério e profissional. — O número da placa não deu em nada. Pelo que pude ver é falsa.

Meu coração erra uma batida ao escutar que a única prova para encontrar o desgraçado que fez isso com a minha mulher não valia de nada!

— E as malditas câmeras da rua e do bairro onde ela mora? — Praticamente rosnei passando uma mão no rosto totalmente nervoso.

— Exatamente! Graças a uma "ajudinha" conseguimos as imagens de todas as ruas. — Ouço ao fundo o barulho do teclado do computador enquanto ele continua a falar. — Com base no que eu consegui, descobrir que seu nome é Emerson, trinta e seis anos, trabalha em um bar. Esse bar fica a uma hora do hospital em que você está, e seu funcionamento é das dez a cinco da manhã. Parece que rola até prostituição nesse antro.

Conforme ele dizia eu sintia meu sangue ferver. A raiva me consumir enquanto andava em direção a um táxi de onde de dentro acaba de sair uma mulher.
Desliguei o celular tentando buscar na mente se alguma vez Mariana citou o nome de algum Emerson. Mas não! Eu com toda certeza me lembraria se ela proferisse o nome de outro em minha frente.

Sem sombras de dúvidas!

Instantes depois meu celular informa a chegada de uma nova mensagem. E só para confirmar abro e vejo o endereço do tal Bar. O taxista diz que o preço da corrida é o dobro, pelo simples fato de ser perigoso.

Não me importo!

— Pago o preço que for! — Vocifero e o vejo se encolher — Só quero que coloque essa carroça para correr!

O homem fez o que pedi. O fato de ser madrugada fez com que o trânsito nos ajudasse bastante e ele cortasse por entre os poucos automóveis que encontrava.

Estava tendo noção de que eu não conheço esse lugar e que eu teria chance de sair lá bastante machucado, ou nem sair.

Eu não estava me importando com porra nenhuma, só queria olhar no olho do miserável que tentou matar Mariana!
Paramos a uma distância de cinquenta metros do local. Tirei duzentos reais da carteira jogando-os no banco do passageiro. Sai do maldito carro e fui me aproximando.

Nesse instante não tinha medo, tinha raiva e fúria me dominando. O vagabundo tirara a vida de um ser inocente e iria pagar.

De um jeito ou de outro.

Conforme me aproximava já podia ouvir o barulho dentro do bar, um forte cheiro de maconha se espalhando e eu me pergunto porque nunca fecharam essa porra.
Estava prestes a entrar quando tocaram meu ombro.

Me virei e em um ato rápido de reflexo peguei a mão da pessoa, a virando e encurralando-a contra a parede.
Me deparei com Gustavo com os olhos extremamente arregalados.

O soltei confuso.

— O que diabos você está fazendo aqui? — Questionei passando as mãos pelos cabelos.

— Não íamos te deixar só nessa Vinícius! — E como se fosse cena de filme, Pedro entra no meu campo de visão, vestido em seu habitual terno.

Reviro os olhos.

— E eu nem te mandei a foto do cara. — Gustavo profere, me olhando como se eu fosse um louco.

E eu realmente sou!

Percebi que não estávamos sozinhos, Pedro fez questão de trazer todo o batalhão de segurança.
Eles entraram na frente pelo simples fato de estarem armados.
Dei os primeiros passos quando o barulho de alguma porta se abrindo me deixou alerta.

Em seguida a voz de uma criança se fez presente.
Segui a mesma e acabei em um beco escuro, a única iluminação vinha da pequena a porta de ferro entreaberta. Ao longe eu pude ver uma garotinha e um miserável a chutando enquanto a pequena se contorcia e chorava. Ela encolhida do chão, com as mãos protegendo o rosto enquanto o vagabundo não tinha pena ao chuta-la.

Emerson por favor ela é só uma criança... — A voz chorosa de uma mulher me fez aumentar os passos ainda mais em direção ao desgraçado.

Tudo foi muito rápido. Em um momento ele estava desferindo pontapés na menina e no outro estava no chão e eu socando o seu rosto míseravel.
Tudo se silenciou, minha visão ficou feito fogo.

Um

Cinco

Dez

Quinze

  O sangue dele jorrava e isso só me impusionava á aumentar a sequência dos socos, eu só parei ao ser puxado de cima dele.

— Você vai matar o cara Vinícius! — Pedro segurou a gola da minha camisa com força.

— Me solta porra! — Empurrei-o e observei quando Gustavo agaixou e verificou os sinais dele.

— Está vivo.

Não me importei ao voltar e chuta-lo uma última vez.
A mulher olhara para mim assustada abraçando a menina como se sua vida dependesse daquilo, fui até elas e me surpreendi ao me aproximar e ver que a garotinha se tratava da aluna de Mariana, a qual a mesma pediu ajuda.

E com o que acabo de presenciar não a dúvidas de que ela sofria na mão desse miserável que irá pagar, se depender de mim, por muitos anos atrás das grades.

Mas uma coisa que não sai da minha cabeça é o porquê. Porque ele fez isso?

***

Hoje Mariana receberá alta do hospital. Cinco dias se passaram desde aquele fatídico acidente. Tudo foi levado às autoridades e acabamos descobrindo que Emerson foi encarregado de dá um "susto" em Mariana a pedido de Rone.
E chegou a notícia de que o mesmo fora encontrado morto e o delegado Ribeiro quer conversar comigo.

Melhor situação impossível.

Com toda certeza pensando que fui eu a mata-lo.

— Minhas costas doem muito. — Ela reclama ao se sentar na cama.

Mariana emagreceu bastante durante esse tempo em que esteve internada. Está abatida e sem cor. Me dói de uma maneira sem igual vê-la assim.
A porta do quarto é aberta e um enfermeiro entra. Um negro de quase dois metros de altura muito profissional diga-se de passagem. Mas que mesmo assim não fez com que eu não sentisse ciúmes ao ver ele cuidando — mesmo esse sendo o seu trabalho — de Mariana. Missão que muitas vezes eu falhei e me envergonho disso.

O enfermeiro retira o soro mantendo uma conversa entre eles. Fico em alerta, encostado a parede apenas observando a alegra refletida no olhos dela por já poder ir embora. Acabamos conversando sobre Rone ontem, e ela confessou que a umas semanas atrás ele a ameaçou por a mesma não aceita-lo de volta.

Teve o fim que mereceu, e não me importam o que digam.

— Vinícius? — Sua voz me tira da divagação e eu vou ao seu encontro — Você me falou do garotinho, o Jordan?

— Sim, o que tem ele? — Perguntei em alerta.

— Eu quero vê-lo. Hoje! — Falou sem espaços para questionamentos.
E eu obedeci.

Simples assim. De hoje em diante minha missão será fazer todas as suas vontades.

Minha atenção estava se dividindo claramente entre Mariana e a rua. Me trazia sensações ruins voltar ao lugar em que quase encontrei a mulher que eu amo morta. Sim! Porque depois dos acontecimentos eu não tenho mais duvidas de que ela é a dona do meu coração.
Dobrei a esquina em que havia uma lanchonete e lá estava ele. Sentado perto de uma lixeira, escondido bem no cantinho.

Aquilo cortou o meu coração, e ali eu tive a certeza de que ele iria ser o meu filho. Não estava me importando com a burocracia. Ele já era meu e ponto!

Estacionei o carro e desci, Mariana fez o mesmo. Caminhamos lado a lado e fui surpreendido quando ela timidamente entrelaçou sua mão na minha me fazendo desviar o olhar e observar o seu lindo rosto.

Voltei a olhar para frente, cada vez que íamos nos aproximando eu sentia meu coração bater descontrolado. É um sentimento totalmente novo.

— Jordan! — O chamei. Ele levantou a cabeça e vi quando sorriu.

— O senhor voltou mesmo. — Suas palavras quebraram o meu coração. Imaginando o quanto ele sofreu e fora iludido por pessoas.

— Você tem pais Jordan? — Essa é minha primeira pergunta. Posso está sendo direto, ele é só uma criança. Mas antes de qualquer coisa eu preciso saber se ele tem pais.

— Não senhor.

— Você quer ter um pai Jordan? — Ele não responde, se encolhendo ainda mais.

Mariana solta a minha mão e mesmo sem poder se abaixar ela o faz. Pega a mão de Jordan sempre tendo cuidado com quaisquer de seus movimentos.

— E uma mãe você quer ter? — Ela pergunta baixo atraindo a atenção dele.

Ele não está acreditando.

— Eu sei fazer uns docinhos que hummm... — Ela cochicha fazendo-o sorrir de lado.

— Eu quero comer doce. — Ele diz baixo olhando para mim.

E eu sei que isso é um sim!

— Não se preocupe com ele Jordan. Ele é assim mas não morde. — Sussurra me fazendo sorrir e ela acrescenta: — Você tá vendo? Ele sabe até sorrir.

Mariana levanta e estende a mão. Por incrível que parece ele não demora a pegar.

— Você está com fome, porque eu estou morrendo. — Exagera passando a mão na barriga.

— Estou sim. Morrendo. — Ele diz fazendo nos entre olharmos. Ela fecha os olhos como se estivesse com dor ao ouvi-lo dizer aquilo. E eu também estou igual.

— O que é isso na sua mão?

Jordan levanta a sacola e dessa vez sorrir ao falar.

— Estou aprendendo a ler e escrever. Eu achei esse livro quando estava procurando comida no lixo então peguei. Um dia sabe, eu era um garotinho pequeno e estava vendo televisão pelo "vidro" em uma loja dessas chiques. Foi aí que eu ouvi o nome Jordan e falei para mim "esse vai ser o meu nome." — Quando ele terminou de falar Mariana já estava aos prantos enquanto ele a olhava sem entender dando de ombros como que pedindo desculpas.

— Deus colocou você em nossos caminhos Jordan. E ele sempre sabe o que faz. — Foi o que ela disse.

E eu prestei atenção naquela frase.

Deus sempre sabe o que faz. Tudo tem um motivo.

Ele fecha uma janela e abre portas.

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