MARIANA © - OGG 1 [COMPLETO]

By VRomancePlus

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LIVRO UM DA SÉRIE OUSADAS GG Vinícius & Mariana Conteúdo adulto! Ser professora de ensino fundamental não é... More

S I N O P S E & A P R E S E N T A Ç Ã O
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11.1
Capítulo 11.2
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20 -
Capítulo 21 -
Capítulo 22
Capítulo 23 -
Capítulo 24 -
Capítulo 25 -
Capítulo 26 -
Capítulo 27 -
Capítulo 28 -
Capítulo 29 -
Capítulo 30 -
Capítulo 31 -
Capítulo 32 -
Capítulo 33 -
Capítulo 34
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo
eiii
Sobre a história nova...

Capítulo 35 -

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By VRomancePlus


Segui a mulher baixinha até uma sala, sentindo meu peito subir e descer de maneira branda e descompassada.
Eu nunca fui um cara muito religioso mas nesse momento estava me apegando a Deus ou a qualquer coisa que me desse força e esperança.

Ela abriu a porta e entrou, fiz o mesmo. Ela sentou e talvez estivesse esperando que eu fizesse o mesmo pois ficou me encarando.

— Não enrola e fala como ela está! — Fiquei em frente a mesa e a vi tremer devido ao meu tom de voz.

Eu só queria poder ver Mariana e comprovar com os meus olhos que ela está bem.

— Senhor Vinícius a coisa não está bonita. — Cruza as mãos em cima da mesa e me olha por entre o óculos de grau — Mariana escapou por muito pouco de ser atropelada fatalmente.

— Seja clara! — Peço.

— Ela levou uma pancada muito forte na cabeça que a fez ficar com um inchaço no local. Porém tem outra coisa. Ela teve um deslocamento de placenta devido ao impacto, fizemos o possível para salvar o bebê, mas... Eu sinto muito...

— Salvar o bebê? — Um filho, meu Deus! — Ela estava grávida?

— Sim. O senhor não sabia? — Balanço a cabeça negativamente — Tinha aproximadamente onze semanas.

Ela diz e percebo o pesar em sua voz.

— Ela estava grávida. — Sussurro.

Ela esperava um filho meu.

E ele já não existe mais...

Sento na cadeira atrás de mim, sentindo as lágrimas molharem o meu rosto. Imagens de Mariana em cada estágio da gravidez passando como um pequeno filme em minha mente. Ela sorrindo com as mãos envoltas da barriga de nove meses enquanto eu capturo aqueles momentos com fotos.

AHHHHHHHHH — Grito! Grito alto tentando diminuir essa dor e culpa que está alojada dentro do meu peito.

— Fizemos o possível...

Levanto exaltado e aponto o dedo em sua cara. — Vocês não fizeram a porra do possível. Se não ele aínda estaria lá. — Grito e saio dali batendo a porta com força.

Por mais que eu saiba que a culpa é do miserável que a atropelou. Esse eu vou mata-lo com minhas próprias mãos.

Caminho para fora com passos firmes e calculados. Mais a frente observo quando um carro de luxo para e Pedro salta para fora.
Tiro do bolso o pequeno papel com o número da placa que o garotinho me deu.

Um anjo.

— Será que o Gustavo pode descobrir a quem pertence o carro? — Mostro o papel amassado e ele acente sem exitar.

— Como ela está? — Questiona.

— Sinceramente eu não sei cara. Ela perdeu o nosso... Filho. Ela estava grávida e eu não sabia. — Digo e minha voz embarga sem que eu possa fazer absolutamente nada.

Está doendo tanto.

Ele me abraça forte, passando todo apoio que pode.
Eu não sabia da sua existência mas já o amava. Como isso é possível?

— Eu preciso ficar aqui, tenho que vê-la. — Falo.

— Vai lá irmão. Eu vou levar a Sara para casa e me encontrar com o meu irmão. Fica atento ao celular que ainda hoje te mandamos notícia e pegamos o desgraçado que fez isso com a sua melhor e seu filho. — Diz isso com a mão no meu ombro, passando firmeza e sinceridade ao falar.

Pedro é bondoso mas quando o o assunto é família e amigos ele se torna o pior dos inimigos. Com o dinheiro que tem, não teme derrubar ou acabar com qualquer um que seja.


E hoje eu estou assim.

***

Entrei novamente dentro do hospital. Estava mais calmo porém não sei como vai ser quando eu vê-la. Quando ela souber que perdeu o bebê. Mariana é uma mulher forte, mas ainda assim isso é demais para ela.

Isso é demais para qualquer um.

Quando estou pronto para pedir para chamarem a médica responsável meu celular toca interrompendo.

Minha tia.

— Vinícius meu filho, onde você está? — É a minha tia — Liguei para o colégio e falaram que não apareceu agora a tarde.

— Estou bem tia. Estou no hospital com Mariana. — Minto. Porque nao estou nada bem. Ela faz um barulho de espanto — Ela foi atropelada e estou aqui com ela. Cuida da Alice por favor, não irei para casa hoje.

Peço porém não é preciso.

— Não se preocupa e nem precisa pedir meu filho. Se cuida e manda notícias, vou ficar rezando.

Desliga em seguida.

Apresso meus passos firmes até a médica baixinha que tem o olhar inquisitivo para mim. Ela não vai me impedir de ver Mariana, e acho bom que não tente.

— Eu quero vê-la! — Vocifero e ela fecha os olhos.

— Ela não quer ver ninguém. — Declara me deixando surpreso.

Dou um passo para trás.

— Como assim não quer ver ninguém? — Indago.

— Parece que ela também não sabia sobre a gravidez. — Diz.

Eu imaginei.

MARI

Abro os olhos lentamente e é como se uma faca atravessasse os mesmos. A luz fere e faz arder. Minha cabeça lateja e dói muito.
Subitamente as imagens do que aconteceu tomam minha memória.

Estou saindo do carro.

Atravessando a rua.

Meu Deus!

Ouço o barulho do carro, e ele vem até a mim jogando-o em minha direção com a intenção óbvia de me ferir.

O que eu fiz? Não entendo.”

Por favor se acalme. — Alguém pede segurando meu braço e só aí eu percebo que estou com as mãos no rosto tentando me proteger de quem quer me fazer mal. — Chame a médica Karem, ela está bastante nervosa.

Consigo indentificar a voz de um homem que me segura. Ele vai pedindo com delicadeza para que eu fiquei calma e assim solta as minhas mãos calmamente.

— Mariana você terá que ficar bem, aqui ninguém pode lhe fazer mal entende? — Sua voz é suave e mesmo com os olhos fechados eu faço um som com a boca concordando. — Você está debilitada, e se não quer ficar muito tempo aqui sugiro que fiquei quieta.

— Preciso beber água. — Peço — Está doendo... A minha barriga está doendo muito. Não estou suportando.

Gemo ao sentir uma dor dilacerante no pé da barriga.

— É normal essa dor. Já apliquei remédio no soro, não demorará a fazer efeito. — Continua a falar, mas eu não intendo o porque. — Doutora Amanda já está vindo, ela olhará o seu sangramento para ver se está normal.

Sangramento?

Ouço a porta bater e um perfume adocicado entrar pelas minhas narinas me deixando enjoada.

— Mariana como se sente? — Pergunta uma mulher — Pode abrir os olhos, não se preocupe com a luz, já fora apagada.

Abro os olhos como me fora mandando e visualizo o enorme quarto em que estou. O barulho das máquinas me deixando agoniada.

— Estou com muita dor.

— Na cabeça? — Seu tom é preocupante.

— Não. Na barriga.

Ela me olha com tristeza, sei que está me escondendo algo. Eu tenho esse dom de saber quando as pessoas não querem ou estão com medo de falar algo.

— Você chegou aqui desmaiada e sangrando. Com um enorme galo na cabeça que julguei não ser sério, não comparado ao bebê...

— Que bebê? —  A evidência de incredulidade e confusão na minha voz é palpável.

— Você estava grávida Mariana. Também não sabia? — Fico quieta.

Então aquelas tonturas era o sinal de que um bebê estava dentro de mim, se formando. Bebê esse que não existe mais e eu nem sabia de nada.
Sinto um bolo se formar em minha garganta e meus olhos arderem ainda mais.

A médica continua — O seu marido está aí fora.

Avisa e tem toda a minha atenção.

— Marido? Mas eu... — Então como se minha mente clareasse penso em Vinícius, só pode ser ele.

Ele está aqui?

Será que sabe sobre o bebê?

Não quero vê-lo e ter o seu olhar julgador sobre mim.

Já estou cansada.

— Vou deixar você descansar. — Ela diz baixo e sai me deixando sozinha com a minha mais recente dor depois que peço para que não deixe ninguém entrar.

Começo a pensar como seria a minha vida com o meu bebê. Se ele herdaria a minha cor e os olhos do pai. Se seria arretado como eu e sapeca como a irmã. Se gostaria de morar na cidade grande ou no interior do nordeste, junto com os animais, levantar as cinco da manhã para jogar milho para as galinhas.

Comer aquele bolo de fubá maravilhoso que sua avó iria fazer.

Não consigo mais...

E em cima da cama mesmo, eu ponho a mão sobre a barriga que agora nunca me pareceu tão vazia e choro. Choro sentindo-me faltando uma parte, e é estranho de se pensar porque eu nem sabia da sua existência.

Talvez isso seja o tão falado AMOR DE MÃE.

Fui despertando aos poucos, sentindo a melancolia e o silêncio do lugar. Talvez fosse madrugada já que estava escuro. Eles deixaram a luz do quarto apagada mas um pequeno abajur iluminava o suficiente e foi aí que eu o vi.

Sentado em uma poltrona, me olhando atentamente. E pela primeira vez desde que nos conhecemos eu vi a melancolia e tristeza em seus olhos. Diferente dá que eu costumava ver.

O rosto parecia cansado e é como se ele tivesse envelhecido cinco anos.

Por fim encontro seus olhos e ele pede.

— Não me pede para sair. Deixa eu ficar com você e fazer o que eu devia ter feito. Cuidar de você.

E eu simplesmente choro porque está doendo muito e eu quero que ele fique comigo.






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