Dark Star (Malec)

By artpcybaek

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Alec Lightwood havia perdido toda a sua família em um acidente de carro. Estava órfão. A única solução que ti... More

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By artpcybaek

Eu sei que não deveria estar aqui, sei que estava quebrando a confiança dele. Mas eu precisava. Já fazia semanas que eu perguntava gentilmente sobre Magnus. Sobre o que ele trabalhava e ele simplesmente não dizia. Não podia mais aguentar isso, eu precisava saber. Eu só espero que não seja tão ruim quanto eu imagino. Estava com um grampo, tentando abrir a porta do escritório dele. Ele estava fora, era a minha chance de resolver isso.

Eu o amava. Magnus havia se tornado tudo pra mim. Mesmo sendo ruim 90% do tempo, os outros 10% eram suficientes para valer a pena. Magnus poderia ter milhões de razões para me fazer ir embora e no entanto apenas uma razão boa o suficiente me fazia ficar. Eu o amo e ele me ama. E é ótimo. Ser amado por Magnus é complicado, pode ser tóxico, pode ser horrível mas eu o amo tanto quanto. Ele me fazia feliz, e era isso que importava. Então, eu apenas precisava tirar esse peso dos ombros. Eu precisava saber disso para que tudo fique bem. Tudo tinha que ficar bem. Quando abri a porta, eu me senti nervoso. Minhas pernas tremiam e eu mal conseguia andar em direção a mesa. Mas eu fui. Abri algumas gavetas, haviam papéis que tinham coisas escritas em códigos estranhos que eu nunca tinha visto, fotos de pessoas mortas, cartas de encomendas de armas. Nada que eu não suspeitava, eu já sabia que ele era um criminoso, não era fácil entender isso, e um dos bons. Havia vários papéis com a palavra EDGES e após ler várias evidências descobri que essa era o nome de uma máfia internacional. Que Magnus comandava. Ele comandava uma máfia inteira. Eles transportavam drogas para outros países, eram a máfia número um para se encomendar um assassinato. Magnus tinha uma lista com mais de 100 nomes de assassinos de aluguel que eram seus contratados. E quem havia os treinado havia sido o próprio Magnus. Cada um deles, mais de 100 homens só nesse país. Ele tinha negócios na Indonésia, Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, México, Itália, Alemanha, Rússia, Argentina, França, Noruega e Holanda.

Apesar de surpreso, eu já esperava por isso.

Mas meu mundo quase caiu quando eu encontrei um papel escrito EDGES, desde 1300, Comandantes atuais: Magnus Bane, Robert Lightwood e Maryse Lightwood. Meus pais?

E então outro papel. EDGES, desde 1300, comandantes atuais: Magnus Bane. — Alec Lightwood.

Meus pais comandavam uma máfia toda. Meu nome estava nela. Eu era um dono legítimo. Eu e Magnus. Então essa máfia está na minha família por anos. Provavelmente foi criada por Ligtwoods. Por Lightwoods e Bane's. Oh céus eu era dono de uma máfia. Pelo menos sabia que poderia pagar a faculdade.

Olhei para mais papéis. E então, eu senti meu coração quebrar.

Não, não, não. Não pode ser. Não, ele.

Era uma carta, mais para uma nota. Estava escrito.

“Encomenda de assassinato de Robert Lightwood, Maryse Lightwood, Isabelle Lightwood, Max Lightwood e PRINCIPALMENTE, Alexander Lightwood.

Ato: êxito parcial.”

Não, não podia ser. Magnus não podia ser a pessoa que encomendou isso. Podia? Pensando bem isso fazia sentido. Magnus ficaria com a máfia só para ele. Se ele me matasse eu não poderia assumir controle. Então por que ainda estava vivo?

Achei outro papel. Eu comecei a chorar. Mais do que já estava, meu coração se quebrou, eu não sei se consigo respirar.

“Encomenda da morte de Alexander Lightwood. O único herdeiro vivo da EDGES.

Ato: em andamento”

Em andamento, em andamento, em andamento... Magnus estava planejando me matar? Não, não, não podia ser ele. Eu nem sequer li o resto do papel. Apenas caí no chão e chorei. Por que Magnus? Por que justo ele? Por que a única pessoa que eu amo?

Eu precisava sair dali. Se eu ficasse, iria morrer. Magnus matou meus pais, matou meus irmãos, Izzy, Max, que era uma criança. Eu não podia ficar ali.

Corri para o meu quarto, peguei uma mochila e coloquei  várias coisas dentro, com o mesmo grampo, usei na porta do arsenal de Magnus. Roubei uma arma, com várias balas e guardei na mochila. Peguei dinheiro, roubei, pra ser exato, do escritório de Magnus. Mais de 10 mil. E então fui embora. Dizendo para Catarina que iria estudar e pedindo para Ragnor me levar até o ponto de ônibus — não podia descartá-lo, ele iria suspeitar. E então fui para o mais longe que poderia imaginar. Eu poderia sair do país, mas por enquanto apenas saí da cidade. Então escutei meu celular tocar, era Magnus. Merda! Eu esqueci totalmente do meu celular.

Tirei o chip, quebrei ao meu meio, quebrei o celular também para garantir e comprei um descartável, então peguei outro ônibus. Magnus saberia que eu estava nessa cidade. Acabei dormindo no ônibus.

***

— Eu não quero saber! — Magnus gritou. Ragnor e Catarina estavam encolhidos no canto da cozinha. — Merda, merda, porra! Ragnor seu imprestável!

— Não foi minha culpa! Ele disse que iria estudar! — Ragnor falou, tremendo de medo. Magnus jogou tudo que estava na mesa para o chão.

— Eu não entendo... por que ele iria fugir? — Magnus perguntava para si mesmo. Ele viu Kieran vindo em sua direção, havia pedido para ele revistar a casa em busca de algo.

— Sr. seu escritório foi invadido. O arsenal também. Alec roubou 15 mil do seu escritório e uma arma e balas. — Keiran avisou e se afastou antes que Magnus o machucasse também.

Magnus foi para o seu escritório. Ele andava rapidamente pelo o corredor, ninguém sequer ousava falar com ele. Sabiam o que iria acontecer.

Magnus olhou todos os papéis em cima da mesa. E então ele descobriu a razão de Alec ter fugido.

Foi por causa das cartas. Alec encontrou as cartas que Magnus estava investigando e achou que elas fossem dele. Magnus socou a parede e deu um grito. Não podia acreditar que Alec pensava que ele iria o matar. Que ele havia matado sua família. Robert era seu amigo, era como um pai para Magnus, eles cresceram juntos. Robert havia ensinado a Magnus tudo que ele sabia. Ele estava tentando descobrir quem havia matado Robert, quem estava tentando matar Alec.

Ele só estava tentando proteger Alec. Ele o amava. Ele estava desde o início o protegendo, lutando contra investidas e tentativas de assassinato contra Alec. Levou um tiro por ele! E agora... agora Alec estava a solta, estava desprotegido, e Magnus não poderia salvá-lo. Magnus sentiu como se tivesse milhões de alfines no seu coração, o perfurando lentamente. Ele sentia como se tivesse sido cortado ao meio. Ele nunca havia sentido esse tipo de dor, nunca havia amado alguém como Alec. Daria sua vida por Alec. Quase a deu. Ele não podia perdê-lo. Tinha que encontrar Alec para lhe dizer a verdade. Magnus ligou para Alec, chamou e ele conseguiu uma localização. Alec desligou e Magnus tentou novamente, sua mão tremi e ele estava chorando pela primeira em muito tempo. Não conseguia respirar, sentia-se sufocado. Alexander, por favor. Magnus implorou. Precisava encontrar ele. A ideia de que Alec estava sendo caçado nesse exato momento o fez quebrar mais coisas em seu escritório, deixando o local uma bagunça enorme. Alec, Alec Alec. Seu Alexander. Magnus não poderia perde-lo. Não podia perder a única coisa boa em sua vida. Não podia perder o seu amor. Magnus pegou as chaves, pegou o seu melhor carro e decidiu seguir localização que havia conseguido.

— Sr. Bane, é madrugada, o senhor não vai achá-lo agora. — Sebastian havia falado, andando atrás de Magnus. Magnus já estava de saco cheio dele.

Ele virou-se e encarou Sebastian.

— Não vou achá-lo? — Magnus perguntou, a raiva transbordando dele. — Não vou achá-lo?! Eu não me chamo Magnus Bane se não achar Alexander.

E então Magnus deu um tiro na perna de Sebastian, vendo-o cair no chão gritando.

— Você estava merecendo isso a muito tempo. Nunca mais fale de Alexander, ou chegue perto dele. — Magnus disse, segurando Sebastian pelo queixo e em seguida o jogando contra o chão. — Está demitido. E Ragnor? Não deixei ninguém entrar ou sair da casa, Catarina, tranque todas as portas e não abra até eu voltar pessoalmente ou Alexander. Apenas nós dois, não confie em ninguém.

Os dois concordaram. No fim, eles eram mesmo as únicas pessoas que Magnus confiava naquela casa.

— Eu vou trazer Alec de volta para casa. — Ele disse.

— Tenha cuidado, Magnus. — Catarina pediu, o abraçando. Magnus sorriu um pouco.

— Você sabe que eu nunca tenho cuidado. — Ele piscou e foi embora.

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