Animals || Larry Stylinson

By pridebieber

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Num mundo em que todos querem achar sua twin flame e precisam dela para sentirem que a vida tem um sentido, L... More

Prefácio.
two. I was enchanted to meet you.
three. Even if it's just in your wildest dreams.
four. But even the Sun sets in Paradise.

one. But what will we do when we're sober?

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By pridebieber




Londres, 29 de setembro de 2018.

     
             Em mais uma manhã fria de Londres, assim como em todas as outras, Louis acorda com o coração acelerado, o que seria normal para ele por causa de sua ansiedade constante, mas nesse dia foi diferente, a sensação foi diferente. Ele se sente estranho, como se vários arrepios passassem por seu corpo repetitivamente, o fazendo lembrar do que tinha acontecido na noite passada. É tudo meio borrado, mas ele sabe que tinha sido uma das melhores noites de sua vida.

        O garoto de olhos azuis se levanta rapidamente da cama e vai para o pequeno banheiro que há em seu quarto, foca seu olhar no espelho e apesar de fazer isso todas as manhãs, tendo uma reação repulsiva ao olhar para sua própria imagem, algo o surpreende.

           "Aí, porra." reclama ao tocar no hematoma em seu pescoço, um enorme chupão foi deixado ali e Louis não consegue lembrar quando e como.

            Continua a olhar fixamente para seu reflexo, mas nada vem a sua mente. Ele nem consegue lembrar como chegou em seu quarto na outra noite. Depois de tanto se encarar sem nenhuma solução, lava o rosto com a água gelada da torneira, com o intuito de talvez acordar e tirar aquela sensação desesperadora de não conseguir lembrar de nada.

             Louis é assim, se não consegue fazer algo que quer, como simplesmente lembrar um detalhe da noite anterior, sua ansiedade o sufoca, porque em sua cabeça, ele precisa de qualquer forma lembrar daquilo e quanto mais nervoso ele fica, pior sua concentração foca no que ele realmente precisa pensar, ou seja, ele acaba se desesperando e não lembrando de nada.

              Depois de falhar miseravelmente tentando lembrar o que tinha acontecido, ele volta para o quarto e tenta respirar fundo ao encarar a bagunça que está naquele lugar. As roupas que ele usou na noite anterior estão jogadas pelo chão, os tênis estão em cima da escrivaninha e ele nem se dá ao trabalho de perguntar o porquê, provavelmente teria sido Zayn que o ajudou a chegar até lá. Louis escuta a risada escandalosa de Lottie no andar de baixo e sabe que provavelmente ela está falando com a mãe ou Fizzy, fazendo o almoço que ele simplesmente não está tão afim no momento. Apesar de ser sábado de manhã, a casa está quieta, nenhum de seus irmãos mais novos estão gritando como normalmente fazem e tem algo em Louis que o faz se sentir mais leve, mais bem com si mesmo, o que o faz rir só de pensar nisso.

           Desde que Louis viu que sua ansiedade estava tomando controle de sua vida, ele meio que deixou que isso acontecesse. Ele sabe que não é mais aquele garoto popular que jogava no time de futebol da escola e que todos adoravam no nono ano. A ansiedade o destruiu, mas o que ele pode fazer? Afinal, isso acontece até nas melhores famílias.

             De repente, ele se sente vazio. Ele costuma se sentir assim constantemente, mas mais uma vez, a sensação foi diferente. Louis está parado olhando pela varanda de seu quarto que dá direto para a rua quase não movimentada, com um cigarro entre os dedos e um isqueiro rodando na outra mão. Ele sente aquele frio estranho passando por sua espinha e seu coração acelera de novo. O moreno respira fundo e fecha os olhos, tentando entender suas próprias sensações.

                 "Será que hoje é um daqueles dias que eu tenho que ficar trancado no quarto apenas tentando controlar essa porra de ansiedade?" Pensa com si mesmo antes de acender o cigarro e levá-lo até a boca.

               Desde que teve sua primeira crise, há uns anos atrás, Louis teve altos e baixos. Em alguns meses ele ficava bem, sabendo se controlar e saia normalmente com Zayn ou sua família. Em outros meses, ele tinha medo de sair de casa, tudo o incomodava e o deixava ansioso, seu corpo o traia e fazia com que ele se sentisse cansado o tempo todo. Ele não tinha vontade de nada e quase repetiu de ano várias vezes por causa disso. Depois que entrou para faculdade, Zayn o encorajava sempre e por isso ele consegue estudar fotografia em uma das faculdades locais de Londres. Apesar de tudo, seu medo permanece. Ele sabe que não pode se sobrecarregar muito que a ansiedade volta para derruba-lo mais uma vez, sempre assim, uma enorme roda gigante.

              Dando sua quarta tragada, Louis vê Lottie saindo com Clifford e indo até o jardim. É outono e o cachorro de Louis adora brincar entre as folhas. Apesar de as vezes nem querer sair na varanda de casa, ele adorava ver Clifford todo animado desmanchando todo o trabalho que sua mãe, Johannah, teve para juntar as folhas mortas do jardim.

              Ele observa a irmã atravessar a rua e cumprimentar um casal, vizinhos dos Tomlinson, que acabam de chegar de uma caminhada. A mulher abaixa para acariciar Clifford e o marido dela faz a mesma coisa. Lottie sorri e um carro preto para na frente deles, assustando Clifford e o fazendo correr direto para dentro de casa. Louis não sabe quem é e nem se importa, porém acaba sabendo de qualquer forma já que sua irmã quase anuncia para toda a vizinhança.

              "Eu não acredito que você teve a coragem de pedir para o seu irmão te trazer aqui sendo que você só mora dois quarteirões de distância, Gemma!" Lottie diz escandalosamente enquanto abraça a menina que acaba de descer do carro.

           Louis sente seu estômago revirar e não sabe o porquê, até que o vidro do motorista se abre mostrando apenas um emaranhado de cachos. Ele pisca várias vezes não entendendo o porquê de suas pernas estarem tremendo e suas mãos estarem suando tanto, ou ele está tendo uma crise sem perceber ou tem algo muito errado acontecendo. A irmã de Louis da a volta no carro com a amiga, e é então que Louis tem que se apoiar no dorso da janela para não cair no chão. Assim que a pessoa vira o rosto para o lado da janela de Louis e foca seus olhos verdes nos azuis do outro, o coração do mais velho quase para e tudo vem tão rapidamente a sua mente que ele não tem nem tempo para respirar, simplesmente dando vários passos para trás, sumindo da visão da rua.

Flashback on, Louis Tomlinson's point of view.

   Londres, 28 de setembro de 2018.

                   
               A voz alta de Lottie ressoava em todo o corredor do andar de cima e apesar de a porta do meu quarto estar fechada, eu ainda podia ouvi-la claramente.

              "Mas é claro que faz diferença, Fizzy! Todo mundo já me viu usar essa bota na última festa e eles vão rir da minha cara se eu aparecer com ela de novo!" Ela resmungou, creio que na porta do quarto de Fizzy, que ficava no final do corredor.

              Não somos ricos ou coisa do tipo, mas felizmente vivemos em uma boa condição na casa que meus avós deixaram para minha mãe e nela temos seis quartos, o de meus pais no começo do corredor, depois o dos gêmeos Ernest e Doris, seguido do meu, depois o de Lottie, as gêmeas Daisy e Phoebe e por fim o de Fizzy. As vezes aquela casa se torna sufocante com tanta gente em um lugar só.

                "Eu simplesmente NÃO LIGO!" Fizzy esbravejou e eu acabei rindo. "Eu não vou te emprestar nada meu, Charlotte, toda vez é a mesma coisa, que saco." Gritou e eu juro que pude ouvir Lottie bufando.

                 "Eu não vou estragar seu sapato, eu juro, sis. Confia em mim vai... Por favor, Félicité! EU ESTOU ATRASADA PRA ESSA MERDA DE FESTA, EU NUNCA TE PEDI NADA, POR FAVOR!"
​Lottie berrou e eu já estava contando os minutos para mamãe aparecer a mandá-la calar a boca.

                 Já eram quase dez da noite e meus irmãos mais novos já estavam na cama, e por incrível que pareça, eu também. Decidi que assistiria qualquer temporada de Friends até pegar no sono, como faço quase todas as noites, até que, enquanto Lottie resmungava no corredor, meu celular tocou. Olhei para tela e o nome de Zayn, meu melhor e único amigo, aparecia na tela.

                  "E aí?" Falei sem tirar os olhos do notebook no meu colo.

                  "Antes que eu mate a Lottie, vim aqui te comunicar que realmente irei cometer um crime de ódio contra ela, que inferno de garota hein?" Disse resmungando e eu revirei os olhos.

                "O que foi agora? Essa infeliz continua gritando no corredor querendo o sapato da Fizzy. Vai me dizer que ela pediu seu salto emprestado e você não quis emprestar?" Debochei e ouvi um "hahaha" sem vida do outro lado da linha.

                "É sério, bro. Ela me encheu o saco pra ir numa festa no centro da cidade daqui a pouco, só porque ela diz que sou o único que dirige entre os amigos dela." Disse e eu dei stop no epsódio naquele momento. 

                Zayn é mesmo o único que dirige entre nós. Lottie já tem seus vinte anos, mas foi reprovada quatro vezes por não conseguir estacionar o carro, Fizzy nunca apresentou interesse e eu... Bem, eu simplesmente não tenho autoconfiança.

                 "E você vai?" Perguntei e ouvi a porta do quarto de Lottie quase ser espancada, provavelmente era Fizzy querendo o sapato de volta.

                "Vou e você vai junto." Ele disse e antes que eu pudesse dizer não, a porta de meu quarto foi aberta com força.
         
                 "Louis, você ainda está desse jeito? Eu não acredito nisso, sério. Anda logo! " Disse vindo até minha cama e tirando meu notebook de meu colo.

                 "Ow, ow, ow. Que porra é essa, Lottie? E Zayn?" Falei para o celular mas quando olhei para a tela o desgraçado já tinha desligado.

                "Eu não tenho tempo para resmungo não, Louis. A condição do Zayn para me levar até a festa era que você fosse junto com a gente, então adivinha só? Você vai." Falou indo até meu armário e pegando uma camisa preta de mangas compridas e uma calça jeans da mesma cor.

              "Eu não vou a lugar nenhum, Lottie. Some do meu quarto agora! " Exclamei me levantando e indo até ela, arrancando a calça de sua mão.

                "Você vai sim! Primeiro porque estou cansada de te ver infurnado nesse quarto todos os dias! Da faculdade para casa, sempre! E segundo, eu tenho uma festa para ir e não vou perder esse mega evento por sua causa, você sabe que isso é importante para mim!" Lottie quase esfregou as palavras em minha cara e ainda empurrou a camiseta para mim, indo atrás de meu tênis. "Vai logo, LOUIS!" Gritou e eu bufei alto.

                 "Você sabia que não é certo obrigar uma pessoa a fazer algo que ela não quer? Eu não tenho culpa se você não achou sua porcaria de twin flame por ai. Sair para todo canto da cidade atrás dela não vai deixar isso mais fácil, Lottie." Resmunguei enquanto colocava a camiseta e ela deu uma risada debochada.

                 "Vai me dizer que você nunca pensou em encontrar a sua? Para de se fazer de superior, Louis, todo mundo já chegou nesse ponto da vida que se sente excluído, porque todos à sua volta já encontraram a twin flame deles e você não." Falou se encostando na porta e eu a encarei enquanto colocava meus vans old skool.

                  "Ah, para com isso! Eu não to nem aí pra essa merda, se nem o Zayn encontrou a dele ainda, por que eu deveria me preocupar com isso? Além do mais, pessoas como eu tem no máximo cinco porcento de chances de encontrar a famosa twin flame por aí." Disse indo até o espelho do banheiro checar minha franja e Lottie veio atrás.

                  "Pessoas como você? Credo, Louis, você trata a ansiedade que tem como uma doença degenerativa." Falou num tom amedrontado e eu olhei para ela de dentro do banheiro, quando o som de buzina foi ouvido duas vezes. "Graças a Deus! Anda, vamos, antes que o Zayn desista." Agarrou minha mão e me puxou para fora do banheiro. Meu estômago revirou só de pensar em ter uma crise fora de casa, mas eu fiz de tudo para expulsar aqueles pensamentos imediatamente.

               Lottie, que sentou no banco do carona, obviamente, foi de casa até a porra da festa falando com Zayn sobre o que tinha ouvido sobre o lugar onde a festa estava acontecendo. Era como uma boate, mas na casa de alguém, bem rico por sinal. O dono da festa era um tal de Liam, que era alguma coisa da amiga de Lottie que a convidou. Zayn me fez prometer que eu me divertiria pelo menos um pouco naquela festa, que não ficaria pensando no que podia acontecer de pior e que viveria o momento. 

             Chegando lá tive que fingir que tudo estava bem, sorri e cumprimentei todos que chegam em mim e Zayn. Na verdade era mais em Zayn, já que todo mundo que me conhece, sabe que eu sou um "garoto problema", só não sabem o porquê. As vezes eu mesmo me pergunto o porquê de Zayn ainda não ter decidido sair com outras pessoas, ele é o único que continua do meu lado, me apoiando nos meus piores dias.

               O estranho foi que, ao pisar naquele lugar, algo que incomodava, como se eu soubesse que algo grande estava prestes a acontecer. É normal que eu tenha essa sensação constantemente, eu sempre sinto como se tivesse algo para acontecer, mas naquela noite, a sensação era como se minha pele estivesse pegando fogo e isso se espalhava até meus ossos. Algo novo estava por vir.

             "Zayn! Lou!" Ouvi a voz de Perrie, que quase pulou em cima de nós, perto do bar, me tirando de meu transe interno. Ela já devia estar em seu quinto shot, a animação e o cheiro de bebida eram eminentes. "Faz tanto tempo que não vejo vocês dois! O Louis é um falso que promete ir ver os amigos e nunca aparece merda nenhuma!" Disse enrolado enquanto me abraçava e eu dei uma risada nervosa.

             "Eu vou qualquer dia, prometo." Forcei um sorriso e vi Lottie balançando a cabeça com reprovação, já no bar pedindo sua bebida.

              Perrie já tinha tido algo com Zayn um tempo atrás, mas não deu certo já que nenhum dos dois consegue se prender por muito tempo em um relacionamento, talvez por eles não serem twin flames um do outro não deu certo, ou talvez só era o fato de Perrie ser um pouquinho surtada quando se trata de fidelidade. Já faz um ano que os dois não se envolvem e decidiram que seriam só amigos e apesar de tudo, dá certo, já que eles só se encontram em festas ou como Lottie diz, pelo destino.

               "Hey, hey, hey!" Lottie apareceu no nosso meio com uma garota morena de olhos verdes, tão branca que parecia ser feita de papel. "Galera, essa é Gemma, ela que nos permitiu vir nessa festa maravilhosa." Falou animada e eu revirei os olhos.

                "Oioii, Gemma, sinto muito que você tenha que aguentar esse demônio como amiga." Falei dando um sorriso e a garota riu.

                "Você é insuportável." Lottie sussurrou ao passar do meu lado e eu a empurrei, dando um olhar para Zayn que ele entendeu na mesma hora.

                "Você está indo bem até agora. " Ele disse enquanto o barman colocava tequila para nós dois e eu dei de ombros.

               "Autocontrole, meu caro, autocontrole." Falei rindo e virando a minha bebida e a dele, uma seguida da outra e ouvi um "WOW" seguido de uma risada, vindo do meu outro lado no bar.

              "Vai com calma aí, a festa ainda nem começou direito. " Olhei para o lado no segundo em que ouvi aquela voz rouca e me deparei com um par de olhos esmeraldas, me encarando com um sorriso de covinhas no rosto. Naquele momento, foi como se eu tivesse finalmente acordado para a vida.

              Foi estranho, mas pude jurar que ficamos ali nos olhando por uns trinta segundos, apenas mantendo o contato visual, até que ouvi Zayn pigarrear atrás de mim e nós dois saímos daquela bolha que tínhamos criado tão rapidamente. O outro lançou um olhar para Zayn e depois para mim, como se tivesse um ponto de interrogação em seu rosto. Naquela hora me perguntei se ele achou que eu e Zayn tínhamos alguma coisa, já que ele baixou o olhar para o copo de vodka na bancada e o silêncio pairou entre nós.

               "Eu vou andar por aí, não vai fazer merda, hein." Zayn falou se levantando e dando um tapa em meu ombro.
 
             "Tudo bem, pai." Debochei.

            "Não fala assim comigo, otario." Retrucou sorrindo e sumiu entre as pessoas. Aquele lugar estava realmente lotado, com luzes escuras que deixavam tudo mais sufocante. Olhei para o lado e o cara ainda continuava lá, em silêncio, mas tomando outra dose.

            "Vai com calma aí, a festa ainda nem começou." Falei imitando sua voz grossa e ele deu uma gargalhada alta, que eu juro por tudo que é mais sagrado, fez meu corpo todo queimar.

           "Eu sei o que estou fazendo." Disse confiante, eu sorri fechado dando de ombros e me encostando na bancada para olhá-lo melhor. O desgraçado parecia não ter defeito nenhum e seu rosto brilhava com as luzes que iam e vinham por aquele enorme lugar. "Meu nome é Harry e o seu é..." Ele falou olhando em meus olhos e esperando que eu respondesse, mas mais uma vez eu parecia estar hipnotizado por seu rosto, eu não conseguia deixar de encará-lo. Harry percebeu e arqueou uma sobrancelha.

           "Hm... Louis." Forcei meu melhor sorriso e em troca ele mostrou um que simplesmente massacrou minha tentativa inútil de ser doce. Os dentes dele eram perfeitos e seus lábios rosados, não tinha como não ficar perdido na beleza dele.

           "Estranho eu nunca ter te visto por aqui."  Comentou enquanto pegava dois shots, um para ele e empurrou o outro para mim.

          "É que eu não saio muito, sabe?" Dei de ombros, fixando meu olhar no copo e pude ouvir um "uhum" vindo dele.

            "Então você é mais caseiro, Louis?" Perguntou antes de virar a bebida de uma vez e eu senti um arrepio ao ouvi-lo dizer meu nome. Caralho, aquilo tudo era muito perturbador.

            "Pôde-se dizer que sim. Cara, vou ser sincero, eu só vim para cá porque minha irmã queria muito que meu melhor amigo trouxesse ela e ele disse que só traria se eu viesse junto." Confessei virando a bebida e fazendo uma careta em seguida.

           "Ué, por que?" Harry me lançou um olhar confuso e eu respirei fundo. Nem eu mesmo sabia o porquê eu tinha compartilhado aquilo com ele, eu nunca compartilhava nada com ninguém.

             "Pode não parecer, mas eu sou bem antisocial e Zayn e Lottie acham que eu passo o dia todo em casa e preciso sair para algum lugar animado." Falei mantendo meu olhar no pequeno copo que eu virava entre meus dedos.

             "Zayn é aquele que estava aqui com você?" Perguntou e eu assenti. "Ah... Não é por nada não, mas você não perderia muito se não tivesse vindo, pra mim, essa festa é exatamente como toda as outras, uma merda, só que do mesmo jeito eu continuo indo em todas elas." Deu um sorrisinho de lado, que me fez rir junto. Harry tinha uma energia muito boa que parecia transparecer cada vez mais enquanto ele falava.

              Ficamos ali por um bom tempo conversando sobre coisas aleatórias e ficando absurdamente bêbados. Eu já nem sabia mais o que estava falando, só era levado pela risada contagiante de Harry e até pelo jeito que ele arrumava seus cabelos constantemente. Já tínhamos bebido uns dez shots e continuávamos a falar assuntos aleatórios e sem nexo, e o melhor tudo, eu não me sentia mal, não fiquei preocupado em achar Zayn para ir embora antes da hora. O cara de cabelos cacheados do meu lado estava fazendo com que aquele momento fosse genuinamente feliz para mim.

              "Ah, eu não acredito! Essa música é boa demais!" Harry disse animado segurando meu pulso, o que fez minha pele queimar imediatamente com seu toque. Ele sorria maravilhosamente ao ouvir o começo de uma música agitada. "Vem, vamos dançar." Falou me puxando para a pista entre as pessoas, o que fez minha respiração acelerar pelo aglomerado de gente.

              "Harry, ei... Espera, eu não danço..." Tentei falar mas quando vi já estávamos no meio da pista e Harry me puxou de uma só vez, me fazendo quase dar de cara com seu peito. Ele me encarou com um sorriso fechado e foi ali que eu percebi nossa diferença de altura, Harry parecia um monumento de tão alto. Percebi também que ele usava uma camisa colorida, não lembro exatamente como era mas os primeiro cinco botões estavam abertos, expondo seu peito e pelo que me lembro haviam algumas tatuagens também. Eu não conseguia raciocinar direito, era como se eu estivesse em êxtase, talvez fosse o efeito da bebida ou apenas minha ansiedade, mas naquela hora a sensação era boa.

              A música agitada contagiava todos naquele lugar e Harry dançava animado hora ou outra levantando os braços e seguindo o ritmo da música. Eu realmente parecia um idiota, bobo, rindo e apenas admirando o show que acontecia na minha frente. As luzes coloridas piscavam freneticamente e eu sentia meu coração pular em meu peito apesar de estar quase que parado observando Harry.

              "Porra, Louis, se anima vai! Isso aqui é uma festa e é sua obrigação dançar comigo. Não adianta nem falar não, porque lindo você já é, bem humorado também, então agora me prova que pode ser um bom dançarino." Ele disse dando um passo para mais perto de mim e tocando em meu pulso, logo subindo o toque por meu braço todo. Eu sentia meu rosto em chamas e não conseguia desviar meu olhar do dele. "Por favor, Lou." Disse quase que num sussurro, mas eu pude ler seus lábios e apenas assenti com a cabeça dando um sorriso de lado. "Foi o que pensei." Sussurrou perto de meu ouvido quando se aproximou ainda mais de mim, apoiando uma de suas mãos em minha cintura e se movimentando no sentido da música.

                Por incrível que pareça, eu e Harry realmente dançamos ao som da música, já que fui guiado por ele. Eu podia sentir sua respiração quente perto demais e mantínhamos nossos olhares conectados um ao outro. Quando a música acabou e outra ainda mais agitada começou, os olhos de Harry simplesmente brilharam ao ouvir a melodia.

         
            "Caralho! Eu amo demais essa música!" Falou sorrindo e fechando os olhos, me puxando mais para perto dele enquanto movíamos nossos corpos.

   

           "Here to take my medicine, take my medicine, treat you like a gentleman."
            (Estou aqui para tomar meu remédio, tomar meu remédio, te tratar como um cavalheiro.)

                 Pude sentir os dedos compridos e gelados de Harry adentrarem por debaixo de minha camiseta e tocarem minha pele com delicadeza, enquanto nós dois dançávamos de olhos fechados, um seguindo os movimentos corporais do outro.

               "Give that adrenaline, that adrenaline. Think I'm gonna stick with you. Here to take my medicine, take my medicine. Rest it on your fingertips, up to your mouth, feeling it out, feeling it out..."
               (Me da aquela adrenalina, aquela adrenalina. Acho que vou ficar com você. Estou aqui para tomar meu remédio, tomar meu remedio. Deixe na ponta de seus dedos, leve até sua boca, sinta o gosto, sinta o gosto...)

              Abrimos nossos olhos quase que no mesmo segundo e depois de nos encararmos mais uma vez, Harry deu um sorriso de lado, apertando levemente minha pele da cintura onde ainda permanecia com sua mão agora quente. Inconscientemente acabei levando minha mão até  os cabelos de sua nuca e sem que eu me aproximasse mais ou pedisse qualquer olhar de aprovação, ele cortou a distância entre nós selando nossos lábios.

             "I had a few, got drunk on you and now I'm wasted. And when I sleep I'm gonna dream of how you tasted. If you go out tonight, I'm going out 'cause I know you're persuasive."
              (Eu bebi algumas, me embebedei em você e agora estou perdido. E quando eu dormir vou sonhar com o seu gosto. Se você sair essa noite, eu vou sair porque sei que você é persuasivo.)

                Abri passagem para sua língua imediatamente e pude senti-la macia e quente, explorando minha boca. Harry tinha os dedos ágeis por dentro de minha camiseta até descer por minha bunda e apertá-la com vontade. Acabei agarrando com certa força os fios de sua nuca e ele soltou um gemido abafado, aprofundando mais aquele beijo.


                 "You got the salt and I got me an appetite, now I can taste it. You get me dizzy, oh, you get me dizzy, oh... La La La La La. You get me dizzy, oh, you get me dizzy, oh..."
               (Você tem o sal e eu tenho o apetite, agora eu posso prová-lo. Você me deixa tonto, oh, você me deixa tonto, oh... La La La La La. Você me deixa tonto, oh, você me deixa tonto, oh...)

              

                 "Vamos sair daqui." Harry disse quebrando o beijo, mas ainda permanecendo perto demais. Nós dois estávamos realmente muito embriagados e perdidos, mas nenhum dos dois se importava e eu apenas assenti rapidamente com um sorriso. Quando me dei conta estávamos num canto quase que vazio daquele enorme lugar e eu nem tive tempo de raciocinar direito já que Harry me prensou contra a parede, voltando a selar nossos lábios com certo desespero.

         
                "Tingle running through my blood, fingers to my toes. Tingle running through my bones. The boys and the girls are here, I mess around with him and I'm okay with it."
                 (Formigamento correndo pelo meu sangue, dos dedos da mãos até os dos pés. Formigamento correndo pelos meus ossos. Os garotos e as garotas estão aqui, eu me divirto com ele e estou bem com isso.)

               Desci minha mão por todo o abdômen dele até sua calça jeans que parecia bem apertada por sinal. Enquanto Harry parecia se deliciar com a mão em minha bunda, eu decidi me aproveitar dele também. Passei minha mão por cima do tecido de sua calça sobre seu pau e juro que pude o sentir pulsar. Ele estava duro pra caralho e soltou outro gemido quando o massageei ainda por cima da calça. Harry sabia que eu não estava muito diferente dele, já que tirou minha mão de onde estava, sem que quebrasse o beijo, e esfregou sua virilha contra a minha, ainda no ritmo da música. Ele sabia como tirar a sanidade de alguém.


               "I'm coming down, I figure out, I kinda like it. And when i sleep I'm gonna dream of how you ride it."
                  (Estou descendo, eu descobri que meio que gosto disso. E quando eu dormir, vou sonhar com o jeito que você cavalga.)

      
                  Mordi o lábio inferior dele o puxando para mim e Harry soube retribuir, sorrindo maliciosamente e se afastando, entrelaçando os dedos em meu cabelo e puxando minha cabeça para o lado, para que pudesse ter uma visão de meu pescoço. Fechei os olhos no momento em que seus lábios encostaram em minha pele, sua língua quente traçava uma linha pela pele de meu pescoço, me causando arrepios e me deixando mais duro do que eu já estava. Harry começou a chupar minha pele com vontade, passando sua língua quente pelo local para amenizar o incomodo quando eu soltava alguns gemidos em seu ouvido. O retribui voltando a massageá-lo, mas com a mão por dentro de sua calça e por cima de sua boxer, podendo ouvi-lo reprimir alguns gemidos enquanto ainda chupava meu pescoço.

              "Porra, Harry." Gemi de volta e pude ouvi-lo dar um riso abafado como resposta.

               
         "If you go out tonight, I'm going out cause I know you're persuasive. You got the salt and I got me an appetite, now I can taste it."
           (Se você sair essa noite, eu vou sair porque sei que você é persuasivo. Você tem o sal e eu o apetite e agora posso provar isso.)

              Harry era grande de todas as formas realmente, só de senti-lo em minha mão e imaginá-lo, meu pau começava a pulsar. Meu corpo todo queimava e eu queria mais e mais daquilo, do toque dele, do beijo dele. Agarrei em seus cabelos mais uma vez e o puxei, o fazendo olhar em meus olhos e entender meu pedido para que me beijasse de novo, mas infelizmente a felicidade durou pouco.

               "Harry, finalmente te achei!" Uma voz grossa fez nós dois pularmos de susto e nos afastarmos um do outro. Olhamos para a figura que se encontrava atrás de Harry e um cara de cabelos castanhos claros, assim como seus olhos, olhava para nós com um olhar quase que apavorado. "Desculpa interromper vocês, sério, mas eu preciso da sua ajuda agora, H. O Niall já tá quase caindo pelos cantos e arrumando confusão com qualquer um que vê pela frente. Eu não sei o que fazer!" Falou meio perdido e Harry bufou alto, olhou para o volume em sua calça e depois para mim.

              "Primeiro que eu não to muito melhor do que ele não e segundo que eu não sou a babá dele, você devia saber disso, Liam." Resmungou.

             Então Harry era amigo do dono da festa? Hm...

              "Por favor, Harry! Você sabe que aquele idiota nunca me escuta!" Liam disse desesperado.

               "Ah mas que inferno! Tudo bem!" Bufou mais uma vez e se virou para mim. "Por favor, me espera aqui. É sério, Louis, não vai embora." Pediu olhando em meus olhos.

                "Eu não vou." Dei um sorriso que ele retribuiu de imediato, antes de sumir com o tal Liam por entre as pessoas. Encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos, respirando fundo. Meu coração ainda batia rápido demais e minhas pernas tremiam, eu estava uma bagunça.

            "Bela adormecida, te achei!" A voz de Lottie surgiu do nada e eu abri os olhos a encarando com desanimo. "Temos que ir."

            "Pode ir, eu vou ficar." Falei dando de ombros e ela riu alto, claramente mais bêbada que eu.

             "Ah claro, o senhor ansiedade que não consegue ir nem na padaria sozinho. É sério, Louis, a gente tem que ir. A mamãe já ligou umas quinze vezes e você sabe que se não voltarmos logo vamos ter que ouvir até o ano que vem." Falou cambaleando pro meu lado e me puxando pela mão.

              "Ah, vai pra merda, Lottie. Eu já tenho vinte e seis anos, a criança burra aqui é você. Cadê o Zayn? Pede para ele te levar e me da isso aqui." Arranquei um drink que ela segurava e comecei a tomar. "Some e vê se não me enche o saco."

              "Se você não for embora comigo agora eu vou começar um escândalo que você nunca irá esquecer, Louis. Eu to falando sério!" Disse aumentando a voz e puxando o drink de volta de minha mão.

               "Só tenta pra você ver..." Comecei e fui interrompido.

               "Que bom que achei os dois juntos, vamos embora agora, porque eu sinto cheiro de bebida exalando dos dois. Anda, go, go, go." Zayn chegou pegando o drink de Lottie e me puxando pelo braço.

                  "Perdeu, otário." Lottie debochou e eu a empurrei com força, me virando e empurrando Zayn também, que não me soltou até chegarmos no carro.

     Flashback off

                 Louis está tonto, com o coração pulando em seu peito e uma ereção após lembrar tudo o que aconteceu. Quando volta correndo para a sacada, o carro de Harry não está mais lá. Louis se perdeu no tempo ao lembrar da noite passada e nem percebeu o outro partir com as duas meninas. Ele tenta sair do lugar, mas tudo parece o sufocar. Louis sai pelo quarto procurando pelo seu celular e procura o contato de Zayn o mais rápido que pode.

          Por favor Z, eu preciso que você venha pra cá agora.

           Ok, estou indo. É outra crise? Logo de manhã?

              Não é nenhuma crise Zayn, é algo pior. Vem pra cá agora.

     
             Chego em dez minutos.


            Harry Styles's point of view.

         "Harold, acorda. Já são quase 12h da manhã, não pense que vai ficar deitado aí toda manhã não. " Niall fala, me empurrando com força.

       "O que aconteceu comigo? Parece que um caminhão passou por cima de mim e ficou por uma eternidade" Falo, meio grogue ainda por ter acordado e por causa da ressaca.

       "Se você não se lembra, muito menos eu, mas o Liam deve saber. Agora levanta e vai tomar um banho gelado para se acordar." Diz num tom mandão.
  
        Depois de ficar uns minutos esfregando os olhos e olhando para o teto, pensando no que havia acontecido na noite anterior, fui até ao banheiro, tirei as minhas roupas e liguei o chuveiro. A água estava muito gelada, mas não estava tão ruim assim, pensei que quando eu entrasse no chuveiro, eu começaria a lembrar das coisas que fiz ontem, mas não consigo lembrar de absolutamente nada... Que estranho.
         Muito estranho.

        "HARRY! DESLIGA LOGO ESSA MERDA DE CHUVEIRO! QUEM PAGA AS CONTAS DA ÁGUA DEPOIS? ISSO MESMO! EU! ENTÃO SAI DAÍ AGORA!" O loiro fala, com um tom de irritação em sua voz.

         "Já estou saindo, mamãe." debocho de Niall, e ouço ele bufar do outro lado da porta.

         "A Gems tá aqui, ela disse que vai esperar você sair do banho pra levar ela até a casa da Charlotte" Niall diz e logo ouço a voz de Gemma falando com alguém no telefone.

         "Será que algum dia eu terei paz na minha vida?" Digo, com um tom dramático mas brincalhão. Pego uma camisa vermelha escura de Niall e uma calça skinny preta e me visto.

          "Irmãozinho, você precisa me levar na casa da Lottie, eu e ela marcamos de sair, e eu sei que você não vai negar uma carona pra gente, não é?" Gemma sempre teve tudo o que queria, deve ser porque ela é legal com todo mundo e sempre foi a queridinha do papai, e eu sempre gostei mais de minha mãe.

           "Tudo bem. Mas sem comidas dentro do meu carro, da última vez você lembra o que aconteceu." falo e logo pego as chaves do carro, e desço com Gemma logo atrás de mim.

         Entro no carro, coloco "I Like Me Better" para tocar, e dirijo até a casa de Lottie. Lottie... Esse nome não me parece estranho. Sei que a conheço por causa de Gemma, mas nunca a vi pessoalmente, é estranho, porque conheço quase todos os amigos de Gemma, menos Lottie.

          Chegando lá, vejo uma moça com cabelos rosa pastel, deve ser ela. O cachorro que a acompanhava corre assustado quando paro o carro e meus olhos acompanham o animal voltar correndo para a casa. "Eu não acredito que você teve a coragem de pedir para o seu irmão te trazer aqui sendo que você só mora dois quarteirões de distância, Gemma!" Lottie diz animada, dando a volta com Gemma até o meu lado e enquanto isso abaixo o vidro do motorista. Olho para a varanda de cima da casa, parando meu olhar em um rapaz baixo com cabelo meio bagunçado. Meus olhos se encontram com um belo par de olhos azuis, Jesus... Que olhos são aqueles? Parecem olhos de um anjo.
  
          "Ah, esse é o seu irmão? Prazer, meu nome é Charlotte, mas pode me chamar de Lottie." Ela estende a mão pra mim, e desvio o olhar que estava naquele belo rapaz e olho para ela, dando um sorriso e cumprimentando-a.

           "Meu nome é Harry, o prazer é todo meu"

           Quando tento encontrar aquele rapaz de novo, ele não estava mais lá. Já havia entrado de volta no quarto. Minha curiosidade em saber o nome dele era extremamente grande... Parece que já vi ele em algum lugar, queria muito perguntar para Lottie quem aquele rapaz era, mas fiquei quieto, não fiz uma pergunta sequer.

             "Nós vamos naquela cafeteria que abriu recentemente, qual é o nome mesmo?" Gemma pergunta para Lottie que já havia entrado no carro, simplesmente ignorando que seu cachorro havia corrido para dentro desesperado.

             "Hmm, acho que é Frechgate Cafe, é a preferida do meu irmão, Louis." Quando Lottie fala aquele nome, meu coração começa a acelerar tão rápido que pensei que teria um ataque cardíaco, ainda bem que estávamos perto daquele café, senão eu achava que iria morrer se não parasse de dirigir.

             "Ah sim." Gemma fala, e olha para o retrovisor do carro, percebendo que eu parecia que iria desmaiar a qualquer tempo se não parasse o carro. "Você tá bem? Não quer nos deixar aqui? O café é uma quadra a mais, não vamos morrer se caminharmos."

            "Pode ser, quer que eu busque vocês depois?" falo, ainda pensando naquele nome. Louis... Será que era aquele rapaz com belo par de olhos azuis me olhando hoje? Só pode ser ele, não vi outro cara naquela casa além dele, Lottie só deve ter ele de irmão.

             "Não precisa, eu e Gemma pegamos um metrô. Obrigada pela carona Harry, foi bom te conhecer." Lottie diz e logo em seguida abre a porta do carro juntamente com a minha irmã. Me despeço das duas e dirijo até a casa de Kendall.

             Kendall é a minha namorada, ela não costuma ir à cafeterias e conversar, pelo contrário, sempre preferiu restaurantes caros, daqueles que colocam até rosas na mesa se pedirem. Muitas pessoas não gostavam dela, deve ser pelo fato de Kendall às vezes humilhar algumas pessoas, simplesmente por ser rica. Eu sei que ela não fazia isso por querer, sei que no fundo ela é uma ótima pessoa.

              Quando chego na casa dela, desço do carro, vou até o portão e toco a campainha. A casa da família Jenner é tão grande que um dia quase me perdi lá dentro, se não fosse pela Kylie eu teria me perdido totalmente.

             "Oi gatinho" Kendall fala e logo me beija, ela me beijou tão devagar que eu tive que abrir meus olhos pra ver se ela iria parar ou não. "Hoje a casa é só nossa, não tem minha mãe para nos incomodar e nem a Kylie." Depois que ela fala isso, logo dá uma mordida no lábio inferior, com uma cara de malícia. Eu não quero transar hoje, eu ainda estava de ressaca, e era 13h da tarde, quem é que transa a essa hora?

             "Por que sua mãe e Kylie não estão em casa?" Pergunto e vou me sentando no sofá, pegando o celular.

             "Mamãe disse que tem negócios para resolver com o papai, acho que são sobre o divórcio deles, e Kylie foi até a casa de Kim." Ela me olha mexendo no celular e arqueia uma sobrancelha. "Se acha mesmo que vai ficar aí sentado mexendo no celular, está muito enganado mocinho." Kendall pega o celular de minha mão e joga no outro lado do sofá. Depois de ter feito isso, ela sobe em cima do meu colo e começa a me beijar.

               "Kendall..." interrompo o beijo, mas ela continua me beijando. "Kendall, eu não estou afim de transar hoje, será que dá pra gente fazer outra coisa?" Tento tirar ela do meu colo mas ela já estava tirando a roupa.

                "Não me quer mais, Styles?" Ela fala, colocando a mão dela dentro da minha calça.
          
               "Kendall, eu já disse que não quero transar." falo em um tom firme. "Sempre que venho aqui, você da um jeito de tentar transar comigo, é só isso que você quer? Se sim, eu vou embora."

               "O que deu em você hoje? É essa maldita ressaca? Eu te avisei pra não ir naquela porra de festa ontem, e você foi. Você nunca me escuta." ela sai do meu colo, coloca a blusa, e sobe as escadas indo em direção ao quarto dela.

                "Ei, Kendall, espera" digo e logo vou atrás dela. "Desculpa, tá? Acho que não estou de bom humor hoje, é isso. Você tem razão, eu não deveria ter ido naquela festa ontem, na próxima vez, passarei o fim de semana com você, ok?" Puxo ela para um beijo. "Mas agora vou pra casa, preciso tomar um remédio e descansar, minha cabeça parece que vai explodir. Boa noite, dorme bem, e se cuida." Dei meu melhor sorriso.

               "Tá bem, desculpo você. Mas da próxima vez vou te punir, e você sabe como." ela ri, e me dá um último beijo.

        Eu sei que é estranho, mas ultimamente eu não ando sentindo muito tesão com a Kendall, sei lá, na última vez que transamos eu fingi que estava gostando, mas na verdade, eu não sentia nada... Não sei o que está acontecendo comigo, será que estou perdendo o interesse na minha namorada? Não, não pode ser possível, eu amo Kendall, amo demais.

               
               
  
  
               

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