Sombras do Desejo (Romance Lé...

By CarolRosa86

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Paola é uma mulher de 22 anos que, devido a uma gravidez aos 17 anos, viu sua vida virar de cabeça para baixo... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52 - Final

Capítulo 34

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By CarolRosa86

Dizem que quando você se apaixona você perde completamente a noção de tudo. Suas obrigações ficam em segundo plano, sua razão é colocada de lado, tudo fica pra lá. Eu estava tão entorpecida por aquelas sensações, com tanta vontade de ficar com Paola, que, em plena manhã de segunda-feira, estava largando – abandonando mesmo – meu trabalho, para levá-la a um motel.

Eu tinha uma reunião naquele dia, mas eu não me importava com nada mais, só com meus sentimentos e com Paola, em demostrar para ela o quanto eu a queria comigo, me guiando apenas pelo nosso desejo.

Após ouvi-la dizer para enlouquecermos juntas, eu me deixei ir. Não falamos nada durante todo o trajeto, só trocávamos olhares e sorrisos, enquanto nossas mãos ficavam juntas a todo momento. Eu não disse onde estávamos indo, só fui, e ela me seguiu, creio que ela sabia nosso destino e ela queria, tanto quanto eu, ir também.

Meu corpo ardia em desejo por ela, suas pupilas dilatadas me diziam que ela também segurava seu desejo, mantendo aquele ar de expectativa e pressa sobre nós duas.

Eu ainda tinha dúvidas? Claro que sim, eu não sabia até que ponto ela estava disposta a aguentar meus medos, o quanto das minhas feridas poderiam respingar nela, tantas coisas revoavam minha cabeça, mas eu não queria pensar naquilo, pelo menos não naquele instante.

Entramos no motel e me senti até um pouco mais leve, porque iria me entregar ao desejo que estava me matando. Fizemos os trâmites e subimos para um dos quartos.

Paola entrou primeiro e foi observando todos os detalhes da suíte, enquanto meus olhos escaneavam cada parte de seu corpo, cada trejeito dela, cada reação, por mínima que fosse e, o que mais me impressionava em tudo aquilo, era ver o quanto ela, mesmo depois de se entregar tantas vezes a mim, ainda conseguia ficar levemente constrangida, corada, antes de termos certas intimidades.

- Estava louca para ficar sozinha com você, sem medo de ninguém nos atrapalhar. - Falei suavemente, me aproximando dela que observava a pequena cascata pelo vidro que separava o quarto da piscina.

- Isso tudo parece um sonho ainda. - Paola falou num sussurro, sem mantendo de costas para mim.

Aproximei-me e envolvi seu corpo com meus braços, colando meu corpo ao dela e encostando meu nariz em seu pescoço, aspirando seu perfume doce e suave. Era como o paraíso ouvi-la suspirar com meu toque.

- Se for um sonho, não quero acordar nunca. - Falei sorrindo de leve e sentindo ela apoiar suas mãos sobre meus braços.

Paola, num movimento lento, se virou e ficou de frente para mim, fitando meus olhos de forma intensa e apaixonada. Era tão maravilhoso me ver refletida neles, era algo inexplicável e, ao mesmo tempo, lindo.

- Você é tão linda. - Ela falou, levando a mão ao meu rosto e acariciando de leve, algo que me fez liberar um suspiro.

- Linda é você. - Falei dando um beijo na palma de sua mão e, sem aguentar mais, tomando seus lábios de maneira faminta e cheia de desejo.

Eu queria aquela mulher como nunca quis nenhuma mulher em toda minha vida. Não queria ser racional, paciente, nada. Eu queria Paola só para mim e nada, nem ninguém, poderia mudar esse desejo que me invadiu feito um vulcão em erupção.

Quando minha língua invadiu sua boca, ela gemeu baixo, me fazendo arrepiar dos pés a cabeça. Sua língua quente e macia, dançava com a minha numa sincronia perfeita. Nossos lábios pareciam que foram feitos para se encaixarem, como num quebra cabeças. Pode parecer exagero, mas era como eu sentia ao beijá-la.

Senti seus dedos entrelaçados com meus cabelos, puxando e me causando uma sensação de dor que, consequentemente, me proporcionavam um tesão animal. Agarrei suas pernas a impulsionando e a puxando para meu colo.

Paola, se agarrou em mim e entrelaçou suas pernas em minha cintura, me permitindo levá-la onde eu quisesse, então, numa sensação de desespero, caminhei com ela até a cama, gigantesca, e depositei seu corpo com o meu sobre.

Puxei a blusa que ela usava com tanta ânsia, que pensei que rasgaria a peça, mas, quando consegui tirar, me deparei com a visão de seu tronco desnudo. Não era a primeira vez que a via assim, mas, era a primeira vez que a via. Não sei se me entendem. Eu sentia que aquela seria a primeira vez que a amaria de verdade e, portanto, era a primeira vez que a via como ela é, com seu corpo totalmente entregue para mim.

Eu me sentia emocionada e, num ato impulsivo, deixei meus dedos resvalarem por sua pele, que, logo se ouriçou, arrepiando e reagindo ao meu toque. Eu estava tão hipnotizada por aquele momento, que fiquei em silêncio, a olhando.

- Tá tudo bem? - Paola perguntou, levando as mãos sobre seu corpo. Creio eu que com vergonha de meus olhos.

- Não se tapa. - Falei segurando sua mão com carinho e a impedindo. - Adoro a reação de sua pele quando te toco. - Olhei em seus olhos e pude notá-la corada. - Amo saber que sente meu toque dessa maneira tão intensa.

Paola sorriu e retirou as mãos da frente, me permitindo vê-la. Sentia minha boca salivar e uma sede imensa me dominar. Aproximei nossos lábios e a beijei como nunca, despejando minha paixão, todos os meus sentimentos naquele ato. Ela, tão sedenta quanto eu, me recebeu com a mesma vontade, capturando meus lábios com desejo.

Terminei o beijo com uma mordida leve em seu lábio inferior e fui descendo minha boca por seu queixo, pescoço, dorso e seio. Esses já pronunciados por causa da excitação ao qual estávamos entregues.

Os seios de Paola são lindos, eu sabia que ela tinha vergonha de algumas pequenas marcas em seu corpo, mas, para mim, nenhuma delas era significante. Eram marcas que representavam sua luta, sua caminhada até ali, que existiam por um lindo motivo que era o fato dela ter gerado uma vida. Aquelas marcas, significavam o quão maravilhosa ela é e isso me enchia de ternura.

Coloquei um de seus seios em minha boca, chupando e lambendo lentamente, sentindo toda a textura e sabor deles e ouvindo ela liberar um gemido abafado, aferrando suas mãos em meus cabelos.

Enquanto me dedicava a seus seios, percebi suas mãos ansiosas buscarem os botões de minha camisa social. Ergui meu corpo, me sentando sobre ela e permitindo que ela a abrisse ansiosamente.

Seus olhos faiscaram ao me verem com a blusa aberta. "Será que para ela é como é para mim?" perguntei-me sentindo uma alegria maiúscula me dominar. Retirei a blusa sob seu olhar e levei as mãos aos botões de sua calça, abrindo-os e a puxando, para poder vê-la sem aquela peça tão indesejável. Tirei a minha me sentindo afoita e voltei a me colocar sobre seu corpo.

- Você é muito linda. - Falei beijando seu pescoço, oferecido a mim com tanta facilidade.

Lambi seu pescoço, deixando minha língua passear por todo ele, ouvindo os suspiros liberados por Paola, que estremecia com meu contato.

Enquanto suas mãos perambulavam por meu corpo, me arrepiando, deslizei a minha por entre nossos corpos, tocando levemente seu sexo, ainda coberto pelo tecido da calcinha que ela usava.

Fiquei louca ao sentir o tamanho de sua excitação. Paola estava muito molhada e gemeu baixo ao sentir o leve toque de meus dedos. Eu perdi a noção de tudo, um desejo monstruoso me dominou.

Abocanhei o bico rijo de seu seio com fome, sugando, mordendo e lambendo com intensidade. Paola liberou um gemido rouco, se aferrando a mim e entrelaçando suas pernas na minha cintura.

Nossos corpos se roçavam e, mesmo com toda a refrigeração, suávamos compulsivamente, sentindo o calor que emanavam de nós se envolverem naquele instante tão intenso entre nós duas.

Ofegante, ela levou as mãos a minha calcinha, a puxando e retirando de mim, que nada fiz para impedir, só deixei que ela o fizesse, pois também queria sentir seu corpo junto ao meu sem nada se interpondo entre nosso prazer. Após retirar a minha, num movimento rápido, ela nos virou na cama, ficando sobre mim e me beijando com ardor.

Paola estava tão entregue quanto eu, com tanta vontade quanto eu e não pensou duas vezes antes de retirar sua peça íntima também, se mostrando totalmente nua a minha frente.

Minhas mãos, ansiosas, tocavam sua pele e decorava os caminhos de seu corpo. Corpo esse que ela colocou sobre mim, se sentando em meu ventre e me olhando com os olhos em chamas. Minhas mãos apertavam sua cintura e as delas acariciavam meus seios, num ato quase servil.

- Eu quero você em mim. - Paola sussurrou me olhando nos olhos, enquanto seu quadril se movimentava lentamente, me fazendo jogar a cabeça para trás por tamanha excitação.

Eu nunca acreditei que pudesse, alguma vez na vida, me excitar tanto, sentir tanto tesão só com esse roçar de corpos. Que pudesse sentir que gozaria a qualquer momento só em olhar a cara de prazer da minha parceira, ou, o mais simples, ouvi-la suspirar, gemer. Tudo isso parecia uma dessas lendas urbanas, daquelas que você conta para dar alguma lição de moral em alguém. Mas agora, este momento com ela, me fazia crer totalmente o contrário, eu estava no limite.

Endoidei quando Paola, sensualmente, segurou minha mão e, num movimento lento, começou a beijar meus dedos. Começou pelas pontas, distribuindo beijos delicados e inocentes, percorrendo toda sua extensão. Depois, começou a passar sua língua por eles, me fazendo tremer de tesão com aquela imagem. Logo ela estava sugando-os e umedecendo com sua saliva. Tudo isso com os olhos fixos nos meus, que a observavam sentindo meu peito subir e descer, enquanto a respiração ficava cada vez mais pesada.

- Vem... faz amor comigo, Fernanda... - Sussurrou resvalando meus dedos, que estava em sua boca, por seu corpo, os levando até seu sexo, encharcado por sua excitação. - Me toma... forte...

Se havia algum resquício de autocontrole, ali, com aquelas palavras, eu perdi. Ela me pediu para tomá-la, para fazer amor com ela e eu nunca poderia negar aquilo. Ergui meu corpo e tomei sua boca sedenta, passeando minha língua pela sua, saboreando seu beijo tão sôfrego quanto o meu, enquanto resvalei dois dedos para seu interior, sentindo seu calor e umidade.

Paola gemeu alto, afastando sua boca da minha e jogando sua cabeça em meu ombro, começando, lentamente, a rebolar em meus dedos. Meu tesão era tanto que não tinha controle de meus desejos. Beijei seu ombro, pescoço, seus seios, tudo que eu podia alcançar com minha boca e ela arranhava minhas costas, suspirando e gemendo em meu ouvido, o que me deixava mais louca ainda.

- É assim que você quer? - Perguntei ofegante em seu ouvido, escutando um suspiro longo.

- Mais... eu quero mais... - Ela respondeu com dificuldade, aumentando seu rebolado e me levando ao delírio.

Paola começou um movimento de cavalgar, indo mais rápido. Seus movimentos estavam me deixando fora de mim, totalmente entorpecida por aquela cena tão erótica e delirante. Ela mordeu meu ombro, me fazendo gemer alto num misto de dor e êxtase.

Eu sabia que ela não demoraria a chegar, seus movimentos me mostravam isso. Eu estava tão envolvida que sentia que também estava chegando ao meu limite, o meu clímax. Trocamos um beijo desesperado e percebi os músculos de seu sexo pressionarem meus dedos, entregando seu ápice.

Paola gemeu alto, murmurando diversas coisas, algumas que não entendia, outras que me mostravam seus sentimentos por mim. Ela começou a convulsionar em meus braços, estremecendo devido à intensidade do orgasmo que a atingia e eu, é engraçado dizer, alcancei o mais intenso e libertador orgasmo de minha vida, sentindo meu corpo tremer junto ao dela.

Estávamos exautas, eu não consegui conter a moleza que me dominou. Deixamos nossos corpos tombarem lentamente sobre aquela cama. Arfantes, mas entregues, uma a outra. Paola respirava com dificuldade, meu peito subia e descia, enquanto meu coração parecia que explodiria a qualquer momento, mas estava feliz, por estar com ela.

Paola, abraçada a mim, enfiou seu rosto em meu pescoço e eu sorria ao sentir sua respiração se chocar com minha pele, enquanto eu acariciava seu corpo suado.

Não falamos nada, pelo menos por alguns poucos minutos, nossas respirações eram as únicas coisas que se ouvia naquele quarto que parecia o deserto do Saara de tanto calor que emanava. "Nunca me senti tão feliz antes." pensei me aferrando a ela e aproveitando seu aconchego.

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Acreditam em loucura? Espero que sim, pois eu estou vivendo uma agora mesmo. Não são nem 11:00 da manhã, de uma segunda-feira e eu estou aqui, deitada em uma cama de motel, nos braços de Fernanda, depois de fazermos amor como nunca imaginei que poderia fazer com alguém em toda minha vida.

Eu não tenho com o que comparar, até porque o único parceiro que tive toda minha vida foi meu ex, mas, eu tenho certeza que nunca encontrarei alguém que me faça sentir o que Fernanda me faz sentir quando faz amor comigo.

Agora mesmo eu fui aos céus com seus toques, com seu sexo sem limites. Ela me faz sentir vontade de fazer coisas que sempre imaginei que nunca faria na vida. Com Fernanda, eu me sinto ousada, livre e capaz de qualquer coisa. Seus beijos me enlouquecem, seus toques, mesmo sobre a roupa, desnudam minha alma, sua voz me hipnotiza, me deixando totalmente entregue.

Após chegar um dos mais intensos orgasmos de minha vida, estou aqui, deitada nessa cama, com minha perna sobre e perna de Fernanda, acariciando seu ombro enquanto meu nariz está em seu pescoço, sentindo seu cheiro tão maravilhoso. Estamos cansadas, mas eu não quero parar, não quero ir embora daqui nunca mais.

Dou um beijo leve em seu pescoço, o que a faz sorrir e me olhar. Seus olhos, agora, estão serenos e doces, mas ainda consigo sentir a ardência de sua paixão ali.

- Tudo bem? - Ela pergunta me fazendo sorrir.

- Tudo ótimo. - Respondo dando um beijo delicado em seus lábios. São tão macios e gostosos. "Não é crime me viciar neles, é?"

Fernanda leva a mão a meu rosto e acaricia de leve, me deixando mole com seu contato.

- Adoro quando você fecha os olhos assim. - Ela falou me fazendo sorrir.

- Ahh é?! Posso saber o porquê? - Perguntei brincando, mas sabia que me derreteria com a resposta. Ela tem feito muito isso comigo.

- Porque mostra sua serenidade, sua docilidade e encanto. - Respondeu esfregando seu nariz no meu, me fazendo abrir mais o sorriso ainda.

- Você não existe! - Exclamei rindo. - Espero que não seja de ninguém, pois não vou devolver. - Brinquei e ela gargalhou, me puxando para cima de si.

- Só tenho uma dona e essa dona é você... - Falou me olhando nos olhos, o que fez minha respiração suspender imediatamente. - Se você quiser.

Era o que eu estava pensando? Ela estava pendido para termos algo sério? Era isso? Um pedido de namoro? Aí meu Deus! Vou desmaiar.

- É sério? - Perguntei com um nó na garganta.

- Se você quiser. - Repetiu a última frase, me fazendo quase ter um ataque cardíaco.

- É claro que quero. - Respondi apressadamente, dando um beijo em sua boca, cheio de paixão.

Dessa vez foi ela quem nos virou na cama, se colocando sobre mim e me beijando de maneira profunda e com esmero. Sentia sua boca colada a minha, a textura de seus lábios doces e macios, sua língua tocando a minha, num deslizar calmo e delicioso. Tudo naquilo era perfeito. Ela é perfeita.

- Tô tão feliz. - Falei após encerrarmos o beijo. - Eu esperei tanto por isso... por você.

- Mas agora não precisa esperar mais... pois eu vou ficar aqui com você sempre. - Fernanda respondeu me dando um selinho.

Era felicidade demais. Eu só não posso dizer que poderia morrer ali que morreria feliz porque tenho o Gabriel e só a ideia de morrer e deixá-lo me levava a loucura. "A gente precisa conversar sobre isso" pensei e pude notar, pelo semblante dela, que o meu havia mudado naquele instante.

- Tudo bem, Paola? - Fernanda perguntou visivelmente preocupada comigo e minha "nova" postura.

Olhei para ela e suspirei. Precisávamos estender um pouco mais aquela conversa, afinal, haviam algumas coisas que não tinham sido pontuadas. Ergui um pouco meu corpo, me sentando na cama e ela se sentou de frente para mim. Confesso que o corpo dela é maravilhoso.

- Precisamos conversar sobre algumas coisas. - Falei e ela logo ficou séria, estava na cara que ela sabia do que se tratava.

- Diga.

- Eu, realmente, quero ficar com você, ter um relacionamento com você e, pode ter certeza, nada do que falei até aqui foi mentira, invenção ou resultado da excitação... - Comecei, buscando as melhores palavras para me fazer entender. Ela me escutava atentamente. - Mas... precisamos ir com calma... você sabe que tem algumas coisas na minha vida que...

Fernanda me interrompeu, tocando minha perna. - Ei... fica tranquila, eu não vou forçar nada... - Sorriu de lado. - Apesar que eu sou um pouco impulsiva... Mas, eu sei que você tem uma família e que precisa de tempo para resolver algumas coisas. - Falou abaixando a cabeça, visivelmente chateada.

- Sobre minha família, a única pessoa que me importa tem 4 aninhos e é meu filho. - Falei decidida, pois ele é minha única preocupação na vida.

Após falar isso, um silêncio se apossou do ambiente, me fazendo sentir um pouco incômoda. Realmente não sei como é a relação de Fernanda com crianças, meu filho é amoroso, carinhoso e uma criança maravilhosa. Não o digo por Gabriel ter nascido de mim, mas por ver como ele se porta todo o momento. Com jeito, tenho certeza que ele amará Fernanda, mas vai depender mais dela que dele.

- Quero conhecê-lo. - Fernanda falou, cortando o silêncio.

- Oi?!

- Seu filho... quero conhecê-lo... ele é importante para você e... o que é importante para você é pra mim também. - Falou de um jeito tímido que nem eu sabia que ela tinha. Aquilo fez meu coração saltar uma batida.

Aproximei-me dela, a abraçando e dando um beijinho em seus lábios, sendo recebida por seus braços que me envolveram.

- Ele vai te adorar. - Falei vendo um riso surgir em seus lábios. - Só ter calma, afinal ele é pequeno. - Disse e ela balançou a cabeça num sim, mas voltou a ficar séria após alguns segundos.

- E seu... - Mordeu o lábio contrariada. - Marido.

- Anderson?! - Falei por impulso e ela fechou mais a cara ainda.

- Esse mesmo. - Respondeu séria, me fazendo rir e abraçá-la mais forte.

- Com ele você não precisa se preocupar, afinal, ex não tem vez em minha vida. - Falei e ela me encarou espantada. - Eu estou botando um ponto final nessa "relação"... já até busquei uma casa para viver com meu filho, longe dele. - Expliquei e ela, inevitavelmente, abriu um sorriso realizado.

- Me explica isso. - Pediu.

Contei para Fernanda sobre como era meu relacionamento com Anderson, seu jeito machista e despreocupado, sempre mantendo em cima dos meus ombros a responsabilidade de manter a casa. Como me sentia desgastada e o ponto final que foi ele pegar o dinheiro da babá de nosso filho.

Falei também que ele estava lá em casa devido ao acidente que quebrou sua perna, mas que agora, como ele estava bem, decidi me mudar e já tinha até uma casa para ir. Claro, poupei ela de algumas coisas, até porque, querendo ou não, ele era meu ex e não seria correto trazer coisas de relacionamentos passados para o agora.

- Então está livre pra mim? - Ela perguntou me jogando deitada na cama com ela sobre mim. - Só pra mim?

Ri alto com sua atitude animada. - Sim... mas, é recente e Gabriel gosta muito do pai... por isso quero que a gente vá com calma. Não quero assustá-lo. - Expliquei e ela meneou a cabeça apressadamente em um sim.

- Vamos como você quiser, mas agora você é minha. - Falou me beijando amorosamente.

Eu sabia que teríamos que nos policiar muito para não metermos os pés pelas mãos, afinal, estávamos envolvidas demais, porém, eu estava focada em ficar com ela, em viver aquele relacionamento que, para muitos, parecia torto, mas, que para mim, era perfeito.

Passamos o nosso dia ali, naquele quarto de motel, não por mim, mas por Fernanda que disse que não arredaríamos o pé dali enquanto não aproveitássemos até o último minuto de nosso dia. Eu fiquei preocupada? Sim, mas fiz questão de desfrutar cada segundo ao lado da mulher que vem fazendo meus dias mais coloridos e felizes. 

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Mais um. 
Esse eu não consegui revisar direito, então, se encontrarem algum errinho, peço desculpas. Assim que puder vou revisar novamente.
Beijos e espero que gostem. 

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