90 Por Cento: Los Angeles [To...

By theosgood

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{CONCLUÍDA} Continuação de 90 Por Cento (https://goo.gl/iMHeHv) Ela havia esperado aquilo por meses. Ele havi... More

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By theosgood

Aqui estava um fato engraçado: quando Helena chegou em Los Angeles, Harrison havia falado que iria ficar aquele mês na casa de Jacob para poder dar privacidade para o casal alegria. E durante a uma semana que Helena estava nos Estados Unidos, Harrison havia ido para a casa e dormido lá durante quatro dias. Então, pelas contas de Helena, ele não iria ficar na casa de Jacob coisa nenhuma.

O que honestamente ela gostava, já que nem sempre ele precisava sair com Tom e ela não se sentia tão sozinha com ele por perto. E Harrison era bastante divertido, apesar de geralmente achar que Helena só falava bosta. Tudo bem, segue o baile.

Helena estava especialmente feliz naquele dia por um motivo muito, muito importante: ela havia combinado uma chamada de vídeo via Skype com Eduarda, Gisele e Juliano. E ok, fazia apenas uma semana que ela estava longe de Brasil, mas aqueles eram seus melhores amigos da vida inteira e ela precisava manter contato com eles de alguma maneira.

Havia pedido o notebook de Tom emprestado – e agora ela pensava o quanto havia burra por não ter levado o próprio notebook para os Estados Unidos, mas tudo bem – e estava conectada à própria conta já, apenas esperando que a chamada de vídeo começasse. O que, pelo horário marcado entre os quatro, seria dali quinze minutos. Se ela estava adiantada e ansiosa? Imagina.

— Lena? — Tom abriu a porta do quarto, entrando com apenas metade do corpo. — 'Tá tudo certo aí?

Ela sorriu, fazendo um sinal para que ele entrasse logo no quarto. Em segundos ele estava ao lado dela, sentando-se na cama e olhando para o aplicativo do Skype que estava aberto... Com absolutamente nada. Ele olhou do notebook para Helena, tentando entender o que estava acontecendo.

— Eu 'tô esperando. — ela balançou os ombros sem se sentir culpada por estar parecendo uma louca. — Vai que eles entram antes? 'Tô ansiosa.

— Tudo bem. — ele mal havia terminado de falar quando uma chamada de vídeo apareceu na tela.

Helena sentiu o coração acelerar, nem se dando o trabalho de ajeitar a coluna antes de poder clicar para aceitar a chamada. Porém, antes que seu indicador encontrasse o touchpad do notebook, ela sentiu a mão de Tom segurá-la, impedindo-a de clicar no botão verde.

— Quer que eu saia? — ele franziu as sobrancelhas parecendo meio incerto.

— Claro que não! — Helena até entendia que Tom apenas queria lhe dar privacidade, mas era levemente ofensivo que ele pensasse que ela realmente iria privá-lo de seus melhores amigos por tanto tempo assim. — Já passou da hora de você ver a carinha dos meus melhores amigos, você não acha?

Tom sorriu, soltando a mão dela e finalmente deixando-a aceitar a chamada de vídeo. Do outro lado da tela ela viu os rostos sorridentes de Eduarda, Gisele e Juliano. Helena também sorriu, sentindo o coração dar um pequeno salto. Uma semana longe dos melhores amigos. Ela já havia ficado mais tempo que aquilo sem vê-los, mas mesmo assim parecia que a distância física interferia. E olha que ela conversava com eles por Whatsapp quase sempre.

— Lena! Que saudade de você, menina! — Gisele foi a primeira e se manifestar, tomando o cuidado de falar inglês para que Tom também entendesse. — Ah, ela finalmente decidiu te apresentar pra nós?

— Parece que sim. — Tom se sentia bastante sem graça, vendo três pessoas espremidas para caberem no alcance da câmera. — É um prazer finalmente conhecer vocês.

— Eu não acredito que você namora mesmo com ela. — Eduarda revirou os olhos, mantendo porém um enorme sorriso no rosto. — Falta de opção não é. Você é doido?

— Eduarda! Porra! — Helena franziu as sobrancelhas para a amiga, falando o palavrão em português mesmo, querendo atravessar a tela do notebook e arrancar os cabelos da garota.

Ao seu lado Tom começou a rir. Era como no dia em que ela havia conhecido o elenco da Marvel, com todos fazendo a piada de "nossa, por que você namora com ele?", só que invertido. Agora ela seria obrigada a ouvir aquelas piadinhas. Pra que mesmo ela tinha amigos?

— Não sei muito bem. — ele balançou os ombros, passando o braço ao redor de Helena e se aproximando mais dela. — Quer dizer, eu realmente gosto muito dela...

— Ai, não comecem com a melação, pelo amor. — Juliano revirou os olhos e balançou a mão, mas assim como Eduarda ele também sorria. Aqueles eram seus amigos: amavam um romance mas nunca admitiriam. — A Helena já te faz passar muita vergonha dando uma de turista?

— Vocês me ligaram para conversar comigo ou com o meu namorado? Não 'tô entendendo. — Helena disse antes mesmo que Tom pudesse responder a pergunta do melhor amigo.

— Ai Helena, com você a gente fala quando quiser, mas vai saber quando vai ser a próxima vez que vamos poder falar com Tom Holland, né.

Eles continuaram conversando por mais alguns minutos, os três praticamente falando apenas com Tom. E ok, Helena queria que os amigos e o namorado se dessem bem, mas ela queria poder fazer parte da conversa também. Por isso, ao ouvir um barulho de alguma coisa caindo no chão, ela soube exatamente o que precisava fazer.

— Harrison! — ela realmente gritou, assustando a todos. — Harrison! Vem cá! Por favor!

— Lena, o que aconteceu? — o rapaz apareceu na porta com o cabelo todo molhado, apenas com uma bermuda e o peito também molhado. Helena não sabia que ele estava saindo do banho, coitado. Nem havia dado tempo do garoto se secar direito. — Tom, o que você fez?

— Eu não fiz nada!

— Haz, vem cá, vem me salvar desses três monstros que só querem saber do meu namorado famosinho. — ela revirou os olhos, fazendo um sinal para que Harrison se juntasse a ela e Tom na cama.

— Três monstros? — o garoto franziu as sobrancelhas, indo até a cama e se sentando ao lado de Helena, deixando-a no meio.

O ângulo que o notebook fazia no colo de Helena não permitia que eles fossem vistos de corpo inteiro pela câmera, apenas até um pouco acima da cintura. Porém mesmo com tão pouco do corpo sendo mostrado, a chegada de Harrison foi o bastante para fazer com que três pares de sobrancelhas brasileiras fossem levantadas.

— Caralho. Que delícia. — Eduarda falou em português, olhando diretamente para Harrison. Com dois pequenos segundos de atraso, todos os brasileiros começaram a rir. Helena viu Harrison e Tom se olharem confusos mas fingiu que nada havia acontecido. — Não é querendo ofender, Lena, mas com essa delícia aí do seu lado, como você consegue ser fiel ao Tom?

— Eu amo o Tom. — Helena respondeu em português, recebendo um olhar curioso do namorado que provavelmente havia entendido apenas o próprio nome.

— Você é uma filha da puta sortuda, isso sim. — Juliano estreitou os olhos, ainda falando em português. Helena contava os minutos para que os dois ao seu lado perdessem a paciência. — Seja boazinha com a gente e peça pro seu namorado também tirar a camisa.

— Quê?! Não! Louco!

— Então, Lena... — Harrison falou após limpar a garganta, impedindo que o diálogo entre os brasileiros continuasse. — Sem querer ser o cara chato, mas você me chamou aqui pra ficar te ouvindo falar em português com seus amigos? Sem nem me apresentar pra ninguém?

— Desculpa. — ela sorriu para ele, vendo os três trocarem olhares que ela sabia serem completamente depravados. — Haz, estes são Juliano, Gisele e Eduarda, meus melhores amigos no Brasil. Gente, esse é o Haz, o melhor amigo do Tom.

— Oi, Haz! — Gisele deu um sorriso que gelou o estômago de Helena, o mesmo que ela havia apelidado de "a Gisele está prestes a aprontar". — É um prazer te conhecer.

— Digo o mesmo. — ele respondeu na simpatia total, provavelmente sem perceber a maneira como Gisele havia dado ênfase na palavra prazer.

— Haz, você é o terceiro elemento da relação aí? — Eduarda mordeu o próprio lábio, claramente segurando uma risada.

— Não! — Harrison e Tom responderam exatamente ao mesmo tempo, ambos parecendo completamente assustados com a ideia. Helena estreitou os olhos na direção dos amigos, balançando a cabeça negativamente e reprovando a pergunta que havia sido feita.

— Eu nunca mais vou deixar vocês conversarem com os dois. Sério. — Helena queria matar os três, que agoram riam sem parar. Ela sentia que tudo o que havia feito naqueles minutos de conversa havia sido passar muita vergonha.

— Sério? Espera, dois caras maravilhosos e uma mulher incrível juntos e vocês nunca sequer cogitaram um poliamor? — Eduarda realmente não possuía papas na língua.

— Bom, antes da Helena, eu namorava com o Tom. — Harrison balançou os ombros, sorrindo. Graças a todos os deuses do universo ele estava levando tudo na brincadeira. — Mas aí a Lena chegou e eu perdi meu namorado. Honestamente, eu sou meio ciumento, então acho melhor deixar como está.

Logo os seis estavam rindo, ligando assunto atrás de assunto. Para o alívio de Helena, não demorou muito para que Harrison e Tom se sentissem mais à vontade com Gisele, Juliano e Eduarda, começando a responder as brincadeiras e fazer as próprias piadas, da melhor maneira de amigos que Helena havia torcido tanto para que acontecesse.

Eles haviam conversado por muito tempo, mais do que uma hora certamente, até que percebessem que já estava na hora de desligar, infelizmente. No fim havia acabado sendo bastante divertido. Após finalizar a chamada, Helena fechou o notebook e suspirou. Virou a cabeça de um lado para o outro, vendo que tanto Tom quanto Harrison olhavam para o aparelho eletrônico como se estivessem meio distantes.

— Desculpa pelas piadas sem graça. — ela torceu a boca. — Acho que eles esquecem que não é o mundo inteiro que está acostumado com a zoeira brasileira.

— Teve umas coisas estranhas mas no geral foi engraçado. — Tom balançou os ombros, se aproximando mais de Helena e lhe dando um longo beijo na bochecha.

— Ok, é a minha deixa. — Harrison se levantou da cama.

— Como assim, Haz? Achei que você fosse a terceira parte desse relacionamento. — Tom encarou a amigo e sorriu, recebendo apenas o dedo do meio enquanto ele saía do quarto.

Helena e Tom começaram a rir. Tudo bem, apesar de todos os pesares, tudo havia ocorrido bem. E ela havia matado um pouco da saudade dos amigos. O dia já havia valido a pena. 

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