Desci para a cozinha, quando a Yasmin adormeceu. Precisava lavar a louça do jantar. Havia me esquecido de como a Yasmin era dependente da mãe na época da escola. Eu fiz a janta, deu os remédios, limpei, arrumei, lavei, conversei, namorei... Ufa!
Quando terminei de lavar, secar e guardar a louça, sentei no sofá com uma latinha de cerveja e liguei a TV. Assisti o UFC masculino e adormeci.
Sonhei que a perdia em um acidente e acordei assustado.
Putz! Que alívio acordar!
Desliguei a TV e voltei para o quarto da Yasmin. Deitei ao seu lado com cuidado e a observei dormir.
_ Bom dia, puritano _ quase gargalhou.
Esfreguei meus olhos _O que?
_ Dormiu de roupa.
_ Ah! Sim. Estava cansado.
_ Descansou?
_ Sim _ sentei.
_ Pode me seguir _ tirou a camisola ficando de calcinha e sorriu antes de ir para o banheiro.
Fiquei duro só de vê-la.
Pensei em onde ela encontrou aquela roupa, e abri o seu armário. A Estela havia deixado o quarto da Yasmin intocado. Como ela sabia?
_ Chriis _ chamou do banheiro
Peguei uma toalha limpa e fui até ela _ Esqueceu a toalha? _ disfarcei pondo a toalha no gancho, perto do box.
Apareceu nua e molhada diante de mim quando abriu o box. Olhei em seus olhos me controlando ainda.
_ Vem me dá banho _ pediu.
_ Não sei _ apoiei o lado do meu corpo na parede e expirei indeciso, mas muito tentado a aceitar.
_ Vai rejeitar o convite de uma mulher nua que está te chamando para o chuveiro? Quem é você e o que fez com o meu namorado no cio?
_ Hey! Eu não tô no cio _ senti-me ofendido.
Gargalhou me abraçando e molhando minha roupa _ Agora você vai ter que tomar banho.
Mordi o meu lábio inferior sentindo o perfume do sabonete, em sua pele, subir com o vapor da água, sobre o seu corpo.
Desisti, tirei os tênis e minhas roupas deixando cair no chão e entrei no box agarrando a sua cintura nua e quente. Colei os nossos corpos e beijei os seus lábios. Senti as suas mãos em minhas costas, retribuindo o meu abraço.
Yasmin
Os olhos verdes do Chris sobre os meus, só me encorajavam a prosseguir tentando-o.
Sabia que estava louco pra dizer sim para um banho comigo, mas estava tão bonzinho desde o hospital. Parecia ter medo de me machucar.
Será que era isso?
Insistir foi a idéia mais feliz. Um abraço molhado foi o suficiente para convencer o Chris a entrar no banho comigo e...
As suas mãos circulavam os meus seios habilmente, enquanto os seus lábios não saiam dos meus, em um beijo envolvente que devorava o meu juízo.
Nem notei toda a sua necessidade até ele me pegar pelas coxas e me penetrar lentamente, mas constante. Se moveu para fora e para dentro olhando em meus olhos, observando as minhas reações.
Um gemido baixo, de prazer, escapou dos meus lábios. A expressão no rosto do Chris pareceu de tesão torturador e um gemido baixo soou em seus lábios também.
Uma estocada mais rápida foi seguida de muitas outras que me arrancaram uma enxorrada de gemidos durante o meu ogasmo rápido.
O Christopher tinha o olhar sobre o meu rosto quando voltei a fixar o seu rosto, depois. Continuou as estocadas um pouco mais rápidas e chegou ao ápice diante o meu olhar atento.
Havia algo de nostalgia naquele cena. Era estranho já que esta era a primeira vez que fazíamos amor assim.
Estávamos no seu carro estacionado. Ele me beijou e declinou os bancos ficamos quase deitados trocando carinhos.
_ Por que estamos aqui?
_ Porquê estou meio alto. Vamos esperar passar para eu poder dirigir.
_ Tão responsável _ brinquei.
_ Não quero machucar ninguém _ passou a mão pelo meu rosto _ Desculpa pela rapidinha. Você não pareceu curtir muito.
Esse comentário foi... Hã?
_ Só não gostei de como você ficou depois.
_ Me senti culpado por sua mudança e... ficou estranho.
Houve um silêncio e quando levantei o olhar para o seu rosto, ele havia adormecido. Eu não notei que eu mudei primeiro, mas pode ter sido.
Depois de um breve cochilo, ele acordou levantando no automático. Imitei. Depois de ajeitar os bancos, seguiu para a sua casa. Subimos as escadas sem fazer barulho.
Ele me levou para o seu banheiro e retirou a minha roupa, antes de tirar a sua. Entramos no chuveiro nos beijando, e abraçados. Beijava o meu pescoço e dava mordidas leves e demoradas, enquanto a sua mão explorava a minha intimidade com habilidade e posse.
A outra mão, acariciava um dos meus mamilos, e seus dedos na minha intimidade, concentravam as suas carícias sobre o meu clitóris. Tentei tirar a sua mão dali, quando o prazer aumentou, mas a mão que antes estava no meu seio, prendeu pelo pulso a mão que o impedia, contra a parede, no alto da minha cabeça. Aquilo foi excitante.
Conforme os seus movimentos aumentam, o calor do meu corpo e aquela sensação na base da espinha, também, e eu cheguei ao orgasmo, sem me importar com o olhar atento do Chris sobre o meu rosto.
Tão logo meus gemidos cessam, ele me beijou com as mãos nos meus seios e encaixou os nossos corpos.
Foi um longo e delicioso banho. Ele ensaboou o meu corpo, depois de gozar junto comigo. Tocou cada parte do meu corpo, com as mãos envolvidas em espuma cremosa.
O Christopher fez questão de me secar e me vestiu com uma camisa social de manga longa. Tirou foto de mim, assim, com o seu celular. Pôs na tela de descanso do mesmo.
Acordei com essa imagem na mente e vi o Chris adormecido com o braço ao meu redor.
Yasmin
_ Porque sinto que te amo?
_ Você me ama? _ falou depois de hesitar.
_ Sim _ engoli seco _ Mas isso parece algo tão maduro. É como se eu te amasse e te conhecesse há muito tempo.
_ Somos almas gêmeas _ sorriu.
_ Estou falando sério, Chris.
_ Eu também _ piscou para mim _ Eu sinto o mesmo por você _ o seu olhar varreu meu rosto e me sorriu de lado.
Por ordens médicas, eu não podia me esforçar de modo algum. Mas o Chris achou que devíamos sair um pouco e me levou até a praia de moto.
Conversamos muito. Rimos juntos. O Chris era extrovertido de um jeito carismático que me arrancava suspiros involuntários.
Mas havia mesmo algo de errado naquela situação que eu não conseguia entender.
Um grupo de garotas se aproximou querendo tirar fotos com o Chris.
_ Acho que vocês me confundiram com alguém _ desconversou.
Mas elas insistiram e ele se rendeu.
_ Talvez, se você resolver ser ator, este seja o seu futuro _ comentei.
_ É? Você acha que eu poderia ser bom e fazer carreira? _ fixou bem o meu olhar, com os seus olhos verdes e engoli seco, mas mantive o meu olhar no seu.
_ Sim _ foi só isso que saiu.
Depois de uns segundos de silêncio, ele segurou minha cintura nua e me beijou.
_ Vou seguir carreira, então. Quem sabe você faz o mesmo e viramos um casal de famosos?
_ Não. Eu vou ser médica _ saiu automaticamente e hesitei tentando lembrar de onde eu tirei isso.
O Chris me olhou espantado por uns segundos _ OK _ sorriu _ Vai tornar a minha vida um inferno. Mas é você quem escolhe o que vai fazer no futuro.
Chris
Aquilo foi como um soco no estômago. Num instante ela era a minha Yasmin, no outro era a candidata a médica que o Natan namorara. Tive um choque de realidade tremendo.
O dia seguiu sem problemas. O fantasma do Natan, que me assombrava, não voltou. Graças a Deus! Estive livre dele por muitos dias. Várias semanas se passaram.
Estávamos bem.