Friendzone

By HanaMochizuk

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Libertou os meus lábios para me ver sentada sobre ele. Gostava do que via, pois tinha uma expressão de admira... More

Christopher
Foi só uma aposta Christopher
É injusto eu te querer só para mim?
Desesperada de Amor
Excitante
Mudei por você
Funkboy
Mandinga boa
Sonho
Amigos
Medos
Estamos bem, será?
Sempre seremos amigos
Par romântico
Chocolates
Ser quem sou
Perda Total
Por você
Ame-me
Adam
Alma gêmea
Poderia ser o nosso bebê
Primavera
Sozinho
Você perguntou?
Sentir sua presença
Lembrança
Impulsos instintivos
Bad girl
Fim do pesadelo
Apaixonado
Voluntários
O certo a se fazer
O primeiro amor
Bad boy
Sábado
Preciso de você
Plano B
Não funciona
Festa do Natan
Ex
Tentação
O jantar
É assim que é morrer?
Morto por 31 segundos
Início da história na visão do Chris
Nervous
Mais...
Dias de paz
Sinto que te perdi
Mentiras de ninar
Poderia ser o nosso bebê
Por que não
Senti você
Fim do pesadelo
O love you till the end
Detalhes

Antes tarde do que nunca

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By HanaMochizuk

Era de manhã cedo. Eu estava saindo da sala de cirurgia depois de horas trabalhando em um paciente. Só me toquei que era muito cedo quando a voz sonolenta do Chris me disse alô.

_ Oi Chris! Te acordei. Me desculpa. Eu não sabia que era tão cedo.

_ Não não não. Tá tudo certo _ falou parecendo bem desperto, agora. Você me ligou.

_ Liguei. É... Então, eu tenho um emprego.

_ Que ótimo!

_ É não é? Sabe a sua proposta de me ajudar a encontrar uma casa para mim?

_ Ah, sim!

_ Ainda tá de pé?

Gargalhou _ Claro Yasmin. Eu tenho duas casas, que me parecem boas para você. Por coincidência, passei na imobiliária ontem. Quer almoçar comigo hoje? Daí podemos ver as casas. Elas ficam perto da praça.

_ Almoço? _ olhei no relógio na parede do hospital, contando o tempo de dormir um pouco e sair do hospital direto para o almoço com o Chris _ Meio Dia e meio tá bom pra você?

_ Tá ótimo!

Notei um sorriso na sua voz _ Combinado. Tchau.

_ Até mais.

Fui tomar uma ducha e dormir um pouco.

Se o paciente ficasse estável eu teria cinco horas de sono para me sentir humana de novo antes do almoço. Se não, eu iria voltar para a sala de cirurgia.

Vamos torcer para o melhor comum a todos.

Cheguei no restaurante que sempre frequentamos e nem sinal do Chris. Pedi um suco de abacaxi com hortelã, e fiquei contando o tempo que ele levava para chegar. Me propus a esperar meia hora, no máximo. Não iria esperar ele tranzar com alguma fã, antes de se lembrar de mim, se ele demorasse mais que isso para fazê-lo.

Imaginei a cena toda. Se ela loira ou morena... Magra ou gorda... Alta ou baixa. Ou se eram as três.

Foi quando o avistei através da porta de vidro do restaurante tirando fotos com umas fãs que o abordaram.

Seus olhos vinham para mim com ansiedade, mas sorria para cada flash sem demostrar nada para elas.

Sorriu aliviado quando notou que eu o vi. Sorri achando graça da sua situação e relaxei curtindo a cena real e o meu suco.

Ri muito dele, e quando finalmente veio até mim, estava encabulado.

_ Não ria de mim, por ficar preso na porta do restaurante? _ cobrou antes de me beijar o rosto e sentar.

_ Mas foi tão fofo! Você é amado. Fique orgulhoso.

_ Eu fico orgulhoso. Só não queria você pensando mal de mim. Você ficou uns dez minutos concentrados no seu suco. Imagino que me imaginava em um bacanal. Te conheço.

_ É, bem isso mesmo _ admiti.

_ Nunca vai me perdoar por eu ter sido quem fui antes de você, não é? _ falou sério em um tom triste.

De repente, me senti tão injusta com ele.

_ Eu não tenho que perdoar nada. Aquilo passou. Vejo que você mudou. Fico feliz por você. Me desculpa por ter sido cética por tanto tempo, quanto a sua mudança.

_ Acredita que te namorar me mudou? Fala sinceramente.

_ Acredito _ admiti lembrando de todo o seu comportamento após o nosso namoro.

_ Antes tarde do que nunca _ sorriu abrindo o cardápio. Penso que ficou muito feliz com isso.

Na época em que tudo aconteceu, não era pra ser. Eu não podia perdoá-lo. Mas hoje, depois de tanto tempo, e de todo amor e experiência que eu adquiri na vida e relacionamento com o Natan, sei que não quis perdoar o Chris, por um pouco de egoísmo e muita imaturidade.

O Natan era o melhor para mim, fato. Mas nem por isso, o Chris merecia o papel de vilão. Faltou maturidade para que eu admitisse para todos, inclusive o Chris, que o Natan era a melhor escolha e ponto. Sem culpa ou desculpas.

Logo, fizemos o pedido e almoçamos um tanto silenciosos.

Caminhamos juntos até a imobiliária. O Chris falava da sua experiência em ser dirigido pelo seu ídolo de infância.

A forma como imitava a voz do diretor com o mesmo timbre e trejeitos nos gestos me fazia morrer de rir. Estava tudo bem. Até que me desequilibrei e quase beijei o chão.

O Chris me puxou contra o seu peito, para impedir a minha queda, apoiando-me contra o seu peito. Assustada, fitei o seu peito largo e forte, diante de mim, na camiseta de malha branca. Levantei o olhar, encontrando o seu sobre mim.

Engoli seco, ao ver os seus lábios entreabertos e sentir o cheiro do seu hálito quente, com cheiro do chiclete de tutti-frut, que antes ele mascava.

Um instante de silêncio, antes que ele sorrisse de lado, quebrando o gelo.

Sorri de volta, me endireitando _ Desculpa. Parece que não consigo rir e caminhar ao mesmo tempo _ me auto repreendi.

_ Só te falta o apoio ao qual está acostumada. O Natan te faz falta, não?

_ Sim _ desviei o olhar.

_ Precisa de alguém para não te deixar cair, e proteger o seu bebê.

_ Não penso nisto.

_ Não!?

_ Como eu poderia encontrar alguém disposto a criar o filho de outro?

_ Alguém que te amasse, não veria problema algum em amar o seu filho como se fosse dele.

_ Como você pode saber? _ zombei.

_ Eu sei _ sorriu não me entendendo.

Chegamos a imobiliária e de lá para as duas casas que o Chris falou.

_ Este seria um bom quarto para o bebê _ falou de um quarto no fundo do corredor, como se visualizasse o lugar mobiliado _ Seu quarto poderia ser aquele _ apontou a porta a frente.

_ Vou precisar pintar e decorar para ser um quarto infantil.

_ Posso te ajudar.

_ Você tem certeza de que quer fazer isso? _ duvidei.

_ Com certeza _ tocou a minha barriga _ Já sabe se o quarto será rosa ou azul?

O seu toque me causou um arrepio de surpresa e fiquei desconcertada, mordi o lábio e neguei com a cabeça.

Tirou a mão quando notou.

_ Eu ficaria com esta casa _ disfarçou.

_ Prontos para decidir? _ disse o corretor antes de notar o clima, no quarto em que acabara de entrar _ Desculpa _ disse e ia saindo.

_ Não sai não _ o loiro o impediu _ Vamos ver a outra casa _ sorriu para mim, que assenti.

Seguimos para a outra casa, que era menor. Sorriu ao notar a minha decepção com o tamanho da casa.

_ Você parece ter sido bem mimada _ achou graça _ Essa casa é mesmo pequena so pra você e o bebe? _ quis saber.

_ É _ admiti meio envergonhada.

_ Também não moraria nela, mesmo sozinho _ confessou.

_ Eu sei. Não tem espaço para o seu ego _ provoquei.

Sorriu me olhando como se eu tivesse sido muito injusta, dizendo uma grande asneira.

_ O que você vai fazer depois daqui, doutora?

_ Não tenho planos e nem compromisso _ reparei.

_ Ótimo! Vem comigo e o meu ego. Vamos a praia.

_ Na praia. Não!

_ Porquê? _ gargalhou pensando no motivo da minha exclamação.

_ Vim direto do hospital. Estou sem me depilar há dois dias. Pode rir, amigo. Você pensou certo. Não vou por um biquíni. Não mesmo.

As gargalhadas do Chris só aumentavam conforme eu falava. Embora fosse discreto quanto a altura em que ria, sua mão estava sobre a barriga como se doesse rir tanto.

_ Quando você ficou tão espirituosa? _ olhou em meus olhos ainda sorrindo e se aproximou demais.

Recuei um passo ficando presa contra a parede _ Eu sempre fui.

_ Não. Comigo não. Você nunca diria esse tipo de coisa para mim _ encostou o seu corpo no meu e me pressionou contra a parede _ Eu gosto do que você se tornou. Mas tambem, nunca te esqueci.

Não reagi contra. Não rejeitei o seu toque, mas ele hesitou e se afastou.

_ Vejamos _ disse coçando a nuca levemente antes de voltar a me encarar _ Te dou uma hora, antes de te buscar na sua casa. O que você acha?

Eu não entendi. A reação do Chris foi igual a se eu o tivesse rejeitado. O que havia de errado com ele? Foi quando lembrei do bebê e acariciei a minha barriga. O filho de outro. O outro a quem eu preferi abandonando o ele. Era um bom motivo.

_ Muito generoso da sua parte, mas fica para a próxima.

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