Dream Girl [COMPLETO]

By Helenayaraaraujo6

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Depois de anos lutando para conseguir realizar seu sonho de ser uma cantora reconhecida, Daniela Keisting se... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Bônus Taylor Harper
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus Taylor Harper
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 41

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By Helenayaraaraujo6

Todas estas linhas que contornam o meu rosto

Contam a história de quem eu sou

Tantas histórias sobre onde eu estive

E como eu cheguei onde estou

Mas essas histórias não significam nada

Quando não se tem a quem contar

É verdade... Eu fui feita para você

Eu escalei os topos das montanhas

Nadei através de todo o oceano azul

Atravessei todas as linhas e quebrei todas as regras

Mas querido, eu quebrei todas por você

Porque mesmo quando eu estava destroçada

Você me faz sentir como um milhão de dólares

Sim, você faz! E eu fui feita para você

Você vê o sorriso que está na minha boca

Está escondendo as palavras que teimam em não sair

E todos os meus amigos que me acham abençoada

Eles não sabem que minha cabeça é uma confusão

Não, eles não sabem quem eu sou de verdade

E não sabem pelo que eu passei como você sabe

E eu fui feita para você

(The Story- Brandi Carlile)

Na semana seguinte, estava de volta à Los Angeles para preparar tudo para a mudança, e claro, acompanhar Flávia na escolha de seu novo lar. Eu só havia me esquecido de uma coisa: Como Flávia era indecisa na vida! Foram 5 dias, milhares de visitas para encontrarmos um bom apartamento perto de onde morávamos. Max acompanhou nas visitas que pôde, e no final ela tinha escolhido um apartamento de frente para a praia: suíte, três quartos, cozinha, copa, duas salas, dois banheiros e escritório. Demorou, mas Flavia havia finalmente achado seu lugar, e eu não poderia estar mais feliz por ela.

Tanto eu quanto Flávia tratamos de entrar no clima de mudança, separar nossos pertences, roupas... Enquanto entrávamos em contato com Stephan, arquiteto e decorador, afinal, teríamos dois trabalhos para ele. Mas, Stephan, além de mim teria outra ajudinha, pois eu sabia que eu não seria perdoada se fizesse outra mudança e não a chamasse.

Eu e minha mãe passamos uns dias bem tensos. Só havia contado para ela o que tinha acontecido com Gerry dias depois, o que a deixou uma fera. Queria deixar tudo no Brasil para ficar comigo. Ela não entendia que no momento era difícil falar sobre, porque ela mesma tinha me dito várias vezes em como o comportamento de Gerry comigo era estranho e tóxico. Então precisei de coragem para contar, o que só me foi possível depois de digerir melhor a situação.

Dona Carolina se sentiu traída pela sua filha, por não ter podido estar presente em um momento tão delicado. E ela fez o que ela sempre fazia quando acontecia algo complicado comigo: Se culpar por não estar presente. Passamos dias tendo longas conversas, eu tentando convencê-la de como ela era uma ótima mãe, e em como ela não poderia viajar naquela hora, já que meu pai tinha acabado de operar uma hérnia. Com o passar dos dias, tudo ficou bem. Claro, eu estava ciente de que não poderia ocultar mais nenhum fato dela. Sendo assim, desde minha decisão de morar em Tulsa, tinha procurado mantê-la informada. E logicamente, ela não poderia receber a notícia de maneira diferente:

— Tulsa, filha? Sei que você ama esta cidade, e que tem o Taylor... mas quem sabe vocês não poderiam morar aqui no Rio. Poderia ter finalmente você perto da mamãe.

— Mãe, Taylor nunca moraria no Rio. Na verdade não moraria em lugar nenhum que não fosse Tulsa, e você sabe disso. E eu apesar de ter grande carinho por onde eu nasci, sinto que meu coração pertence àquela cidade e finalmente posso dar ouvidos à ele.

Minha mãe não tentou discutir pois sabia da minha conexão com Tulsa. E apesar de terem morado lá também, Tulsa não era especial para eles, como era para mim. Na verdade Dona Carolina e seu Daniel aprenderam com o tempo que a filha deles era feita para voar e por mais que dolorido, quase sempre para voar aonde eles não pudessem acompanhar.

Duas semanas depois estava de mudança para Tulsa de vez. Quanto aos móveis, deixei todos em Los Angeles e eu, meus pais, Flávia, Denise, Taylor, Lucy e Stephan, rodamos pela cidade de Tulsa para encontramos novos móveis e decoração. Apesar de ter definido com Stephan o estilo que iríamos usar, eram muitas pessoas opinando, que claro, saímos um pouco do programado. Minha mãe estava nas nuvens por finalmente poder estar fazendo parte de algo na minha vida, e meu pai, sempre na dele acompanhava tudo com um singelo sorriso no rosto.

Em meio ao falatório dentro daquela casa enquanto os entregadores chegavam com os móveis e tudo o mais que havíamos comprado, Taylor e meu pai faziam um churrasco no quintal. Era o dia da mudança e eu me sentia com uma felicidade sem tamanho dentro de mim. Todas as pessoas que eu mais amava no mundo estavam ali. Flávia havia adiado a sua mudança, para estar presente na minha. E me ver cercada por tantas pessoas incríveis, pude ter a certeza de como eu tinha sorte.

Fui até o quintal e vi Taylor e meu pai conversando animadamente sobre alguma coisa que não dava para ouvir até que chegasse mais perto.

— Falando de mim? – brinquei enquanto chegava perto da churrasqueira já sentindo aquele velho conhecido aroma do churrasco de papai.

— Agora estou ensinando para o Taylor como se faz um bom churrasco de verdade. – disse meu pai com o longo garfo virando um pedaço de carne na grelha.

— Apenas ouvindo pela décima vez que nós americanos não sabemos fazer churrasco. E depois que experimentei o churrasco do seu pai pela primeira vez, tive a certeza de que ele estava certo. – disse Taylor nos fazendo rir.

— Mas, respondendo a sua pergunta, antes falávamos de você.

— Falando bem, eu espero. – brinquei mais uma vez, curiosa, arrancando mais um sorriso tímido do meu pai.

— Eu estava aqui falando com o Taylor o quanto estou feliz por vê-los juntos. – Taylor olhou para mim sorrindo abrindo os braços, me trazendo para perto dele ao abraçar minha cintura – Já é bem difícil morar longe de sua filha. E é ainda mais difícil ter uma filha tão jovem e famosa que, você sabe que se aproximarão pessoas que não são bem intencionadas. – meu pai deu uma parada. Sabia que ele havia lembrado de Gerry.

Nunca tinha visto meu pai se exaltar na vida. Mas assim que lhe contei sobre o que tinha acontecido por vídeo, vi meu pai vermelho de raiva! Ele estava recém-operado, e a princípio quis poupá-lo, mas não podia esconder aquilo. Vi o ódio tomar o rosto do meu pai. Assim como minha mãe, ele quis vir correndo na hora que soube, mas estava impossibilitado, e no fim foi bom. Os ânimos se acalmaram e aos poucos, tudo voltou ao seu lugar. Mas eu podia dizer que Gerry era um cara de muita sorte por não cruzar com o meu pai.

— Você só pode confiar em Deus e na educação que nós demos. - concluiu.

— Sr. Keisting, como pai, eu o entendo perfeitamente. – disse sério.

— Mas saber que você – disse com a mão no ombro de Taylor – está na vida dela, me deixa mais tranquilo. Eu te conheço desde menino, conheci seus pais, sei a boa índole que tem, e o mais importante, sempre teve amor e cuidado pela minha menina. – deu um sorriso orgulhoso. –Naquela época eu ficava na dúvida se a amizade de vocês era muito forte ou se tinha um outro sentimento brotando e... temos aqui a resposta. Que vocês dois façam um ao outro muito felizes. – abracei meu pai emocionada.

— É o nosso maior projeto. – disse Taylor abraçando o meu pai em seguida.

Meu pai, desde que eu saí de casa, por mais feliz que ele estivesse, eu sempre conseguia enxergar nele um ar que não sabia explicar. Parecia que nunca estava relaxado completamente. E naquele momento entendi o que era. E era bom vê-lo pela primeira vez em anos sem aquele peso nos ombros. Ele realmente confiava em Taylor, e sabia que ele era o melhor para mim, assim como eu.

No final da tarde recebemos a visita de Scott, Casey e Anne para o churrasco. Todos eram só elogios para o meu pai, e ele não podia estar mais satisfeito. Tudo o que havia comprado estava em seu devido lugar, com a ajuda dos homens com sua força e das mulheres com sua delicadeza, conseguimos organizar quase tudo em um dia. Faltaria apenas organizar os meus pertences e comprar mais algumas coisinhas bobas que só depois senti falta. Tive um dia pra lá de agradável, vendo meus pais mega felizes e realizados por estarem comigo e por verem sua filha contente e rodeada de pessoas que se importavam com ela.

***

Entre o projeto da gravadora sair do papel, até o dia de sua inauguração, foram quase dez meses. Deu muito trabalho, pois assumíamos que éramos bem exigentes em relação ao que queríamos, precisando, volta e meia, refazer uma coisa e outra. Taylor e eu nos desdobrávamos para sempre estarmos presentes durante a criação de cada detalhe. Construímos um prédio de três andares, com todas as salas e equipamentos que uma gravadora precisa. As paredes em tons avermelhados em contraste com os tons escuros dos móveis traziam um ar de seriedade, mas ao mesmo tempo um certo aconchego. E depois de sua estrutura toda pronta, começamos a correr atrás de patrocinadores, que nos dariam uma visibilidade maior dentro e fora de Tulsa. Sabia que meu nome abriria portas, mas não queria contar apenas com isso. Para nossa gratidão, recebemos patrocínio de empresas que tivemos oportunidade de dar espaço no Tulsa Fest. O que me fez refletir sobre a importância de ajudar sempre, em qualquer oportunidade que tiver, porque o mundo é muito grande, e amanhã quem precisará de ajuda poderá ser você. E quantas pessoas a sua volta você terá cativado quando isto acontecer?

Nossa gravadora estava pronta do jeito que queríamos, e tínhamos tudo, inclusive um nome: Tulsa Time Records, em homenagem a uma das nossas músicas favoritas desde sempre. Queríamos que o nome fizesse referência à cidade, e amávamos aquela canção e todas as belas lembranças que ela nos trazia da nossa pré-adolescência. E em, 15 de novembro de 2017, fizemos uma grande festa de inauguração da nossa gravadora, aberta para toda a cidade. Chamamos os jornais locais, mas por se tratar de Danny Keisting estar a frente, acabou trazendo mais mídia do que esperávamos. Mas eu não podia reclamar: desde que havia me mudado para Tulsa, com o passar dos meses, a imprensa e os paparazzis eram cada vez menores. Então naquela noite, eu aguentaria toda a mídia dos repórteres por uma boa causa.

Flávia, que já estava com sua produtora montada e indo de vento em polpa, não deixou de estar presente. Sempre encontrávamos um jeito de nos ver, e ela tinha sido, com todo o seu conhecimento, fundamental na divulgação da gravadora mesmo antes de inaugurarmos. Sabíamos que mesmo morando em estados diferentes não deixaríamos de trabalhar juntas, pois Flávia e Max se prontificaram a trabalhar na assessoria dos contratados da Tulsa Time Records.

Todos os nossos amigos, pais, e conhecidos estavam presentes desfrutando daquela conquista conosco. Taylor e eu estávamos nas nuvens, finalmente comemorando a concretização do nosso sonho. Foram muitas noites mal dormidas, Taylor se desdobrando em vários para comandar o pub, estar a frente no projeto, dar atenção para Lucy, que depois de vários resfriados, desenvolveu um quadro sério de pneumonia, precisando ficar internada. Foram dias difíceis, em que virávamos a noite no hospital, e precisando estar de pé para correr atrás de patrocínio, acompanhar a obra e todas as outras tarefas que nos eram necessárias. Não tinha sido nada fácil, mas naquela noite estávamos felizes porque no fim, tudo estava como havíamos desejado.

A festa teria como atrações musicais os primeiros dois músicos contratados pela gravadora. Todos eles haviam participado do festival, e os achávamos tão bons e talentosos que fizemos questão que fossem os primeiros, e eles claro, toparam na hora. Taylor também se apresentaria, e por último eu. Mas seria uma apresentação diferente, sem todos os bailarinos, e a grande banda. Seria apenas eu no violão, Taylor na bateria, e Greg, um dos nossos músicos, no contra-baixo.

Ao fim da minha apresentação, usando o microfone agradeci a presença de cada um naquela noite. Chamei Taylor, para que pudéssemos agradecer em nome da gravadora como era importante a presença de todos que estavam ali, todos de uma maneira direta ou indireta, contribuíram para que o nosso projeto pudesse sair do papel. Taylor e eu havíamos combinado anteriormente o que cada um falaria e terminaríamos com um grande brinde, e tudo estava acontecendo como combinamos até que...

— Eu vou precisar sair um pouco do roteiro agora... – Taylor disse para mim como se desculpasse e depois olhou para a plateia com um sorriso nervoso e a respiração um pouco mais pesada. – Eu pensei muito em como seria a melhor maneira de fazer isso, e nenhuma parecia boa e significativa o suficiente. – virou os olhos para mim novamente. Ele segurava o microfone com as duas mãos.

— O que está fazendo? – perguntei em um sussurro fora do microfone. Todo aquele nervosismo estava me deixando preocupada e ele ainda parecia buscar as palavras me fazendo ainda mais curiosa para saber o que estava tramando.

— Então eu pensei: Que melhor ocasião do que onde todas as pessoas que nós amamos estão reunidas para celebrarmos nossa primeira conquista juntos?

— Eu juro que não estou entendendo... – confessei em um sorriso repleto de nervosismo primeiro para Taylor, depois para todos que nos assistiam.

— Meu amor, eu posso dizer sem a menor sombra de dúvida, que só realmente comecei a viver quando te reencontrei. Você me fez sonhar, planejar, ter uma vida melhor. Hoje sei o que é plenitude. – disse com os olhos brilhantes ao segurar minha mão. Seus olhos não desgrudavam dos meus. – Hoje nós concretizamos um sonho que idealizamos juntos. Mas eu quero que esse seja apenas o primeiro, quero uma vida inteira realizando sonhos e vivendo a música com você. – meu coração parecia querer saltar para fora do peito ao vê-lo se ajoelhar diante de mim e lentamente tirar uma caixinha preta do bolso do terno.

— Tay... – disse com lágrimas nos olhos, mas ele me interrompeu.

— Quero fazer direito desta vez, então me deixa terminar. – riu graciosamente. – Daniela Albuquerque Keisting, você quer casar comigo e ser para sempre a harmonia em minhas canções? – perguntou abrindo a caixinha revelando um lindo anel de diamantes. Taylor nunca foi tão lindo como naquela noite sob a luz do palco.

O que dizer sobre esse capítulo tão especial!?

Ele finalmente pediu a mão da Danny! E foi tão lindo, tão especial poder escrever esse capítulo, e ainda mais poder dividir ele com vocês.

Espero muito que se sintam cheias de amor lendo assim como eu me senti escrevendo.

Pedindo sempre para deixarem aquele comentário sobre o que estão achando e não esquecerem de curtir!

Beijos beijos

Helena Yara Araujo 

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