Capítulo 13

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Eu tenho o direito de errar

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Eu tenho o direito de errar

Meus erros me farão forte

Estou entrando no grande desconhecido

Sinto que tenho asas embora eu nunca tenha voado


- Com tanto lugar pra ir, você quer ir logo para Tulsa? - perguntou Gerry enquanto assinava alguns documentos. Eu estava resolvendo tudo o que estava pendente para poder viajar em paz, sem que ninguém, e quando digo ninguém, quero dizer Gerry Thomas, me perturbasse durante minhas férias. E como eu estava adorando repetir aquela palavra: FÉRIAS!

- Até as minhas férias você quer decidir?

- Só estou comentando. Não é uma cidade lá muito animada, você sabe disso.

- Quero descansar, Gerry. Para mim Tulsa é mais do que eu preciso agora.

- E o que eu vou fazer no tempo que você estiver lá? - olhei para Gerry e não consegui acreditar que ele realmente parecia desnorteado. Olhava para frente com um olhar vazio. O que fez com que eu sentisse pena dele.

    Gerry era um cara divorciado com uma uma filha: Tifany. E não possuía boa relação nem com ela, muito menos com a ex mulher, uma famosa ex modelo que o havia trocado por um cara mais jovem que ele. Quando o conheci ele já era separado, mas pelo pouco que comentou sobre isso, podia-se perceber o quanto havia saído ferido daquele casamento.

    Não era de falar sobre sua vida pessoal, nem de seu passado. O que sabíamos era que ele era filho de Leonard Thomas, grande e conhecido pianista erudito, o que despertou a ira de seu pai quando aos 15 anos resolveu ser guitarrista de uma banda de Hard Rock. Com o passar dos anos saiu dos holofotes do palco para trabalhar nos bastidores como produtor musical e grande descobridor de talentos. Lançou vários cantores para o cenário musical, todos eles fazendo sucesso até os dias de hoje. Mas eu sem dúvida, havia sido seu sucesso mais estrondoso, o fazendo abandonar outros cantores, e empresariando só a mim. Apesar de muitos contatos, possuía poucos amigos, fazendo com que vivesse para o trabalho. E o seu trabalho era eu.

- Tire este tempo para você também, Gerry. - disse segurando sua mão. – Pare de respirar Danny Keisting, e se concentre em você! Nos seus hobbys, no que sempre teve vontade de fazer e não tinha tempo, na sua filha...

- A gente mal consegue se comunicar, Danny. É como se ela estivesse em uma outra realidade paralela. Não conseguimos falar a mesma língua. - disse desanimado agora olhando para baixo.

- É normal alguns pais terem dificuldade para se comunicarem com seus filhos adolescentes. E eu sei disso, porque li em uma revista. - ri fazendo com que ele risse também. – Só não desista dela.

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