Você não soube me compreender...

By MariaVitoriaSantos1

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Manuela Montgomery é uma mulher extremamente doce e de bom coração. Desde jovem ela é apaixonada por romances... More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Bônus
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9 - Penúltimo capítulo
Epílogo
Agradecimentos
Lançamento
Bônus - Parte I
Bônus - Parte II
Lançamento - Você não soube me amar

Capítulo 10 - Último capítulo

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By MariaVitoriaSantos1

Votem e comentem muitoooooo...❤

MANUELA

Minha princesinha está grávida, não posso acreditar. — Papai sussurra parecendo não acreditar.

Mamãe o faz sentar no sofá e se senta ao lado dele bastante sorridente.

— Pai, eu não sou mais uma criança. Já sou uma mulher adulta, estou noiva. Cedo ou tarde eu teria que cuidar da minha vida, construir a minha família, assim como o senhor construiu uma família ao lado da minha mãe. Pense pelo lado bom, agora o senhor terá um neto apenas seu. — Brinco olhando para a minha barriga plana.

— Quando vão descobrir o sexo do bebê? Espero que seja logo.

— No nascimento. — Minto.

— Você não faria isso com o seu pobre pai, Manuela Montgomery. Eu não te criei para me decepcionar dessa forma. A sua tia Belle quase me enlouqueceu quando teve a brilhante ideia de descobrir o sexo do bebê apenas no nascimento. Você poderia fazer como a Luna, aquela menina sensata descobriu o sexo do bebê logo nos primeiros meses. — Ele leva a mão até o coração fazendo uma careta de dor. Se eu não o conhecesse tão bem até acreditaria que é verdade, mas tudo não passa de encenação, papai seria um ótimo ator.

Eu jamais deixaria para descobrir o sexo do meu bebê apenas no nascimento, meu pai não aguentaria, do jeito que é doido iria subornar o médico para saber antes de todo mundo. Confesso que até eu não conseguia esperar até o nascimento do meu bebê, sou curiosa como o meu pai.

— Wesley, você não tem que se meter nisso. O filho é da Manuela e do Tom, e não seu, você já teve três lindos filhos, teve muito tempo para dar palpite, agora tem que se segurar.

— Estava brincando com o senhor, nós vamos descobrir o sexo do bebê daqui algumas semanas, pode ficar tranquilo, que não vou te torturar. Se bem que o senhor está merecendo um castigo por ter batido no Tom. — Volto a me sentar e respiro fundo me segurando para não rir da cara do meu pai. Parece que acabei de brigar com uma criança. — Vou contar isso para o seu neto quando ele nascer, pode ter certeza. Ele não vai gostar de saber que o avô bateu no pai sem necessidade alguma.

— Sem necessidade uma ova, Manuela. Esse homem engravidou você.

— Ignore o seu pai, filha.

— Peça desculpas ao Tom, pai.

— Jamais. — Cruza os braços como uma criança birrenta. — Está bem, desculpa por ter te batido, infeliz.

— Pai. — O repreendo.

— Ele é um infeliz, não o defenda.

— Wes, cresça, meu amor.

— Evy, não tem como gostar desse homem. Ele está levando a minha princesinha para longe de mim. Depois disso serei um pai solitário, que está sendo abandonado pelos filhos.

— Que bobagem homem! Você abandonou a sua mãe quando se casou? — Ele nega. — Então, a Manuela também não vai te abandonar. Agora para com essa ideia de ficar solitário, eu sempre estou com você.

— Te amo, morena.

Um dos meus maiores sonhos é que meu pai pare de implicar com o meu noivo, mas isso é a mesma coisa que pedir para o céu ficar vermelho.

Depois do clima chato passar meu pai começou a me fazer mil perguntas sobre o bebê, como se ele fosse nascer daqui a algumas horas, e não daqui oito meses que vão ser longos. Mamãe até tentou o controlar, mas infelizmente não conseguiu, ele estava tão desesperado para saber sobre o neto que fez perguntas até para o Tom, que também não sabia muita coisa, já que descobriu a gravidez hoje. Se eu não me casar logo com o Tom vou ser sufocada em minha casa, se fosse pelo meu pai eu nem iria andar para não me machucar. Quando fui subir as escadas para ir até o meu quarto ele fez um escândalo, falando que eu estava me arriscando.

                                   ♥

Pego um livro que trouxe dentro da minha mala, já que vou dormir na casa do meu noivo. Meu pai não queria que eu viesse dormir aqui, segundo ele eu precisava ficar em casa em segurança.
Lendo esses romances sinto que estou vivendo o meu próprio romance ao lado do Tom. Claro, nem tudo será perfeito como em alguns livros.

Olho sorridente para o meu noivo que está guardando algumas das minhas roupas em sua cômoda. Tom tem o sorriso mais lindo que já vi, o jeito que os seus lábios se curvam e pequenas ruguinhas surgem no canto dos seus olhos me deixa encantada.

Ao perceber que estou o observando ele se vira para mim.

— Seu papai é lindo, filho.

— Amor, está tudo bem? — Pergunta caminhando em minha direção.

— Só estava conversando com o nosso bebê. — Passo a mão na minha barriga. — É incrível saber que aqui dentro está crescendo uma nova vida.

— Estou tão feliz. — Tom se deita ao meu lado levando sua mão até a minha barriga. — Quero dar todo o amor do mundo para o nosso filho, Manu. Nunca vou o deixar, como meu pai fez há anos atrás. Claro, não vou ser um pai perfeito, mas vou fazer de tudo para ser o melhor pai do mundo para ele, ou ela.

— Me sinto tão sortuda por ter encontrado um homem como você, Tom. Acho que a mãe do seu bebê está precisando de carinho.

— Está? — Pergunta se deitando sobre o meu corpo apoiando seu peso nos braços, mas quando encosta os lábios nos meus batidas na porta nos atrapalha.

— Não acredito. — Tom reclama saindo de cima de mim. — Pode entrar.

— Vim trazer um sanduíche natural é um suco de laranja para a grávida mais linda do mundo. Você tem que se alimentar bem. — Minha sogra entra no quarto carregando uma bandeja.

— Se continuar assim vai transformar a Manu em uma bolinha. — Tom brinca.

— Você tem que cuidar da sua noiva, meu filho. — Diz carinhosamente para o Tom. — Está se sentindo bem?

— Estou sim. — Respondo.

— Isis está eufórica desde que soube que a Manuela está grávida. Podem ir se preparando, pois assim que o bebê nascer ela não vai querer soltar ele. O que os seus pais acharam?

— Minha mãe amou a ideia de ser avó, já o meu pai no início não gostou muito, queria até matar o Tom. Mas agora ele já aceitou, disse que já está adiantando o trabalho na empresa para passar mais tempo com o bebê, assim que ele nascer. Acho que vou ser a grávida mais mimada que já existiu. Meu bebê já tem um batalhão de pessoas para cuidar dele. — Pego a bandeja agradecendo com um sorriso.

— Estávamos namorando, mãe. — Tom diz me fazendo corar.

— Me perdoe por ter atrapalhado.

— Não estávamos fazendo nada. — Olho feio para o Tom.

— Não precisa ser tão vergonhosa, amor. Esse pequeno ser humano que está dentro da sua barriga é prova que nós dois não somos nem um pouco inocentes. — Tom diz fazendo a mãe dele dar uma risada me deixando ainda mais envergonhado com a situação. A notícia de que vai ser pai está deixando o meu noivo muito animado e linguarudo. — Tão linda toda vermelha de vergonha. Agora coma, Manu, você precisa descansar. E já está tarde.

— Tom, eu estou grávida, não doente. Amanhã é sábado, não vamos trabalhar, temos um dia inteiro para descansar, não se preocupe com isso. — Explico bebendo um pouco do suco de laranja que a minha sogra trouxe.

— Ela tem razão, Tom. Temos que maneirar com os cuidados, ou vamos acabar sufocando a Manuela. Vou deixar vocês a sós, assim podem voltar a namorar. Qualquer coisa podem me chamar. — Ela corta a proximidade entre eu e ela e beija a minha testa e depois faz o mesmo com o filho. — Boa noite. Boa noite para você também, bebê. — Sussurra baixinho levando a mão até a minha barriga.

— Nosso bebê já está cercado de amor. — Digo vendo a minha sogra se retirar.

— Vai ser o primeiro bebê a ser sufocado de amor, Manu.

Termino de comer o lanche que a minha sogra trouxe. Estava muito bom. É ótimo saber que ela gosta de mim.

— Aposta quantos que amanhã mesmo minha mãe e meu pai vão começar a comprar roupinhas para o nosso filho? Não podemos esquecer da Luiza, que também vai mimar o sobrinho de todas as maneiras. — Entrego a bandeja para ele voltando a me deitar. — É normal sentir vontade de chorar do nada? Apenas por estar feliz? — Pergunto com a voz embargada, um sinal de que estou quase chorando.

— Amor, vem aqui. — Ele me abraça se deitando ao meu lado com os braços ao redor da minha cintura. — Manu, não chora, eu odeio te ver chorar, mesmo que seja de felicidade.

Coloco minha cabeça apoiada em seu ombro deixando que as lágrimas molhem a pele do meu rosto. Nos braços dele me sinto tão amada. Tom é carinhoso com todos a sua volta. Minha sogra soube muito bem como educá-lo.
Não tenho dúvidas de que ele saberá educar muito bem o nosso filho.
Tom é a prova viva de que uma mãe solteira sabe educar um filho. Odeio o tabu de que uma mãe não sabe educar um filho sem um homem, isso não passa de uma grande bobagem.

— Desde que chegou em minha vida tem me feito tão feliz. Agora vamos ter um bebê lindo. — Digo a ele em meio as lágrimas. Tom está mexendo nos  meus  cabelos. — Obrigada por ser o homem dos meus sonhos.

— Obrigado por ser a mulher dos meus sonhos. — Sussurra de volta.

— Eu te amo. Um dia você vai se sentir cansado de me ouvir falar isso.

— Nunca vou me cansar, pode falar que me ama o dia inteiro, que não vou me sentir cansado. Agora descanse, o dia foi cheio de surpresas, você quase ficou viúva. — Tom beija a minha bochecha e logo em seguida me dá um selinho. — Descanse, amor. Vou estar aqui acariciando os seus cabelos.

  Olho para o Tom vendo um brilho especial em seus lindos olhos castanhos. Sou apaixonada nesses olhos. Tudo em meu noivo me encanta.

  Pego no sono rapidamente com as carícias do Tom. A gravidez está me dando muito sono, e percebi isso apenas hoje. Estou dormindo o dobro do que estava acostumada a dormir.

                                   ♥

Entro dentro do carro no banco do passageiro esperando que o Tom venha, hoje é ele quem vai dirigir. Meu pai me mandou um endereço desconhecido por mensagem, mas a questão é que eu não sei o porquê, ele não explicou.
Disco o número do meu pai e aguardo que ele atenda a minha ligação.

Hoje acordei com um belo café da manhã na cama. Tom acordou cedo para fazer essa pequena surpresa.
Esse homem faz de tudo para me agradar, ele me faz sentir uma princesa.

Minha irmã ligou logo depois do café da manhã. Luiza está mais eufórica que todos. Infelizmente ela está viajando a trabalho com o seu chefe, foi uma viagem de última hora, e pelo que ela me disse só vai voltar daqui a uma semana. É ruim ficar longe da minha irmã, sou muito apegada a ela.
Luiza além de ser a minha irmã gêmea é a minha melhor amiga. Aquela doida sempre sabe o que dizer quando uma pessoa está mal.

— Pai, não entendi a sua mensagem. — Falo assim que ele atende a ligação.

— Tem uma surpresa te aguardando nesse endereço, filha.

— Que surpresa, pai?

— Não vou contar. É só ir até que vai descobrir qual é a surpresa, Manu. Até mais tarde, vou voltar a dormir. — Diz encerrando a ligação não me dando a chance de fazer mais perguntas.

— Seu pai te disse o que tem nesse endereço? — Pergunta entrando no carro trazendo minha bolsa.

— Não disse absolutamente nada. Tenho até medo do que o meu pai possa estar aprontando. — Coloco o cinto de segurança. — Mas vamos logo até esse endereço. Estou curiosa. — Digo ao meu noivo colocando o endereço que o meu pai mandou no GPS do carro. — Pelo jeito esse endereço nos levará até um condomínio que fica ao lado do condomínio que meu pai mora.

— Será que ele vai estar no aguardando neste endereço, princesa?

— Acho que não, quando encerrou a ligação ele me disse que iria voltar a dormir. Aquele preguiçoso prefere dormir do que dar atenção para mim.

— Toda a sua família é dramática. Vamos lá. — Muda de assunto.

— Minha família não é dramática, o meu pai é dramático. — Corrijo.

— Acredito. — Ironiza.

Olho feio para ele prestando atenção nas ruas do seu bairro.

Durante o trajeto eu tentei imaginar qual seria a surpresa que o papai preparou, mas nada fazia sentido. Hoje não é uma data comemorativa, tenho certeza, e ele só costuma fazer surpresas para mim em datas comemorativas. A curiosidade está me matando, não aguento mais, preciso saber qual a surpresa urgentemente.
Observo o condomínio calmo com diversas casas bonitas tentando encontrar o endereço que papai passou.

— Uma casa vazia? — Pergunto olhando através da janela do meu carro. — Estamos no lugar correto?

A casa possui três andares, a característica marcante é as grandes janelas transparentes que dão uma bela visão dos cômodos. A casa é toda pintada de um azul turquesa bem claro.
O gramado extenso na parte da frente com uma enorme árvore na entrada faz a casa ficar ainda mais linda.

— Estamos sim. — Tom sai do carro e vem abrir a porta para mim. São esses pequenos gestos que deixam bem claro que ele é um cavalheiro. Ele estende a sua mão me ajudando. — Pelo visto a casa está mesmo vazio. — Aponta para as grandes janelas do segundo andar que mostra os cômodos vazios.

— Até que enfim vocês chegaram. — Uma mulher grita do outro lado da rua. Ela estava escorada em eu carro. Mesmo estando de saltos ela vem correndo em nossa direção. — Aqui está as chaves da casa, segunda-feira vocês podem ir até a imobiliária assinar alguns documentos, só falta isso.

— A senhora deve estar nos confundindo com outra pessoa, não compramos essa casa. — Digo recusando a chave que ela está estendendo para mim, eu não comprei a casa, nem dinheiro para isso eu tenho.

— Você é a filha do Wesley Montgomery, correto? — Faço que sim com um aceno. — Então estou falando com a pessoa certa. Seu pai me ligou pela manhã pedindo que eu viesse entregar as chaves para vocês.

Olho para ela ainda não entendendo.

— Meu pai? — Pergunto.

— Sim. — Confirma.

— Deixa eu ver se entendi, meu pai comprou a casa?

— Exatamente, seu pai comprou essa casa. Gostaram do imóvel?

— Meu pai é completamente louco, essa casa deve ter custado uma fortuna. — Coloco a mão na boca observando a enorme casa.

— Tenho um compromisso, o endereço da imobiliária está com o senhor Wesley Montgomery. — Ela entrega as chaves para o Tom. — Nos vemos em breve. Espero que gostem.

Ela vai em direção ao carro. Estou tão chocada que nem a respondi.

— Vamos aceitar a casa, Manu?

— Acho que sim.

— Ual! — Tom olha para a casa. — Então é nessa mansão que vamos cuidar do nosso pequeno presente?

— É o que parece. — Sorrio. — Se bem que uma casa desse tamanho é exagero. Vamos conhecer o nosso ninho de amor? — Saio do transe que estava sorrindo para o meu noivo.

Tom segura em minha mão me guiando até a entrada. Olho encantada para o jardim perto da cerca branca. Tem diversas espécies de flores, com certeza minha mãe amou, assim como eu.

— A partir de hoje começa uma nova etapa de nossas vida. — Digo emocionada vendo o Tom abrir a porta de entrada da mansão. 

— Está na hora de começarmos mais um capítulo da nossa história.




                                    ♥

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Espero que gostem do capítulo.💙

O QUE ACHARAM DA HISTÓRIA DA MANU E DO TOM? GOSTARAM?

Querem um epílogo bem lindo?

Entrem no grupo do Facebook: Autora Maria Vitória Santos. O link está no meu mural de mensagens.

Capítulo dedicado a Hilana, até porque me cobrou mil vezes o final desse conto hahaha ❤

Beijinhos e até o próximo conto...😘

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