Sombras do Desejo (Romance Lé...

By CarolRosa86

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Paola é uma mulher de 22 anos que, devido a uma gravidez aos 17 anos, viu sua vida virar de cabeça para baixo... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52 - Final

Capítulo 13

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By CarolRosa86

Tenho me sentido um pouco ansiosa, aflita mesmo, sabe? Envolta naquelas sensações que te tiram um pouco o sono, a fome, etc. Eu não entendo muito bem o que está me acontecendo, só sei que estou assim.

Minha semana passou dolorosamente lenta demais, cheia de trabalho e sem tempo nem para respirar direito. As vezes me sinto como se minha semana se resumisse às segundas-feiras e as sextas, pois são os únicos dias da semana que consigo "parar" e prestar atenção no que está ocorrendo ao meu redor.

Felizmente, Cláudio voltou de São Paulo, com seu pai já recuperado, e pôde dividir comigo as responsabilidades do trabalho.

Tive que enfrentar uma reunião larguíssima na terça-feira para convencer os executivos da montadora que está se instalando no Brasil de nos dar sua conta. Não consegui de primeira, mas eles gostaram de nossa abordagem e nos pediram para modificar algumas coisas e remarcamos a reunião para a próxima sexta-feira e, se tudo der certo, vamos conseguir dessa vez.

Estou em minha sala, pensando no monte de coisas que preciso resolver e ela, sempre ela, entra me trazendo meu café e alguns documentos para eu analisar.

- Cansada? - Paola pergunta me entregando a xícara em sua mão e sorrindo.

- Muito! - Suspiro bebendo do líquido quente e relaxante. - Preciso sumir um pouco.

- Que tal tirar a final de semana para descansar?! Sempre é bom dar uma pausa. - Paola comenta colocando os papéis à minha frente.

- Que tal você vir aqui e me fazer uma massagem leve nos ombros? - Perguntei a olhando com picardia, o que a fez rir e balançar a cabeça negativamente, porém, não se negou e deu a volta na mesa, vindo atrás de mim, que já me ajeitava na cadeira esperando suas mãos macias.

Paola levou as mãos, uma de cada lado, aos meus ombros, apertando de leve, o que me fez inspirar pesado.

- Está tensa, mesmo. - Comentou fazendo movimentos contínuos nos músculos do meu pescoço.

- Só um pouco... o trabalho está me sobrecarregando um bocado. - Comentei de olhos fechados, aproveitando seus toques precisos. "Ela tem mãos habilidosas para massagem, está perdendo tempo trabalhando em um escritório, seria uma ótima massoterapeuta." pensei, mas logo me recriminei, pois não quero ela massageando outras pessoas.

- Aumentar a equipe seria uma boa, não acha? - Paola comentou rindo e me fazendo rir também.

Segurei sua mão com carinho, fazendo com que ela parasse a massagem, mas a mantendo com as mãos em meus ombros.

- Já cogitei isso... vamos ver o que acontece.

- Hmm... que engraçado, pois eu falei brincando, mas acabei de receber uma informação privilegiada. - Paola falou com ar de deboche, me fazendo gargalhar e, dessa vez, puxá-la sem aviso e sentá-la em meu colo, o que lhe deu um susto inicial a ponto dela soltar um gritinho e uma risadinha.

- Quer dizer então que está arrancando informações de mim, senhora Paola?! - Perguntei com os olhos semicerrados, fingindo indignação.

Paola sorriu e passou os braços pelo meu pescoço. - Quem manda você se derreter com uma massagem simples? - Respondeu mordendo o lábio inferior.

- Ahhh... é?!

Comecei a fazer cócegas nela, eu sabia que ela era sensível na região das costelas, e ela começou a se debater, tentando fugir ou agarrar minhas mãos.

- Para!... - Falou com dificuldades. - Por... por favor!

- Não! Você me provocou, agora aguenta. - Respondi também rindo.

Confesso que esse pequeno momento de distração, com Paola me fazendo relaxar com essa brincadeira e a massagem, me fez bem. Eu estava com ela presa em meus braços, morrendo de rir enquanto eu a "atacava" com uma sessão de cócegas e ela tentava se soltar. Estávamos indo bem em nosso momento de divertimento, quando a porta se abriu repentinamente, nos pegando, literalmente, no pulo.

Cláudio entrou nos flagrando e a cena foi, olhando de fora, hilária. Paola deu um pulo, ficando de pé ao meu lado, com os olhos arregalados. Cláudio, ainda segurando a maçaneta, nos olhou com a boca aberta e eu, bem, eu sou ou muito cara de pau, ou muito despreocupada, pois só o olhei sem mudar minha postura.

- Desculpa... é... volto depois?! - Cláudio falou sem graça, me olhando como perguntando 'o que quê eu faço?'

Sorri diante da situação. - Entra Cláudio. O que quer falar comigo?! - Perguntei como se nada.

Cláudio ainda ficou de pé, nos olhando sem nada dizer, como analisando a situação, enquanto Paola permanecia de pé ao meu lado, meio que perdida naquele cenário.

- Anda logo, Cláudio! - Falei me ajeitando na cadeira. - Ainda tenho que analisar esses documentos. - Apontei na minha mesa o monte de papéis.

- Eu vou para minha mesa... - Paola, até que em fim, se pronunciou, indo em direção à porta. - Com licença. - Saiu fechando a porta e nos deixando sozinhos.

Respirei fundo e olhei para Cláudio, já esperava a sabatina, afinal, não havia contado para ele sobre minha "amizade" com Paola, que, apesar de linda, era minha secretária. Ficamos um tempo nos olhando, até que ele se mexeu.

- Quando?!... - Começou a falar, puxando a cadeira apressadamente e se sentando de frente para mim.

- Não começa, Cláudio. - Cortei-o, mas sabia que seria impossível controlá-lo, afinal, ele havia nos pegado em um momento bem íntimo e descontraído.

- Nãoooo... - Falou apressadamente. - Você me deve isso...

- Devo?!

- Claro! - Falou indignado. - Ela é sua secretária e vocês estavam em um momento bem levinho aqui. - Disse fazendo sinais com as mãos, algo que não entendi nem um pouco. - Vai! Desembucha!

- O que você quer saber, Cláudio?! - Respondi inspirando. - Estamos num casinho. - Falei displicente.

- Casinho?! - Cláudio falou entrecerrando os olhos. - Fernanda, eu não te vejo brincando assim com nenhumas das suas peguetes. - Apontou para mim.

- Como não?! - Perguntei o encarando.

Meu amigo e sócio rodou os olhos. - Fala sério, Fernanda! - Encarrou-me. - Você nem gosta que elas passem na calçada quando você está.

- Para Cláudio! Quem vê pensa que sou uma daquelas mulheres que só querem alguém para trepar, eu faço amizades de verdade com algumas garotas com quem saio. - Falei tentando desprender importância sobre a situação, o fazendo me encarar mais ainda.

- Sério?! - Perguntou debochado, me fazendo perder a paciência. "Eu estava tão leve e agora ele me estraga novamente."

- Vai dizer o que te trouxe até minha sala?! - Falei séria. - Se não vai, pode me deixar trabalhar?!

Acho que meu tom sério serviu, pois ele bufou e se recostou na cadeira, me encarando por alguns minutos. Todos que me conhecem sabem que quando faço essas mudanças bruscas de assunto e começo a agir de maneira dura, é porque não quero entrar numa discussão, pois seria para isso que o assunto se direcionava.

- Dá uma olhada nesses esboços. - Falou, praticamente, jogando alguns papéis em minha mesa.

Ele não gostou do meu corte? Estava claro que não. Eu me importava com o fato dele não ter gostado? Nem um pouco. Não quero ninguém se metendo na minha situação com Paola, pois isso era algo legal. Poucas vezes conheci uma mulher que conseguia separar os assuntos como ela e, sei bem, se alguém se meter, acabará com isso.

Verifiquei os papéis que Cláudio me passou, eram os esboços para a publicidade de uma marca esportiva pequena, ao qual estávamos assessorando na parte de marketing. Eles estavam mais focados para esportes praianos. Apesar de todo trabalho e de ter conseguido matar o assunto no começo, eu sabia que Cláudio não havia desistido, portanto, voltaria e me inquirir sobre o meu assunto com Paola, porém, eu estava decidida, não deixaria ninguém me incomodar nisso.

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Fomos flagradas pelo senhor Cláudio! Gente, vocês não imaginam como meu coração está agora, eu sinto que posso morrer de infarto a qualquer momento.

Os deixei sozinhos na sala, falando sobre trabalho, mas, eu sei que isso pode ser perigoso e se transformar em uma bola de neve que, começa pequena, mas cresce conforme vai rolando montanha a baixo. "Não que tenha visto uma bola de neve na vida, aliás, nunca nem vi neve, o mais próximo disso foram os dias que descongelei minha geladeira... enfim."

O fato é que agora estou numa bela encrenca. Por quê?! Pessoal, alô! Ele é sócio da Fernanda, minha chefe, ou seja, também é dono da agência, pode haver problemas entre os dois. Já ouviram falar que têm pessoas que não gostam que outros se envolvam com seus empregados?! Então!

Agora estou aqui na minha mesa, olhando para a tela do computador que uso, mas minha cabeça não funciona. Sinto como se estivesse desligada, numa bruma de tormento com "leseira", como dizia minha avó quando eu era pequena. O problema é que minha cabeça está montando diversos cenários diante das possibilidades que possam acontecer quando a pequena reunião que eles estão tendo terminar e, posso garantir, que nenhum desses é bom.

"Imagina se a Fernanda tem que me mandar embora por exigência dele?!" foi o pensamento mais pungente que veio na minha cabeça. Fiquei estarrecida diante dessa ideia. Imagina ter que remar tudo de novo? Colocar currículos em diversos lugares?! Receber recusas?! "Eu tenho um filho pequeno que tem como pai um inútil que está machucado."

Levei as mãos às minhas têmporas e fechei os olhos, inspirando o ar de forma forçada e cansada. Eu estava cansada. "Relaxei demais! Preciso controlar isso." Estava viajando de olhos cerrados, quando ouvi, ao longe, alguém me puxando de meus devaneios e me fazendo abrir os olhos assombrada, dando de cara com Larissa que me encarava estranhada.

- Larissa?! - Perguntei meio fora de mim ainda. - O que foi?!

Larissa me olhou e franziu a testa. - Eu que pergunto, Paola. Cheguei aqui e você estava de olhos fechados e com uma cara nada boa. Tá tudo bem?!

Senti meu rosto esquentar na hora, era como se eu fosse uma criança pega no flagra roubando biscoito, sendo que nem era para tanto, mas sentia como se estivesse estampada na minha cara o motivo de minha "cara nada boa".

Respirei fundo tentando afastar esses pensamentos para não levantar suspeitas, se é que alguém tinha alguma.

- Só estou com um pouco de dor de cabeça, acho que a semana me sugou as energias. - Respondi forçando um sorriso, como quem diz "tá tudo bem, só estou... como é mesmo? Ah, sim... fadigada."

Larissa sorriu de forma compreensível para mim, o que me aliviou um pouco.

- Entendo, essa semana foi puxada mesmo, ainda bem que é sexta e podemos descansar no final de semana. - Falou simples.

- É. - Foi o único que consegui falar.

- Então, vim te trazer esses papéis, preciso que você confirme com Fernanda, é sobre um trabalho para semana que vem. - Larissa falou estendendo uma pasta para mim, que logo peguei.

- Ah... você precisa deles pra quando?

- Terça-feira.

- Ok... vou agilizar com ela e te devolvo. - Falei sorrindo e recebendo dela um sorriso também.

- Falando em final de semana. - Larissa começou a falar, chamando minha atenção e fazendo virar para olhá-la. - Vai ter uma pequena festa lá em casa, é meu aniversário... - Disse meio sem graça.

- Seu aniversário?!

- Sim... na verdade é na próxima quarta, mas quero comemorar antes, pois meu irmão vai viajar e queria ele por perto... enfim. Queria saber se pode ir?! - Perguntou, me pegando de surpresa, não imaginei que ela me considerasse tanto a ponto de me chamar para ir em sua festa de aniversário, afinal, nos conhecemos há poucos meses.

- Larissa, eu...

- Pode levar seu filho, é algo bem família e tranquilo. - Ela se apressou a falar, o que me fez sorrir. "Qual problema em ir numa festa dela? Sabe, eu vou!"

- Tá bom, já que insiste. - Respondi sorrindo animada e recebendo dela um sorriso de satisfação.

- Ótimo, te passo o meu endereço mais tarde pelo zap, vai ser no domingo. - Ela comentou toda eufórica, me fazendo até me sentir importante.

- Certo, então...

Eu ia responder, porém, neste momento, a porta do escritório de Fernanda se abriu e Cláudio saiu. Ele estava sério e carregava as folhas que havia levado quando, vocês sabem. Larissa o olhou e meneou a cabeça me dando uma piscadinha e falando um "até" e indo de volta para seu trabalho.

Cláudio, passou por mim e, percebi, quando seu olhar caiu sobre mim rapidamente. Foi algo como um reconhecimento, um olhar que se dá para alguém que se quer conhecer, ou reconhecer. Não sei explicar, só sei que me deu calafrios.

Como foi o resto do dia de trabalho? Quieto e sem movimentos vindos nem de Fernanda e nem de Cláudio. O que, confesso, estava me tirando a pouca paz que eu ainda tinha. Eu queria saber o que ela estava pensando e o que ele falou – tá, assumo que tem um "que" de gente curiosa ao extremo aí, mas não é só por isso.

Quando o expediente já estava se esvaindo, Fernanda me ligou em meu ramal, pedindo que fosse a sua sala, pois queria falar comigo. Neste momento meu coração foi ao topo do estresse, já imaginei que ela me mandaria embora ali, naquele momento, por exigência de seu sócio.

- Pois não, Fernanda. - Falei da porta, entrando com cautela em seu escritório.

Ela estava em sua mesa, olhando alguns papéis, mas quando me ouviu, ergueu a cabeça e sorriu abertamente. "Acho ela fofa quando rir assim... Pera! Eu falei fofa?! Ela é minha chefe, não é uma garotinha fofa. Por Deus, Paola!" pensei.

- Entre, por favor. - Fernanda ordenou se levantando e vindo em minha direção, enquanto eu fechava a porta.

Antes mesmo de dar o primeiro passo, ela me puxou para seus braços, me dando um beijo sôfrego nos lábios, me apertando contra seu corpo e me fazendo derreter por inteira, além de sentir um tesão louco.

- O resto do dia foi tão cheio que só agora que consegui ter tempo para você. - Fernanda falou me puxando para nos sentarmos no sofá. Como sempre, ela se sentou e me puxou para seu colo. - Cláudio me trouxe mais trabalho, às vezes acho que é melhor trabalhar sozinha. - Comentou sorrindo.

Neste momento, me recordei de Cláudio e todo meu nervoso sobre o que havia ocorrido algumas horas.

- Ele falou alguma coisa?! - Perguntei meio receosa e recebendo dela um olhar intrigado.

- Sobre?! - Perguntou, aparentemente, alheia a meu questionamento.

- Como "sobre" Fernanda?! - Falei séria. - Ele me pegou em seu colo... quero saber se ele falou algo?

A feição de Fernanda se iluminou. - Ahhh... e por quê ele falaria algo?! - Perguntou sorrindo debochada e me fazendo rodar os olhos.

- Pelo amor... ele é seu sócio e eu sou sua secretária, não acha isso o suficiente para ele querer saber o que estava acontecendo?

Fernanda gargalhou diante da cara que devo ter feito, eu não entendi sua tranquilidade. - Paola... minha princesa... - Começou me puxando pela cintura. - Somos sócios e amigos, digamos que Cláudio sabe dos meus gostos e não se atreveria a se meter... - Beijou meu pescoço, me causando um arrepio leve, mas me segurei, queria saber tudo o que ela tinha a dizer. - Ele até tentou questionar, mas eu o cortei, deixando claro que não era para se meter.

"Ele perguntou?!" - Ele perguntou?! - Falei aturdida.

- Sim, perguntou, mas fique tranquila, não falei nada e não vamos ter problema devido a isso. - Ela falou me olhando nos olhos. - Somos profissionais aqui na empresa e nosso... - Parou para pensar. - Envolvimento?!... é isso, envolvimento, não atrapalha nosso lado profissional. - Sorriu confiante.

- Do jeito que você fala... - Falei, após uma coisa me passar pela cabeça.

- O que tem o jeito que eu falo?

- Parece que está acostumada a fazer isso?!

- Paola, minha princesa, você não precisa se preocupar com isso. - Sorriu me dando outro beijo, só que dessa vez no queixo. - Foque somente em nós duas... o resto é nada quando estamos juntas. - Beijou-me na boca, me fazendo desconectar.

Era sempre assim quando estávamos juntas, porém, dessa vez, a pergunta que lhe fiz ainda me permeava a cabeça. "Ela é bonita, inteligente, rica e conhecida em sua área, não é possível essa mulher nunca ter tido mais alguém, ou melhor dizendo, ter alguém hoje. Aí, não quero ser amante dela passando a perna em outra mulher ou homem."

Meu corpo já estava tumbado no sofá, com ela sobre mim, me beijando a acariciando todas as partes possíveis do meu corpo que estavam descobertas, mas eu – com muito esforço, pois essa mulher tem pegada, devo admitir – a afastei lentamente, a pegando de surpresa.

- O que foi?! - Fernanda perguntou me encarando estranhada.

- Fernanda... nós somos... - Engoli em seco. - Amantes? - Perguntei meio sem jeito.

- Como assim?! - Fernanda perguntou sem entender. - Claro que somos amantes! - Respondeu convicta.

- Não isso! - Falei tentando me explicar. "Que situação estranha." - Quero saber sobre você... você tem alguém sério?!

Perguntei deixando minha respiração em suspenso, esperando que ela fosse me responder da forma mais bruta possível, pois ela sempre passava a impressão que agiria assim quando não gostasse da pergunta que lhe era feita.

Fernanda me encarou sem entender e, de repente, fechou o semblante, me fazendo ficar mais apreensiva ainda.

- Por que está perguntando isso? - Perguntou se endireitando no sofá. Sua cruzada de pernas foi de matar, vocês precisavam ter visto.

- Não quero ser a pessoa que destrói ou fica no meio de um casal. - Respondi tentando me justificar e desviando o olhar dela.

Ouvi como ela suspirou pesadamente, o que fez meu coração acelerar feito um louco dentro de meu peito.

- O dia hoje já acabou, pode ir embora para sua casa. - Fernanda falou se levantando e indo para sua mesa, me pegando de surpresa diante de sua atitude.

"Mas o quê?!" pensei a olhando. Ela se sentou novamente à sua mesa e pegou os papéis que estavam sobre a mesma e voltando a analisá-los, como se nada tivesse acontecido.

- Fernanda... - Tentei chamá-la, mas ela logo me cortou.

- Até segunda-feira Paola, um ótimo final de semana. - Falou de forma seca.

"Fiquei atônita, estávamos a ponto de transar e, por causa de uma pergunta, agora ela me dispensa dessa forma? Mas que mulher estranha e cheia de dedos. Ok, se ela quer agir assim, vamos agir assim, não somos nada mesmo."

Levantei do sofá, arrumei minhas roupas que estavam amarrotadas e me dirigi até a porta, a abrindo para poder ir embora.

- Até segunda-feira Fernanda, um excelente final de semana. - Falei tão seca quanto ela e saí.

Precisava focar no meu final de semana, que esperava ser tão bom quanto o passado. Agora tinha uma festa de aniversário para ir e precisava comprar o presente de Larissa. Ela quer agir assim? Vamos agir assim.

"Mas você também, hein! Querendo ou não, você tá com seu ex na sua casa, o pai do seu filho e vem cobrar da mulher que ela te diga se tem alguém ou não? Toma vergonha na cara." Minha consciência estava gritando e, devo admitir, concordo um pouco com ela, mas Anderson é meu ex, nada mais que isso.

- Que merda... nem precisava ter perguntado aquilo para ela. - Sussurrei já no ônibus de caminho para casa, mas agora já era tarde.

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Oi Gente! >.<"
Então, quero pedir desculpas pela demora em postar o novo capítulo. Eu estou em final de semestre na faculdade e com obra em casa, tá tudo uma zona e tô sem tempo até para respirar direito.

Não abandonei a história não, só está sendo complicado mesmo escrever e postar. Só peço um pouquinho de paciência.
Bem, aqui está o capítulo novo, espero que gostem. 

Bjocas e até o próximo :* 

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