- EU ESTOU FAZENDO. – gritou já estressado, eu sentia que isso iria acontecer. – Quer todos se perdendo? Não temos gasolina, vamos sair daqui a pé? Para nos perdermos e morrermos? EU MATEI MEU MELHOR AMIGO POR CAUSA DE VOCÊS... Pelo amor de Deus. – ele começou a andar de um lado para o outro e logo continuou a falar – Vocês viram como ele era. Como me provocava, como nos comprometeu, como nos ameaçou. Ele encenou a coisa toda para o Randall e depois me levou para meter uma bala nas minhas costas. Ele não me deu ESCOLHA. Ele era meu amigo, mas veio atrás de mim. – Carl agarrou a mãe chorando – Minhas mãos estão limpas. Talvez seja melhor vocês ficarem sem mim. Querem ir? Podem ir. Eu ainda acho que tenha um lugar para todos nós, mas também pode ser uma ilusão, ou eu me enganando. Por quê não vão e descubram por se só? Depois de mandem um cartão postal. Vamos ver até onde chegam. – todos permaneceram nos seus lugares – Ninguém vai? Ótimo. Mas vou escutem... se ficarem, isso não é uma democracia.
...
Alguns meses depois
- Temos que achar um lugar para passarmos a noite. – falou Rick e de repente no meio da estrada, pela floresta deu para ver por uma fresta uma parede.
- Ei. – chamei atenção de todos. – Eu vi uma parede naquela direção. – falei e Daryl assentiu
- Fiquem aqui, vou checar.
- Vou com você. – Rick pronunciou e eles foram verificar. Vi a Maggie me encarar sorrindo e fui até ela.
- Não fiz nada dessa vez. – pronunciei e ela sorriu me abraçando de lado. Glenn percebeu que queríamos ter uma conversa a sós e saiu de perto.
- Tudo bem. Estou indo.
- Não vão admitir que estão juntos? – perguntou e eu fiquei em silêncio. – Desde a fazenda percebo vocês dois – perguntou
- Ah... não temos nada. – falei e ela riu fazendo careta – Está bem! É... nos beijamos algumas vezes.
- Quando começou esse rolo? – ri pela palavra "rolo"
- Desde o dia que fui ajudar a ele com a mão, por causa do "interrogatório" com o Randall. – falei e ela fez careta
- E ele te agarrou de vez? – dei um leve empurro nela.
- Maggie. – a repreendi e ela riu – Sem comentários! Tchau. – me despedi
- Espera, você não me respondeu.
- Você sempre faz a mesma pergunta e novamente não irei responder. – rimos e eu olhei para a Lori que já estava com um barrigão.
- Como você está? Sente alguma dor? – perguntei acariciando sua barriga e ela deu um leve sorriso para mim.
- Não, só sinto uns leves empurrões ou então várias batidas de leves.
- As batidas de leves devem ser o bebê soluçando. Não teve isso com o Carl? – ela negou surpresa
- Mas está tudo bem com ele ou ela, certo? – me perguntou preocupada e eu assenti
- Quando o bebê soluça, quer dizer que o sistema respiratório dele está bem. Não precisa se preocupar. Mas estou preocupada com você na hidratação. Já bebeu água? Comeu algo?
- Não estou sentindo fome. Mas estou morta de sede. – peguei minha garrafa e entreguei para ela, a mesma negou e eu insisti.
- Você precisa mais que eu. – assentiu e pegou a garrafa bebendo um pouco dela. Alguns segundos depois Daryl e Rick chegaram com um pequeno sorriso nos lábios.
- Está certa Hannah. Boa visão! Vamos lá pessoal. – todos passaram por mim, por enquanto que eu guardava as coisas na minha mochila. Olhei para meu lado e vi o Daryl com um pequeno sorriso no canto do lábio.
- Tem uma coisinha aqui. – passei o dedo perto dos lábios dele e ele olhou para minha mão.
- O que era?
- Seu sorriso sendo escondido. – falei e ele mordeu o lábio inferior me dando um leve empurrão.
- Vamos logo marrentinha. – entrelaçamos as mãos e fomos em direção a casa.
- Como ela é? Vocês entraram? – perguntei por enquanto que o pessoal seguia na frente.
- Pelo que parece, é pequena, mas dá para todos nós. Vi pelas frestas da janela que tem zumbis na sala. Não sabemos quantos, mas decidimos ter mais pessoas para prevenir.
- Tudo bem. Eu, Daryl, T-Dog e Carl vamos entrar. – Rick pronunciou e o filho ficou um pouco alegre por entrar em ação, eu sorri para o menino e senti a mãos de Daryl se desfazer da minha.
- Nos encontramos logo. – murmurou para mim andando na frente.
- Rick... – Lori chamou o marido que a olhou sério e logo depois desviou sem esperar que ela continuasse. Ficamos um pouco distantes esperando que eles entrassem e assim foi feito. Glenn, Maggie começaram a olhar para os lados observando o local. Um assobio e entramos na casa, passei pelo Rick e coloquei minha mochila com a do Daryl em um canto. Daryl me mostrou uma coruja e vi o Carl correndo com duas latas na mãos para abrir, o pai pegou uma jogando no chão nos assustando. Mas Daryl continuou a depenar a coruja.
- Psiu. – T-Dog avisou que zumbis estavam para invadir e corremos para sair da casa e continuar o caminho. Joguei minha mochila e a de Daryl na mala do carro do Glenn e eles fecharam entrando correndo no carro para continuar. Corre para a moto do Daryl e logo seguimos o caminho, como sempre.
- Droga! – resmunguei e a mão de Daryl massageou minha perna de leve.
- Está tudo bem! – falou com sua voz rouca e eu revirei os olhos.
[...]
Alguns minutos depois paramos no meio de uma rodovia. Todos desceram dos seus carros e eu da moto junto com Daryl para ver o local. O pessoal estava com um mapa em cima do carro de Maggie e vi o Carl olhando para o local onde estávamos parados fazendo a patrulha.
- Não temos para onde ir. – falou T
- Quando o grupo daqui, juntar com este, seremos bloqueados. – Maggie informou apontando no mapa – Nunca iremos chegar ao sul.
- Eram umas 150 cabeças. – Daryl informou
- Isso foi semana passada, agora deve ser o dobro. – Glenn negou sua afirmação
- Mas este rio pode atrasá-los. Se formos rápidos teremos chances de cortar pelo meio. – sai de perto do pessoal começando a olhar também, dai eu percebi que a Beth estava no final, ultimo carro fazendo patrulha.
- Hannah. – Carol me chamou e eu fui até ela. – Você é boa em procurar alimento pela floresta, pode fazer isso? Iremos pegar água. – eu assenti
- Cuidado Hannah. – T falou passando por mim e fui até o Daryl que estava conversando com o Rick.
- O que você aprontou? – Daryl me perguntou fazendo o Rick e eu rirmos.
- Eu vou ficar na área procurando algumas frutas.
- Não. – Daryl negou e eu bufei
- Eu não pedi autorização. - afirmei.
- Você não vai sozinha. – revirei o olhos e Rick nos encarava, olhando um para o outro.
- Você é meu pai? – perguntei e Daryl ficou calado. – Eu não vou morrer, só vou pegar algumas frutas.
- Tomara que pegue uma fruta e morra. – resmungou ele e eu sabia que era brincadeira.
- Você sentiria a minha falta. - sorri e comecei a andar.
- Estão sérios mesmo? – ouvi Rick perguntando e eu nem queria ouvir o que ele iria falar. Fiquei rodando e procurando, mas não achei nada, com isso tive que voltar para a estrada. O pessoal não tinha chegado ainda, só estavam ali o Carl e Beth que vigiavam o lugar, e Lori sentada no carro vermelho. Fui até ela e a mesma olhou para meu saco.
- Não encontrou nada? – perguntou e eu neguei fazendo careta
- A área não tem árvore frutífera. E não cheguei a aprofundar na floresta, fui das beiradas até uns metros para frente. Se Daryl descobre que fui mais longe, ele mesmo me mata. – rimos e ela fixou seu olhar em mim.
- Parece que ele gosta mesmo de você. – ela falou e eu senti minhas bochechas queimarem. – Desde o irmão ele se fechou, quando o Rick chegou eles se tornaram parceiros, e desde quando você apareceu na estrada vocês se aproximaram mais ainda. Isso é bom! Mesmo com esse mundo assim, vocês merecem a felicidade.
- Não temos nada. – falei e ela riu
- Eu acredito. – falou debochando e rimos
- Mas é sério. Não temos nada demais. Ele só me protege, não sei porque... mas eu gosto quando dele está perto. Depois do Dale, ele se aproximou mais de mim.
- Você era um pouco ligada ao Dale.
- Eu acho que ele me entendia, mesmo com um curto tempo de conhecimento um do outro, ele me entendia. – ficamos em silêncio e alguns minutos depois o pessoal Daryl chegou junto com Rick olhando para os carros. Fui até eles e o Rick passou por mim, me dando um aceno com a cabeça, indo ver seu filho. Olhei para Daryl e o mesmo me puxou fazendo nós ficarmos encostado no carro.
- Achamos algo. – falou ele e eu o encarei
- Vamos parar de ficar igual castores? – perguntei esperançosa e ele deu de ombros.
- Encontrou alguma fruta? – perguntou e eu neguei
- Eu ia em frente, ia entrar mais na floresta... Daí eu lembrei que você poderia me matar. – lembrei a ele que mordeu o lábio inferior, e senti o mesmo me puxar fazendo nossos corpos ficarem colados.
- Pelo menos você lembra de algo, não é? – suas mãos desceram para minha nádegas e eu as subi, lhe dei um selinho rápido e ouvimos um pigarro, me fazendo separar dele rapidamente.
- Desculpa atrapalhar os pombinhos, mas temos que ir. – falou o T segurando uma risada nos lábios.
[...]
- Oi. – falei olhando para cima do ônibus caído no chão e Daryl me olhou.
- Vem. – coloquei a vasilha de metal em cima do ônibus e ele me ajudou a subir.
- Te trouxe comida. – falei e me sentei do lado para ver o pessoal, ele pegou se sentando ao meu lado me olhando e comendo. – Para. – falei escondendo meu rosto envergonhada – Você toda vez faz isso, e isso me deixa envergonhada. – falei e ele segurou o riso. – Uma prisão é enorme, e lá dentro pode ter um horda de zumbis. – falei preocupada e ele assentiu
- Vamos planejar tudo certo amanhã. E você atirou bem hoje. – falou ele lambendo os dedos
- Mais ou menos, preciso melhorar e muito. – ele terminou de comer a pouca comida e se levantou.
- Vamos voltar.
[...]
- Sei que está mandando bem nas armas, mas quero te proteger. Você precisa aprender e muito, então você fica aqui cuidado dos andantes da grade. – falou Daryl e eu lhe dei suas flechas assentindo.
- Tudo bem! Só toma cuidado, todos vocês. – ele seguiu com o grupo que iria entrar na prisão e eu fiquei com matando os andantes da grade. Alguns minutos depois Rick voltou chamando o pessoal e logo entramos na prisão.
- Amanhã iremos verificar o refeitório e a enfermaria. – falou Rick chamando atenção de todos que olhavam o lugar. Esse bloco daqui está limpo, podem escolher onde ficar.
- Eu não vou ficar em uma gaiola. Vou ficar no poleiro. – falou Daryl e eu o olhei subindo as escadas. Fiz o mesmo com a Carol e Lori, e fui ver uma das elas, por enquanto as duas foram ver as de trás.
- Você vai dormir ai? – perguntei para o Daryl que largou um colchão no chão perto da escada e ele assentiu. – Está bem. Vou dormir em uma das celas. – falei
- Vai lá prisioneira. – ri e entrei na primeira cela, que ficava de frente para ele. Por enquanto que ajeitava minhas coisas, ele se levantou e andou até mim ficando parado na minha frente por alguns segundos.
- Você está bem? – perguntou e eu assenti
- Se vocês vão a enfermaria, eu também irei querer ir junto. – falei e ele negou
- Pode estar lotado dessas coisas lá.
- Mas vai ser bom, eu posso treinar mas minha força. Você irá estar junto também. Não tem problema nenhuma. – tirei o lençol do colchão balançando ele para tirar um pouco da poeira. –
- Você é chata para caralho. – falou e eu quando fui colocar o lençol de volta. Ele ainda estava parado na porta da cela, mas não ficou lá por muito tempo. Entrou e me puxou pela cintura, me envolvendo alguns segundos depois em um beijo que logo foi cedido por nossas línguas que se encontraram. Ele deu um pequeno aperto na minha cintura e eu gemi baixo.
- Melhor a gente parar. – me separei dele e o mesmo bufou. – Ué... você disse que não iria dormir em celas.
- E não vou. – resmungou saindo da minha gaiola, como ele disse há alguns minutos atrás me fazendo rir.