Uma vida vazia [COMPLETO]

By marivilefort

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Lilian é mentirosa. Mente sobre seus sentimentos, sobre a escola, sobre seus vícios. Thomas é quieto. Se sile... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo
Agradecimentos
Curiosidades
Mais histórias

Capítulo 45

419 32 18
By marivilefort


Eu sabia que a sorte estava do nosso lado quando foi Catarina que entrou no banheiro. Por outro lado, ela estava literalmente se apoiando nas paredes para não cair, e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela se enfiou dentro de uma cabine. Depois disso só ouvi o som de vômito e fechei os olhos pensando no estrago. Afinal, quem tinha dado PT foi ela. Ótimo.

É incrível como a sobriedade da gente volta rapidamente em situações de urgência. Logo, eu abri a porta da cabine e segurei o cabelo de Cat enquanto ela vomitava. Agora éramos praticamente irmãs.

-Quantas horas? -Perguntei para Thomas, que estava do meu lado ainda um pouco atordoado por tudo que havia acontecido, não sabendo se ficava para ajudar ou se saia, porque afinal, era o banheiro feminino.

-Está dando 22h. Nossa, tão pouco tempo. Parece que tem horas...

-Sim, mal aproveitamos e a responsável aqui já passou mal. 

Catarina voltou a vomitar, mas logo falou.

-Eu já me sinto melhor, podemos continuar aqui.

-Engraçadinha. Thomas, pega água para ela por favor.

-É para já. -Então Thomas saiu do banheiro correndo.

-O que você arrumou, Catarina? Logo você que estava matando a gente falando para se controlar!

-Me desculpa...

Apenas suspirei. Não adiantava discutir com ela nesse estado.

-Pelo menos você deu PT cedo, vai dar tempo de se recuperar até amanhã.

-Domingo...

Thomas finalmente havia chegado com duas garrafas de água.

-Não, amanhã é sábado.

-Domingo tem a reunião da AMF, não posso esquecer.

 -Você não vai, relaxa. -Disse enfiando a garrafa de água em sua boca.

Quando a primeira garrafa de água havia acabado, e já tinha mais de 20 minutos que Catarina não vomitava resolvemos pedir o Uber e ir para minha casa, onde Catarina passaria a noite. Thomas se ofereceu para dormir lá para me ajudar a cuidar dela. Óbvio que eu não recusei.

***

Quando chegamos em casa, e eu botei Catarina no banho, que felizmente já estava consciente o suficiente para se lavar sozinha e eu e Thomas começamos a nos alimentar de biscoitos e café, foi que eu me dei conta que a sobriedade tinha voltado e apenas uma leve pulsação na minha cabeça tinha ficado. Thomas até que estava muito bem.

Tomei um remédio e parei de tomar café.

-Pelo menos não fiquei tão bêbada quanto na resenha. -Comentei.

-Pois é. Me controlei muito, não queria amanhecer de ressaca porque tenho que ir buscar meu irmão bem cedo na casa do Rafa, e sinceramente, fiquei com medo da Catarina.

Ambos rimos. 

Ouvi Catarina entrar no meu quarto para trocar de roupa e aproveitei a deixa.

-Eu vou ali só trocar de roupa para dormir. Você quer alguma? Tem umas roupas do meu irmão aqui.

-Não precisa. Eu durmo só de cueca, então. -Ele encolheu os ombros. Eu devo ter ficado pálida só com a ideia de acordar de manhã e ver um Thomas apenas de cueca.

-Tudo bem. -Me virei rapidamente e andei até a porta do meu quarto. É engraçado como a sobriedade às vezes é nossa inimiga, pois quando estava bêbada eu não senti um pingo de vergonha de nada do que fiz com Thomas e do que ele fez comigo.

Abri a porta e encontrei uma Catarina jogada na minha cama, toda espalhada e já acomodada. Logo, eu não dormiria mais com meu travesseiro. A noite só melhora.

Procurei por toda parte um pijama bom, decente, mas todos estavam muito infantis, ou rasgados. Então tive que improvisar. Peguei uma calça de moletom preta, mesmo sendo primavera e estando calor para caralho, e uma blusa laranja do Acampamento Meio-Sangue de Percy Jackson & Os Olimpianos que ficava grande e confortável em mim.

Sai do quarto pensando que diabos eu iria dizer para o Thomas. O plano era eu dormir com Catarina na cama de casal dos meus pais e Thomas ficar no meu quarto. Claro, que tinha o quarto de Dave, mas lá só tinha um colchão, pois a cama havia sido doada para dar mais espaço. 

-Olha, você tem duas opções. -Cheguei na cozinha já falando, o que fez Thomas levar um susto. -Você pode dormir num colchão, cheirando a mofo, no antigo quarto do meu irmão, ou dormir na cama de casal dos meus pais comigo? Catarina apagou na minha cama.

Ele apenas me encarou e ergueu as sobrancelhas para mim.

-Não acredito que está me fazendo essa pergunta.

-Nem eu.

-Você sabe a resposta.

-Sei.

***

Thomas estava se despindo para se deitar. Eu já estava deitada, com o edredom branco até o pescoço, suando de nervosismo. Nem sabia o porquê. Thomas não tentaria nada que eu não quisesse também.

Uma parte de mim queria continuar olhando, outra parte desviava por vergonha. Então fiquei revezando entre olhar as lindas costas dele e o edredom branco. Quando ouvi o cinto de sua calça bater no chão e seu corpo deslizar para dentro do cobertor, meu coração batia tão rápido que tive que controlar a respiração de olhos fechados para não ficar ofegante.

-Lily, você tá bem? -Thomas disse olhando para mim, com o mesmo edredom branco de casal que compartilhávamos até a cintura, com o tórax a mostra. Não ousei olhar de volta. -Você está suando.

-Tô bem sim. - Respondi rápido demais, olhando para o teto. -É só essa calça.

Esperei ele dizer para eu tirar, mas ele não disse. Thomas sabia como aquilo ia soar.

-Foda-se. -Falei e me remexi nos cobertores e joguei a calça no chão, ficando só de calcinha e blusa larga. Mesmo assim Thomas não poderia ver. Estava embaixo do cobertor, e mesmo que ele colocasse a cabeça para dentro, estaria escuro demais. -Boa noite. -Falei enquanto me virava rapidamente para tentar dormir. 

-Boa noite. -Thomas também se virou.

Se passaram minutos, horas talvez, não sei. Eu não conseguia dormir. Acabou que tentei me mexer o mínimo possível e fiquei encarando o teto. Não queria incomodar Thomas, não queria fazer barulho e acordá-lo. 

-Lilian, você está tensa para um caralho. -Quase cai da cama quando ouvi a voz de Thomas dizendo isso. Assustada, após tanto tempo em silêncio, olhei para ele, que estava deitado de bruços, de forma que ele estava de costas para mim, até que trocou de posição e me encarou. -Se for por minha causa, eu durmo no quarto do seu irmão... -Ele disse se levantando, e consegui visualizar ele de cueca preta. Céus, que visão.

-Não. -Segurei seu braço. -Fica. Só tenho dificuldades para dormir e relaxar, é isso. Sempre acontece. E você também não estava exatamente dormindo.

Ele sorriu para mim e se jogou na cama novamente, dessa vez deitado em cima do edredom e não por baixo dele. Eu também deixei o cobertor apenas cobrir minha cintura, estava calor e eu não fazia ideia de onde estava o ventilador.

-Posso fazer massagem nas suas costas se quiser, cafuné também. Sempre me ajuda a relaxar.

Eu já ia negar, porque eu sabia que uma coisa ia levar a outra, mas afinal, eu não queria aquilo? E por favor, quem em sã consciência recusa cafuné e massagem de um garoto lindo só de cueca?

Assenti com a cabeça e ele se aproximou, começou a passar as mãos pelo meu cabelo, pelo meu rosto, e me deu um beijo na testa e depois um selinho demorado.

-Vira.

-Hãm?

-Para fazer a massagem. É bom ficar de costas, mas de bruços também serve.

Me deitei de bruços porque parecia menos sexual do que ter um Thomas em cima de mim massageando minhas costas, mas quando ele se aconchegou em mim como quem dorme de conchinha, eu sabia que teria dado na mesma.

Havia uma distância relativamente segura. Ele não estava colado em mim porque precisava usar os braços para mexer no meu cabelo e nas minhas costas, e Deus como aquilo era bom. Não posso dizer que fiquei 100% relaxada. Estava mais para 50% relaxada, e a outra metade estava excitada com aquelas mãos. Puta que pariu, aquelas mãos sabiam o que estavam fazendo. 

Ele as colocou devagar por baixo da minha blusa. Pele com pele. Não ousei reclamar. Ele não tentou tocar meus seios, estava apenas fazendo a massagem como prometido, apertando de leve minhas omoplatas, fazendo alguns carinhos, mas não me contive e soltei um suspiro alto que com certeza ele ouviu.

Ele havia parado a massagem e agora só fazia alguns círculos nas minhas costas. Descendo e subindo, sempre parando quando chegava perto demais da minha bunda. Ele chegou mais perto e dessa vez eu senti o membro dele duro nas minhas costas, quase tocando . Não me afastei, cheguei mais perto, querendo senti-lo. Foi a vez dele suspirar.

Guiei sua mão até meus seios, onde ele ficou fazendo alguns carinhos e brincando com meus mamilos, mas não ficou nisso por muito tempo. Sua mão foi descendo devagar pela minha barriga (que ele não ligou nem um pouco por suas gordurinhas estarem esparramadas na cama), até chegar na minha calcinha pela segunda vez naquela noite.

Sua cabeça estava aconchegada no meu pescoço e eu sentia sua respiração, sua boca tocando minha nuca, enquanto ele fazia a mesma coisa comigo na balada. Brincando de passar o dedo despretensiosamente pela minha calcinha, como quem não quer nada, apenas sentindo minha lubrificação. 

Estava quase me contorcendo e implorando "por favor", quando ele colocou a mão para dentro e começou a mexer com meu clitóris, enviando ondas de prazer pelo meu corpo.

Isso nunca tinha acontecido antes, era algo totalmente novo. Por mais que eu me masturbasse com certa frequência, era diferente quando outra pessoa o fazia em você. Muito melhor.

Eu sentia que havia feito xixi nas calças de tão molhada que estava, mas Thomas não ligava. Na verdade, facilitava o trabalho.

Tudo que se ouvia no quarto era nossas respirações ofegantes e o barulho da fricção do dedo do Thomas na minha vagina. 

Mas antes que eu pudesse soltar meu primeiro gemido de prazer e chegar ao orgasmo, Catarina nos interrompeu e pedia para ser morta por mim, também pela segunda vez naquela noite.


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