O preço de amar a Cristo

By filhadatrindade

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O primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Bra... More

Prólogo ❤
Capítulo 01 - Eis-me aqui, Pai ❤
Capítulo 02 - Eu vou ficar com você ❤
Capítulo 03 - Era ele ? ❤
Capítulo 04 - As marcas vão continuar ❤
Capítulo 05 - Felicidade que não consigo conter ❤
Capítulo 06 - Doeu mais em você ❤
Capítulo 07 - Você vê em mim o que tem em você ❤
Capítulo 08 - Prisioneira do seu olhar ❤
Capítulo 9 - Até flores serem jogadas no meu caixão ❤
Capítulo 10 - Teu é o Reino, o poder e a glória ❤
Capítulo 11 - Eu vou lutar por você ❤
Capítulo 12 - Você não olhou para trás ❤
Capítulo 13 - Aliança ❤
Capítulo 14 - Olhar esperançoso ❤
Capítulo 15 - Para lembrar ❤
Capítulo 16 - Vocês vão incendiar ❤
Capítulo 17 - Sangue do meu sangue ❤
Capítulo 18 - Fragmentos ❤
Capítulo 19 - Não tenha medo ❤
Capítulo 20 - 70x7 ❤
Capítulo 21 - Dança sensual ❤
Capítulo 22 - Ela me refez ❤
Capítulo 23 - Equilíbrio ❤
Capítulo 24 - Se eu soltar essa mão... ❤
Capítulo 25 - Eu serei a própria cicatriz ❤
Capítulo 26 - Maldito homem que confia no homem ❤
Capítulo 27 - É isso que Deus quer? ❤
Capítulo 28 - Você está pronta? ❤
Capítulo 29 - Amor em segundo plano ❤
Capítulo 30 - Seja feita a Tua vontade ❤
Capítulo 31 - Adeus, meu amigo ❤
Capítulo 32 - Deus, porque me abandonou? ❤
❤ Aviso ❤
Capítulo 33 - Alto preço ❤
Capítulo 34 - influência sobre mim ❤
Capítulo 35 - Remando para o lado certo ❤
Capítulo 36 - Cova do leão ❤
Capítulo 37 - Somos realmente felizes? ❤
Capítulo 38 - Esperança de algo novo ❤
Capítulo 39 - Para a honra Dele ❤
Capítulo 40 - Você tem chance ❤
Capítulo 41 - Obrigada, meu Deus ❤
Capítulo 42 - Que os céus se abram❤
Capítulo 43 - Ele é o tempo ❤
Capítulo 44 - Me dê mais amor por Ti ❤
Capítulo 45 - Eu sinto falta Dele ❤
Capítulo 46 - O Senhor vai dar vitória❤
Capítulo 47 - A vitória tem um preço ❤
Capítulo 49 - Ele nos lava dos pecados ❤
Capítulo 50 - Dependente do seu amor ❤
Capítulo 51 - Ele morreu por você ❤
Capítulo 52 - Me sinto tão viva ❤
Capítulo 53 - Eu vou ir até você ❤
Capítulo 54 - Me mostre a Tua luz ❤
Capítulo 55 - Faça Teu milagre ❤
Capítulo 56 - Sou feliz ao Teu lado ❤
Capítulo 57 - Uma vida sem Ele ❤
Capítulo 58 - Cantinho o céu ❤
Capítulo 59 - Espera por mim ❤
Capítulo 60 - Preso a um amor ❤
Capítulo 61 - Uma bela primavera ❤
Capítulo 62 - Tudo pelo seu bem ❤
Capítulo 63 - Por que? Porque eu preciso dele ❤
Capítulo 64 - O resto da minha vida ❤
Capítulo 65 - O dia que eu fiquei curioso sobre você ❤
Capítulo 66 - Nos tornaremos um ❤
Capítulo 67 - Você vale a pena ❤
Capítulo 68 - Eu não me arrependerei { Último Capítulo } ❤
Epílogo ❤

Capítulo 48 - Uma ilusão perfeita ❤

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By filhadatrindade

Alana narrando.

Exatamente agora, são três da tarde.

Muitos por aí dizem que as três da manhã é a hora do demônio, hora dos mortos, hora do diabo. Falam que é quando os demônios estão mais "fortes" e estão por aí pelejando a favor deles mesmos.

Eu não duvido disso.

Meu irmão foi declarado morto às três da manhã, mais ou menos. Era madrugada quando tudo aquilo aconteceu, mas só depois de ser examinado no hospital ele foi declarado morto.

Estou com meu braço envolto no de Diego. A chuva cai sobre nossas cabeças, meu sobretudo estava totalmente cheio de pingos d'agua. Só não sabia se era mais minhas lágrimas ou a chuva que o Senhor nos mandou nesse dia.

O que Pablo fez da vida dele para, só ter Diego e eu aqui nesse enterro que me parece tão triste. Quer dizer, as pessoas que estão aqui só vieram por causa de mim e não para se compadecer da morte dele ou dizer que estão tristes por vê-lo em um caixão. As pessoas que estão aqui estou aqui para me consolar:

"Você vai conseguir passar por isso".

"Vai ficar tudo bem".

"Deve ter sido melhor assim".

Realmente. Acho que eles dizem a verdade quando falam essas coisas, entretanto eu não consigo deixar de sentir tamanha dor e profunda tristeza por meu irmão ter morrido sem salvação. Ele não vai se encontrar com o Senhor no Reino dos Céus como um dia eu sonhei para ele.

Um sonho lindo.

Uma ilusão perfeita.

Acho que o pior de tudo foi ter que contar a minha avó que meu irmão morreu por telefone e ver a quão desolada ela ficou. Ela nem pode vir aqui parar chorar. Eu tive que contar por telefone que o neto dela tem um filho e que se matou depois.

Preferi não contar sobre a Lili, acho que seria demais para o coração frágil dela e do meu avô. Só espero que Deus vá de encontro aos dois nesse instante e os faça feliz.

Apoiei minha cabeça no ombro de Diego, ainda caminhando para enterrar meu irmão.

Ele colocou sua cabeça sobre a minha e acariciou minha mão. Eu respirei fundo e apenas deixei que ele continuasse com seu carinho. Eu precisava disso mais do que tudo nesse instante.

Quando chegamos até lá. Os coveiros colocaram o caixão naquele buraco perfeito feito para ele. Ficava ao lado do tumulo dos meus pais. Eu sou a única daquela família pequena que sobrou. E por quê? Tudo isso é por amar a Cristo. Toda essa dor é por amar a Ele mais do que a mim mesma e aguentar tudo isso enfrentando o sentimento de morrer em vida para continuar perto Dele. Toda dor que eu passei, cada arranhão, cada vez que eu apanhei eu só pensei:

Eu sou tão miserável nessa terra. Uau. Eu só estou passando por isso para encontrar com um homem? Mas não é um homem qualquer, não é? Hum... Não, não é. Ele é a vida. Ele é o principio e o fim. Aquele que venceu a morte. Estrela da manhã, raiz de Davi. Meu salvador, pendurado em um madeiro, você me trouxe a redenção e me fez de novo.

Me desprendi de Diego por um instante e cheguei mais perto dele. Peguei a única rosa que eu colhi em nosso próprio jardim para poder trazer. Peguei uma da cor branca.

Paz.

É isso que eu desejo ao espirito dele.

Paz.

- Vamos embora? - Ele pega em minha mão. - É o suficiente.

- É. É o fim. - Entrelacei meus dedos ao dele e ele me afastei.

Esperamos toda aquela areia ser jogada em cima do caixão dele e enfim fomos embora. Eu só acreditei que meu irmão estava realmente morto quando vi seu rosto ali. Por que, no ultimo instante ele decidiu se matar? Será que sentiu pena de si mesmo? Eu só queria saber qual foi seu pensamento naquele instante entre seu olhar diretamente para mim e a mão dele apertando o gatilho.

Algumas horas depois...

Minha casa estava cheia de pessoas. Todos estavam tentando não falar sobre o que tinha acontecido, mas não tinha como fugir do assunto.

Karen ainda estava no hospital e dava depoimentos sem parar do que tinha acontecido com ela. Eu dei o endereço da tal escola na Suíça, pois, Pablo já quis me mandar para lá.

Carlos, na primeira vista de melhora, foi mandando para o presidiário e não sairia de lá tão cedo. Será que esse é realmente o fim?

Só porque eles dois não estão mais por perto não significa que outras pessoas não passem ou vão passar por isso. Eles iam a reuniões que estava cheio de pessoas que apoiam tudo o que eles disseram. Pessoas que desejam a morte de outros por serem diferentes do que eles acham bom.

- Lana. Você devia ficar em casa mais alguns dias, porque vai voltar para a escola já na semana que vem? - Alex se aproxima de mim e pergunta.

- Eu preciso ocupar minha mente Alex e nada melhor do que dar aula. Aquelas crianças me deixam realmente animadas. - Diego passou a mão pelo meu cabelo e consentiu.

- Bom. Está certa. Ficar sem fazer nada também não é bom. - Concorda comigo. - Desculpa não poder ficar mais tempo com você, mas Blanca precisa de mim. Ela não veio por que toda essa situação fez ela lembrar de um passado cruel que ela também viveu na família... Me desculpe.

- Eu entendo. Diga a ela que eu entendo. - Ele me dá um abraço rápido e cumprimenta os outros, em seguida vai embora.

A lembrança do corpo de Liliane também sobreveio à minha cabeça. A morte dela era minha culpa também. Ela morreu por saber de algo sobre meu irmão que tinha ligação com algo sobre mim e sua vingança descompensada.

Uma lágrima tão solitária quanto eu nesse momento - por dentro - escorre pelo meu rosto.

- Lana, o que foi? - Diego senta-se ao meu lado no sofá e eu respiro fundo. - Isso realmente está mexendo com você.

- O que aconteceu... Não é só o Pablo. A Lili também pagou um preço. Ela era tão jovem e cheia de sonhos... - Senti os olhares sobre mim ao dizer aquilo.

- Você não é culpada disso, Lana. - Cecilia me conforta. - A família dela não quis deixar a gente ir ao enterro, pois estão indignados, mas eu tenho certeza que se ela estivesse aqui, saberia que você choraria por ela. - Concluiu.

- A Maressa está dormindo? - Diego me pergunta, mudando o assunto.

- Sim. A Sabrina cuidou dela e está com ela no quarto - Respondo.

- Troque de roupa. Vamos sair um pouco.

- Mas Diego...

- Alana... - Mirou com carinho para mim.

- Está bem. - Me dou por vencida e vou ao quarto, pego algumas roupas que eram de frio e vou ao banheiro trocar de roupa.

Volto para a sala com outra roupa e todos me encaram, confusos.

- Alana, quero te pedir ajuda para fazer uma coisa depois, tudo bem? - Lorena me pede e eu consinto.

- Eu sinto muito pela sua perda. - Helena me abraça, um pouco sem jeito. - Eu nunca pensei que seu irmão fosse tão mau com você. Sério. E eu achando que sofria... Sinto muito, de verdade. - Disse.

- Eu agradeço por suas palavras. - Digo a ela.

- Alana, podemos conversar? - George me pede e eu apenas afirmo com a cabeça.

Ficamos nos olhando na cozinha por um breve momento que pareceu uma eternidade, ele queria falar algo, mas parecia não conseguir. Ele abriu a boca na tentativa de falar a coisa certa diversas vezes, mas não o disse.

- Eu não queria falar isso aqui e nem agora, mas... - Ele começou. - Eu amo você.

Continuei o olhando, sem saber como responde-lo.

- E eu estou esperando por você. Quero que você fique comigo porque... porque eu sei que você será feliz comigo e eu vou fazer de tudo para te fazer esquecer essa parte ruim da sua vida. - Continuou.

- Eu estou com o Diego, George. - Digo, mas ele balbucia.

- Deixa eu acabar. - Me interrompeu e eu suspirei. - Eu amo você, Lana. Você esteve comigo naquele inferno e eu me apaixonei pela sua força em se recuperar. Eu sei que está com Diego agora e entendo que ele é seu primeiro amor, mas sabem o que dizem? Primeiro amor não vai para frente. - Diz. - Eu prometo que vou fazer você esquecer isso tudo. - Ele segurou a minha mão. - Fica comigo, por favor?

Foi então que tirei minhas mãos dele e me afastei dele. Eu estava com muita raiva dele naquele momento, mas eu queria pensar bem antes de deixar qualquer palavra sair da minha boca. Eu não fui feita para magoar as pessoas e nem muito menos despejar ódio.

- Eu disse que eu estou com o Diego e vou continuar com ele. - Respondi. - George, você foi um bom amigo para mim, mas eu disse antes... é só isso que você é. - Por um momento ri da situação. - Eu não acredito que preciso falar isso no dia do enterro do meu irmão - Mirei seu rosto que parecia arrependido. - Eu não vou ficar com você, George, porque eu não quero alguém que me faça esquecer. As coisas que eu passei são lições que eu passei com Deus. Se Deus me fez passar por isso, porque eu iria querer esquecer? Eu só quero um companheiro e alguém que em conforte nos dias de dor. Alguém que me diga "Quando você estiver sofrendo, eu quero passar por isso com você" - Dei uma breve pausa e respirei fundo. - Você não pode me dar isso.

- E-Eu...

- Eu já tenho essa pessoa e não é você. Sinto muito. - Comecei a andar para fora da cozinha, mas ele segurou meu braço.

- George! - Cecilia aparece e ele larga meu braço. - Você é realmente idiota? Sempre me condenou por ter gostado do meu padrasto, mas cá está você tão patético quanto eu tentando tirar a mulher de outro homem. Ela não te ama. - Ela diz e eu apenas saio da cozinha.

- Espero que fiquem bem aqui na minha casa, mas eu tenho que sair agora. Desculpem. - Pego na mão de Diego e o puxo para fora de casa.

Não caia chuva do céu, então apenas vou para a calçada para começarmos a caminhar.

O ar frio tocava meu rosto e eu arfava. Cada vez que tomava folego parecia doer mais, mas ao olhar Diego a dor amenizava.

Continuei com as mãos entrelaçadas com ele. Ele pegou minha mão e colocou no bolso do seu sobretudo, me deixando mais aquecida. Sorri naquele momento.

- Eu nunca te contei o que aconteceu com meus pais quando souberam que eu tinha voltado, não é? - Ele perguntou e eu apenas neguei com a cabeça. - Minha avó não deixou nada para eles. Quer dizer, nenhuma das empresas. Eles só têm casas e alguma herança em dinheiro, mas comparado com o que ela me deixou é quase nada. Eles vieram até mim um dia... E eu fiquei feliz em ver eles pela primeira vez depois de um tempo, mas não foi como eu esperava. Eles me amaldiçoaram e disseram que iam recorrer e que eu era um golpista. Me submeteram a um teste de DNA.

- Sinto muito.

- Não sinta. Eles não eram meus pais, na verdade. Não me criaram. A única coisa que senti ao vê-los fazer isso foi gratidão pela minha avó ter me tirado de perto deles. Eu realmente seria daquele jeito? Tão mesquinho e fixado em dinheiro.

- Sua avó tinha uma luz própria e ela passou isso para você. Eu também sou grata a ela por isso. - Parei ele por um momento.

Depositei um beijo lento e suave em seus lábios, enquanto envolvi meus braços por seu pescoço.

- Graças a isso eu conheci você. - Sorri.

- É pelo o que mais agradeço - Diego me dá um beijo rápido na bochecha e voltamos a caminhar.

Uma caminhada silenciosa e quando as lembranças do meu irmão vinham ela se tornava dolorosa, mas eu só precisava olhar para o homem ao meu lado que ficava bem.

Continua...

"Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Romanos 6:23

🌻Nota da autora🌻

1/3 postado amores! Espero que tenham gostado do capítulo de agora... Daqui a pouco tem mais vindo por .
#ContagemRegressiva
Essa contagem regressiva é para o capítulo que vocês estão esperando(prólogo) e em breve teremos mais uma contagem regressiva... ♥️

Comentem e votem, pois me ajuda muitooooo♥️

Deus abençoe e...Até a próxima ♥️

🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻

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