O Filho do Barão [COMPLETO]

By CupcakeeyV

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❕ LIVRO COMPLETO O FILHO DO BARÃO • DULOGIA SUBMUNDO Da Autora da Trilogia Bratva Copy... More

Sinopse
Prólogo
1
2
Reconfortante-3
Ultimato-4
Estrangeira-5-I
Estrangeira-5-II
Sentimental?-6
Fúria-7
GRUPO NO WHATSAPP
Kalahari-8
Herdeiros-9
O Amor-10
Tradições-11
Junto à Ele-13
Traição-14
Conflitos-15
Ameaça-16
Tatuagens e Cicatrizes-17
Entregue-18
Mudanças?-19
Kalahari Bonatero-20
Possessivo-21
A Baronesa-22
O Início-23
Perda-24
Dor da Perda-25
Verdades Ocultas-26
Minhas dores-27
Traidores-28
Tatuagens-29
Cupcake & Manteiga-30
Medo & Culpa-31
Baronesa-32
Bicolores-33
Território Inimigo-34
Desabafo-35
Amizade e Lealdade-36
Kazama-37
Mamma mia-38
Bonnateros-39
Finale-40
Bónus: Com amor, Light Bonnatero
Agradecimentos
Novidades: Livros Novos
Faça parte do meu mundo

Fúria 2 & TOC -12

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By CupcakeeyV

DESCULPEM A DEMORA, NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR E COMENTAR BASTANTE


Boa Leitura.

Itália/Toscana

LIGHT

Ela disse várias vezes que me ama. Mostrou amar-me quando todos disseram para desistir do casamento, ela foi firme e recusou-se à desistir. Exigiu que eu a tratasse como minha noiva e futura esposa. Mulher insolente.

E aqui está ela. Deslumbrante dentro de um vestido numa mistura africana tradicional e moderna. Se a amo? Óbvio que não. Foi me ensinado que o amor enfraquece mais do que ergue e destrói mais do que constrói.

Quantos corações quebrados existem por ai? Quantas pessoas decepcionadas existem por ai?
Quantas pessoas sofrem e sofreram ao ponto de querer tirar a própria vida por causa de decepções amorosas e toda essa merda que tem haver com paixão e a intensidade dela? Não há luz para mim como há para outros, pois eu escolhi viver sob a escuridão e sob o céu escuro.

Kalahari fita-me e sorri segurando a aliança feita de ouro branco. E faço o mesmo, seguro a pequena aliança fitando seus olhos.

—Há dias em que céu nasce limpo e há dias que ele nasce escuro e trovejante. Não sou a melhor pessoas do mundo, mas também sei que não sou a pior. Somos pessoas distintas, que se encaixam perfeitamente como o yin e o yang, o bem e o mal, a noite e o dia. Espero fazer-te feliz e prometo porteger-te, cuidar de ti e dar a minha vida quantas vezes forem necessarias por ti.

Meu coração bate freneticamente. Nunca antes havia me aberto tanto à alguém, que não fosse meu analista chato.

—Ah meu Deus! —ela sussura, com o terço e a aliança na mão. —Você definitivamente vai matar-me.

Todos no salão gargalham achando lindo e fofo. Todos menos eu.

—Eu quero viver sob o teu céu escuro e trovejante, ser a estrela que dá brilho a tua noite e contigo poder formar a mais linda constelação existente. Prometo amar-te e apoiar-te para todo o sempre. Assim como o mal nasce do bem, o bem forma-se através do mal, pois apenas assim surge o equilibrio sobre os sentimentos e todas outras coisas. Sou grata a Deus por ter-te e espero que ele abençõe a nossa união. Amo-te Light.

Seus olhos estão marejados e seus lábios levemente vermelhos estão trémulos.

—Light di Augustini Bonatero, você aceita Kalahari Zitryan como sua futura Esposa e Baronesa?

Fechei os olhos por alguns segundos assimilando aquelas palavras.

—Eu aceito você Kalahari, como minha esposa e baronesa.

E que os meus demónios me ajudem. Como se fosse algo possível.

—E você Kalahari Zitryan, aceita Light di Augustini Bonatero como seu futuro esposo e barão?

Kalahari fita-me e sorri. O sorriso verdadeiro e repleto de emoções, eu sei que com ele, ela quer dizer que aceita antes para mim e depois para todos os outros.

—Eu aceito você Light di Augustini Bonatero, como meu futuro esposo e barão.

Há uma pausa. Aquela pausa considerada como sendo —a Pausa—onde Pietro Bonatero levanta-se e caminha até nós. Meu pai sempre foi um bom homem, que apesar da reputação de assassino cruel e impiedoso, sempre procurou mostrar-nos o melhor lado da vida, principalmente que o mundo é feito de vida e de morte. Mas que a vida é o nosso bem preciso, um presente Deus e devemos valorizá-la.

Papà tira o anel com o brasão dos Bonatero juntamente com a mão que representa a Mão Negra, fitando-me silenciosamente. Seus olhos limpos como o céu são exactamente como o das minhas irmãs.

—Es meu primogénito e a ti eu dou, a ti eu confio e a ti entrego a minha vida, a vida da família e a vida de todos que fazem parte da Mão Negra. Somos feitos de terra e para a terra voltaremos, somos como a gota de sangue que mancha eternamente a terra depois que a toca. —Papà coloca o anel no meu dedo anelar esquerdo do mesmo jeito que Kalahari fez com a aliança. —Amo-te meu bambino. Seja melhor do que eu e principalmente seja honrado.

Ele beija Kalahari e retorna para seu lugar junto de mamma e meus irmãos. Fito minha futura esposa que sorri orgulhosa. Me permito sorrir também.

—Eu os declaro marido e mulher. Barão e Baronesa. Unidos num só matrimónio e juramento. Barão, pode beijar sua Baronesa.

Turbulências internas. Viro-me para olhar a entrada do salão e lá estão eles. Andreoni Vittorini acompanhado por Claude Trichet. Minha mente trabalha a mil e tudo que eu consigo fazer é entrar no modo automático. Meu humor muda tão rápido que posso sentir a mão de Kalahari gelada sobre a minha, pois o aperto involuntário que dou a sua mão a faz ficar assustada e com o uma expressão de dor.

Largo sua mão rapidamente e recebo um sorriso dos meus convidados de última hora.

Kalahari vira minha face para que eu olhe apena para ela. Seu cenho franzido é a prova de que ela sabe que algo está errado e tenta descobrir. Quando tenta virar o rosto para olhar na direção que eu havia olhado, seguro seu queixo beijando-a ardentemente. Chupo seu lábio inferior pedindo passagem que rapidamente é concedida. Nossas linguas duelam, como se fosse uma batalha. Puxo-a ainda mais para mim, mordendo de leve seus lábios e chupando avidamente sua língua.

Separámos nossas bocas, após nos apercebermos que os aplausos cessaram faz alguns segundos e o ar nos nossos pulmões precisa ser reposto.

É difícil acreditar que daqui pra frente, minha vida não será apenas minha.

Depois de muita perca de tempo com felicitações e comprimentos, acompanhado de toques desnecessários, seguimos em direção a área do salão que acontecerá a festa. A decoração em cores claras dão um ar de paz que incomada não apenas aos meus olhos, mas também a minha mente.

—Está tudo tão lindo. —o sorriso estampado no rosto da minha agora esposa é radiante e largo o suficiente para mostrar as duas fileiras de dentes muito brancos e bem alinhados. —Oh Céus! Aquelas são as cadeiras?

Fito-a. O facto daqueles dois homens aparecerem no meu casamento, não sai da minha mente. Foi um acto bem arriscado, mas claramente conseguiram deixar-me nervoso o suficiente para querer matá-los. E eu irei.

—Você quer? —indaga Kalahari, mostrando o cupcake na mão.

Balanço a cabeça negativamente.

—Estou morta de fome. Você não está? —murmura, enquanto senta na cadeira que antes pertencia aos meus pais.

Mamma fez questão de madar trazê-las até o salão.

—O que ela faz aqui? —questiona Kalari de repente, como quem tivesse sido ferida.

Fito-a confuso. Olho na direção que está seu olhar e lá está Bianca Cassi. Seu vestido vermelho sangue sem alças e um decote profundo faz com que eu me sinta desconfortavel. Em cada lado do vestido comprido há duas fendas, que permitem que suas longas pernas estejam expostas.

—Você devia saber disfarçar sabe? —Há mágoa em sua voz. —a baba está escorrendo como uma cascata.

Kalahari empurra a cadeira com o intuito de levantar. Seguro sua mão e automaticamente sinto meu corpo estremecer. Foi um movimento impensado da minha parte, seu corpo causa sensações desconhecidas para mim.

—Aonde você pensar que vai. —pergunto irritado. Ela não pode deixar-me aqui sozinho.

—Vá se fuder marido. —retruca agressiva.

Além de ser teimosa e respondona é irritadiça. Bufo frustrado e recebo um olhar inquisidor de meu pai, que está do outro lado do salão com alguns homens. Viro-me na direção que Kalahari saiu e minha vontade é de ir atrás dela, mas me recuso a atender ás vontades de alguma parte louca do meu cérebro.

De longe percebo que Bianca está a de olho em todos os movimentos que faço. Sorrio de lado. Essa mulher gosta de perigo e de achar que caso mamma coloque as mãos nela eu a protegerei. Eu não me preocupo com ela. Tudo que ela sempre foi é uma boa foda gressiva e sem passar dos meus limites pessoais em relação a aproximação e toques.

—O que você faz aqui? —pergunto  entredentes, assim que ela se aproxima.

Bianca revira os olhos e passa seus olhos pelo meu corpo sem descrição alguma. Morde o lábio inferior e sorri aprovando o que vê.

—Aproveitar a boca livre é que não. —o tom irónico que ela usara, faz-me respirar fundo, pedindo a seja lá quem for por paciência. —Eu vim... digamos que ver de perto todo esse show milionário.

—Vá embora Bianca. —tento optar pelo caminho da paciência. —Você não é bem vinda aqui.

A morena dá de ombros e sorri de lado. Está jogando comigo, mas ela sabe que não é uma boa ideia. Eu estou a controlar o máximo possível meus pensamentos homicidas.

Vontade de matar alguém eu tenho desde que levantei da cama.

—A noiva sentiu-se incomodada com a minha presença? —pergunta estufando o peito. —Não acredito que você se casou com essa descendente de chimpanzés.

Eu posso quebrar o pescoço dela ou arrancar sua língua venenosa, mas há testemunhas demais aqui. Arrancar sua espinha dorsal seria mais divertido, se não estivéssemos no meu casamento e se eu não tivesse de ir atrás daquela negrinha gostosa.

Meu pensamento tornou-se no meu maior inimigo agora. Tenho de parar de pensar nela dessa forma.

—Você deveria ter escolhido à mim.

O tom magoado não passa despercebido, sua expressão de dor é a prova disso.

—Pois é, mas sabe como é —sorrio de lado. —, eu prefiro á descendente de chimpanzé. Chimpanzés são mais amigáveis que as najas.

Bianca fuzila-me com o olhar. Sua expressão que antes era de pura mágoa, passa para raiva e ódio. O que é cómico de se ver, seu rosto está quase vermelho e o ódio presente no seu olhar, é mais uma prova de que essa pode ser perigosa. Mulher tola.

Apenas jogue para ganhar. Mas se você for mestre no que faz, jogue por diversão.

Sei que meus pais estão de olho em mim. Posso sentir isso e pelo rabo do olho vejo a mulher dos cabelos de fogo caminhar na nossa direção. Cada passo faz com que todos a olhem, seu vestido exageradamente apertado deixa-me incomodado. Ela deveria vestir-se como as mães se vestem.

Coitado do meu papà.

—Algum problema aqui? —Mamma pergunta, acariciando meus braços. —Onde está a minha filha? —a pergunta é direcionada a mim, mas o olhar de mamma está em Bianca.

—Ela está lá fora —respondo rápido.

—E porquê você não está com ela? —indaga fuzilando-me com o olhar. —Vá atrás dela menino.

—Mas...

Bianca tenta protestar. Será que ela não vê que essa mulher bem na minha frente é a minha mamma? E que apesar de ser minha mamã, não é flor que se cheire. Quebraria o pescoço dela tão rápido que nem eu seria capaz de impedir à tempo.

—Mas nada mocinha. —Mamma a interrompe, segurando-a pelo braço. A expressão de dor que está no rosto de Bianca, faz-me olhar para o local em que mamma a pegou. Vai ficar uma marca ai. —Você vai sair por aquela porta —Mamma aponta para a saída —, e nunca mais irá procurar meu bambino.

Beatrice Bonatero pode ser assustadora ás vezes. E pra quem está a pressionar demais o braço de de Bianca, ela está com o rosto sorridente e sereno demais. Suas palavras não combinam com seu rosto e o sorriso diabolicamente agelical, faz-me dar ás costas e sair a procura de minha esposa antes que me culpem pela presença dessa mulher aqui.

—Essa mulher ainda vai acabar com o meu cérebro. —murmuro para mim mesmo, enquanto entro no elevador e pressiono o botão para terraço da casa.

De alguma forma sei que é lá que ela está. Quando a trouxe para cá, ela ficou encantada com o lugar e principalmente com o jardim que tem lá. Talvez o facto de eu aturar ela e sua boca que não para um segundo de falar, é por que ela é uma mulher que parece mais uma menina e se encanta com as coisas simples e pequenas. Os menores gestos são do tamanho do Everest para ela.

Saio do elevador sorrindo de lado. Algo que se tornou constante ultimamente e que eu detesto. Paraliso assim que vejo a cena na minha frente. Loius Patrick, irmão da noiva de Enzo, está com as mãos nela. O loiro de olhos castanhos que um dia fora meu melhor amigo ou que pelo menos servia como meu saco de pancada sempre que entreinavamos, a segurava tão intimamente que senti meu sorriso morrer. Meu corpo está rígido e meus olhos estão presos a cena.

—Dizem por ai que vocês negrinhas são muito boas em chupar paus. —ele acaricia o rosto de Kalahari que força. —Vamos lá, fica só entre nós.

Uma das suas mãos está na bunda dela, ele segurou firme nessa parte específica do corpo dela. Merda. Qualquer homem faria o mesmo, aquela parte do corpo dela não parece ser natural. Tem um tamanho que deixaria qualquer mulher cheia de silicone com inveja, qualquer homem com vontade que apertá-la e claro sentir seu buraquinho.

—Larga-me. —Kalahari pediu com fúria.

Ele lambeu o rosto dela apertando os dois lados das suas bochechas. Kalahari o esbofeteou com fúria e ódio.

—Putinha difícil você. —Louis diz, com a voz irritada.

—Nojento. Light vai saber disso. —diz Kalahari, com a voz embargada.

A postura do loiro mudou tão rápido, que até me surpreendi. Ele arragou-a pelo cabelo e a esbofeteou com tanta força que fez com que ela cambaleasse.

Não consigo entender o motivo do meu corpo estar paralisado. Não consigo me mover e por algum motivo minha respiração está presa.

—Mate-o. —o homem tatuado gritou e empurrou-me.

Eu paralisei. O garoto chorava copiosamente, estava amedrontado e qualquer um ficaria, tendo vários homens com a atenção apenas nele.

—Mate esse pivete. Caralho.

Não posso fazer isso. É só um rapaz que deve ter a minha idade.

—Você é surdo Light? —o outro homem baixinho indagou, puxando meus cabelos com força excessiva. —Puxe o gatilho.

O rapaz balançava a cabeça em negativa várias vezes, seu olhar suplicava e eu senti o suor escorer pelo meu pescoço. Esse rapaz era filho do inimigo dele, do homem que se denominou meu padre. Eu tinha de matá-lo ou eles o torturariam por horas e o matariam da pior forma possível.

E depois fariam o mesmo comigo.

Respirei fundo e apertei o gatilho. Um, dois, três, quatro, cinco disparos foram ouvidos. Era mais um para a minha lista de mortos. Com dez anos eu sabia que em breve mataria meu 27 homem.

Você é meu Light. Esqueça sua família e junte-se a mim, seja o Zero e seja sempre cruel. Ele gargalhava sempre que dizia coisas assim. Eu era um homem já e não podia chorar e nem discordar. Todos dias eu dormia amarrado por arame farpado num sótão escuro, sujo e húmido, esperando à tortura que durava mais de meio dia, e no dia seguinte eu acordava para matar alguém, sempre a mesma rotina.

Matar pessoas tornou-se uma rotina e meu escape.

Quando sai do tranze eu estava em cima de Loius e com as mãos no seu pescoço. Kalahari grita para que eu pare, pois o homem em baixo de mim está com os olhos esbugalhados e a face roxa pela falta de ar.

—Light você vai mata-lo. —avisa. —Light por favor.

O quão rápido uma vida pode acabar? O quão fácil é matar uma barata ou uma pessoa?

—Light. —chama-me outra vez. —Amore per favore. Não faça isso. Não manche mais suas mãos, ele não merece que você fique manchado por ele.

Minha vontade é arrancar a garganta desse homem maldito e inconsequente. Tudo que eu penso é o quão prazeroso é tirar a vida de um homem como Louis Patrick. Aperto com mais força o pescoço do loiro, que se debate á procura do ar agora nulo. A sensação de prazer misturada com ódio, faz-me apertar ainda mais o pescoço do traidor filho de uma puttana.

Quero matá-lo, cortá-lo em pedaços bem simétricos e depois dá-los de comer a sua querida famíla. Seria tão bom se eu o fatiasse, talvez arrumar seus órgãos por ordem alfabética ou quem sabe por funcionalidades. Eu vou matá-lo.

—Está a pensar nela agora? Em como ela é gostosa e seria bom fudê-la? —pergunto sorrindo entredentes. —acho que não, nem Patrick?

Louis para de se debater e ai percebo que seu corpo está sem vida. A força que apliquei foi o suficiente para o asfixiar. Porra de homem fraco. Não foi divertido.

Olho em volta e Kalahari já não se encontra no local. Ainda bem, penso enquanto arrumo minha roupa, sacudindo a poeira impregnada na nela, mas essa merda não quer sair. Estalo o pescoço com raiva e tiro o paletó sujo. Tento limpá-lo, mas sem sucesso, tento mais algumas vezes irritado e grito enraivecido. Preciso tirar a essa sujidade de mim, do meu corpo e da minha roupa. Quero arrancar meus cabelos, como fui sujar minha roupa?

Claro, enquanto matava Louis.

O corpo do meu ex melhor amigo, está caído. Seus olhos ainda abertos, sua expressão sôfrega e a marca de mãos que envolvem seu pescoço. Mas de alguma forma eu não sinto-me culpado, apenas desapontado por ter sido fácil e rápido demais.

Eu não sinto muito. Eu não sinto nada.

—Dios mio. Light o que você fez? —mamma questiona, entrando no local com papà e meus irmãos à sua trás. Vejo Kalahari atrás de todos eles, ela não olha uma vez se quer na minha direção. Sinto-me sufocado. —Você o matou.

O que é óbvio. Matei e foi muito bom, tirando a parte do rápido e fácil.

Enzo segue até o corpo de Louis e agacha-se. Fecha os olhos dele e fita-me com pena e decepção, o mesmo que há no olhar dos meus pais. Decepção.

—Por que raios você fez isso? —Papá pergunta, com raiva e a decepção que ainda está estampada na sua face.

Fito meu paletó sujo e minha camisa amarrotada. Tenho de limpar-me. Isso não está certo. Não posso continuar vestindo isso. O calor sobe pelo meu corpo e sinto um incómodo só de olhar para as minhas roupas desorganizadas e sujas.

—Você está me ouvindo? —Papá retorna a perguntar.

Quero espaço. Preciso de espaço. Preciso rapidamente sair daqui, antes que eu faça mais uma loucura. Preciso tirar esse sujo das minhas roupas, preciso lavar e organizá-las.

Preciso lavar-me. Não posso continuar vestindo isso. Não está certo, não vai ficar. Nada está certo.

—Deixem-me. —respondo, não me preocupando com eles e muito menos com o ser caído ao meu lado.

—Não sejas mal criado. —mamma diz. —Porquê você fez isso Light? Você sabe as dimensões dos problemas que isso trará?

—Saiam da minha frente —peço. Preciso lavar meu paletó, preciso lavar meu corpo. —, eu não me importo. Deixem-me em paz.

Passo por eles, recebendo o pior olhar que um filho pode receber de seus pais. Uma mescla De decepção, pena e arrependimento.

Eles estão desapontados. Todos eles. E eu não me importo. Nem um pouco.

Preciso sair daqui e trocar minha roupa. Tirar esse maldito sujo que persiste em não sair do meu paletó.

—Deixe-o Bea. —é a voz de papà. —Ele pode ser perigoso nesse estado.

Sorrio. Eles me temem. Minha maldita família me teme, sente pena e decepção. Eu sou um maldito assassino. Fui treinado para matar e nunca ter remorso por qualquer coisa que for ou pena de quem for, mesmo que esses sejam os membros da minha minha família. Definitivamente o meu lugar é bem longe daqui. Meu lugar é na ilha de Sicília.


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