Capítulo novo pra vocês! Eu amei esse capítulo, acho que foi um dos melhores. Espero que gostem tanto quanto eu. Beijos!
Querida, não vá partir meu coração, partir meu coração...
Porque é o único que a eu tenho
Don't Go Breaking My Heart
Backstreet Boys
- Concentração.
- Foco.
- Concentração.
Rey repetia durante grande parte do tempo. Se passaram 3 anos sem que a força os conectasse novamente. Nem sonhos tinha com Ben. Era doloroso não ter contato nenhum com ele. Agora Mestre Jedi, Rey ensinava os caminhos da força à 8 aprendizes. Os Padawans tinham idade entre 12 e 18 anos e eram assim como ela sensitivos a força desde a tenra infância. Rey cuidava deles pessoalmente, ensinando, integrando, consolidando cada um, mas naquela semana sua rotina iria parar. Depois de alguns meses apenas dedicada a aqueles jovens, atendendo um pedido pessoal da General Leia, ela sairia em missão com Poe, Rose e Finn para liderar uma visita diplomática a fim de conseguir mais apoio a causa da resistência.
- Por hoje já encerramos. - Disse vendo os oito jovens abrindo os olhos.
- Rey, você vai demorar? - Perguntou Alisha, a mais jovem dos Padawans.
- Acho que não meu amor. Deve levar apenas alguns dias. Mina vai dar prosseguimento aos treinamentos, então obedeçam! - todos concordaram e assentiram com a cabeça.
Mina aproximou-se de Rey e a abraçou.
- Quero fazer de tudo para retribuir essa confiança!
- E vai minha querida! - Rey sorriu. - Confio em você e tenho certeza que irá fazer um bom trabalho. Fique apostos e ajude a General!
Poucos eram ainda aliados a eles e com o crescimento da Primeira Ordem, a fomentação e as especulações sobre a resistência foram diminuindo.
- Para onde iremos?
- Para a Orla Exterior. - Falou a General atrás deles. Ambos se viraram para encara-la. - Já está tudo pronto?
- Sim. Do jeito combinado. - Respondeu Poe e virou para Rey. - Iremos com uma nave menor, para não chamarmos atenção. - Poe disse para ela. - Finn e Rose já embarcaram, falta nos dois.
- Pode indo Poe. Só vou dar uma palavrinha com Rey em seguida deixarei vocês seguirem viajem.
- Tudo bem General!
- Que a força esteja com vocês!
- Que a força esteja com vocês também General! - Poe despediu da mulher e caminhou em direção à nave. Deixando-as sozinhas.
- Desculpe insistir Rey, sei que os meninos precisam de você com os treinamentos, mas Caluan Ematt precisa ver com seus próprios olhos que há Jedi em nosso meio.
- Entendo General. Pedi a Mina que liderasse na minha ausência. Confio nela e estou certa que esta viajem será breve.
- Sim! Com certeza. Vocês serão bem sucedidos! Que a força esteja com vocês!
- Que a força esteja conosco!
O ponto de encontro era um planeta na Orla Exterior, Bespin.
Bespin era um imenso Gigante Gasoso localizado no Setor Anoat, um Setor desolado da Galáxia. Bespin tinha várias luas e sua massa gasosa continha um pouco de atmosfera habitável. Suas camadas foram fonte de Tibanna, um gás raro, que era coletado e refinado em vários complexos de mineração, incluindo a Cidade das Nuvens, uma metrópole suspensa em enormes nuvens ondulantes do planeta. O Rei Ozz Segundo mediaria aquela conversa.
- E porque você acha que iremos contra Kylo Ren e seu exército? Malditos sejam aqueles que o colocaram no mundo!
- Kylo Ren, na verdade é o Filho da General Organa e Han Solo. - Poe deixou sair dos seus lábios provocando uma reação de surpresa na platéia.
- Você só pode estar brincando comigo Almirante, como o filho de alguém tão corajoso e leal à causa poderia ser a pessoa que trouxe tanta destruição a Galáxia, isso não é possível, você deve estar mentindo - disse um dos filhos de Ematt escandalizado.
- Eu gostaria que fosse uma mentira. Poe continua - no entanto, eu já disse, se fizermos as coisas direito e nós aliarmos, o que deve ser agora, iremos derrotar a Primeira Ordem. - termina Poe - Kylo Ren será levado a julgamento por seus crimes, a Princesa de Alderaan tem total consciência disso.
- Você acha né? Creio que não chegará nem a prisão, muitos de nós o degolariam antes disso.
- Essa besta não pode ser o filho de uma mulher como Leia. - outro membro disse com raiva, referindo-se a Ben.
Rey mordeu o próprio lábio tentando manter-se calada aos comentários imprudentes de punhos cerrados. Ouvir aquilo tudo era duro 'eles não sabem nada sobre ele, não sabe nada de sua dor', pensou enquanto ouvia um dos homens continuar.
- Certamente será morto...
- Chega! Vocês estão se comportando como crianças!Kylo Ren, ou Ben Solo não é da nossa conta. - Falou Ematt muito sério.
- Mas Pai...
- Eu devo muito a Princesa e então decido que iremos sim nos aliar a ela. - terminou de repreender os filhos. -De nossa parte Dameron, você sabe que pode contar com nosso apoio, com o armamento e a entrega de todo nós que acreditamos na causa, estamos prontos para lutar para acabar com isso. Poe e Ematt ficaram em pé e apertaram as mãos.
Todos aplaudiram e serviram-se do banquete que estava à disposição de todos. Rey decidiu sair daquele local, mas antes de deixar aquela sala, foi parada por Rose.
- Rey? Onde vai?
- Tomar um ar. Odiei vir a esta reunião.
- É, esses homens parecem bárbaros!
- Vou para a nave. Aguardo vocês lá.
- Ok! - Respondeu a mecânica.
Rey foi até a nave. E entrou em sua cabine. Assentou-se com as pernas dobradas e fechou os olhos.
- Rey? - Ouviu a voz dele. - Está sozinha?
- Ben?! - Olhou em volta chamando por ele - Ben! Estou te ouvindo apenas.
- Rey.... encontra-me na órbita da orla exterior. Preciso ver você.
- Onde? - Perguntou hesitante.
- Próximo a órbita de Tatooine.
- Ben...
- Preciso ver você Rey...
- Ok, irei ao seu encontro.
Ela não poderia viajar até a órbita daquele planeta com aquela nave, então pediu a um dos guardas do rei acesso ao hangar para que pudesse pegar uma nave cápsula de menor porte. Na certa voltaria antes que seus amigos deixassem o planeta. Finn e Poe ficariam bravos com ela por ter saido Bespin sem lhes dizer nada. Mas não poderia perder oportunidade ver Ben.
Ele lhe passou as coordenadas do local aonde estaria. Ela só precisava chegar lá rapidamente. Pegou a pequena nave e segui o seu caminho. Ele estava aparentemente sozinho irmanava menor que um transporte atmosférico. Ela conseguiu fazer contato com ele e adentrar qual a nave dentro do transporte. Ao sair empunhou o sabre. Depois de alguns metros viu Ben Solo a sua frente.
- Minha Senhora. - Kylo murmurou entredentes.
E, como se pudesse ler os pensamentos dele, ela se adiantou e beijou-o, selando suas palavras com um beijo carregado de sentimentos que confirmava o que ambos já sabiam: eles não estavam sós, se tinham um ao outro.
O beijo suave e gentil do início tornou-se apaixonado e exigente depois de alguns minutos. Rey suspirou na sua boca e, aos poucos, começou a empurrá-lo com as mãos até o chão. Kylo Ren não ofereceu nenhuma resistência e, prisioneiro dos lábios dela, deixou-se cair lentamente de costas no chão. Enquanto as mãos dela percorriam-lhe o tórax com urgência, o Cavaleiro não parava de pensar no quão mal-agradecido ele podia ser naqueles momentos de fraqueza emocional. Ele não estava só, Rey estava ao seu lado conectado a ele. Ela beijava o seu pescoço, excitando-o.
- Porque demorou tanto? - Ela perguntou.
- Me perdoe meu amor.
Ele aproximou o corpo dela, abraçando-a pela cintura, ela não demorou a acomodar-se no seu colo. Quase com pudor, subiu as mãos pelas costas dela, alisando seus cabelos cumpridos como se não a tivesse tocado antes.
- Seus cabelos estão enormes.
- Que bom que gostou! - Disse voltando a beija-ló com ardor.
Suas respirações se misturavam, suas línguas lutavam numa doce disputa, e logo os vaivéns fizeram-se sentir.
Rey, ansiosa, procurou a bainha da sua camisa e subiu-a com impaciência. Kylo ajudou-a a levantar os braços, deixando-a tirar a roupa. As mãos suaves da Jedi percorreram o abdômen duro e acentuado, ele não quis ficar atrás e sentiu os botões do casaco, desabotoando-os com maestria. Desta vez, foi a vez dela ajudá-lo; com um certeiro movimento de ombros, o casaco foi descendo-lhe lentamente pelas costas, e ele puxou as mangas, para apressar a situação. As mãos dele deslizaram sob o tecido e subiram pelo ventre dela, ele sentiu-a estremecer, agarrou os seus seios e apalpou-os com urgência. Ela, por sua vez, não perdeu tempo, e começou a baixar o zíper da calça.
O calor dentro da nave logo tornou-se insuportável, mas foi fácil para os dois ignorarem, os beijos tornaram-se sonoros e os suspiros ofegantes eram difíceis de serem contidos. A respiração era escassa, ela gemia sobre a pélvis dele sem parar de se mover, tornando a união de corpos cada vez mais prazerosa para ambos. Kylo admirava-lhe o rosto delineado pelo prazer, assim, meio vestido e meio nu, apreciava a visão panorâmica. Reivindicou a sua esposa num agarrão possessivo, deixando vir à tona os seus instintos primitivos, que sempre tornavam-se protagonistas quando se amavam. Abraçou-a pressionado pelo seu calor, pela sua proximidade, como se estar dentro dela não fosse suficiente e ele quisesse fundir as suas peles em um só ser. Ela beijou-lhe a boca, sem deixar de se mover, circundou-lhe o pescoço com os seus braços magros e grudou os seios no seu peito másculo. Ele ajudou-a com os movimentos dos quadris e não demorou a juntar-se ao balanço, seus cabelos negros se balançavam ao som dos movimentos dela batendo-lhe nas costas, mas não importava, nada importava se ela estivesse com ele.
Suas línguas enroscaram-se, não querendo se separar, seus rostos em brasa e suas peles molhadas de suor advertiam-lhes sobre a alta temperatura que os invadia, os movimentos se aceleraram e, com eles, os seus corpos entregaram-se às portas do prazer. Ela tremeu sobre o corpo dele. Kylo segurou-a em seu abraço e, sem soltar-lhe os lábios, tomou-lhe o seu hálito quente e doce. Ele enrijeceu-se debaixo dela, e, sem romper a união de corpos, sob a tênue luz da lâmpada, a única testemunha do ato de amor de ambos, tocou as portas do céu no chão da nave, abraçado à mulher que amava. Eles respiraram agitados, seus rostos avermelhados, os cabelos como adesivos em suas testas, e seus peitos que subiam e desciam estrondosamente, era só o que quebrava o silêncio da nave.
- Ben... até quando vamos viver assim?
- Até você decidir ficar ao meu lado. - Falou sério. Rey viu em seus olhos que ele não desistiria daquilo. Ela saiu de cima dele e começou a se vestir.
- Rey...Nós já tivemos essa conversa. - Ele ainda permanecia do mesmo jeito: nú encostado na parede da nave.
- Nunca vou trair a resistência!Nem mesmo...
- Complete a frase. - Ele disse. Esperou que ela disse-se alguma coisa. - Vamos! Completa a frase! Nem mesmo por mim! - Vociferou.
- Eu te amo, mas...
Ele não deixou que ela terminasse a frase, a virou para ele e a beijou com paixão, mas tão rápido quanto foi o beijo a afastou dele bruscamente. Ele começou a se vestir. Enquanto ela ficava estatística olhando para ele.
- A Resistência sempre em primeiro lugar não é mesmo? Você é como minha mãe. - Sorriu sarcástico.
- Desculpe Líder Supremo, se não sou como seus lacaios sempre dispostos a fazer tudo o que sua alteza deseja.
- Você não é um de meus servos Rey. - Diz em tom baixo, magoado. - É minha mulher. - Disse com os olhos marejados. Frios.
Ela já está em lágrimas. Ele reaproxima dela, leva sua mão aos seus olhos e gentilmente remove as lágrimas que começaram a brotar - Desculpe - ele sussurra, enquanto que adere a sua testa na dela - Eu sinto muito por fazer você chorar. Nos reencontramos depois de tanto tempo. - sussurra quando ela fecha os olhos.
- Por que nossa conexão se ausentou por tanto tempo?- Rey perguntou quase em um sussurro.
- Não sei.
- Isso é mentira. Você me bloqueou. - Ela virou de costas para ele.
- Rey... - Ele se aproximou e encostou a boca próximo ao ombro da Jedi. - Sentiu a respiração dela ofegante.
- Fala a verdade.
- Foi necessário. Pra te proteger.
- Proteger? De quem? - Ela virou-se para ele o o encarou.
- De mim. - Seus olhos encontram dela, nenhum deles disse nada por alguns segundos. Rey engoliu seco e se afastou dele. Sentiu-se bambear e rapidamente a escuridão a tomou.
Continua...