MIKE Príncipe do Domínio (DEG...

Galing kay Laniqueiroz

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PRÍNCIPE DO DOMÍNIO Príncipes Di Castellani: lindos, orgulhosos, intensos e... Apaixonados! 5/8 Inveja... Sus... Higit pa

Mike Chegandooo!
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Epílogo

Capítulo Nove

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Galing kay Laniqueiroz

Olá, meninass! Cap. 9 saindo! Espero que gostem, lindas.

RECADINHO PARA AS PRINCESAS CARIOCAS!

Nessse domingo, dia 15, estarei no shopping Nova América, livraria leitura para o lançamento de Príncipe da Vingança. Será uma tarde linda com a presença da minha colega de Editora, Katherine Lacomm't, que estará lançando também seu novo livro Como Não Conquistar um Ceo. Esperamos vcs por lá, gatonas! <3 

Bora ver mais um cadinho do nosso maestro e sua bonequinha?

Boa leitura!

Lani

CAPÍTULO NOVE

Mike

Ella suspira com a cabeça encostada em meu peito. A rainha termina de ajeitar os travesseiros sobre a minha cama e eu deposito a minha menina suavemente. Posso sentir os olhos afiados do meu tio às minhas costas. Ella quis vir para meu quarto, não foi ideia minha, tenho vontade de lhe dizer. Embora, não possa negar a satisfação que isso me traz. Porra, quando é que meu tio vai aceitar que sou o homem que ela ama? Merda. Talvez isso seja apenas ciúme de pai mesmo, não tem nada a ver comigo, o rei iria querer arrancar as bolas de qualquer bastardo que ameaçasse levar sua principessa embora. Provavelmente vou ser ainda mais filho da puta quando Ella me der uma princesinha. Porra, uma princesinha loira de olhos de verdes. Meu coração derrete com a ideia. Não falamos sobre filhos ainda, mas, quero uns três, pelo menos. Dois meninos e uma menina, assim, minhas duas princesas estarão bem protegidas.

Grazie, amore mio. — sussurra, segurando meu rosto nos dois lados e me beija suavemente nos lábios. Caralho. Eu tenho que me segurar para não gemer na frente dos meus tios. Ella ri baixinho, contra meus lábios, como a menina travessa que é, adorando me provocar.

Suspiro, deixando o alívio me inundar. Quase provoquei um acidente a caminho do hospital, precisando vê-la, tocá-la, constatar com meus próprios olhos que não estava machucada. Eu deslizo o indicador pela face delicada. Essa menina é o meu mundo inteiro.

— Descanse, meu amor. — murmuro de volta. Alguém está pigarreando no momento em que penso em lhe dar mais um beijo. Rimos furtivamente, sabendo que só pode ser meu tio.

— Você está bem mesmo, piccola? — ele pergunta, se aproximando da cama. Eu me afasto para lhes dar espaço. Toca o rosto de Ella, seus olhos estão escuros de preocupação paterna. Minha tia se senta na beira da cama, junto da filha e os dois passam a lamber sua cria. Fico apenas observando a cena ao lado de Dam.

Si, papà. Estou bem, fique tranquilo. — Ella sorri com ternura desviando os olhos para sua mãe. — os dois fiquem tranquilos.

Lorenzo disse a verdade. Foram apenas escoriações, graças a Deus. Há curativos em seu cotovelo e joelho direito. O que mais preocupou o médico que a atendeu foi a pancada na cabeça durante a queda. Ella levou quatro pontos no couro cabeludo e ficou seis horas em observação prevenindo uma concussão, sendo liberada ainda há pouco.

— Um dia será mãe também, minha princesa. — tia Júlia diz com voz embargada, enquanto traça o rosto da filha com uma doçura que me lembra de minha mãe. — não dá para ficar tranquila quando um de nossos filhos se machuca, querida.

— Eu sei, mamma. Mas, estou bem. — abre um sorriso amoroso. — vocês ouviram o médico. Foi apenas um susto, grazie a Dio.

Grazie a Dio, tesoro. — seu pai concorda com voz tensa e se inclina, beijando-a na testa. — descanse agora, si? — seus olhos vêm para mim, me dizendo que não gosta do fato de sua princepessa estar em minha cama.

Uh, se ele soubesse as coisas que já fizemos nessa cama...

O celular de Dam toca, deixando-me em alerta. Ele atende com o que parece ser mais um rosnado do que uma saudação. Meu primo ainda está puto com o incidente e a falta de respostas dos agentes. Tudo isso só me leva a pensar que Angliotti tinha razão, essa ou essas pessoas são muito espertas e sim, perigosas. Eu vou ser amaldiçoado se deixá-los chegar perto de Ella outra vez. Vou contratar minha própria investigação paralela e puxar esses bastardos do buraco onde estão se escondendo.

Eu apuro os ouvidos para tentar pescar algo da conversa baixa de Dam. Ele encerra a ligação com o rosto torcido. Parece furioso.

— Pegaram o motociclista. — anuncia, olhando seu pai. — e não é só isso. — seu olhar pousa em Ella. — eles tem Paolo de Montessola sob custódia.

— O quê?! — o resto de nós exclama.

— Paolo? Por quê? — Ella inquire, gemendo quando se ajeita melhor sobre os travesseiros.

Dou dois passos para perto, querendo chegar até ela, mas meus tios estão cercando-a.

— Está sentindo dor, boneca?

Seus olhos amolecem, sabendo que preciso estar perto dela, mas não quero me interpor entre meus tios.

— Apenas um pouco dolorida, amor. O médico avisou que ficaria assim por uns dois dias, não se preocupe. — seu semblante volta a se fechar quando desvia sua atenção para Dam. — responda, fratello, porque Paolo está sob custódia?

Dam range os dentes.

— Parece que aquele infeliz estava por trás disso tudo, sorella. A manchete caluniosa, as mortes e seu atropelamento. — diz com cara de quem está pronto para esfolar o duquezinho de merda.

Nova onda de exclamações das mulheres e palavrões por parte minha e do rei. Eu crispo os punhos, ira me invadindo, deixando meu sangue quente, zumbindo nos ouvidos.

Porra! Aquele fodido machucou a minha menina. Eu vou rasgar a porra da sua garganta!

*************

Trinta minutos depois, Dam, o rei e eu estamos no elevador, subindo para o vigésimo andar do prédio onde funciona a sede do Serviço Secreto, no centro histórico da ilha. Ella ficou abalada com a notícia de que Paolo, o merdinha do seu ex-namorado, está por trás dessa perseguição ridícula, podendo inclusive ter assassinado sua camareira e o jornalista. A rainha ficou com ela enquanto saímos imediatamente para confrontar o infeliz. Não dá para dizer qual de nós está mais irado. Tudo que sei é que quero treinar boxe na cara do empoladinho. Ele vai se arrepender de ter mexido conosco. Isso é certo.

Um senhor distinto, careca e metido em um terno fino está a postos assim que as portas se abrem. É o chefe maior, o Manda-Chuva do Serviço Secreto, Alfredo Bianucci. Dois agentes chegam ao seu lado. Falconi e Cesario, reconheço-os.

— Majestade, altezas, boa noite. — o chefe nos saúda com uma reverência, os outros o seguem.

Meu tio rosna um cumprimento de volta. Ele não se importa com civilidade quando está com raiva, eu me identifico totalmente nesse momento.

— Nós vamos ter uma conversa particular, senhor Bianucci. Mas, primeiro, leve-nos até o duque. — ele exige, abrindo caminho para fora. Dam e eu o seguimos. — quero olhar dentro dos olhos daquele moleque para tentar entender porque foi estúpido o bastante para mexer com a família real. — seu tom é gelado, embora raivoso. — eu quero tudo sobre a casa de Montessola na minha mesa na primeira hora da manhã. Suas conexões, negócios, lazer, seus podres. Quero tutto!

Os homens nos ladeiam com expressões contidas e apreensivas, parecendo crianças levando uma bronca.

— Certamente, meu senhor. — o chefe assente, tentando o seu melhor para não demonstrar fraqueza na frente dos seus subordinados.

Andamos até uma parede de vidro com portas de detectores de metal. O alarme é desativado enquanto passamos e um agente a postos o liga imediatamente. O prédio e a segurança que o circula são impressionantes. No entanto, eles não estão ganhando pontos de nenhum de nós hoje. Seguimos por uma imensa sala dividida em pequenos cubículos com mesas como é comum em repartições públicas. A maioria das mesas está vazia, havendo apenas alguns poucos agentes aqui e ali, afinal, já passa da meia-noite. Atravessamos toda a sala até virar uma esquina, pegando um corredor ladeado de portas. Há vidros nas paredes, que nos permite enxergar dentro dos cômodos, o que me leva a concluir que sejam salas usadas para interrogatório. Os homens param na segunda sala e olho através do vidro, meu sangue voltando a zumbir. Paolo está lá dentro, cabeça baixa, as mãos algemadas sobre uma mesa pequena.

— Ele já foi interrogado? — a pergunta vem na voz tensa de Dam. — o quanto das suspeitas foi confirmado? — seu tom está enganosamente calmo. Eu o conheço bem demais e sei que está se contendo para não entrar na sala e quebrar a cara do empoladinho. Exatamente como eu.

Os três homens suspiram, parecendo ainda mais desconfortáveis.

Tutto, alteza. Todas as suspeitas foram confirmadas. — Bianucci afirma. — o duque de Montessola está metido até a raiz do cabelo na trama de difamação do príncipe Mike e nos eventos que se sucederam depois disso.

Filho da puta!

Eu ranjo os dentes, rosnando como um cão raivoso. Porra, nunca dei nada por esse merdinha. Quem diria que a rejeição de Ella o fizesse ir tão longe? Ele realmente está envolvido nas mortes? O próprio infeliz matou? O mauricinho não parece de forma alguma com alguém que seria capaz de um ato tão extremo. Mas, talvez eu o tenha subestimado.

— Majestade, altezas, eu sei que não estão muito contentes com o jovem Montessola. — Bianucci limpa a garganta, puxando sua gravata como se estivesse sem ar. — mas, per favore, não façam nada que possa complicá-los...

— Complicar-nos? — o rei rosna, lançando-lhe um olhar duro. — corrija-me se eu estiver errado, mas, essa é a minha Ilha. — Bianucci engole audivelmente. Dam está segurando um sorriso pelo arroubo do pai. — é a minha família que esse moleque abusado resolveu mexer. Minha vontade é entrar lá e lhe ensinar uma ou duas coisas. — seus olhos perfuram Bianucci. — com os meus fodidos punhos! Ele mexeu com a mia bambina!

Até eu me encolho com o tom mortal do rei. Dam suspira irritado e estende a mão para o ombro do pai.

Papà, acalme-se. — ele encara o chefe Bianucci. — fique tranquilo, não vamos tocar no infeliz lá dentro, embora, minha vontade seja limpar o chão com a cara dele. — rosna com a mesma ferocidade de seu pai, não tranquilizando o homem em tudo. — mas, vamos ser civilizados, tem a minha palavra. — diz solenemente, então me encara, levantando uma sobrancelha, pedindo concordância.

Eu bufo alto, meus punhos cerrando com mais força.

— Não faço promessas vãs, primo. Não posso garantir que não vou rasgar a maldita garganta do fedelho tão logo eu passe pela porta.

Bianucci faz um som de desagrado.

— Então, não é aconselhável o senhor entrar, alteza.

O quê? Eu faço um som mais animalesco do que humano e o encaro firmemente.

— Tente me parar, senhor. — aponto para o duquezinho de merda através do espelho. — aquele filho da puta machucou Ella!

— Mike, acalme-se, porra. — Dam toca o meu ombro como fez com seu pai. — os agentes só estão fazendo o seu trabalho. Não somos bárbaros, senhor Bianucci. — ele ri, mas, isso sai forçado. — pode abrir a porta.

O velho acena para Falconi e a porta é aberta. Entramos os três de uma vez e o merdinha levanta a cabeça, seus olhos faltam saltarem das órbitas quando nos vê. Engole em seco, ficando pálido como uma folha de papel. Bom. É bom que esteja se borrando mesmo.

— O rei e os príncipes querem ter uma palavra com você, Montessola. — Falconi avisa, seu tom áspero. O agente durão dando as caras pela primeira vez na noite.

Paolo nos encara um a um, o rosto adquirindo uma máscara mais corajosa.

— Majestade, altezas. — faz uma reverência tensa e seu olhar se prende no meu, deixando claro que não me suporta como eu à ele. — eu só falo na presença do meu advogado.

Nós três rosnamos.

— O inferno que não vai, seu merdinha! — cuspo, tentando me aproximar, mas sou contido por Falconi, que me lança um olhar duro, meneando a cabeça. — vai se arrepender de ter planejado toda essa merda contra mim.

— Apenas na presença do meu advogado. Já fui interrogado. Conheço meus direitos, não podem me forçar.

Meu tio avança, ficando bem perto do infeliz. Ele recua sabiamente.

— Seus direitos, figlio? — o tratamento carinhoso sai cheio de sarcasmo da boca do meu tio. — você e sua família serão dizimados de Ardócia. — Paolo pisca, sua postura sendo abalada pela declaração do rei. — eu não lido bem com traidores, todos que me conhecem sabem disso. Costumo passar por cima deles como um rolo compressor. — o merdinha engole, lágrimas enchendo seus olhos. — não sobrará nada sobre os Montessola, capisce? Niente.

— Repito, apenas com a presença do meu advogado. — sua voz está tremendo agora.

Meu tio faz um som frustrado, seguido por Dam.

— Posso ficar sozinho com ele uns instantes? — pergunto e Paolo vira a cabeça rapidamente na minha direção, medo enchendo suas feições de mauricinho fresco.

— Não! Eu não quero ficar sozinho com esse imbecil! — brada, olhando os agentes. — não podem me deixar sozinho com ele, ainda por cima algemado!

Eu rio friamente.

— Não por isso, duque. — ironizo seu título. — retirem as algemas se ele acha que terá mais chances assim... — eu zombo. Posso quebrar o infeliz em dois pedaços com um pé nas costas e não brotaria uma gota de suor.

— Mike... — a voz cheia de autoridade de meu tio me faz olhá-lo. Ele me manda um recado silencioso. — faremos tudo pelos caminhos legais, figlio.

Assinto. No entanto, preciso de um tempo a sós com esse filho de uma puta. Preciso entender como tramou tudo e ele vai falar. Ah, sim, vai cantar como um fodido papagaio!

— Quero apenas conversar um pouco...

— Não vou falar, já disse! — Paolo parece à beira do pânico agora, enquanto os agentes o liberam das algemas.

Dam me olha, erguendo uma sobrancelha, como que perguntando que diabos estou fazendo. Eu apenas bufo uma risada irônica.

— Estaremos do lado de fora. — Falconi diz com veemência, soando como um recado para mim e uma tentativa de acalmar o inseto fedido à minha frente.

Eles saem. O ar parece ficar mais pesado à medida que nos encaramos.

— Ella nunca quis você. Seu namorico foi apenas porque ainda não tínhamos nos resolvido. — eu digo com toda calma que consigo reunir quando tudo que quero é dar uns bons ganchos de direita em seu queixo aristocrático de sangue puro. — em vez de aceitar isso como um bom perdedor, você tomou decisões muito estúpidas, não é? Primeiro plantou a difamação na mídia... — abano a cabeça. — então, o quê? Celina descobriu, foi por isso que a matou?

Ele inspira agudamente, massageando os pulsos, inchando como um franguinho numa rinha de galos.

— Não! — sua negação veemente me faz estreitar os olhos. — não a matei. — ele diz em tom assombrado. Sua reação um tanto exagerada me deixa em alerta.

— Que tipo de relação mantinha com a camareira de Ella, duque? — inquiro, suspeita se infiltrando em mim.

Paolo desvia o olhar, engolindo duro.

— Não a matei. — sussurra.

— Então, quem foi? E Fabio Angliotti? — pergunto, me aproximando devagar. Ele dá passos para trás cautelosamente. — será que ele estava de repente ameaçando revelar a identidade de quem lhe deu a falsa notícia? Exigindo dinheiro, talvez?

Paolo grunhe, enfiando as mãos pelos cabelos.

— Me recuso a cair em seu joguinho, seu bastardo nojento. — cospe friamente.

— E quanto ao atropelamento de Ella nessa tarde? — eu crispo os punhos novamente e tento refrear a vontade de partir para cima dele. — também vai negar isso, suponho?

— Seu monte de lixo! — ele range os dentes, me olhando com o desprezo que sempre esteve reservado para mim em sua expressão. — Ella não sabia o que estava fazendo quando o escolheu. Você a seduziu desde pequena. — eu paro, meu sangue fervendo com seu ataque irado. — você a corrompeu, a sujou, seu filho da puta!

Eu rosno, encurralando-o contra a parede.

— Então, você resolveu que seria fácil me tirar do páreo, vendendo uma história falsa a meu respeito.

— Não era falsa. — ele retruca, olhos queimando de ódio. Eu não achei em nenhum momento que seu despeito chegasse a patamares tão elevados. Ainda estou um pouco chocado com os eventos dessa noite. — a relação de vocês é doentia. Você se aproveitou da princesa. — ele cospe com ar enojado. — quer mesmo que acredite que você não come aquela boceta faz tempo?

E a promessa que fiz de não tocar no infeliz cai por terra. Eu rosno, socando-o em cheio na boca. Ele grunhe, batendo contra a parede. O pego pelo colarinho antes de escorregar para o chão.

— Se você não quiser estar recolhendo seus dentes pelo chão nos próximos minutos, sugiro que seja mais respeitoso quando se referir à princesa, porra! — minha voz é um rangido baixo, enfurecida. A porta se abre e no instante seguinte sou arrancado de perto do merdinha.

Paolo se endireita e me devolve um sorriso frio, sangue descendo pelos lábios.

— Não terá mais nada de mim. — diz com dentes cerrados. — foda-se, maledeto!

Minhas narinas fremem, ampliando.

— Pessoalmente acho você um merdinha metido a besta, um franguinho arrogante, nada além disso. — digo para irritá-lo ainda mais. — nunca fui com a sua cara. Entretanto, nunca pensei que pudesse se revelar uma criatura tão vil. — eu bufo. — mau-caratismo não vem tatuado na testa, não é? — me solto das garras do agente Falconi e ajeito meu terno. Meus olhos cravam nos dele novamente e completo letal: — eu não me importo comigo. Meu nome poderia ir para a lama, a porra do motoqueiro poderia ter vindo para cima de mim. — aponto o dedo em sua direção. — a sua sorte é que nada grave aconteceu com a minha menina, ou você estaria morto agora. Estou falando muito sério, não duvide disso.

Ouço um pigarro.

— Alteza, não é sábio ameaçar o prisioneiro. — Falconi me alerta com tensão na voz.

Paolo torce os lábios em depreciação, mesmo que o medo ainda esteja lá no fundo das suas íris castanhas.

— É, alteza, não é sábio me ameaçar. — zomba.

Eu faço menção de ir até ele, mas, Falconi me contém novamente.

— É hora de ir, príncipe Mike. — ele rosna, fazendo força para me conter.

Cesario entra em meu campo de visão e algema o duquezinho de novo.

— Certo, pode me soltar. — digo entre dentes. Ele o faz e eu dou alguns passos para trás. Olho em volta à procura de Dam e tio Leon.

— Eles estão no escritório do chefe. — Falconi esclarece, lendo minha expressão corretamente. — importa-se de conversarmos um instante lá fora, meu senhor? — eu aceno e lançando um último olhar ameaçador para o empoladinho, deixo o cubículo. O agente lidera o caminho até o final do corredor onde tem uma máquina de café expresso. — como gosta do seu? — inquire pegando dois copos.

— Puro. — respondo, olhando-o e me perguntando o que deseja falar comigo.

Ele serve o meu primeiro, me entrega e preenche o dele em seguida. Dou um gole e aguardo-o começar a falar.

— Eu gostaria de dizer que pegamos o homem e que o caso está encerrado. — diz após um gole do seu copo.

Isso me intriga. Porra, e não está?

— Prossiga, agente. — tomo mais um gole do líquido fumegante, quase queimando a maldita língua.

— Há pontos que ainda não estão claros para mim. — seu rosto está sério. — ele fez o contato com Angliotti sobre a falsa notícia. Porém, as provas que o ligam aos dois assassinatos e ao motociclista que atropelou a princesa são apenas circunstanciais.

O que diabos ele está dizendo?

— Estou indo contra o protocolo lhe dizendo isso, alteza. — seu olhar é firme no meu. — Justiça no mundo real não quer dizer que o verdadeiro culpado vai para a cadeia. — o quê? Por que um agente da lei está dizendo uma merda como essa? Eu franzo o cenho. Ele ri um tanto debochado. Eu meio que gosto desse ar de foda-se o Serviço Secreto e suas normas que o agente está mostrando. Ele continua: — quer dizer que alguém vai pagar pelo crime. Vamos torcer para que aquele garoto lá seja o assassino que estamos procurando.

— Por que está me dizendo tudo isso? — estreito meus olhos nele.

— Porque não o aconselho a relaxar a segurança. — ele passa a mão livre pela cabeça sem um fio de cabelo. — não até termos certeza de que Paolo de Montessola é o nosso homem.

Porra. Suspiro exasperado. E eu pensei que voltaria com boas notícias para Ella. Que estaríamos livres dessa perseguição.

— Sua opinião? — sondo-o.

— Posso estar enganado, mas, desconfio que o jovem esteja sendo usado como bode expiatório.

— De quem, porra? — não seguro meu gênio.

O agente ri levemente da minha explosão e toma mais um gole do café.

— E quanto ao nome que lhes dei há uma semana? Investigaram? — pergunto.

Seu rosto fica sério outra vez.

— Sim, encontramos vários Tonys nas ruas no período em que nos informou. Fomos afunilando e chegamos a um que acredito ser o garoto de quem se lembra. — ele empurra a mão dentro do terno e puxa um envelope com algumas fotos impressas de arquivos de computador. Eu abro e meu estômago torce ao me deparar com a cara detestável de Tony. A mesma cara, os mesmos olhos de vinte anos atrás me encaram de volta. — ele e sua gangue foram mandados para um reformatório logo depois que você foi adotado pelos seus pais.

Eu ergo os olhos para o agente, instigando-o a continuar.

— A gangue não teve um fim bonito, alteza. Quase todos morreram ainda no reformatório.

Isso tem a minha atenção.

— Como?

Falconi dá de ombros.

— Maus-tratos, comum nesses tipos de instituições. Apanhavam constantemente e adoeceram...

Mesmo não nutrindo bons sentimentos por aqueles filhos da puta, saber que tiveram um fim desses não me alegra.

— Quem sobreviveu? Você disse que quase todos morreram no reformatório.

— Tony sobreviveu. Ele era o mais velho, mais encorpado e conseguiu passar pelos maus-tratos. — seu cenho franze. — saiu quando completou a maior idade e pouco tempo depois voltou a ser pego, dessa vez foi trancafiado em uma penitenciária.

Eu folheio as fotos e paro na de uma menina. Uma menina morena, bonita. Lembro-me dela me ajudando sempre que Tony me espancava. A irmã dele. Luciane. Era esse o seu nome. Luciane, repito mentalmente o nome do meu passado, tudo me trazendo uma sensação ruim na boca do estômago.

— A menina foi adotada quando a gangue foi pega. — ele informa olhando a foto em minhas mãos. — o irmão voltou a procurar por ela quando saiu da prisão, anos mais tarde.

— Eles estão vivos? — pergunto levantando a vista para ele.

— Não. Antony e Luciane Edwards morreram em um incêndio que vitimou a família adotiva da menina também.

Caralho. Eu puxo uma ingestão de ar necessária. A pior forma para alguém morrer. Queimado. Estremeço. Não quero nem imaginar algo assim. Falconi pigarreia e amassa seu copo, atirando-o na lixeira próxima da máquina. Eu tomo meu último gole e faço o mesmo. Guardo as fotos no envelope, devolvendo-o.

— Obrigado por compartilhar sua real opinião sobre o caso comigo, agente Falconi. — ele acena, satisfação brilhando nos olhos escuros. — tenho que dizer que fiquei surpreso com a quantidade de informação que conseguiram em apenas uma semana.

Dizer isso faz com que eu pareça um babaca e pelo quase sorriso que se forma na boca do homem, ele também compartilha dessa opinião.

— Estamos trabalhando, alteza. Mesmo quando não apresentamos nada, ainda estamos trabalhando. — aponta em tom de defesa.

Eu aceno e estendo a mão. Ele a pega meio relutante. Não é comum a realeza oferecer a mão em saudações. Entretanto, não sou de seguir o protocolo.

— Obrigado pelos conselhos também. Não vou baixar a guarda enquanto tudo não se resolver. — dou-lhe um último aceno e saio pelo corredor em busca de Dam e meu tio. Tudo que quero agora é voltar ao palácio e ver como minha boneca está.

Antonella

Eu acordo com uma carícia leve na minha face. Sorrio, movendo minhas pálpebras abertas. Olhos negros lindos me olham de volta. Mike sorri, meio envergonhado.

— Desculpe por acordá-la, boneca. — sussurra, os dedos correndo pelos contornos do meu rosto. — eu queria apenas tocar você.

Há uma urgência velada em seu tom calmo. Seguro sua mão e a desvio para meus lábios. Beijo cada um dos dedos ternamente. Me arrasto para cima, contra os travesseiros, fazendo uma careta, ao sentir meus músculos protestarem. Caspita! Embora tenha sido apenas um susto, fiquei com algumas escoriações, dolorida aqui e ali. Se não fosse por Lorenzo me puxar a tempo, a moto teria me acertado em cheio. Poderia estar bem pior agora. Estremeço ante a ideia. Ainda não consigo acreditar que Paolo esteve por trás de tudo desde a notícia caluniosa. Jamais imaginei que fosse tão vingativo. Na verdade, ainda estou processando essa informação. Como pude conviver por cinco meses com uma pessoa assim? Um possível assassino frio?

— Eu queria esperar por você acordada, mas os remédios para dor me nocautearam. — me desculpo, ele se debruça, aproximando o rosto masculinamente deslumbrante. Não sei se tem essa expressão. Rio internamente. Se não tiver acabo de inventar apenas para ele, mio moreno sexy. Seus lábios mornos tocam os meus e eu não consigo evitar, gemo. Mike sorri contra a minha boca e lambe meu lábio inferior antes de se afastar. — está vindo para a cama? — eu praticamente mio, bocejando um pouco, meu corpo acendendo, meu olhar caindo em seu peito musculoso e nu. Eu desço mais e encontro uma toalha branca enrolada em sua cintura. Dio, minha boca saliva com o contraste do tecido contra sua tez morena. Há gotas d'água escorrendo em seu tórax. Eu lambo os lábios involuntariamente.

Sua risada baixa me faz levantar a vista e nossos olhares se encontram. Nos olhamos fixamente com cobiça. Eu corro os dedos pelos seus cabelos molhados, gemendo com a maciez.

— Não me olhe assim, princesa. — sua voz é grossa. — você está machucada, precisa descansar. — eu pego seu polegar e o sugo todo. Mike rosna, gemendo longamente, mordendo o lábio inferior. — droga, essa boca...

— Estou bem agora. — deslizo a língua bem devagar em seu dedo, rolando obscenamente. Ele ruge palavrões. Eu rio.

Embora seus olhos estejam quentes, me devorando, seu semblante escurece.

— Odeio ver minha bonequinha machucada. — murmura. — ainda quero esfolar o responsável por isso. — cerra os dentes.

— Como foi o encontro com Paolo? — indago baixinho.

Seu olhar ferve. Posso sentir sua raiva saindo em ondas.

— Amanhã falaremos sobre isso, prometo. — murmura. — come alguma coisa comigo, amor? — pergunta, seu tom suave, contrariando sua expressão irada. — não comi nada no hospital e nem depois. — faz uma careta, eu rio levemente, lembrando que não comi muito da sopa que enviaram ao quarto. Comi um sanduiche bem leve que minha mãe trouxe para mim, mas, já estou com fome de novo para ser sincera.

— Fiz apenas um lanche que minha mãe me trouxe antes de ir para seus aposentos há... — eu franzo o cenho, desorientada. — que horas são?

— Quase duas da madrugada. — ele dá de ombros, então, um brilho perverso aparece em suas íris — ceia da madrugada está se tornando rapidamente a minha segunda refeição preferida... — sua voz pinga safadeza. Temos feito isso com muita frequência depois das maratonas de sexo.

Eu suspiro, babando em seu rosto bem perto do meu. Sugo seu lábio e mordo a carne com pressão, do jeito que nós dois gostamos de brincar. Ele rosna e enfia os braços por baixo de mim, me levantando da cama. Minha ínfima camisola sobe, deixando-me quase nua sob seu olhar quente.

— Qual é a primeira? — ronrono, me segurando em seus ombros.

Seus olhos deslizam pelo meu corpo como dois lasers incinerando minha pequena camisola. Meus seios intumescem os bicos ficando muito mais salientes através do tecido fino.

— Pare de bancar a inocente, princesa. — ele diz asperamente, me levando através das portas para o terraço. — sabe que comer você vem antes de qualquer coisa.

Eu bufo, fazendo cara de indignação.

— Tão romântico, meu noivo. — retruco, enquanto ele ri com vontade e me acomoda com cuidado sobre uma das cadeiras da pequena mesa posta para dois. Estremeço com a brisa da madrugada e ele levanta um dedo pedindo um minuto, voltando para dentro. Eu destampo as travessas e inalo o cheiro gostoso dos bifes à parmegiana. Minha boca saliva pela segunda vez na noite. Eu rio secretamente. Bem, eu acho que a ceia da madrugada é minha segunda refeição preferida também.

— Que sorriso é esse, bonequinha? — sua voz soa bem no meu ouvido. Eu dou um gritinho manhoso de surpresa. — aqui, estenda os braços. — pede colocando meu penhoar de seda negra sobre meus ombros. Meu peito aquece, enquanto enfio os braços pelas mangas, deixando-o me vestir. Ele desenvolveu um gosto muito particular para me vestir quase tanto quanto adora me despir. É algo muito íntimo, deliciosamente sensual que compartilhamos. Eu também acabei pegando gosto por vesti-lo. Amo arrumar suas gravatas sobre os ternos de três peças que usa em dias formais.

Grazie, amore mio. — sussurro levantando o rosto para receber um beijo cálido nos lábios. — eu estava pensando que essa pode ser a minha segunda refeição preferida também.

Ele levanta aquela sobrancelha perversamente linda e arrogante.

— Pode?

Si. — balanço a cabeça, meus olhos presos aos dele. — e risque o sarcasmo sobre o romantismo do meu noivo. — eu ronrono. — tutto lui è perfetto.

Ele rosna.

— Porra. Eu sei o que está fazendo, boneca. — morde meu queixo, me fazendo molhar e gemer. — sabe que não vou tocar em você hoje, precisa descansar os músculos por causa das dores. — eu faço um beicinho e ele ri, todo lindo e viril. — mas, minha menina ama foder e está me provocando.

Perverso. Eu gemo.

Ohh, Dio... — latejo miseravelmente. Ele beija a ponta do meu nariz e ajeita seu roupão negro indo para a cadeira na minha frente. — eu estou bem, amor. Foram apenas algumas escoriações, você ouviu o médico. — eu resmungo amuada.

Ele ri daquele jeito zombador e delicioso que me enlouquece e passa a servir meu prato. Há tudo que eu gosto. Além dos bifes, há risoto de camarão com palmito, que amo e, claro, uma torta de morango gigantesca. Va bene. Eu pego os talheres e como a primeira garfada. Mike sorri da minha expressão de deleite.

— Eu acho que vai ter que se contentar com a segunda preferência para a noite, amor. — há uma nota divertida em seu tom, enquanto os olhos escuros brilham na tênue luz da sacada.

— Você acha, é? — o provoco.

Seu sorriso aumenta lentamente, os cantos da boca subindo daquele jeito malvado que causa uma confusão em minha calcinha. Mas, como não estou usando calcinha, a confusão molhada vasa entre meus lábios vaginais. Ele pega a garrafa de vinho e nos serve duas taças.

— Tenho certeza. — diz, cortando o seu bife, levando a porção à boca, os olhos rindo de mim e da minha birra. — coma, Ella. Eu vi que não comeu nada no hospital e conhecendo a minha menina gulosa... — sua boca curva nos cantos usando isso como duplo sentido. — sabia que estaria faminta quando acordasse.

Estou chateada porque o quero dentro de mim hoje, mas não posso deixar de suspirar. Sim, tudo nele é perfeito. Exalo resignada e comemos em silêncio, trocando garfadas de nossos pratos. Passamos para a sobremesa e eu me esbaldo, para variar. Nenhum de nós comeu muito dos bifes ou risoto. Hum... Um sorriso de antecipação brinca em minha boca. Eu acho que vou ter o meu moreno hoje apesar de tudo. Ele adora um jogo sedutor e perverso antes de me tomar. Bem, eu também. Eu levanto, fazendo o meu melhor para não gemer com as contrações musculares me incomodando. No entanto, preciso dele. Me conectar com o seu corpo da forma mais profunda possível.

Então, eu me dispo devagar bem na sua frente. Seu maxilar pulsa e uma tenda se forma sob o roupão.

— Porra, boneca. — ele geme e rosna quando a camisola escorrega para o chão...


Nada em Italiano.

Tudo nele é perfeito.

Gostaram, amores? Então, muitas estrelinhas e comentários! Vcs estão economizando nisso, tenho percebido. Bora agitar esse negócio! Kkk. Mil bjokas e até a próxima, queridas! <3 

Ipagpatuloy ang Pagbabasa

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