Cell 23

By lhell_

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Sua cabeça estava baixa enquanto o juiz decretava a sua sentença. Seu olhar brilhava de inocência, suas mãos... More

Prólogo
Enjoy The Stay
You Did Not Want Me To Suffer?
I Will Not Let It Touch
You Are Heaven And Hell Together
You are my problem
No One Will Hurt You
I Am No Lover
Nothing Will Happen!
Lonely And Dreaming
My Only Hope
Nothing... Is Just The Beginning
You Are An Idiot!
I Am Crazy For You
Nothing... Is Just
He Is Alive!
Get You Out
Turning Instead
Withdrawal
You will get out of here!
No Rules
Vídeo
Lullaby
Coutinng The Days
Escape
My Girl
I Will Be Arrested
Red Swan
End?
Epílogo
Sete Anos Depois

I Am Nobody

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By lhell_

Justin Bieber — Point Of View

"Nome: Lizzie Kristen Burrow

Causa: Homicídio doloso

Vítima(as): Antonella Jenner Burrow, Richard Christian Burrow

Pena: Vinte anos de regime fechado, sem direito a nenhuma diminuição mesmo com comportamentos positivos.

Testemunho: Na noite do dia vinte e três de maio de dois mil e quatorze, os vizinhos (Allanah Clark e David Coner) ligaram para a polícia após terem ouvido disparos, a polícia chegou após vinte minutos quatro policiais chegaram a residência dos Burrow. As vítimas foram encontrados na cozinha da casa, mortos. A réu Lizzie, foi encontrada pelos federais em seu quarto após ter tomado vários cumprimidos o que afirma que ela tentou se suicidar após o incidente. As impressões digitais de Lizzie estavam na arma do crime, decretando assim a principal culpada e assassina de seus pais.

Lei Número: 09681-6"

– Amor... — Marie falou manhosa – Vem dormir, já ta tarde!

Suspirei coçando meus olhos e joguei os papéis em minhas mãos sobre a mesa. Eu tentava desvendar cada detalhe daquela noite pelas provas que tinham em minhas mãos, mas tudo parecia perfeitamente encaixado.

O que eu estava pensando?

Lizzie Burrow era uma assassina, e por mais que eu tivesse lendo aqueles papéis e tentando desvendar algum detalhe que provasse o contrário ela era uma criminosa, que cometeu um crime que chocou os Estados Unidos inteiro.

Senti dois braços me abraçarem sobre os ombros e lábios quentes sobre a pele do meu pescoço.

– Vamos pra cama, Justin! Desde que você chegou da delegacia ta todo vidrado nesses papéis.

– É trabalho! — respondi soltando delicadamente seus braços do meu pescoço me levantando da cadeira em seguida.

Marie me encarava com um sorriso de lado e foi impossível não retribuir, suas bochechas estavam coradas como o normal, seu cabelo preto com leves ondas batia abaixo de seu ombro, seus olhos castanhos brilhavam enquanto me encaravam.

Ela era a melhor esposa do mundo.

Soltei o ar pelo nariz assim que aquela menina invadiu meus pensamentos, de súbito puxei a cintura de Marie em minha direção e selei nossos lábios com firmeza passando os braços por sua cintura a puxando para mim.

Eu não poderia pensar naquela garota. 

– Você tem razão! — murmurei passando a mão em sua cintura com meus lábios colados aos seus – Eu estou vidrado no trabalho quando deveria estar dando atenção para minha esposa.

Marie riu passando a mão em minhas costas me causando um breve arrepio.

– Ainda bem que o senhor percebeu isso, — falou divertida – Sabe, eu estava conversando com a sua mãe e ela me deu uma ótima idéia!

Soltei Marie dos meus braços e caminhei até a cozinha a puxando pela mão comigo.

– E qual seria essa idéia?

– Adotar um bebê!

Parei subitamente assim que ouvi ela falar aquilo, me virei para a mulher que me olhava sorrindo com seu pequeno baby doll de cetim e franzi a testa.

– Marie... você sabe que...

– Não, amor! — me interrompeu – Você sabe que eu não posso engravidar, e nos já somos casados, formados, temos vinte e sete anos. Já estamos na idade certa e na hora para aumentar a família.

Suspirei coçando a pálpebra dos meus olhos.

– Podemos conversar melhor amanhã? Estou exausto.

Marie sorriu de canto assentindo e beijou calmamente meus lábios passando a mão em minha nuca.

– Okay, agora pense direitinho, você sempre quis ser pai, você ama crianças...

– Eu sei disso, anjo! Mas o caso é que adotar uma criança é algo sério, então me deixa pensar um pouco e amanhã nós conversamos mais sobre isto!

– Certo.

Suspirou agarrando minha mão e logo começamos a caminhar pelos diversos corredores chegando até nosso quarto. 

Fui direto ao banheiro fazendo minha higiene pensando no que Marie estava falando a alguns minutos, mas por algum motivo eu não conseguia me focar naquele assunto. Minha mente viajava até o outro lado da cidade, até o presídio, até a cela 23. 

Presidio Of Alcatraz — 15h26min.

– Justin?

Levantei meu rosto encarando Chaz que trazia uma papelada em suas mãos, fiz um sinal com a cabeça e logo o mesmo adentrou pondo os papéis em cima da minha mesa, soltei o ar pelo nariz e voltei a assassinar a papelada.

Passou-se alguns segundos e Chaz permanecia na minha frente me encarando.

Franzi a testa e o olhei novamente.

– Valeu pelos papéis, Chaz! Mas já pode sair.

Chaz riu negando com a cabeça.

– Cara... o que estava acontecendo ontem aqui?

Travei meu maxilar de súbito voltando a mexer na papelada em minha mão. Chaz havia visto eu prestes a beijar Lizzie na tarde passada.

– Não foi nada!

– Certeza? Por que não pareceu! Bieber, você tem noção no que iria acontecer se eu não tivesse entrado aqui naquela hora, e na verdade eu nem sei se rolou antes, mas... irmão, você pensou nas...

– CALA A BOCA! — o interrompi – não iria acontecer nada, eu a trouxe pra minha sala por causa da rebelião e ela estava assustada e eu tentei acalma-la. — menti – Mais alguma coisa?

Chaz levantou as sobrancelhas negando com a cabeça.

– Você sabe que eu não acreditei nisso! 

– Acredite no que quiser.

– Certo Bieber! Quando me quiser falar o que realmente está acontecendo me avisa.

O ignorei abrindo algumas pastas tirando de lá alguns papéis que tinham dentro da mesma, comecei a examinar os processos tentando prestar atenção naquilo.

– Bieber?!

– O que é agora, Chaz? — perguntei irritado.

Chaz riu já do lado de fora do escritório.

– Ela está na enfermaria, se quiser vê-la...

Deixou a frase no ar rindo e fechou a porta do meu escritório me deixando ali sozinho. Deixei que um riso escapasse e me levantei abotoando apenas um botão do blazer e comecei a seguir para fora do escritório.

Depois da rebelião tudo havia voltado ao normal. Eu pessoalmente havia mandado os dois caras que abordaram eu e Lizzie para a solitária e por mim eles ficariam ali por um bom tempo!

Caminhei pelos corredores seguindo até a enfermaria em passo rápido, em vez ou outra cumprimentava alguns policiais com um aceno de cabeça, mas eu so queria chegar logo até onde Lizzie estava.

– Boa tarde, delegado! — cumprimentou uma das enfermeiras.

Sorri de lado para ela e logo continuei meu caminho, a sala que ela levaria injeção era a mesma da vez passada então segui até ela.

Assim que abri a porta o meio sorriso em meu rosto morreu ao ver Ryan falando algo para Lizzie e a mesma ria altamente pondo a mão na barriga.

Ela nunca riu daquela maneira comigo.

Ela mal sorria ao meu lado.

– Atrapalho? — perguntei ríspido.

– Eai Justin! — Ryan disse animado.

Meus olhos estavam presos nos de Lizzie que me encarava seria, eu sentia minha respiração mais rápida que o normal naquele momento.

– Atrapalho?  — repeti ainda mais rude.

– Não — Ryan disse rindo em seguida olhando para Lizzie – Estava contando para ela da vez que...

– Não me interessa o que você estava falando, vá fazer o que você tem pra fazer ou tiro seu trabalho agora mesmo!

– Ei brow! — Ryan falou assustado levantando os braços em rendição – O que te deu?

Bufei raivoso passando a mão no cabelo.

– Sai Ryan, desculpa aí não estou em um dia bom! Mas saia, volte pro trabalho!

– Marie não anda te satisfazendo, não? — perguntou brincalhão saindo da sala.

Travei meu maxilar assim que ele falou o nome dela.

– Marie? — a voz aveludada de Lizzie, agora saia tão ríspida quanto a minha a alguns segundos – É sua esposa?

Soltei o ar pelo nariz caminhando até ela que estava sentada na maca.

– Não. 

Lizzie arqueou as sobrancelhas olhando para lado evitando contato comigo. Por que raios eu havia mentido? Eu disse não tão automaticamente, foi como se... caso eu dissesse a verdade, ela talvez iria querer se afastar.

– Vejo que você e Ryan estão se dando bem, não é mesmo? — falei sarcástico apoiando minhas mãos na maca de cada lado de sua cintura.

– Ele é uma pessoa legal, divertida e em poucos segundos me fez rir — sorriu sarcástica olhando pra mim – Diferente de muita gente aqui, não é mesmo?

– Lizzie...

– Não, Bieber! Sabe, eu não vou ficar lhe dando com suas mudanças de humor. Ontem você... — Lizzie parou de falar e sorri de lado ao notar que ela havia ficado sem palavras para falar do que aconteceu ontem.

– Continue! — murmurei aproximando meu rosto do seu.

– Quer saber? Não vou continuar nada. — falou empurrando meu peito para longe de si – Por que eu não vou deixar você brincar comigo! Como você mesmo diz eu sou só mais uma presidiária, e não um brinquedo.

– Então é isso? — falei irritado – Você acha que estou brincando com você?

Lizzie riu fraco abaixando a cabeça, logo em seguida a levantou seria me encarando.

– Olhe pra mim, delegado! — soltou uma risadinha sem humor – A partir do momento que eu entrei aqui eu virei uma ninguém, então por que você estaria falando sério comigo ontem?

– Lizzie... 

– Senhor Bieber! — Chloe me interrompeu adentrando na sala sorrindo – Bom lhe ver novamente!

– Oi Chloe. 

Sorri de lado coçando a nuca me afastando minimamente de Lizzie, eu já tinha transado com Chloe a alguns dias – eu havia traído Marie com ela e com várias outras mulheres – e por algum motivo aquela situação não estava nenhum pouco boa para mim.

– Saudades? — perguntou sorrindo maliciosa.

– Só vim trocar algumas palavras com Lizzie, já estou de saída! — sorri de lado.

Lizzie soltou uma risada alta ao ver a cara de Chloe e a encarei, logo a mesma tapou a boca tentando se controlar.

– Foi bom te ver! — falei educado caminhando até a porta da sala e saindo daquele local.

Eu já me senti atraído por várias mulheres, já as desejei, já transei com tantas mulheres, mas com todas - exceto Marie - foi algo rápido, passageiro, apenas uma noite. E eu sentia isso por Lizzie, desejo. 

Mas havia algo... algo que a diferenciava de todas as garotas que eu já fiquei. E por algum motivo Lizzie não me parecia uma pessoa que faria uma breve passagem na minha vida.

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