Picture of an Alpha

QuaaseGay által

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- Eu quero que você queira me beijar. - Mordeu o lábio inferior e olhou para o chão. - Então, quando você qui... Több

Breve Introdução
Prólogo
Lycan University
Um encontro inesperado
Você ainda me deve um beijo.
Por que você foi embora?
Conversas
Por que você é assim?
Tentando falar de sentimentos
Cuidados com quem se ama
Quero me entender com você
Detesto falar de sentimentos
Buscando ajuda
Perdidas em um mundo só nosso
Grite somente para ela
Mal entendidos
Fresco, como chuva.
Se for ficar, seja firme.
Um segredo meu, agora é nosso
O primeiro passo.
Sorrisos que durarão até a manhã seguinte
Senhor, me ensina a nadar
Contemplar a vida
Ver o mundo através de seus olhos
Minha alfa
Todos esses anos
Festa, emoções, adrenalina.
E eu tentarei... Consertar você
Alegria de viver
Faz sentido sentir medo?
E para você, o que é ser bem sucedido?
Eu encontrei um amor para mim (Epílogo)

A mais intensa sensação

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QuaaseGay által

CHEGAAAAAAAAAYYYYYYY! 

Como vocês estão?

Se preparem! E... DIVIRTAM-SE! 

*----------------*-------------*-----------*

Camila

- Você está linda, meu amor. - Falei para ela, que sorriu. - Fica de costas.

Lauren fez o que eu pedi e eu ajeitei a máquina fotográfica. Aquela mulher era magnífica, usava nada além de uma jaqueta jeans que havia achado em meu closet. Não sei quando tudo virou uma sessão de fotos, mas eu não podia me importar menos, eu amava fotografá-la.

- Solte a jaqueta. - Ainda de costas, o pano desceu de seu corpo e parou no chão.

Suspirei e senti meu membro voltar a endurecer. Nós havíamos acabado de transar e ainda assim ela conseguia me deixar excitada. Tirei mais uma foto e fui até ela, beijando sua nuca enquanto ela sorria.

- Você é linda. - Sussurrei em seu ouvido e coloquei uma mão em sua barriga, já que a outra segurava a máquina fotográfica.

- São seus olhos.

- Acho os seus mais bonitos. - Respondi e apoiei meu queixo em seu ombro. - Será que ele vai ter seus olhos?

- Espero que não. - Virou-se para mim. - Quero que tenha os seus.

Ajoelhei-me diante dela e beijei seu ventre, não pude segurar o sorriso, era meu filho que estava ali. Senti meus olhos se enxerem de lágrimas de alegria, por me dar conta de que eu teria uma família para chamar de minha, uma família para quem voltar e o melhor de tudo, ao lado dela.

Da mulher que eu amo.

- Pare de chorar, sua boba... - Sorriu para mim.

- Eu sou a pessoa mais feliz do mundo. - Falei olhando em seus olhos. - Tenho você, eu te amo tanto, Lauren. E é tão bom saber que as coisas estão se ajeitando, é gratificante saber que o inferno que eu passei me trouxe até aqui. No fim, eu fiquei bem, como se meu esforço estivesse sendo recompensado.

- Amor... - Sua voz embargou e ela me puxou para cima, tirando a máquina de minhas mãos e colocando na mesinha. - Todos temos altos e baixos, a diferença é agora nós não vamos mais enfrentá-los sozinhas.

- Não, não iremos. - E a beijei, com todo carinho e amor.

Meu coração batia descompassado e minha respiração começou a ficar irregular conforme nosso beijo ficava mais exigente. Segurei em suas coxas e a puxei para cima, pegando-a no colo e levando-a para a cama novamente.

Fiquei por cima dela, sem me deixar pesar sobre seu corpo e desci os beijos para seu pescoço, sentindo suas mãos em minhas costas, apertando e arranhando. Lauren descontava muito seu prazer em minha pele, eu sempre saía com as costas arranhadas, às vezes tão profundamente que chegava a sangrar.

- Espera... - Sussurrou. - Camila, para...

- O que houve? - Franzi o cenho, parando o que estava fazendo.

- Eu quero te mostrar uma coisa... - Ela carinhosamente me empurrou para o lado e desceu da cama.

- Ahhh... - Resmunguei com a cara contra o travesseiro ao vê-la entrar no closet. - Amor, volta pra cama!

- Já vai, sua apressada! - Pude ouvir sua risada e bufei.

Fiquei deitada na cama, nua e excitada, esperando por ela. Lauren estava demorando uma eternidade para voltar. Ou talvez eu que estivesse sendo dramática demais, mas eu estava morrendo de vontade de ficar com ela, tinha que aproveitar quando minha ômega está de bom humor porque logo ela poderia ficar irritada novamente.

Quando finalmente ela deixou o closet, quase engasguei com a saliva. Ela usava um conjunto preto rendado com cinta-liga. Engoli seco e senti meu membro ficar ainda mais duro. Lauren não usava calcinha, era apenas a cinta e as meias.

- O que achou? - Ergueu uma sobrancelha e deu uma voltinha, deixando-me ver sua bunda.

- É... E-essa pergunta é séria? - Não pensei direito em minha fala, estava ocupada demais correndo meus olhos por aquele corpo.

- Você não está em condições de debochar, Camila. - Soltou uma risada sarcástica. - Claro que a pergunta é séria.

- Está querendo elogios? - Provoquei, levantando-me da cama.

Minha mulher bufou e se irritou, claro que ela queria elogios, ultimamente Lauren anda muito insegura com sua aparência. Passava longos minutos em frente ao espelho e fazia perguntas do tipo "Eu estou muito gorda?" ou "Não acha que estou diferente?" ou a que eu mais detestava e ela fazia questão de perguntar: "Você vai continuar me amando, quando eu estiver enorme?"

Antes que ela pudesse se virar, puxei seu braço e seu corpo colidiu comigo. Segurei firme nos cabelos de sua nuca e envolvi meu braço em sua cintura, apertando-a para que ela sentisse o quanto eu estava dura.

- Você está deslumbrante. - Sussurrei contra sua boca e movimentei meu corpo, fazendo meu pau passar por entre suas dobras. - Sente como me deixa? - Mordi seu lábio inferior e com prazer a ouvi gemer baixinho. - Só você me deixa dura dessa forma, só você...

Dei um tapa estalado em sua bunda e não precisou mais do que isso para que Lauren atacasse minha boca com vontade. Nosso beijo era desesperado, descontrolado e delicioso. Puxei suas coxas para cima e a coloquei na cama, abrindo em suas pernas para mim.

- Não vejo a hora de chupar você. - Mordi seu mamilo por cima da renda do sutiã e massageei seu outro seio.

- O que está esperando, amor? - Sua voz saiu rouca e falhada, me fazendo parar e olhar em seus olhos brancos. - Me faz gozar bem gostoso na sua boca.

- Porra... - Sussurrei, sentindo meu coração dar uma cambalhota e acelerar.

Nem perdi mais tempo, desci com beijos e chupões por sua barriga até chegar onde nós duas queríamos, tudo que eu mais queria era poder provocá-la e aproveitar cada parte daquele corpo que me tirava do sério, mas eu não testaria seus limites.

Ela não me deixou penetrá-la na última vez que fiz isso.

Com calma, tremi a ponta da língua em seu clitóris. Seu corpo ondulou e ela gemeu deliciosamente só com isso. Suguei o feixe de nervos e soltei, passando a língua ao redor depois. Lauren tentou fechar as pernas, mas eu a segurei com firmeza, deixando-a mais aberta.

Fiz questão de correr meus dedos pelo contorno da cinta, aproveitando para arranhar de leve sua pele branca. Minha língua correu debaixo para cima, sugando-a novamente.

Suas pernas tencionaram e ela arrastou os pés pelo lençol bagunçado, gemendo mais alto. Seu líquido escorria sem pudor, mostrando o quão excitada ela estava. O sabor da minha mulher era delicioso, eu poderia chupá-la por horas e horas.

- Amor... - Chamei e seus olhos brancos me fuzilaram por ter parado. - Agora sou eu quem quer te mostrar algo.

- O que quer... Aaahh... - Gemeu quando eu a chupei novamente. - Que quer me mostrar?

Sorrindo, me arrastei pela cama e cheguei no criado mudo, tirei as vendas, algemas, baguncei toda a gaveta em busca das bolinhas de gel azuis e das balas. Assim que achei, peguei os itens e voltei para ela, que me olhava curiosa.

- Para que serve?

- Para te levar ao céu, meu amor. - Coloquei uma bala na boca e massageei seu clitóris, Lauren relaxou na cama e voltou a gemer.

Assim que a bala já tinha se espalhado por toda minha boca, corri a língua por sua boceta e circulei sua entrada, fazendo-a gritar de prazer e puxar o lençol da cama. Sorri ao vê-la tão perdida em prazer, meu pau doía muito, implorando por atenção, mas ainda não estava na hora.

Soprei suas dobras e Lauren esperneou, segurando nas barras da cabeceira e arqueando o corpo. Levei minha língua de sua entrada até o clitóris e suguei seu pequeno ponto de prazer, suas mãos vieram para a minha cabeça, puxando meus cabelos e forçando-me a continuar.

Mantive toda minha dedicação em sua boceta que cada vez escorria mais. O sabor refrescante a fazia delirar de prazer, apertar meus cabelos. Eu me segurava muito para não gozar só de vê-la daquela forma.

- Porra... C-Camila! - Arranhou meus ombros. - Ah...

Mais uma vez, soprei seu sexo e coloquei um dedo dentro dela, sentindo-a se contrair ao redor. Minha língua voltou a estimular seu ponto de prazer, enquanto eu tirava e colocava nela.

Suguei seus lábios maiores e passei os dentes por cima deles, levemente e coloquei mais um dedo, a cada investida, ela ficava mais molhada. Minha ômega estava tão excitada que não iria demorar para vir na minha boca.

- Camila...

- Fala para mim, amor... - Sussurrei e suguei seu clitóris. - Fala o que você quer.

- E-eu... - Respirou fundo e se contorceu na cama. - Eu quero gozar na sua boca.

No mesmo instante tirei meus dedos de dentro dela e a chupei com vontade, colocando minha língua dentro dela, sugando-a, massageando seu ponto de prazer, até que ela gritou e puxou com força meus cabelos e se derramou em minha boca.

Eu fiz questão de apreciar todo seu sabor, até ela relaxar completamente sobre os lençóis revirados. Sorri ao vê-la ofegante, com um braço sobre os olhos, seu peito subia e descia apressadamente.

- Acha que pode continuar? - Perguntei ao subir até seu rosto e beijá-la. - Se estiver muito cansada, podemos continuar amanhã.

- Amanhã? - Ela sorriu. - Amanhã você tem consulta a tarde toda e temos aula de manhã. Vamos fazer tudo hoje.

- Sabe que não pode se esforçar tanto... - Relembrei.

- Me esforçar? - Arqueou uma sobrancelha e segurou levemente em minha nuca, puxando meu lábio inferior com os dentes. - Quem vai se esforçar é você. Eu só irei gozar. Bem gostoso.

Dei risada de sua fala e voltei a beijá-la com volúpia. Suas mãos correram pelas minhas costas e apertaram com força minha bunda, fazendo nossos sexos se encontrarem. Ofeguei com o contato, ela estava tão quente e molhada.

Seu corpo se movimentou, me incentivando a fodê-la. Foi difícil resistir a tentação de invadi-la de uma vez, mas eu tinha outra coisa em mente. Ela olhou-me curiosa quando parei de beijá-la e enrosquei meu dedo indicador na cinta ligada à meia, dando um tapa em sua coxa.

- Você fica muito sexy com isso. - Olhei em seus olhos. - Pode usar sempre.

- Gostou tanto assim? - Arranhou minha bunda, fazendo-me arrepiar.

- Eu amei. - Beijei seus lábios rapidamente. - Agora... Abre bem as pernas.

Lauren fez o que pedi. Olhei sua boceta molhada e lisa, levemente rosada. Levei uma das mãos ao meu pau e comecei a estimulá-lo, sentindo um pouco de alívio. Seus olhos estavam fixos em meus movimentos.

Sem parar de me tocar, peguei a bolinha de gel azul e passei em sua entrada, lambuzando-a com seu líquido. A ômega mordeu o lábio e suspirou, aproveitei seu momento relaxado e introduzi o gel dentro dela, enfiando até onde meus dedos conseguiam e voltei para cima dela, beijando-a.

Lauren

Arranhei suas costas e sua nuca, puxei seus cabelos e tentei fechar as pernas para aliviar a pressão entre elas, mas minha alfa não permitiu. Suas mãos firmes seguravam minhas coxas, enquanto sua língua deslizava sobre a minha.

Senti o que ela colocou dentro de mim começar a dissolver e meu ventre começou a esfriar. Camila apoiou-se na cama com uma mão e a outra guiou seu membro para dentro de mim, a cabeça de seu membro pressionou aquela bolinha e em segundos, tudo gelou.

- CAMILA! - Gritei e ela gemeu junto comigo, foi como se aquilo tivesse estourado dentro de mim, um líquido refrescante se espalhou por meu ventre, fazendo-me revirar os olhos de prazer.

- Ah... Lauren... - Seus braços fraquejaram e ela ficou apoiada nos cotovelos, investindo dentro de mim.

Envolvi minhas pernas ao redor de sua cintura e arranhei forte seus ombros, movendo meu corpo contra ela. Seu pau entrava e saía e com esses movimentos, o que antes estava gelado, foi aquecendo em uma temperatura bem mais elevada.

Céus, que gel é esse?

Meus olhos reviraram e eu ataquei sua boca, acelerando meus movimentos e ela acelerou os dela, o barulho de nossos corpos, o aquecimento em minha boceta, seu pau duro investindo contra mim, aquela estava sendo a melhor transa que já tivemos.

Ela soltou meus lábios e nossos olhos se encontraram, meu coração disparou com a intensidade de seus pretos tão profundos e brilhantes. Naquele instante foi como se algo houvesse mudado.

Todo o amor que eu sentia por ela se intensificou e envolveu meu coração, deixando-me totalmente submissa e entregue. Minhas mãos seguraram seu rosto, em nenhum momento Camila parou seus movimentos, eles apenas ficaram mais lentos.

O cheiro de alfa dela me invadiu e meu corpo tinha agora apenas um objetivo, respirar para sentir seu aroma forte e natural. Eu não entendia o que estava acontecendo, mas eu amava aquela sensação.

Minha respiração escassa se fez ainda mais ineficiente, mas ainda trabalhava desesperadamente. Eu estava hipnotizada por tudo que nos envolvia, seus movimentos sobre mim, seus olhos possessivos e amorosos sobre os meus, sua pele contra a minha. A certeza de que eu pertencia a ela de todas as formas se fez presente, Camila Cabello era a minha alfa.

Senti leve mudança no cheiro ambiente, ficou refrescante e leve, uma mistura cítrica de nossos aromas que era delicioso e... certo. Aquela era, com certeza, a sensação mais intensa que eu já havia sentido.

Aquilo não era mais apenas sexo, apenas amor. O ato se tornou algo mais. Nossas relações sempre foram únicas, selvagens, cheias de tesão, mas com ternura e amor, mesmo quando ela estava sob efeito de medicamentos, seu Alpha sempre aparecia para mim, deixando claro que ela sempre me sentia.

Mas naquele momento, era algo que transcendia nossa simples existência como humanas. A sensação era tão forte, que eu podia jurar que não éramos nós que estávamos nos amando, mas sim nossas almas.

Com um rosnado forte, seus lábios foram dirigidos ao meu pescoço, chupando a pele com vontade. Seus movimentos voltaram a acelerar e eu gemi de prazer, desesperada para gozar com ela, o amor da minha vida.

Gritei de dor e prazer ao sentir seus dentes cravarem em mim, minha boceta se fechou contra seu membro, a apertando e minhas mãos cravaram as unhas em sua carne. Um choque percorreu meu corpo e um cheiro diferente se fez presente no ar.

Era refrescante, cheiro de companheiros de alma.

Gozei demoradamente e a senti vir junto comigo, misturando nossos líquidos dentro de mim. Ela tirou seus dentes de minha pele e eu senti o sangue escorrer pelo meu ombro, mas não me importei com isso, não agora.

Nos olhamos e naqueles olhos escuros, eu vi toda a minha existência e o meu futuro, agora, estávamos juntas de todas as formas, eu a amaria até meu último suspiro. Naquele quarto, eu ouvi o eco da promessa muda que fizemos, nós nos pertencemos.

Sua cabeça ficou apoiada em meu peito, enquanto eu tentava voltar a respirar novamente. Seu membro deixou meu interior e eu choraminguei um pouco por isso, levando minhas mãos em seus cabelos suados, fiz carinho nela.

Uma felicidade gigantesca brotou dentro de mim. Meus olhos derramaram lágrimas de alegria. Eu sentia meu corpo leve, como se todas minhas inseguranças e incertezas tivessem caído por terra e agora nada restava além de meu amor por minha alfa.

Sorri completamente feliz e me remexi, fazendo-a levantar a cabeça. Ela tinha meu sangue em seus lábios e um brilho maravilhoso em seus olhos negros. Puxei sua cabeça para mim e a beijei, sentindo o sabor metálico em seus lábios. Ela deslizou sua língua sobre a minha e a sugou rapidamente, fazendo-me arfar contra sua boca.

- Eu te amo tanto, Camila... - Sussurrei, ainda um pouco ofegante, olhando em seus olhos. - Eu amo você, eu honro você, eu respeito você... - Encostei nossas testas. - E eu vejo você.

E eu realmente a amava, no sentido mais puro do sentimento. Amava suas qualidades, defeitos, cicatrizes, manias... Tudo. Nossa união é única porque compartilhamos um sentimento sem limitações, sem vírgulas, sem condições ou rótulos. Nos amávamos e ponto.

- Eu amo você, eu honro você, eu respeito você. - Ela sussurrou para mim e afastou-se um pouco para olhar em meus olhos. - E eu vejo você.

Esta última é uma frase tão simples e com um significado tão profundo. Ver a pessoa é compreendê-la, olhá-la de forma acolhedora, amorosa. Quando você "vê" alguém, significa que você está deixando de lado todo seu julgamento e preconceitos para enxergar como o ser humano é por dentro, em sua forma mais pura.

Eu via a luz dentro dela e também a sombra. Eu via sua alma, porque eu conseguia me ver dentro dela também. Só então me dei conta da imensidão de meu amor e da pureza desse sentimento que só crescia em nós duas.

Camila desceu o rosto para minha barriga e apoiou a cabeça ali, levemente. Deixou um beijo na região e acariciou minha pele, com um sorriso lindo e bobo ao mesmo tempo. Eu gostava de vê-la assim, amando nosso filho.

- Oi meu amor. - Ela sussurrou para minha barriga. - Hoje, nós nos tornamos oficialmente uma família. Não que já não fôssemos, mas de agora em diante sua mãe será minha companheira de alma. - Passou o dedo indicador pela região. - Saiba que você já é muito amado e querido por nós.

- E saiba que você tem uma mãe muito babona. - Comentei, passando minha mão pela barriga.

- Sou mesmo. - Ela falou, com um sorriso idiota. - Eu sou uma idiota por vocês.

- Você é a minha idiota. - Voltei a puxá-la para mim. - Te quiero.

- Te quiero, cariño. - Segurou minha mão e beijou delicadamente. - Que tal um banho? Depois faço uma massagem em seus pés.

Suspirei, olhando cada traço perfeito daquela mulher. Não sabia o que tinha feito de bom para merecê-la, mas eu agradecia do fundo de meu coração. Ela cuidava tanto de mim, sempre sendo a melhor pessoa possível, como Camila havia mudado, se transformado.

- Estou orgulhosa de você. - As palavras saíram de minha boca.

- Por quê? - Franziu o cenho em uma expressão tão linda que me fez sorrir.

- Por você ter lutado com todas as suas forças para vencer suas barreiras. Por ter mudado por mim e por si mesma, por não ter fugido quando as coisas complicaram, por estar enfrentando tudo isso ao meu lado.

-Eu-

- Eu sei que não foi fácil, Camz. - Cortei e acariciei seu rosto. - Sei que se esforçou e ainda está se esforçando. Eu vejo. Sei de meu temperamento difícil, eu não estou facilitando para você, mas quero que saiba... - Minha voz embargou. - Que eu vejo. Posso não falar nada, posso ficar irritada, mas eu vejo.

Ultimamente eu vinha criticando muito qualquer gesto dela e implicando com qualquer coisa. Minha consciência me dizia que eu estava pegando pesado e a machucando, mas antes que eu pudesse me dar conta, já estava sendo grossa e puxando brigas.

Ela nunca caía na minha pilha, sempre se mantinha controlada e calma, de uma forma que ela não era antes. Mas eu sabia que quando eu estava em aula ou com minhas amigas, ela corria para o quartel de Matts e só saía de lá exausta de tanto treinar.

Por um lado, eu agradecia por ela ter esse escape para se desestressar e não acabar descontando em mim, mas por outro lado eu preferia que ela não tivesse que passar por isso. Era muito ruim saber que minhas atitudes estavam deixando ela chateada. Eu sempre pedia desculpas depois, mas não é como se isso mudasse o que eu já havia feito.

E o fato de ter outros ômegas atrás dela só me deixavam pior. Meu ciúme atingia um nível altíssimo só pelos olhares que ela recebia, obviamente ela não se importava nem um pouco com isso e sempre ficava perto de mim, mas me incomodava demais.

Na PhantomSigma não tinha um filho da puta que não a fitasse com cobiça. Por mais que eu a fizesse ficar com as mãos em mim o tempo inteiro, eles não paravam de olhá-la, de querê-la.

- Eu te amo e amo nosso filhote. - Falou calmamente, acariciando minha barriga. - Vou cuidar de vocês e agora, você é minha companheira. - Sorrimos uma para outra. - Cuidar de vocês será uma das melhores coisas a se fazer.

- Você não existe. Acho que criei você em minha mente.

- Ah é? Você tem uma imaginação bem sexy. - Balançou as sobrancelhas.

- Besta. - Beijei rapidamente seus lábios.

- Vá tomar um banho. Eu farei algo para você comer e então podemos ver filmes, ou continuar com as fotos...

- Que tal se... - Mordi o lábio, eu ainda tinha certo receio de pedir à ela para me levar ao ateliê, pois sabia o quanto era pessoal aquele espaço. - Fôssemos pintar um quadro juntas, como fizemos com esse. - Apontei para o quadro na parede.

- É o que quer? - Sorriu para mim, me fazendo relaxar.

- Sim. - Falei convicta.

- Tudo bem, seu desejo é uma ordem. - Com agilidade, se levantou e me pegou no colo.

Soltei um gritinho quando ela me girou e agarrei-me mais em seu pescoço. Logo fui colocada no chão e caminhei para dentro do box, enquanto ela colocava a banheira para encher.

- Miguel. - Falou assim que se juntou a mim.

- Matheus. - Respondi.

- James.

- Ethan. - Comecei a enxaguar o cabelo, enquanto ela usava a bucha para se limpar.

- Seth.

- Nathan. - Eu realmente gostava desse nome, era suave e ao mesmo tempo, forte.

Fui para o outro lado e ela entrou na água, tirando o sabonete e começando a lavar o cabelo, enquanto eu usava a bucha dessa vez.

- E se for menina? - Perguntou com os olhos fechados.

- Gosto de Rachel.

- Eu gosto de Angel. - Abriu os olhos e seus castanhos brilhantes vieram de encontro aos meus verdes.

- Angel é um nome muito bonito. - Ponderei. - Muito bonito mesmo. E tem tudo a ver com o que esse pequeno ser representa, afinal, é de fato um anjo.

- Então será Angel? - Um sorriso apareceu em seus lábios.

- Será Angel. - Sorrimos. - Não acredito que decidimos o nome da nossa filha durante um banho.

- Amor, nós brigamos ao som de Ed Sheeran. - Ela riu. - Então, é normal para nós decidirmos o nome da criança durante o banho.

- Gosto de Nathan. - Puxei a toalha e abri o vidro do box.

- Eu também gosto, mas também adoro Nicolas. - Camila falou e desligou o chuveiro.

- Ficamos entre esses dois. - Ela tinha um repertório muito bom de nomes, eu gostei de todas as sugestões dela.

Fui para perto da pia e comecei a escovar os dentes, não demorou muito e ela se juntou à mim. Comecei a pensar em como eu estava bem e feliz com ela, por termos nos unido e por estarmos iniciando uma família.

Não pude frear a velocidade de meus pensamentos e logo a faculdade se fez presente em minha mente. Se aquilo já estava um inferno antes, com certeza agora ficaria pior.

- O que está se passando em sua cabecinha. - Ela cutucou minha cabeça de leve, secando a boca na toalha.

- A faculdade. - Sequei minha boca. - Estou com receio do que irei enfrentar.

- Não acha melhor trancar? - Abraçou-me. - Isso só está te trazendo estresse amor, pode prejudicar sua saúde.

- Mas falta dois meses para acabar o semestre. - Suspirei. - Eu posso aguentar mais dois meses.

Olhamos para minha barriga, ela já estava aparecendo e no fim desse mês, iríamos descobrir o sexo do bebê. Coloquei a mão em meu ventre e ela colocou a sua por cima da minha.

- Anjo, que tal você trancar algumas matérias, então? - Coçou a nuca. - Assim se sobrecarrega menos e fica um tempo menor perto de pessoas tóxicas.

- Já irei atrasar demais o meu curso, Camz. Não quero atrasar ainda mais.

- Eu entendo. - Respirou fundo e me abraçou novamente. - Façamos assim, então, você passa a morar comigo, independente se Alice puder ir para seu dorm room ou não. Pelo menos aqui eu farei você relaxar e acharemos alguma forma de aliviar seu estresse.

- Por mim, tudo bem. Mas é que as meninas... Se eu sair e deixar a vaga lá, outra pessoa pode pegar e-

- Laur, com todo respeito, foda-se. Minha preocupação é você e meu filho, unicamente. Não estou dizendo que não me importo com Ashara ou com Alice, mas é que com quem Ash vai dividir quarto, é o de menos agora.

Assenti e ela beijou minha testa, saindo do banheiro em direção ao closet. Olhei-me no espelho ainda um pouco embaçado e fiquei fitando meu rosto e meu corpo, a barriga que agora era um pouquinho mais saliente.

Sorri para meu reflexo, sinceramente? Foda-se aqueles ômegas da faculdade, eu estava feliz. Eu tinha uma companheira de alma, tinha um futuro sim que não foi perdido, eu seria mãe e fotógrafa profissional com um diploma da Lycan University.

E pouco me importa se isso soa um absurdo para alguns. Não esperava uma gravidez tão cedo, mas aconteceu e eu tinha que me adaptar a isso. Como eu havia dito para Camila, a vida é dez por cento o que acontece com você e noventa por cento como você reage à isso.

E eu iria reagir. Da melhor forma possível, era hora de trabalhar minha resiliência. 

*-------------*-------------*-------------*


Notas Finais:

Como ficarão as coisas na Lycan agora?

Beijos amores!

Olvasás folytatása

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