It Goes, It's Golden 《portugu...

By wolfIstars

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O caos que Zayn deixou quando saiu da banda não seria tão desastroso se Harry tivesse Louis. Mas tudo entre e... More

⚠Aviso⚠
Capítulo 2: Right Now
Capítulo 3: A.M.
Capítulo 4: History
Capítulo 5: Something Great
Capítulo 6: Strong
Capítulo 7: Change My Mind
Capítulo 8: 18
Capítulo 9: Perfect
Capítulo 10: Night Changes
Capítulo 11: Long Way Down
Capítulo 12: Where do Broken Hearts Go
Capítulo 13: Alive
Capítulo 14: End Of The Day

Capítulo 1: Spaces

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By wolfIstars

Notas da autora: Há muitas referências canon que serão feitas ao longo da história, então, porque sou um pouco perfeccionista e, em benefício de vocês lindxs leitores, há uma lista com links que irão nas notas no fim de cada capítulo com fontes para os fatos mencionados. Além disso, algumas coisas do canon serão ajustadas para combinarem com à linha do tempo, então fique atentxs a isso! 


"Oh, spaces between us, keep getting deeper, it's harder to reach you even though I try."


Não importa o quanto ele tente – procurando na multidão à sua frente, algo para prender seu olhar, um ponto alto contra as ondas do instinto - Harry não consegue evitar seus olhos de se magnetizarem através do palco em Louis.

O calor dos holofotes e todos os rostos olhando para ele não são suficientes para distraí-lo do garoto perto dele – rockstar, usando jeans e uma camiseta preta.

É algo sobre essa música, ele sabe disso. Por anos ele sempre cantou essa música para Louis.

Em vez de um sorriso brilhante e uma promessa em seus olhos, Louis apenas olha para frente, ignorando, isso atinge Harry no peito.

"Even when the night changes, it'll never change me and you."

Mas pode - e mudou. No entanto, Harry não consegue deixar de sempre cantar para aquele homem que agora nem sequer reconhece sua existência em público.

Ele não tem certeza de quando foi que tudo o que eles construíram juntos desde que se conheceram no x factor anos atrás começou a desmoronar.

Não houve um único evento, nem mesmo uma briga terrível como alguns dos jornais de fofoca gostam de descrever com detalhes, detalhes que mesmo que houvesse acontecido realmente, eles não teriam como saber.

Era mais sutil do que isso - a distância entre eles auxiliada pela gestão e pela própria situação.

Um dia, eles eram melhores amigos, bem mais do que isso atrás de portas fechadas, embora mesmo assim, tudo isso parece mais como uma lembrança tão distante, que Harry não tem certeza se foi real, ou se foi uma invenção de sua cabeça.

Então, no dia seguinte, eles eram estranhos; tentativas impossíveis de evitar contato em público, olhos fixos em extremidades opostas da sala. Um buraco que se abriu entre eles e foi aumentando cada vez mais, até que não se sabia onde nem como havia começado.

Havia Eleanor, que Louis tinha sido tão inflexível sobre estar apaixonado, enquanto ele ainda olhava para Harry daquele jeito e ainda segurava sua mão quando ninguém estava olhando.

E se não fosse suficiente - havia Taylor. Era como ser um cervo na estrada - Harry podia ver os faróis chegando, brilhantes e aterrorizantes, mas tudo era tão rápido e ele estava tão despreparado que não teve tempo para correr em segurança.

Harry acha que Louis sabe. Ele deve sentir seus olhos verdes fixos nele como se pudessem como mágica trazer seus olhos azuis para ele. Ele deve saber como desesperadamente Harry se apega a qualquer versão de Louis que ele pode ter - o Louis profissional com as mãos rígidas atrás de suas costas um lábio apertado e uma severidade sobre ele. Harry não consegue ver nenhum outro Louis esses dias - não o preguiçoso Louis de moletom e tênis, nem o brincalhão Louis com seu sorriso malicioso, correndo de alguém ou para alguém nos bastidores.

Ele tem sorte se receber algum reconhecimento quando as câmeras não estão rolando. Se ele tiver sorte, será uma rápida saudação quando Louis entra no estúdio, ou uma observação sobre o trabalho de alguma forma.

Os dias de falar sem parar, de rir até que ele estivesse com dor de barriga, de encontrar um jeito de ficar o mais perto possível um do outro onde quer que estivessem - esses dias já haviam passado. Até agora, Harry às vezes se vê relembrando e pensando: eu realmente tive tudo isso uma vez?

Mas se Louis sabe sobre Harry o encarando quando algumas músicas trazem memórias, ele com certeza está fazendo um ótimo trabalho fingindo. Ele passa o show inteiro evitando Harry, na verdade a turnê inteira.

Essa é definitivamente a turnê mais difícil de suas vidas, mesmo a saída de Zayn sendo anunciada apenas alguns dias atrás, a construção dessa decisão começou a meses (anos para ser honesto). Todos eles já sabiam que Zayn queria sair - estava escondido na superfície de cada show, cada entrevista, cada ensaio da banda, até que não estava mais.

Apesar de todos os sinais, eles não estava preparados para a realidade. Uma coisa é ouvir de seu companheiro de banda que ele não quer mais trabalhar com você, outra coisa completamente diferente é se apresentar na frente de milhares de pessoas sem ele.

É apenas a quarta noite com somente eles quatro e Harry já está sentindo falta dos velhos tempos.

A noite continua em uma névoa de músicas e uma multidão que quer desesperadamente mostrar seu apoio aos garotos abandonados. Harry tenta colocar seu charme habitual; dançando ao redor do palco e provocando o público. Mas tudo isso parece um pouco trabalhoso, como se ele estivesse carregando uma carga invisível em seus ombros durante todo o espetáculo.

Não é realmente a saída de Zayn que trouxe isso, no entanto. Tem mais a ver com o modo como todos os outros estão lidando com isso. Liam está determinado a continuar com o show (literalmente), Niall parece o mesmo para quem não o conhece bem o suficiente (mas Harry pode ver a mágoa desfocada em seus olhos).

E o Louis ... bem. Se Harry pensava que ele estava o ignorando antes, só piorou com a ausência de Zayn. Ele acha que Zayn era o mais próximo de Louis - agora não há ninguém para distraí-lo, ninguém para permanecer entre ele e Harry, se a ocasião surgir.

Harry está feliz por essa ser a última noite da turnê antes do intervalo. Todos eles precisam se afastar de tudo e pela primeira vez em muito tempo ele quer desesperadamente que o show termine para que ele possa fazer as malas e ir para casa.

Ele ama o que ele faz - a adrenalina correndo em suas veias, o rugido da multidão, o eco do estádio. Mas essa noite ele está tão cansado. Ele odeia ser ingrato, não depois de todas as oportunidades que lhe foram entregues ao longo dos anos, mas ele não pode negar ter ficado feliz em ter uma desculpa para escapar de tudo - mesmo que apenas por dois meses.

Normalmente, Harry ficaria um dia ou dois no final de uma turnê, estendendo a viagem para poder conhecer a perspectiva turística de qualquer país em que estão. Quando você viaja e se apresenta todas as noites como eles, não há muito tempo. Cada segundo que eles não estão no palco é o tempo gasto ensaiando ou dormindo.

E embora Harry poderia fazer o mesmo desta vez - explorar cada centímetro de Dubai e experimentar tudo o que ela tem para oferecer no espaço de 48 horas, ele se encontra passando a maior parte dos dois dias antes de seu vôo sair deitado na cama.

É como se ele estivesse em um pico de uma montanha por uma vida inteira e, de repente, é hora de voltar à Terra - e Deus, é um longo caminho para baixo.

Liam está voltando para Londres por alguns dias para ver sua família e Niall mencionou algo sobre uma partida de futebol, mas Harry não tem certeza. Ele nem se incomoda em perguntar sobre o que Louis vai fazer antes de começar a escrever o álbum em algumas semanas. Ele não quer ouvir a resposta automática, o discurso genérico sobre "divertir-se com os rapazes" em algum clube ao qual Harry nem sabe o nome.

Nenhum deles sequer mencionou Zayn pelo nome - nem um para o outro de qualquer maneira. Harry se pergunta brevemente o que seu ex-companheiro está fazendo neste exato segundo, antes de decidir que ele realmente não quer saber.

Indo para o aeroporto, Harry está no piloto automático. Ele não registra o tempo que eles passam no carro. Ele se sente exausto, tanto que é acordado quando eles chegam, tendo adormecido em algum lugar ao longo da jornada.

Até onde ele sabe, ele é o último da banda a ir para casa; desperdiçando seu tempo livre em Dubai preso em seu quarto de hotel assistindo Friends o dia todo. Niall mandou uma mensagem em algum momento checando, mas fora isso, Harry tem sido um recluso nos últimos dias.

Eles o levam direto para o asfalto do aeroporto, onde um jato particular o espera, ignorando a segurança e, o mais importante, a multidão de paparazzi que com certeza estão grandes números do lado de fora do terminal.

Ele não tem certeza de como eles sempre sabem onde ele está, mas ele está feliz por não ter que enfrentá-los hoje. Ele está a própria definição de mal vestido - um moletom cinza com capuz e jeans, óculos de sol escondendo as bolsas sob os olhos, o cabelo comprido puxado para trás em um coque bagunçado. Nada pronto para uma foto.

Há um monte de pessoas de segurança em pé, com seus coletes amarelos refletindo no sol da manhã. Um cara pega as malas de Harry para ele e outro fica sem jeito, esperando por ele na escada do avião. Harry dá um pequeno aceno de cabeça antes de subir os degraus, dois de cada vez.

E soa estúpido - clichê até - mas ele pensa por um momento que o que ele vê a seguir é uma miragem.

Porque ele deveria estar nesse avião sozinho. Porque todos ao seu redor têm tentado impedir que algo assim aconteça. Porque ele não voa sozinho com Louis Tomlinson em anos, mas ele está ali sentado bem na frente dele.

Harry hesita na porta como se tivesse acabado de entrar em algo íntimo e privado. Louis levanta os olhos do celular, espelhando o olhar de confusão de Harry. Harry puxa seus óculos de sol em seu cabelo, pensando que talvez os óculos sendo escuros enganaram seus olhos. Louis olha de volta, pairando à beira de uma saudação. São possivelmente os cinco segundos mais difíceis da vida de Harry.

"O que ele está fazendo aqui?" Harry diz em voz baixa com a aeromoça se afastando dele. Louis está longe o suficiente para que ele não possa ouvi-los. Ela faz uma pausa, olha para Louis e depois de volta para Harry com uma tranquilidade que ele nunca poderia ter no momento presente.

Deve haver algum tipo de mal-entendido, Harry conclui. Não tem como a gestão deixar isso acontecer, não quando haveriam paparazzi do outro lado deste vôo prontos para capturar cada foto incriminadora deles saindo juntos.

"Como?", ela responde educadamente, claramente não entendendo nada. Ela é apenas uma aeromoça afinal de contas. Por que ela saberia alguma coisa sobre Harry e Louis? Não que exista algo para saber sobre eles.

"Nós não estamos destinados a viajar juntos", ele diz naquele tom de voz de manhã, grosso e arrastado, tentando o seu melhor para não fazer uma cena, "Só pergunte ao nosso empresário." Ele acrescenta a última parte com menos profissionalismo e mais gelo, amargura atada em cada sílaba.

Ele não consegue se lembrar de uma época em que ele poderia ficar sozinho com Louis sem a aprovação prévia de algum empresário de terno. Ele quase quer que seja um erro - uma confusão terrível - só para ele não ter que ficar sozinho com Louis.

A comissária de bordo olha para Harry, perplexa, seus olhos se lançando entre os dois. Ela parece registrar a tensão no ar, ou talvez ela simplesmente não saiba a resposta para a pergunta de Harry - de qualquer forma, ela gesticula para ele esperar antes de sair para encontrar alguém mais no comando.

No momento em que ela se foi, Harry vagueia um pouco mais para dentro da cabine, largando a bolsa de mão na cadeira mais próxima a ele. É pequeno, mas espaçoso - com assentos confortavelmente grandes projetados para acomodar não mais do que dez pessoas.

É o mesmo que todos os jatos particulares que Harry está acostumado; só que o silêncio e o vazio são ampliados na presença de Louis.

Nenhum deles falam nada - ou porque não há nada a dizer até obterem respostas, ou porque o conceito de conversa fiada é muito desconfortável até para tentar. Quando a aeromoça volta para a cabine ela está com uma expressão confusa, os dois olhando para ela.

"Eu não tenho certeza do que aconteceu aqui. Vocês estão de acordo em compartilhar esse vôo?" Seu sotaque é mais grosso do que Harry pensou inicialmente, mas não é suficiente para distraí-lo da situação em questão.

Ele se vira para Louis, que está no processo de guardar suas coisas desajeitadamente.

"Eu posso esperar por outro vôo", Louis oferece suavemente, quebrando o silêncio entre eles. Mas antes que ele possa dizer qualquer outra coisa, Harry está sacudindo a cabeça profusamente.

"Não seja idiota", diz ele, levantando a mão descuidadamente em sinal de que Louis permaneça, fingindo hostilidade perdida em um segundo. Ele olha para a aeromoça. "Nós vamos ficar bem", ele diz a ela suavemente, esperando que ele não tenha causado nenhum problema, afinal ela está apenas tentando fazer seu trabalho. "Muito obrigado."

Então eles estão sozinhos de novo, e Harry está demorando tanto quanto pode em mexer em sua bagagem de mão para evitar conversas. Ele tem uma fração de segundo para decidir se quer sentar com Louis ou não - ele opta por um assento perto da janela do outro lado para que haja espaço, mas não longe o suficiente para parecer um gesto deliberadamente hostil.

"Isso vai acabar nos jornais amanhã", diz Louis com uma risada trêmula, conseguindo parecer relaxado e reclinado em seu assento a pouco mais de um metro dele. Ele nem precisa se explicar para Harry saber o que ele está se referindo. Os dois não são vistos sozinhos fora de arenas e entrevistas há muitos tempo.

"Você acha que o The Sun vai fazer uma matéria sobre isso?" Harry pergunta, brincando também.

Os dois não são estranhos a rumores - especialmente quando estão envolvidos neles. Devem existir cerca de mil artigos diferentes baseados em fotos deles juntos ao longo dos anos - cada um tão ridículo quanto o outro.

Bem, exceto aqueles que não eram rumores.

"Oh sim", responde Louis confiante, com aquela voz rouca e sotaque familiar, "Simon vai ficar uma fera".

Desta vez, Harry não precisou fingir, uma risada rouca escapando de seus lábios. Louis sempre tinha um jeito de fazer Harry sorrir apenas pelo tom de sua voz, com algo extra por trás daqueles olhos azuis. Ele não tem certeza porque está surpreso ao ver que isso não mudou.

No entanto, tão rapidamente quanto a risada de Harry diminui, o mesmo acontece com o momento. Eles tiveram sua pequena piada, um vislumbre de algo que costumavam ter e agora estão de volta ao silêncio.

De volta à realidade.

É como se de repente eles se lembrassem de quem são um para o outro - o que é exatamente, Harry não tem certeza. Ele não entende como eles podem passar horas juntos todos os dias, se apresentarem juntos todas as noites e quase viverem nos bolsos um do outro por meses a fio, e no final acabarem assim: estranhos.

***

Harry não sabe ficar sozinho com Louis.

A coisa toda é nauseante, para ser honesto consigo mesmo. Eles estão no ar há cerca de quatro horas e, além de um pouco de conversa fiada, eles entraram em um silêncio muito desconfortável.

Louis se senta com as pernas puxadas para perto de seu corpo, seus sapatos Adidas afundando nas capas de assento de couro muito caras. Ele está em seu celular, ou está checando sua bolsa, ou está ouvindo música.

Harry não está diferente - colocando seus óculos escuros de volta e olhando para as infinitas nuvens e as cidades pontilhadas abaixo. Ambos se ocupam incessantemente, afastando seus corpos um do outro, apenas olhando para cima quando a aeromoça entra com bebidas e alguns lanches comuns.

Só mais doze horas. Maravilhoso.

Ele usa sua imaginação por um momento, considerando como um vôo sozinho com Louis teria sido se isso acontecesse há alguns anos atrás.

O Harry dos velhos tempos não teria sido capaz de imaginar nada melhor que horas sozinho com Louis.

Eles poderiam passar todos os minutos juntos e não ficarem entediados. Eles iriam brincar de jogos diversos, provocar um ao outro, rir até as bochechas de Harry e seus músculos do estômago doerem.

E talvez ... apenas talvez, eles poderiam roubar um daqueles raros momentos entre eles que começaram a florescer a partir do momento em que eles começaram a morar juntos.

O tipo de momento que fazia o coração de Harry bater em seu peito, seus olhos se fixar em Louis, suas bochechas coradas e suas mãos entrelaçadas de uma forma que nunca poderia ser apenas amizade.

Mas isso foi antes, e isso é agora - e de alguma forma tudo é irreparavelmente diferente.

Tão estranhos que os garotos que costumavam ser melhores amigos, totalmente inseparáveis ​​desde o dia em que se conheceram - agora não conseguiam manter uma conversa por mais do que alguns minutos.

É com esse pensamento em mente que Harry pega o celular e se conecta ao wi-fi complementar do vôo e manda uma mensagem para Niall. De alguma forma, ele sente que o garoto irlandês saberá exatamente o que dizer para parar a ansiedade agitada em seu estômago.

Ele nem sabe como explicar em uma mensagem rápida - só que alguém fez besteira e agora Harry está sozinho com Louis em um vôo de dezesseis horas para Los Angeles e que faz horas que nenhum deles falou uma palavra.

Ele não quer mencionar a inundação de melancolia que ele está tendo ou a dor no peito sempre que ele olha para Louis, sentindo-se mais longe dele do que se eles estivessem em continentes diferentes.

Harry nem sabe em que fuso horário está Niall - se ele está dormindo ou se ele está jogando golfe ou algo igualmente previsível. Mas ele tem sorte quando seu telefone vibra alguns minutos depois com a resposta de Niall.

N: É sobre Tommo que estamos falando certo? Você o conhece, fala com ele!

Ele teve que se parar antes de suspirar audivelmente, mantendo a boca franzida e as sobrancelhas franzidas. Confiar em Niall para afastar a paranoia de Harry e deixá-la como nada - ele tem certeza que não conhece alguém tão positivo quanto esse garoto.

Niall nunca foi o cara mais perspicaz do mundo, mas ele sempre soube que havia algo um pouco diferente entre Harry e Louis. Se o mundo exterior poderia passar horas separando cada olhar e cada toque entre eles, os outros membros da banda teriam que ser cegos para não ver o que estava lá.

Harry nunca gostou de falar sobre isso - não antes, não agora. Então Niall sempre foi obrigado a puxar pedaços, basear tudo em pensamentos e suposições. Mas mesmo com a compreensão limitada de Niall da situação atual, ele tem razão, Harry pensa. Ele gostaria muito de ser tão otimista em relação a Louis.

H: Não é tão simples, Niall.

Harry franze a testa para sua própria resposta antes de enfiar o celular no bolso a tempo de encontrar os olhos da comissária de bordo que está caminhando em direção a ele com uma bandeja de comida.

É o almoço ou jantar em algum lugar do mundo, ele supõe, embora o céu lá fora seja um brilho matinal perpétuo. Tudo o que ele pode ver é o sol cintilando através de nuvens infinitas, lacunas de terra azul e poeirenta a quilômetros de distância.

Ele meio que queria que estivesse escuro para poder fingir que iria dormir e ignorar o problema.

Seu celular toca no bolso de trás. Niall respondeu, mas Harry está escolhendo ignorar qualquer sábio conselho que esteja esperando por ele em sua caixa de entrada.

Em vez disso, ele franze a testa para o menu que a loira lhe entregou, notando com um vislumbre de seus cílios que Louis está fazendo o mesmo. Tudo é insanamente decadente e Harry não precisa ser uma estrela pop para saber que há um preço alto associado ao menor dos canapés; mas ele é uma estrela pop, então o preço está todo incluído em seu pacote pop star, é claro. Ele terá que fazer outra de suas malditas limpeza de saúde quando chegar em casa, no entanto, ele decide pedir o mais rico e saboroso café da manhã do cardápio.

N: Harry !!! Fala com ele!

Harry nem se incomoda em responder a mensagem de Niall, largando o celular no assento ao lado dele e olhando pela janela. Não demora muito para que a comida seja trazida, a cabine preenchida com um aroma de dar água na boca.

Tanto Louis quanto Harry são forçados, sem palavras, a reconhecer a presença um do outro enquanto a aeromoça assiste a cada um deles. Eles fazem contato visual brevemente, Harry tendo há muito tempo colocado seus óculos de sol em sua bolsa, mas é uma conexão tão caseira que mal conta. O prato é luxuoso demais para comida de avião, embora ele tenha experimentado a extravagância de vôos privados um milhão de vezes. Tem o mesmo gosto que parece.

"Chique heim?", Observa Louis depois de alguns minutos do par comendo em silêncio. Ele olha para o companheiro, a piada perdida por quase um segundo. Ele percebe, registrando o sorriso brincalhão de um sorriso nos lábios de Louis. Engraçado. Ele sorri o melhor que pode com a boca cheia de torrada, balançando a cabeça em concordância. O fantasma de um sorriso se transforma em um rosto real no rosto de Louis e ele abaixa a cabeça para baixo e longe do olhar de Harry. "O que você pediu?"

Harry termina de mastigar, engole e lambe os lábios.

"Ovos Beneditinos." Ele responde, limpando a boca com o guardanapo e só então virando a cabeça para enfrentar Louis.

Louis assente devagar em aprovação.

"Bom", afirma ele. A curiosidade leva a melhor sobre ele e os olhos de Harry caem para o prato de Louis. "Inglês completo", explica Louis em resposta.

Harry pensou que seu café da manhã estava pesado, até que ele deu uma olhada mais de perto em Louis e viu seu prato cheio de salsichas, bacon, batatas fritas, ovo com o que parece ser um lado de cogumelos e tomate.

Tudo o que ele faz é levantar as sobrancelhas comicamente, acenar um pouco e voltar a atenção para sua própria refeição, passando a faca pela torrada, a gema escorrendo por toda parte.

"Hey", exclama Louis, percebendo o olhar sutilmente crítico no rosto de Harry. "Não julgue um livro pela capa".

"Eu não disse nada." Harry sorri um pouco, mastigando silenciosamente.

Ambos comem em silêncio, embora desta vez não pareça tão desconfortável quanto antes. E quando os pratos vazios são levados embora e ambos os garotos recusam qualquer bebida, Harry sente que este é o momento.

Se ele não disser nada agora, eles vão passar por uma quietude inquebrável. Ele pensa na mensagem de Niall: fala com ele.

Ele pensa muito sobre isso. É apenas uma viagem de avião, ele pensa. Se eles não conseguirem passar por uma viagem de avião, será que existe alguma forma de as coisas voltarem a ser como eram antes? Ele definitivamente não quer sair do avião sabendo que a última esperança de que qualquer coisa possa ser normal entre eles novamente ficou a cem mil metros no céu, evaporado no ar rarefeito pela altitude.

Parece que Louis teve o mesmo pensamento - ou talvez ele não tenha pensado tão profundamente como Harry pensou, ou talvez ele não sinta falta da proximidade entre eles - mas independente disso, ele resolve falar na mesma hora que ele ia falar. Eles olham um para o outro, perplexos, cortado qualquer coisa que iam falar.

"Pode falar." Harry diz, um sorriso hesitante e desajeitado em seus lábios.

"Só ia dizer que é um longo vôo, não é?", diz Louis e é dolorosamente óbvio em suas palavras e expressão que ele também está desesperadamente tentando fazer uma conversa acontecer.

Harry sabe disso porque mesmo depois de tantos anos afastados ele ainda conhece Louis muito melhor do que conhece a si mesmo.

Ambos já estiveram em vôos longos, alguns mais longos do que este, então esse é um comentário bem desnecessário. Mas Harry sabe o que Louis está tentando fazer e ele quer o mesmo.

"Sim, eu acho." responde Harry. Ele pode ver a conversa terminando ali, desconfortavelmente, a menos que ele faça o que Niall lhe aconselhou. Ele tem que limpar a garganta antes de falar novamente. "Você quer jogar Scrabble, ou algo assim?" Ele pergunta ao mesmo tempo amaldiçoando seu coração por estar batendo tão rápido. Ele sabe o quão aleatória é a sua pergunta então ele espera que Louis não tenha percebido o leve tremor em suas palavras. "Não tem muita coisa para se fazer em aviões, então eu..."

"Sim. Parece legal."

Harry sente seu estômago pular com a rápida confirmação de Louis e ele tem certeza que um olhar de surpresa passou por seu rosto antes de um sorriso agradável. Ele não perde tempo antes de se levantar e puxar a mala de mão e abrindo-a. A caixa de Scrabble estã no topo, ele a coloca na mesa antes de guardar a mala novamente.

"Não consigo acreditar que você traz Scrabble com você na turnê," Louis diz enquanto se aproxima, mexendo no cabelo antes de se encolher no banco em frente a Harry, aquele sorriso pequeno nos lábios, "De todas as coisas!"

Harry ri com vontade, sentando-se no banco para tirar o tabuleiro de Scrabble da caixa.

"Você sabe como jogar?" ele pergunta, não encontrando os olhos de Louis, concentrado demais para configurar o jogo. Ele tirou as peças da mochila e as colocou na tampa da caixa, certificando-se de que nenhuma das letras esteam viradas para cima.

Louis zomba, arrastando um pouco seu banco para que ele também esteja inclinado para mais perto da mesa.

"Claro", ele diz confiante, como se a dúvida na mente de Harry fosse um insulto para ele. Harry quase esqueceu o quão competitivo Louis pode ser.

"Okay," Harry sorri, cedendo antes mesmo de Louis começar a fazer o que quer que ele fosse fazer, "Você pode ir primeiro então." Ele diz de uma forma bem calma e educada, mas se Louis lembra como é ser provocado por Harry, ele deve ter entendido bem.

Harry acha que ele lembra, porque Louis ergue um pouco as sombrancelhas e sorri de lado com a mão no queixo.

"Me dê um minuto," ele responde, ainda no processo de pegar seus sete ladrilhos e alinhá-los corretamente.

Harry apenas sorri para si mesmo, não conseguindo encondê-lo atrás da mão enquanto apoia o cotovelo na coxa. Ele espera por Louis fazer o seu primeiro movimento "BARNS", um movimento sólido que lhe dá onze pontos. Talvez ele realmente saiba como jogar.

Louis sabe que impressionou Harry sem mesmo ter que ver a surpresa parcialmente escondida no rosto do cacheado. Ele apenas se inclina para trás, cruza os braços e observa Harry franzir a testa para os ladrilhos. Ele pondera suas ações por muito mais tempo do que ele precisava, esperando que talvez algo melhor chegasse até ele. Quando percebeu que nada aconteceria, ele soletra "NEST", efetivamente concedendo a ele cinco pontos.

Surpreendentemente, Louis não se vangloria pelo fato de Harry ter feito apenas cinco pontos. Ele se inclina para frente, analisa suas peças antes de soletrar "SHARE", usando o 'S' da palavra "NEST" que Harry encontrou, atingindo dez pontos.

Harry solta um suspiro descontente, ignorando o olhar presunçoso no rosto de Louis. Ele tem certeza de que os dois devem parecer ridículos - Louis, relaxado e sorrindo confiantemente enquanto Harry se senta para a frente, linhas profundas, testa franzida, um olhar sério de concentração em seu rosto.

Finalmente ele consegue encontrar uma boa, ou pelo menos o que ele pode gerenciar com suas opções limitadas. Ele tenta esconder o sorriso infantil, franzindo um pouco o nariz enquanto soletra "ROOT".

O humor não é perdido em Louis, que levanta as sobrancelhas e olha para Harry com o que só pode ser descrito como um falso terror.

"Cuidado, mantenha o jogo limpo."

"Eu não sei do que você está falando." Harry responde calmamente, sorrindo suavemente e administrando pela primeira vez em vários minutos olhar diretamente nos olhos de Louis.

É difícil, ele percebe, tão difícil. Porque uma vez ele poderia passar horas e horas apenas admirando Louis.

Mas ele foi treinado e pressionado a reprimir todos os seus instintos enquanto ele puder se lembrar. Ter esse momento com Louis, não importa o quão pequeno e insignificante, para Harry é muito importante.

Ele limpa a garganta, querendo não corar ou sorrir como um idiota ao olhar para o lindo olhar cético de Louis.

"Pare de tentar causar problemas e apenas tome a sua vez, ok?", Ele exige, embora seja totalmente leve e brincalhão. Ele está deliberadamente ignorando as insinuações sexuais de Louis, olhando pela janela para impedir que o sorriso se espalhe pelo rosto dele.

"Ok, ok." Murmura Louis em voz baixa, provocante, as sobrancelhas levantadas quando ele pega um dos ladrilhos. Harry observa Louis colocar um "V", um "I", um "B" e um "E". Mas é quando Louis acrescenta um "Y" no final que uma risada incrédula escapa dos lábios de Harry.

Louis olha para ele, perplexo.

"O que?"

"Não é uma palavra." Harry diz claramente, dando de ombros despreocupadamente.

"O que você quer dizer com não é uma palavra?" E o tom sinceramente afrontado na voz de Louis faz Harry rir de novo, abrindo os braços e inclinando-se para frente.

"Vibey." Ele aponta desnecessariamente para a palavra de Louis, "Não é uma palavra."

Louis zomba e Harry pode ver a determinação escrita em todo o seu rosto para provar que Harry está errado.

"Você está brincando comigo, certo?" Ele pergunta antes de soletrar em voz alta, como se isso estivesse desmentindo a afirmação de Harry. Harry sacode a cabeça confuso. "Vibey! Eu estava no clube e os caras estavam muito vibey! Tinha uma boa vibe lá. É uma palavra!"

"Não está no dicionário, Louis." Harry diz isso em uma espécie de tom exausto, já sabendo que Louis não vai desistir até que ele admita a derrota.

"Ah, e suponho que você leu um dicionário inteiro ultimamente, não é?"

"Não mas..." Harry começa, pacientemente reprimindo um sorriso no rosto. É tão fácil com Louis, mesmo depois de tudo. Isso faz com que ele se sinta feliz, mas a nitidez da realidade o atinge. Será possível continuar assim mesmo quando o vôo acabar?

E ele olha para Louis, o cabelo bagunçado, os olhos maliciosos e aquele olhar competitivo e determinado, nesse momento ele sabe que vai deixar que ele tenha qualquer coisa que ele quiser.

Harry solta um suspiro exasperado, revira os olhos melodramaticamente e afunda na cadeira.

"Vá em frente, tudo bem", diz ele com relutância, acenando com a mão em um gesto vago em direção ao tabuleiro de Scrabble, "Vibey é uma palavra."

Louis ri com uma gargalhada triunfante, seguido por um sorriso francamente presunçoso e de lado.

Harry ainda está sorrindo para Louis quando o celular dele vibra ao lado dele, a tela se acende. Ele agarra rapidamente, esperando que ele não pareça frenético - mas ele não pode arriscar que Louis veja qualquer coisa que Niall tenha enviado.

N: Novidades?

Harry podia sentir os olhos de Louis sobre ele, aquela curiosidade casual evidente enquanto ele finge que está apenas esperando pela vez de Harry.

Harry tenta manter seu rosto composto, não deixando transparecer nada. Ele praticamente pode ouvir a demanda de Niall pelo celular, determinado como sempre é quando tem esperanças de algum tipo de trégua entre eles.

Mas nunca houve uma guerra, na verdade, e Harry não sabia dizer se esse jogo, essas risadas, e esses olhares eram o suficiente.

Ainda assim, já é alguma coisa, certo?

Ele não se incomoda em responder com palavras, apenas tira uma foto do tabuleiro de Scrabble e envia para Niall.

Ele diz para sim mesmo que a foto é só para Niall, mas ele não pode mentir para si mesmo.

Ele não vai esperar por uma resposta de Niall, ele não quer perder nem mesmo um minuto desse tempo com Louis, mesmo que o vôo ainda tenha mais dez horas e meia sobrando.

***

O jogo acaba depois de uma hora, Louis ganhando e aproveitando ao máximo sua glória para se vangloriar, enquanto Harry cruza os braços e tenta não pensar em como ele é absolutamente adorável.

Ele murmura algo do tipo "não precisa ficar esfregando na cara", mas Louis o ignora. De alguma forma eles quebraram o gelo, seja para o bem ou não, é difícil dizer.

É tão fácil com Louis, tão fácil cair no riso e na proximidade entre eles.

Ainda assim não é suficiente para reescrever os últimos três anos.

Depois que eles jogam Scrabble, eles ficam em suas cadeiras, conversando sobre a turnê e delicadamente evitando a palavra com "Z". Harry não acha que eles estão prontos para isso - especialmente não um com o outro.

Em vez disso, eles conseguem manter a conversa limpa falando sobre o que eles planejam fazer no intervalo entre escrever as músicas e gravá-las.

Quando a aeromoça os oferecem uma bebida, os dois se entregam às bebidas alcoólicas mais clássicas que podem ter em um avião. Mas ambos parecem estar bem cientes da presença um do outro e uma vez que suas taças estão limpas eles não pedem por mais. De jeito nenhum, Harry pretende ficar bêbado, ainda mais sozinho com Louis em um avião pela primeira vez em anos.

Em algum momento, ao longo do caminho, Harry está mostando algo para Louis em seu celular, esperando que uma mensagem de Niall não apareça na tela. A última coisa que ele precisa é que Louis veja alguma mensagem incriminadora.

Louis exige que Harry vá mais para o lado, fazendo Harry tirar a mochila do banco ao lado dela para que Louis não tenha que esticar o pescoço para ver o celular.

Então agora eles estão sentados lado a lado, cabeças próximas uma da outra, olhando qualquer vídeo ou artigo - isso não importa agora, nem mesmo é a parte que Harry vai se lembrar nos próximos dias. Só que Louis está tão perto dele.

Eles ficam assim por um tempo - sentados um ao lado do outro; perto, mas não muito, compartilhando piadas e olhando através dos feeds do Twitter uns dos outros. Louis faz alguns comentários sarcásticos sobre os tweets líricos enigmáticos de Harry, aos quais Harry finge estar ofendido.

Não é até o piloto anunciar que eles estão prestes a sobrevoar a Suécia que eles se dão conta de quanto tempo realmente passou. A aeromoça volta um pouco depois e fecha todas as persianas das janelas. Ainda está claro lá fora, eles estão voando contra um pôr-do-sol; um brilho eterno que uma vez fechado, faz Harry perceber o quão cansado ele realmente está.

Ele poderia facilmente se mover para uma das poltronas reclináveis, colocar seus fones de ouvido e dormir - mas ele não quer parar de falar com Louis, mesmo que seu cérebro esteja começando a ficar um pouco confuso e seu corpo pareça mais pesado do que o normal.

Pelo que parece, Louis está bem acordado. Harry se reajusta um pouco, recostando-se no banco e cruzando os braços enquanto escuta o que seu companheiro está dizendo. Ele não percebe que está adormecendo até voltar à voz de Louis, tentando desesperadamente se concentrar nas ondas de sonolência.

"Você não pode estar cansado já", Louis afirma com uma espécie de julgamento em seu tom, olhando para Harry cuja cabeça está inclinada contra o assento almofadado, "O vôo não está nem na metade, bela adormecida."

"Não," Harry murmura de volta, os olhos fechados e sem pretensão de tentar parecer alerta, "Apenas descansando os olhos." Ele mente, e quando ouve Louis gargalhar, ele sorri sonolento.

Ele se pergunta se Louis está pensando em todas aquelas noites em que moraram juntos, na frente de seus Xboxes ou assistindo algum filme na TV, Harry lutando contra o sono só por ele. Ele se pergunta se Louis sabe exatamente o que ele está fazendo agora.

Louis faz outro comentário provocativo, mas Harry já está tão longe que ele não percebe isso. Ele não vai se lembrar dos momentos antes de dormir, não vai saber que sua cabeça caiu para esquerda, não vai saber que Louis deixou que ele dormisse em seu ombro.

O que ele se lembra é de acordar várias horas depois, com o assento ao lado vazio - Louis sentado em sua cadeira no avião, com os fones de ouvido e os olhos fechados - e de repente eles estão de volta a quilômetros de distância.

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• Lairport (embora tenha acontecido no início daquele ano do que na linha do tempo da fanfic)

https://twitter.com/larry_evidences/status/681964157646802946


• Vibey Scrabble (rumores de que tenha sido jogado com Louis)

https://www.instagram.com/p/3HxETRjCfg/?hl=en

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