Dream Girl [COMPLETO]

By Helenayaraaraujo6

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Depois de anos lutando para conseguir realizar seu sonho de ser uma cantora reconhecida, Daniela Keisting se... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Bônus Taylor Harper
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus Taylor Harper
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 36

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By Helenayaraaraujo6

Você não tem que dançar tão triste

Você não tem que dizer que aceita

Quando, baby, você não aceita

Talvez se você quiser ir para casa

Diga-me se eu estou de volta por conta própria

Devolvendo um coração que está em empréstimo

Apenas me diga se você quer ir para casa

(Tell me if you wanna go home - Keira Knightley)

   Havia chegado o dia do festival. E estava tudo incrível, do jeito que imaginamos! Havíamos montado um grande palco que ficava no centro do grande campo aonde aconteceria, e em volta foram organizados stands e barraquinhas com culinária e moda de pequenas e médias empresas de Tulsa e algumas de Oklahoma, além de alguns brinquedos para que os pais pudessem levar seus filhos. O dia estava perfeito, o clima agradável e o sol brilhando no céu. Chegamos cedo ao local, para checar mais uma vez se estava tudo nos conformes e para darmos as últimas coordenadas à equipe. O evento começou e para nossa surpresa, em pouco tempo tínhamos já um grande público. Conversamos com os artistas que iriam se apresentar, trocamos algumas palavras, com a ajuda de uma das responsáveis pelo cronograma repassamos mais uma vez qual seria a ordem das apresentações.

     Sabendo que tudo estava correndo da maneira como planejamos, pudemos desencanar um pouco. Fomos conversar com alguns comerciantes, saber o que as pessoas estavam achando do evento e se precisavam de alguma coisa. Neste meio tempo, encontramos Lucy com Anne e Stevie. Era a primeira vez que eu a via com o namorado. Ele era médico, e por isso trabalhava muito. Anne e eu, para a minha total surpresa, nos dávamos muito bem, nunca pensei que me tornaria próxima da ex do meu atual, mas eu tinha que concordar com Taylor: ela era realmente uma boa pessoa.

    Convidei alguns produtores conhecidos meus, para que pudessem assistir aos shows, dois tinham conseguido ir e eu esperava, do fundo do meu coração, que eles gostassem dos cantores que iriam se apresentar e quem sabe, dessem oportunidade para que eles pudessem mostrar o seu trabalho. Depois de conversar com mais algumas pessoas, e vendo nossa equipe trabalhando arduamente para que nada desse errado, fomos para a plateia assistir ao show. Taylor tinha o sorriso mais orgulhoso que eu já tinha visto. Havia chegado tenso, mas ao ver todo mundo se divertindo, sua expressão se suavizou. Segurando minha cintura, balançávamos de um lado para o outro no ritmo da música.

- Eu não disse que tudo daria mais que certo? - perguntei me virando para ele, ao pé de seu ouvido , com os braços em volta de seu pescoço.

- Obrigado, baby. - era apenas uma palavra, mas sentia seu coração e sua expressão cheia de gratidão. Me puxou para mais perto enquanto tocava meus lábios com toda sua ternura.

    Já era noite quando o festival terminou com uma bela queima de fogos fazendo todos se juntarem para assistir. Taylor foi chamado ao palco como organizador do evento, fez um pequeno e belo discurso sobre o tamanho do amor de seu pai por aquela cidade e como o festival havia trazido bons frutos para Tulsa em seus quase 15 anos. Taylor se emocionou ao falar dele, e sobre a importância da cidade valorizar seus artistas locais, e também sobre reconhecer o imenso talento tanto musical, quanto para outras áreas que as pessoas de Tulsa tinham. E por fim, para minha surpresa ele me chamou ao palco.

- Eu gostaria de agradecer especialmente à Danny, porque sem ela o evento deste ano não teria acontecido. Agradecer sua doação integral para que o Tulsa Fest fosse o sucesso que foi. - disse olhando para mim no palco sendo assistido por milhares de pessoas. - Somos gratos por todo o seu amor e orgulho que você tem por esta cidade. E acho que posso dizer, em nome de todos aqui, que Tulsa tem muito orgulho de você. De você ser uma de nós. - todos aplaudiram enquanto Taylor me dava um abraço apertado e eu chorava igual uma uma criança tamanha a emoção de estar ali, vivendo aquele momento na cidade que eu tanto amava.

    Cheguei a Los Angeles perto da hora da audiência, Taylor insistiu em me acompanhar, não queria que Gerry chegasse perto de mim, mas além de eu dizer que não seria necessário, pois estaria com seguranças, Taylor precisava lidar com toda a mídia que o evento gerou. Jornais e revistas locais e até de outros estados cobriram o festival e queriam uma entrevista com o organizador do evento tão bem sucedido. Thompson me acompanharia até a sala de audiência, então eu seguiria com James, meu advogado. Apesar da alegria com o êxito do festival, eu não conseguia parar de pensar, que a primeira audiência do Gerry contra mim aconteceria, e que eu não havia tomado nenhuma atitude sobre o que ele tinha feito comigo. Passei a noite inteira pensando naquilo: me sentia não apenas calando à mim, mas calando todas as mulheres que em algum momento de sua vida, vivenciaram algum tipo de assédio. Em com a visibilidade que tinha, sabia que seria ouvida, e que traria à mídia uma dor que todas nós vivemos diariamente, e que as pessoas passaram a ver como algo natural, e os homens a verem aquilo como algo de que tinham direito a fazer.

    Como já esperava, havia repórteres do lado de fora, querendo alguma declaração minha. E perguntada sobre a acusação de Gerry me limitei a dizer:

"- Não somente soa absurdo, como de fato é." - E entrei.

    Assim que encontrei com James, expliquei por alto que tinha me arrependido de minha decisão, e que queria abrir o processo contra Gerry, e poder falar a respeito. Ele respondeu que estávamos atrasados, mas que falaríamos sobre ao final da audiência.

    Encontrei Gerry no corredor e senti meu estômago embrulhar. Não só pelo que ele tinha feito, mas ainda tentar sair como o mocinho da história, me colocando de vilã! Tamanha era a minha repulsa por aquele homem. Passei direto por ele, que tentou mais uma vez falar comigo.

- Danny, me deixa falar com você, por favor. Quero poder resolver isso, sem precisar de justiça, só nós dois. Eu agi tomado pela raiva e... - ao ver Thompson, Gerry deu um passo para trás, eu o ignorei completamente.

    Qualquer que fosse o motivo que o levou a levantar àquela mentira contra mim, já estava feito.  Ao entrar na sala, me sentei ao lado de James. E preciso confessar que eu não entendo nada do linguajar jurídico, e para ser mais sincera ainda, não estava prestando a menor atenção no que estava sendo dito. Tinha minha mente em outro lugar, não conseguia parar de pensar como eu iria à público para falar sobre o que eu tinha vivido. Era um misto de sensações. Sentia que era algo que eu deveria fazer, e ao mesmo tempo pensando no tamanho de repercussão que isso traria, e eu precisando ficar revivendo aquele momento que eu já tinha conseguido deixar para trás. Além de voltar a ser assunto nos tabloides, quando eu na verdade queria o oposto: queria ser esquecida, ficar na minha  e seguir com meus projetos. Meus pensamentos foram interrompidos pela atitude inesperada de Gerry que se levantou bruscamente da cadeira e disse de uma só vez:

- A Danny nunca me assediou! Eu inventei tudo! Inventei porque queria que ela sofresse e... - o advogado de Gerry o interrompeu.

- Meu cliente não sabe o que... -foi a vez de Gerry o interromper.

- Eu sei muito bem o que estou dizendo. Ela nunca me assediou, pelo contrário. Fui eu que sempre fiquei atrás dela, tentando de todas as formas que ela visse o como eu sou louco por ela! - ele virou para mim com os olhos cheios de lágrimas. E se não era invenção da minha cabeça, acho que vi remorso também. - Eu só queria que você enxergasse que ninguém nesse mundo se preocupa e te ama mais do que eu. Mas você não conseguia ver! Eu sei que passei de todos os limites... - soltou um choro angustiado entre soluços.

    Ninguém se atreveu a dizer uma só palavra, até porque parecia que ele não tinha terminado. Eu só consegui olhar para ele perplexa por estar falando tudo aquilo na frente do juiz, que parecia tão surpreso quanto eu. James exibia um sorriso triunfante contido e o advogado de Gerry estava tão vermelho de raiva que parecia querer explodir.

- E pela primeira vez em muito tempo eu estou sendo sensato. Deixei meus sentimentos me levarem a fazer coisas terríveis, que eu não me orgulho nem um pouco. - disse olhando diretamente para mim e em seguida abaixando o olhar.

Eu presenciava aquilo de boca aberta, sem saber o que pensar. Nunca esperaria aquela atitude dele.

- Sr. Thomas... - o Juiz tentou dizer, mas Gerry com a mão deu a entender que ainda não tinha terminado.

- Mas quanto ao que eu fiz, eu não posso mudar. Posso fazer a diferença agora. E sei que não conseguiria ser ouvido por você, se não fosse aqui, em que você é obrigada a ouvir. Só quero te dizer Danny, que eu sinto muito por tudo o que eu fiz. E que não vou mais ficar no seu caminho, que haja a rescisão do contrato, eu só não posso mais é ver você me odiando. Por favor, me perdoe. - disse limpando o nariz enquanto enxugava algumas lágrimas.

    Ninguém na sala sabia o que dizer. Muito menos eu. Não fazia a menor ideia do que falar. No ímpeto, me levantei, olhei em seus olhos e disse: "Obrigada por ser honesto pela primeira vez. E eu perdoo você. Mas tomarei as medidas necessárias, para que homens como você não achem que podem fazer o que quiser e depois simplesmente virem chorando arrependidos achando que tudo está resolvido." Gerry ameaçou retrucar, mas seu advogado o puxou pelo braço grosseiramente para que sentasse e mantivesse a boca calada. Até eu que era uma leiga ali sabia que se eu queria abrir um processo contra Gerry, ele tinha se comprometido ali diante de todos com suas declarações, e logicamente usaríamos aquilo.

    Flávia ficou tão perplexa quanto eu quando lhe contei o que havia acontecido na audiência. Depois de todas as atitudes de Gerry, era difícil de acreditar que ele agiria daquela forma. Conversei com ela que já havia tratado com James e abriríamos um processo contra ele por assédio e tentativa de estupro. E Flávia, como eu já esperava, me deu todo o apoio.  Mas me alertou sobre a repercussão que isso traria, pois sabia que eu queria sair dos holofotes.

- Eu sei disso, Flá. Mas é um preço que eu vou ter que pagar. Eu não posso jogar fora esse poder nas minhas mãos. Não é justo. E sei que se eu não fizer isso, não poderei me perdoar.

    Agora que eu sabia que o caso de Gerry não seria esquecido e que James trataria de todos os trâmites, eu me permiti relaxar. Senti que havia feito a coisa certa, e podia ficar em paz. O que me permitiu usar minha mente para trabalhar em outras coisas.

    No dia seguinte, pela manhã, Flávia me viu passar horas diante de um computador e só de olhar para mim, ela já sabia:

- O que a senhorita está tramando? - perguntou se sentando ao meu lado no escritório.

- De ontem para hoje minha cabeça não para de ter ideias! - estava tão elétrica que tinha dificuldade em conseguir explicar tudo, mas não conseguia parar de sorrir. - O Tulsa Fest me fez ter contato com muitos artistas iniciantes, que precisam de uma força, de alguém que acredite em seu potencial, assim como eu tive. E eles são muito talentosos, Flá. Não tem nada certo, as coisas ainda estão na minha cabeça e eu ainda preciso conversar com o Taylor a respeito, porque quero muito que ele esteja comigo nessa, e você também!

- Fala logo o que é, mulher! Sabe como eu adoro quando você enrola... - rimos juntas da falta de paciência de Flávia.

- É um projeto de uma gravadora.

- Uau, isso é grande.

- Uma gravadora com selo independente com recursos o suficiente para ajudar  artistas de Tulsa que estão começando. Muitos sem dinheiro, sem apoio. A gravadora os ajudaria com a gravação de demos, eps, até mesmo discos. E através dela entraríamos em contatos com produtoras.

- Do tipo filantrópica?

- Mais ou menos... - respondi ainda formulando a ideia na minha mente. - Os artistas que pudessem pagar, pagariam, talvez um valor menor, mas os que não pudessem não deixariam de gravar por falta de grana. Sei que preciso conversar com meu contador, pra saber questões de valor, e o quanto custaria manter um trabalho destes, isso não seria problema, você sabe disso. Tenho tanto dinheiro que eu nem sei como gastar. - suspirei.

    Não que eu estivesse reclamando de ser rica. Ok, milionária. Mas a verdade era que, nunca entendi porque uma pessoa precisa de tanto dinheiro. Claro, sabia que eu tinha um custo de vida muito alto, que eu havia batalhado muito para que pudesse desfrutar de bons apartamentos, casas, restaurantes, jatinhos e tudo o mais que o meu dinheiro podia comprar. Mas nunca fui fã de extravagâncias, e por mais trabalhos sociais que eu fizesse, sempre me sentia, podia dizer até um pouco culpada por ter tanto dinheiro quanto a maioria da população mundial não tinha. Não era questão de hipocrisia, mas você saber de pessoas que batalham tanto para alcançar seu sonho, enquanto você tem milhões parados em contas de banco, sem a menor ideia de como gastar. Volta e meia pensava naquilo, mas depois do festival, de estar tão perto de pessoas com sonhos muito parecidos com o que eu tive, acendeu aquela centelha em mim.

- É minha chance de poder fazer algo útil com toda essa grana. - sorria ansiosa para reação de Flávia que pensou antes de falar.

- Eu acho uma ideia sensacional. Mas se você quer ajudar os artistas locais de Tulsa, essa gravadora então ficaria em Tulsa, certo?

- Certo... - respondi me dando conta de que ainda não havia pensado naquilo.

- E, te conhecendo como eu conheço, você vai querer estar à frente deste projeto, estando perto, vendo crescer do jeito que imaginou...

- Sim...

- Então no caso você ficaria em Tulsa. - constatou Flávia adivinhando que meu planos até então não tinham ido tão longe ainda.

- Ainda não tinha pensado sobre isso.

- Você quer morar em Tulsa, Danny? - Flávia me perguntou direta e séria.

    Não sabia responder àquela pergunta. Digo, não havia parado para pensar naquela pergunta. Nas últimas semanas eu tinha vivido tanta coisa, experimentado tantas sensações, boas e ruins, que me permiti viver apenas o presente, sem fazer planos, como sempre fiz. Sabia que queria estar com Taylor, e que daríamos um jeito do nosso relacionamento funcionar, mas na verdade não sabia como. Ficando mesmo juntos, como seria nosso relacionamento, eu morando em Los Angeles e ele em Tulsa.

    E a ideia da gravadora: Sei que poderia ter um projeto assim em Los Angeles, mas eram os artistas de Tulsa que eu queria ajudar, me sentia conectada à eles em níveis que nem podia mensurar naquele momento. E queria que Taylor fizesse parte daquele projeto comigo, pois sabia que ele se sentia da mesma forma que eu, com a imensa vontade de fazer a diferença. Mais do que nunca, aquela cidade chamava por mim. Foi então que a pergunta da Flávia fez com que eu finalmente soubesse. Eu queria morar em Tulsa.

Olá gente!

Lá vou eu me desculpar mais uma vez por sumir. Me perdoem, mas é que a vida anda mega corrida e eu queria poder mudar algumas coisas na história e acabava que não tinha tempo para mexer e consequentemente, não tinha como postar.

Vocês são lindas em mesmo estando em falta com vocês, virem aqui para deixarem recados fofos. Tenham certeza: Isso me incentiva e muito a mesmo com tudo, chegar exausta e cada dia escrever pelo menos um pouquinho.

E como pedido de desculpas, um capítulo maior do que eu costumo postar! Yey!

Por favor, não deixem de dizer o que estão achando... Nossa Danny é tão corajosa! Como eu tenho orgulho dela! <3

Tentarei muito poder voltar a postar toda semana, mas se por acaso eu não conseguir, tenham certeza que assim que eu tiver um respiro, eu volto correndo. Não irei abandonar nossa Dream Girl, logo agora que as coisas finalmente estão começando a dar certo para Danny e Tay.
Vocês são demais, obrigada por tudo!

Beijos, beijos!💋

Helena Yara Araujo

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