VOCÊS ACHARAM QUE EU NÃO IA ATUALIZAR, NÉ? ahahahaha
saí do bloqueio! amém!!!
já tô no capítulo 35 e queria ter alguns de reserva, por isso demorei!
perdões!
mas me digam, o que estão achando???
gosto de feedbacks, reações, amorzinho ou raiva!
POR FAVOR!!!
indiquem p amigas, p colegas de faculdade/escola VAIIII
me dá essa força aí <3
brigada, xuxus <3 divirtam-se <3
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Thalia's POV
Acordei com uma dor de cabeça do cão, nada comparada às ressacas que já senti, mas ainda assim um saco.
Revirei os olhos incomodada e olhei em volta.
Todos ainda dormiam.
Todos, menos Dougie.
Meu coração pesou e eu me sentei no sofá ainda massageando as têmporas, mas pegando o celular sem conseguir me conter.
Abaixei a luz da tela para o mínimo e abri a conversa de Dougie, apenas para notar uma mensagem sua ali, com o horário de apenas 40 minutos mais cedo.
Ainda eram 8am, o que diabos tinha feito ele se levantar e ir embora tão cedo afinal?
"Precisei sair e não tive coragem de te acordar, mais tarde nos vemos. Beijos x"
Meu coração chegou a doer com sua mensagem e eu sorri feito boba, mas logo depois balancei a cabeça tentando parar de me iludir.
"Okay" foi tudo o que respondi.
Quando pensei em ir acordar o pessoal, tanto o meu celular quanto o de todas as outras pessoas na sala apitou com uma mensagem.
Provavelmente era a mesma, visto que uma coincidência assim seria bizarra demais.
"Ensaio fotográfico para TODOS hoje, o último de todos juntos, às 5pm, no Estúdio do David. Tem cabeleireiro marcado para as garotas no The Fashion Saloon, vejo vocês mais tarde! X" Fletch havia mandado no grupo que tínhamos.
Tá vendo, Thalia, sua iludida? Ele disse mais tarde porque recebeu a mensagem de Fletch mais cedo!
Só podia!
Não era nada pessoal.
Ai, que ódio de mim mesma.
- Garota, você tá me dando medo. O que tá fazendo parada aí olhando para o nada? – ouvi a voz de Jullya dizer baixo e a olhei, sorrindo fraco.
- Nada – balancei a cabeça em negativa para tirar os pensamentos de "como você é burra" e "como você é iludida" da mente. – Bom dia. Quer café? Vou preparar – falei e me levantei, indo para a cozinha, sem esperar por uma resposta.
Cerca de meia hora depois, todos estavam sentados no balcão da cozinha comendo torradas com geleia ou qualquer outra coisa e tomando café ou suco completamente em silêncio.
Realmente, a porcaria da bebida do Danny derrubou a todos sem exceções; inclusive a ele mesmo.
Normalmente ele era um dos únicos que acordava animadíssimo e disposto, mas até ele tinha reclamado de dor de cabeça e estava com os olhos quase fechados.
Ri de sua expressão e resolvi olhar em volta, sendo uma péssima decisão; como sempre.
Jullya me encarava daquele jeito que dizia "eu sei que você não tá bem" e eu sorri para ela e lhe mandei um beijinho de brincadeira.
Não que eu estivesse exatamente naquele estado de espírito, mas quem nunca fingiu uma falsa animação, não é mesmo?
- Quem mais recebeu a mensagem? – a interrupção de Amanda veio em ótima hora, me fazendo olhar para ela, que encarava o celular.
- Do Fletch? Eu recebi – Harry declarou e lembrar daquela infelicidade em forma de mensagem me fez fazer uma careta que quase passou desapercebida, se não fosse por Ju com seus olhos de águia em cima de mim.
- Eu também – falei e todos os outros confirmaram o recebimento da dita cuja.
- Vamos ao salão que horas, meninas? – Giovanna foi quem perguntou, enfiando o último pedaço de sua torrada na boca.
- Pode ser depois do almoço, 1pm – Jullya disse e após ver todas nós concordarmos se encostou no ombro de Harry, que lhe deu um beijo na cabeça.
Sorri com o quão fofurinha eles eram como casal e ela me sorriu de volta.
Imediatamente eu me lembrei de Dougie.
Como estávamos antes dele se afastar.
Ah, não!
Lá vem essa minha mente traiçoeira me sacanear!
Doía me lembrar que ele havia se afastado e sequer havia se dado ao trabalho de me explicar o porquê de suas atitudes.
- E o Matt, Tha? – Danny perguntou do nada, me tirando daquela bolha.
- Provavelmente tá na escola, minha mãe deve ter levado ele.
- E seu pai, como está?
Eles haviam visitado papai alguns dias antes, e o viram basicamente acamado.
Aquilo acabou comigo pois com certeza todos tinham a imagem de meu pai ativo na memória, assim como eu, e com certeza também doía em papai que o vissem daquela forma.
- Ah, indo, né? – sorri com tristeza para Tom, o questionador da vez – Vão vir fazer alguns exames neles amanhã. Tem uma medicação nova que estão querendo testar nele, mas não estou muito confiante não.
- Acho que vocês não têm muito a perder, né Tha? Você não disse que o organismo dele está criando resistência aos remédios que ele está tomando? – eu assenti, concordando com ele.
Depois daquela conversa carregada eu preferi me manter quieta.
Todos foram embora e o horário para encontro no salão ficou como às 1pm.
Liguei para a mãe de David e pedi que ela buscasse Matt no colégio e mais tarde o buscaria em sua casa, ela concordou e então desligamos.
Como ainda tinha um tempo até encontrar as meninas resolvi ligar para Jazzie e ver se ela não queria almoçar junto comigo para conversarmos.
Obviamente ela aceitou e então nos encontramos no restaurante ao lado de sua faculdade por volta de 11am, visto que ela teria aula novamente 12h30pm.
Assim que nos vimos eu a abracei tão apertado que quase chorei ali mesmo, mas respirei fundo e sorri em sua direção.
Ela sabia que havia algo errado comigo, e eu sabia que ela sabia de algo; mas ela também sabia que uma hora eu falaria.
Pedimos nosso almoço falando aleatoriedades de como andavam nossas vidas agora que estávamos separadas e me lembrei de um ponto importante que queria falar com ela.
- Ah! Eu não te contei a novidade, né? – ela fez que não com a cabeça e eu sorri feito uma idiota, apesar de ter dado a famosa dorzinha no peito.
- Fala, Thalia! – reclamou – Que nervoso! Odeio quando você faz isso!
- Você não consegue adivinhar pelo meu sorriso?
Continuei com o mesmo sorriso para ela e ela demorou apenas mais alguns segundos para finalmente entender.
- AH! VOCÊ... – tampei sua boca no último segundo e arregalei os olhos, rindo de nervoso.
- Dá para não gritar, caralho? Eu agradeço se você não espalhar minha intimidade por aí.
Ela assentiu, porém ainda animada, e agora eu podia perceber ela praticamente quicar na cadeira.
Quando voltei a sentar no meu lugar seu sorriso estava quase maior do que sua própria boca conseguia suportar.
- E aí? Doeu? Sangrou muito? Foi muito fundo? Ele fez direitinho? Vocês usaram camisinha? Você gozou? Vocês... – coloquei uma mão para cima pedindo para que ela parasse e, por incrível que pareça, ela ficou quieta na hora, interrompendo sua próxima pergunta.
- Você tá me bagunçando! Não vou te contar detalhes, mas foi bom e ele foi um amor. Pronto, é só isso que você vai saber.
- Ah, não! – exclamou um pouco alto e eu ri, pois já esperava essa sua reação.
- Ok, foi bom sim. Não sangrou, doeu, mas foi bom. Não sei se foi muito fundo, Jazzie – rolei os olhos, porém ficando com vergonha – Sim e sim. Pronto, acabou né?
- Você gozou? – ela perguntou chocada porém baixinho e eu ri, tampando meu rosto, não me aguentando de tanta vergonha.
Porra! Jasmine me fazia passar por cada uma!
- Ah! Que bonitinho! – exclamou de novo e eu sorri, mas logo suspirei.
Destampei meu rosto e evitei olhar diretamente em seus olhos pois daria muito na cara que queria chorar.
Ao invés disso, optei por pegar o cardápio e procurar minha refeição.
Jazzie puxou o cardápio para baixo devagar e eu me rendi, a olhando.
- Ok, o que houve? – perguntou ela, sua expressão já suavizada.
Dei de ombros, suspirando, segurando as lágrimas com um afinco surreal.
- Ele surtou. E o pior é que eu não sei o porquê, se soubesse juro que tentava consertar.
Ela me olhou por alguns segundos em silêncio e então sorriu complacente.
- Ele pode estar atordoado.
- Jazzie, não tenta me iludir. Não tenta dizer que ele está gostando de mim, quando provavelmente não está. Ok? Eu prefiro ser desiludida do que viver iludida. Gosto dele? Muito. Mas não vou rastejar atrás de ninguém, nem fodendo.
Àquela altura algumas lágrimas teimosas tinham simplesmente escorrido pelo meu rosto, então eu as enxuguei e inspirei fundo.
- Tudo bem, amiga. Não foi isso que quis dizer, mas não vamos tocar nesse assunto agora, só vamos relaxar – eu assenti, sorrindo, agradecida pela troca de assunto – Me fala como vai ser a turnê de vocês!
Comecei a contar todos os planejamentos para minha amiga nos pormenores, agora ela também fazia parte daquele mundo quase tanto quanto eu, mesmo que não estivesse 24 horas por dia enfiada nele à força.
Ela se mostrava tão animada com tudo que eu a contava que mesmo que fosse um pouco de fingimento, eu a agradecia por se mostrar interessada e me fazer falar mais.
Eu praticamente monopolizei a conversa, mas quando acabamos de comer eu me sentia um pouco mais leve e a agradeci demais por me distrair.
- Bom, mais tarde vamos nos ver na sessão de fotos, eu não quero nem ver – rolei os olhos e Jazzie riu.
- Relaxa! Vai dar tudo certo. Se o fotógrafo pedir para vocês fazerem par de novo, fala que vocês se odeiam.
- Aquele fotografo é uma mala, tudo tem que ser do jeito que ele quer – reclamei e ela riu de novo.
- É amiga, algumas coisas a gente não escolhe... Como se apaixonar e saber a profissão do outro.
- Infelizmente – concordei e nós rimos, nos despedindo e prometendo que não ficaríamos muito mais tempo se nos ver antes da minha tour começar.
Fui para o salão e apenas na metade do caminho foi que descobri que já estava quase meia hora atrasada.
Ri porque as meninas deviam estar loucas atrás de mim.
Jasmine's POV
Eu não aguentava aquilo.
Não aguentava mais ver minha melhor amiga sofrer porque era apaixonada por Dougie e ver ele fazer cagada atrás de cagada com ela.
Foi por isso que eu decidi fazer a burrada que estava prestes a fazer. Que Deus e Thalia me perdoassem.
- Alô? Quem é?
- Oi Dougie, sou eu, Jasmine.
Dougie ficou alguns segundos quieto no telefone e então suspirou.
- Houve algo com a Tha? Ela está bem?
- Por que não mostra que se importa ao invés de fingir que não se importa?
- O que...? Quem te disse que eu finjo?
- Ninguém, Dougie, e não precisa – cocei a testa, sem saber como falar o que eu queria falar. – Olha, vocês se gostam para caralho e eu não vejo motivos para se ignorarem. Águas passadas não movem moinhos, não é isso que a Thalia sempre diz? Não sei se falei certo porque Thalia e seu sotaque carregado são estranhos, mas é por aí, né?
Ele concordou e nós ficamos alguns segundos em silêncio.
- Eu vou ser franco com você, Jazzie, e aproveitar que estou precisando conversar sobre isso com alguém e admitir frente a outra pessoa é bem... Complicado para mim. Eu gosto muito mesmo da Thalia, mas sou e estou muito confuso. Não com relação ao que sinto, mas com relação ao que devo fazer com o que sinto. Entende? É muito novo e complexo, nunca me senti assim com ninguém e... Nós estávamos conversando e ela fez um comentário que me deixou meio... Não sei explicar. Por isso acabei me afastando. Mas já pretendia conversar com ela mais tarde, essa sessão de fotos veio a calhar.
Concordei, sorrindo.
- Por mais que talvez vocês não fiquem juntos para o resto da vida, vocês são meu OTP, tá?
Ele riu alto e eu acabei rindo junto.
- Obrigada, eu acho – Dougie não negou nem reiterou minha afirmação, o que fez meu coração disparar de nervoso.
Eu tenho essa mania estranha de ficar nervosa pelos outros e por atitude dos outros.
- Tudo bem, Jazzie. Eu vou lá, que vou almoçar com os caras e vamos bater um papo, outro dia a gente se fala. Beijo, viu?
- Tudo bem, vai lá! Tchau – nos despedimos e eu desliguei, com o coração mais leve.
A minha parte como amiga eu já havia feito.
Só faltava agora Dougie e o universo conspirarem a favor.
Thalia's POV
Cerca de 20 minutos depois cheguei ao local que Fletch indicou e entrei, vendo as meninas comemorarem minha chegada.
- Ae! Até que enfim! Achei que tinha se perdido – Ju zombou e eu ri.
- Me atrasei mesmo, estava almoçando com a Jasmine e perdi a hora.
Dei beijo em todas e me sentei na cadeira designada a mim, vendo um espécime dis deuses vir na minha direção.
- Oi – me cumprimentou, mas eu não conseguia tirar meus olhos dos seus. – Eu vou ser seu cabeleireiro hoje. Quer mudar alguma coisa? Tem alguma ideia?
Balancei a cabeça negando e ao mesmo tempo tentando mandar os pensamentos pecaminosos embora.
- Então posso te dar uma sugestão? – perguntou novamente e eu só assenti. Ele se virou por alguns segundos procurando alguma revista das que estavam ao meu lado e eu pude me desconcentrar e ver as meninas de relance rindo, mas logo seu olhar penetrante voltou ao meu. – Quando vi seu cabelo soube que ficaria lindo em você.
Peguei a revista e observei a foto que ele me mostrava, vendo o cabelo castanho da mulher cair em ondas pelos seus ombros.
- O tom é bonito, mas não me vejo morena – fiz uma careta e ele riu.
- Eu mesclaria com o loiro que já tem nos seus fios. Mais uma hidratação e ficaria lindo demais.
Ainda fiquei em dúvida por mais alguns minutos mas acabei concordando, resolvendo arriscar.
Mudar não faria mal algum.
A Thalia que eu via no espelho não parecia eu, mas ainda lembrava quem eu já fui.
Eu fiquei me encarando por vários minutos e as meninas estavam em volta de mim, mexendo nos meus fios.
- Tá lindo demais! – essa era Ju.
- Meu Deus! Que maravilhoso! Quero esse cabeleireiro... Ops, cabelo para mim! – Giovanna exclamou, fazendo todas nós rirmos.
- Tha, você tá maravilhosa! – Amanda declarou, me fazendo sorrir mais ainda.
- E aí, o que achou? Gostou mesmo? – Esteban, meu cabeleireiro-gato-pra-caralho, apareceu ao nosso lado e as meninas se afastaram um pouco.
- Amei! Ficou lindo demais! – mexi novamente nos fios e me virei para ele. – Obrigada mesmo! Eu estava mesmo precisando de uma repaginada.
Ele sorriu de um jeito... Um jeito que me arrepiou até a alma.
- Disponha – pegou a minha mão e apertou, depois deu um beijo no dorso e eu senti algo pinicar minha palma.
Senti ele dar duas batidinhas com o dedo ali e notei que tinha um papel, quando ele tirou sua palma da minha eu fechei a mão e segurei o pequeno papel.
- Quando quiser é só voltar – piscou e então se foi, atendendo ao chamado dos colegas.
As meninas se reuniram em volta de mim e me fizeram abrir a mão para que pudessem ver o que era, e quando vimos que era um telefone todas nos olhamos com expressões de "hmmmm" e logo depois começamos a rir.
Depois disso percebemos que estávamos em cima da hora para o ensaio e acabamos por sair do local praticamente correndo.
Chegamos ao estúdio do David às 17:20, com Fletch na porta nos esperando com uma expressão de "por que será que eu ainda me surpreendo?".
- Por que vocês demoraram, posso saber?
- Thalia ficou paquerando o cabeleireiro dela, não pudemos fazer nada! – Giovanna exclamou com uma falsa expressão inocente, fazendo as meninas rirem e eu encenar uma expressão ofendida.
- Vê se me deixa em paz! – exclamei e fui dar um abraço em Fletch. – Oi, seu lindo! O que achou do visual novo? – perguntei e dei uma voltinha.
Fletch me olhou por alguns segundos com um sorriso no rosto e balançou a cabeça.
- Tá linda! Lembra minha filha, sinto saudades dela – disse, me fazendo sorrir.
- Quero conhecer ela um dia! Vamos logo, antes que o David surte? Também não quero sair daqui tarde demais, fico preocupada com meus pais e Matt – todos concordaram e então entramos.
- Noooossaaaa! Que gata é essa, hein? – Danny brincou vindo na minha direção. – Por um segundo não te reconheci. Só o sorriso que parece o mesmo, porque até seus olhos mudaram, Tha.
- Geralmente eu acho o que o Danny fala brega demais – Harry disse atrás dele, logo depois surgindo no meu campo de visão. – Mas dessa vez eu sou obrigado a concordar. Estávamos vendo vocês do vidro e eu também quase não reconheci você. Combinou bastante com você, se o que você queria era uma mudança radical.
- Era exatamente o que eu queria – decretei e ele sorriu, assentindo.
- Dougie e Tom já estão lá dentro, vamos logo que vamos trocar muito de casais – Fletch brincou e infelizmente eu não consegui impedir que meu coração se acelerasse assim que ouvi o nome dele, daquele bendito.
Fiz a egípcia, como sempre, e fomos todos para os camarins para que as maquiadoras e estilistas cuidassem de nós.
Quase meia hora depois fomos finalmente todos para aquela enorme sala branca.
Até então eu e Dougie não havíamos trocado uma palavra sequer e eu sequer considerava sua existência como aceitável.
Chegamos a cruzar os olhares algumas vezes, mas não mantínhamos por muito tempo.
Eu sentia algo borbulhar no meu estômago toda vez que isso acontecia, ou seja, meu almoço, obviamente.
- Boa tarde quase noite, né gente? – David chegou do nada e nós nos assustamos, fazendo ele rir. – Eu hein, estão devendo? Podemos começar?
Ih, pronto... Ele estava mais impaciente do que o normal.
Era só o que me faltava!
- Façam aquela fileirinha dos casais, começando por vocês dois – apontou entre mim e Dougie e nenhum de nós dois objecionou, ele somente veio na minha direção e parou ao meu lado. – Por enquanto não precisam agir como casais, só quero fotos harmoniosas.
Meu coração deu um solavanco com a possibilidade... Agir como casal?
Puta merda, que Deus me ajude!
Depois de nos ajeitar a seu bel prazer, David começou a pedir que sorríssemos, fizéssemos poses descontraídas e como se estivéssemos conversando uns com os .
Como eu estava na ponta, eu não tinha muita opção a não ser olhar para Dougie ou me esticar inteira para passar a barreira que era seu corpo para que eu pudesse olhar para qualquer outra pessoa que estivesse depois dele.
- Oi – depois de alguns segundos nos encarando, falamos juntos e então suspiramos.
Sim, tudo juntos.
Isso estava mais bizarro do que o normal.
- SORRIAM! – David berrou e eu sabia que era para nós dois.
Tentei montar toda uma expressão de atriz que havia aprendido na escola e o olhei de lado, sorrindo pequeno. Vi Dougie retribuir o sorriso e se não fossem seus olhos sérios eu juraria que aquele sorriso era verdadeiro.
- Casais! Moços, coloquem a mão na cintura de cada parceira de vocês. Da parceira! Para combinar!
Bufei, jurando ser imperceptivelmente, mas Dougie me olhou com uma careta de quem diz "reclama com ele".
Eu fiquei de costas para seu corpo e ele se encostou em mim por trás, colocando as duas mãos na minha cintura me fazendo sentir um arrepio na espinha.
Meu coração parecia que ia sair pela boca de tão acelerado que estava e eu podia jurar que até quem estava do lado de fora da sala ouvia.
- Olhem para mim! Isso, ótimo! – seguimos suas instruções porém eu continuei séria, e quando ele pediu para que trocássemos de posição eu agradeci imensamente.
Ficamos mais cerca de 10 minutos fazendo as fotos conjuntas até que ele pediu para que ficássemos só eu e Dougie.
Eu sabia que lá vinha bomba.
- Vocês têm alguma intimidade? – ele perguntou e antes que eu pudesse responder que não, Dougie respondeu por mim e disse que sim. Como é que é?! Fiquei tão chocada que não consegui nem desmenti-lo. – Ótimo! Gosto muito mesmo de vocês como casal, acho que vocês têm uma química incrível e palpável e queria saber se vocês topam fazer umas fotos engraçadas e sensuais ao mesmo tempo.
Eu fiquei em choque.
Por vários segundos seguidos.
- Os outros casais vão fazer algo parecido, mas eu tinha pensado em algo diferente para vocês. Aliás, Tha, você ficou linda com esse cabelo – comentou do nada e eu sorri.
- Obrigada. Claro, nós topamos sim - David comemorou e saiu de perto, indo dar instruções para alguém.
- Ele tem razão – Dougie disse do nada, ainda assim não parecendo se dirigir a mim.
- Sobre...?
- Seu cabelo. Você ficou linda – eu tinha me virado na sua direção e finalmente ele me encarou nos olhos, fazendo seu céu límpido encontrar minhas íris.
Fiquei sem fôlego por alguns segundos, até que me recompus minimamente e sorri.
- Obrigada, eu acho – agradeci, colocando uma mecha que havia caído para trás, não conseguindo desviar nossos olhares.
- Estão vendo? Como podem não ver isso? – David disse do nada, nos assustando de novo.
Puta merda!
- Caraca, David, você quer me matar do coração? Pelo amor de Deus! – não aguentei e reclamei, o vendo rir.
- É engraçado assustar vocês! Ok, vão trocar de roupa que é rapidinho.
10 minutos depois estávamos de volta, dessa vez estávamos bem mais despojados.
Eu trajava um vestido floral em cores neutras, nada muito chamativo e que até combinava vagamente com meu cabelo. Dougie estava com uma bermuda e uma camiseta que pareciam de praia. Sua blusa estava aberta e... Puta merda, quando foi mesmo que Dougie ficou tão definido que eu não notei?
Seu cabelo caía em cascatas desarrumadas pela testa e seu rosto e sorriso estavam mais iluminados por algum motivo.
- Ok, vou precisar de vocês casuais. Se imaginem em uma casa na praia ou de férias, no Brasil por exemplo.
- Eu com certeza iria para lá nas férias de verão – comentei tentando soar casual e me virei para Dougie, que me observava.
Meu cabelo estava preso apenas uma parte de cima, em uma trança embutida de lado, então ele não me atrapalhava na hora que virava a cabeça.
- Sou doido para voltar lá. As fãs de lá... – fez um comentário com um sorrisinho que me fez revirar os olhos, o fazendo rir.
- As fãs de lá são normais – comentei e ele riu ainda mais, me abraçando pela cintura de surpresa. Dei um gritinho enquanto ele me pegava e rodopiava, me fazendo segurar com força em seus braços com medo de cair. – Garoto! Tá maluco? Me coloca no chão!
- Tá bom, tá bom – ele finalmente parou de rodopiar e colocou meus pés no chão, mas não me soltou.
Ao invés disso, enfiou o rosto no meu pescoço e beijou minha pele devagar.
Que saudade eu estava sentindo daquilo...
Suspirei e sorri, fechando os olhos, esquecendo completamente do resto do mundo.
Sua mão passou da minha cintura para as minhas costas, me abraçando e nos embalando.
- Sinto sua falta – Dougie murmurou tão baixo que eu poderia fingir que era fruto da minha imaginação, se quisesse.
- Eu também – murmurei no mesmo tom de segredo, suspirando novamente.
- Ok, separem um pouquinho e olhem para mim – fizemos o que David pediu depois de alguns segundos e de muita relutância. – Andem para mim como se estivessem caminhando na areia juntos e olhando para o horizonte. Brega, eu sei, mas só façam! – acabei rindo de sua declaração sobre o que ele mesmo pediu.
Eu e Dougie demos as mãos como um típico casal apaixonado e começamos a andar na direção delem ocasionalmente nos olhando porque era tensão demais para duas pessoas.
Quando finalmente acabou, David pediu para que eu fosse me trocar para tirar algumas fotos sozinha e com as meninas para ele me liberar; mas que queria que eu me mantivesse por ali e não fosse embora ainda.
Somente mais meia hora mais tarde é que eu estava realmente liberada.
Sentada no sofazinho que tinha na "recepção" do estúdio, eu estava mexendo no celular entretida, sentindo preguiça de ir para casa, quando subitamente senti um perfume conhecido.
Dougie, obviamente, se sentou ao meu lado e eu fingi que não era comigo, continuando no twitter.
- Podemos conversar?