"Acharam ele..."
2 meses passados...
Eu já estava em depressão, não queria sair do meu quarto ou de casa, a polícia estava procurando o Guilherme diziam eles que estavam perto, mas não queria acreditar acho que eles falaram isso pra não me preocupar. Thomaz estava ajudando a polícia a procurar, mas também estava me ajudando a sair um pouco do meu quarto sempre levantando da cama e me levando pra cozinha pra comer. Minha mãe estava mais presente, pediu licença no trabalho e meu pai também, os dois estavam me tratando como se eu tivesse acabado de nascer e eu gostava pois nunca tive essa atenção deles, finalmente estava me sentindo feliz mas tinha uma coisa que faltava, meu filho. Nesses últimos meses eu fiquei pensando se tivesse tido nenhuma relação com o Guilherme, ou sei lá, que não teria nem conhecido ele, acho que ia poupar o meu filho de tudo isso, minhas esperanças estavam acabadas, já estava achando que nunca mais iria ver o meu filho, mas o meu desejo de matar o Guilherme estava aumentando a cada dia que passava, eu estava ficando amarga, fria, cheia de mágoa. Mas quer saber? O único que me fazia sentir totalmente ao contrário, era o Thomaz, ele sim estava me importando comigo, acho que... Estou gostando dele
Toc Toc - o bater da porta ecoou no quarto, ou foi na minha cabeça?
- Pode entrar - meu tom de voz foi baixo, mas parecia que dava pra ouvir
A porta se abriu, e quem estava entre ela era o Thomaz ele veio com uma bandeja com muitas coisas, doces, salgados, suco. Ele me vinha sorrindo em minha direção, e isso já me animava pôs ele a bandeja na minha frente e o mesmo sentou-se ao meu lado, me dando um beijo na testa e falando que era pra mim comer, que talvez só seria essa vez que iria comer isso pois o doutor não me recomendou isso, logo veio mil pensamentos em minha cabeça
- Porque você está fazendo isso? - estiquei a manga do moletom pegando um salgado
- Fazendo o que? - ele aparentava estar confuso
- Cuidando de mim, você sempre está aqui quando eu preciso e até mesmo quando não preciso, porque tá fazendo isso? - olho diretamente para os seus olhos castanhos
- É porque eu amo você Sophia - ele se levantou me dando outro beijo na testa e andou até a porta - E não é como amigo - imediato fechou a porta
Fiquei sem reação, sem expressão, sem nada!
Como as coisas que Thomaz me trouxe. Sinceramente, aquilo que ele me falou, de uma maneira me animou e me fez ficar com pensamentos positivos, mas ainda tinha uma ponta de insegurança
Desci as escadas pra levar a bandeja e fui a cozinha, todos estavam la, mãe, pai, amigos, e todos olhavam pra mim um olhar de não compreender. Dei um sorriso de lado, e coloquei a bandeja na mesa
- Decidiu sair do quarto? - Thomaz passava a mão nas minhas costas
E agora, não conseguia olhar pra ele e não pensar em beija-lo. Ah! Quer saber? Dane-se! Segurei o seu pescoço e o beijei, na frente de todos mesmo. Thomaz ficou sem reação que nem todos ficaram
- O que foi isso? - sussurrou o mesmo
- Tomei uma atitude - curta e grossa, não queria falar muito
O celular do meu pai toca, ele o atende, ele ficou um minuto com o celular na orelha, e teve mais um minuto pra raciocinar. Fiquei sem entender o silêncio
- Pai?! - falei o puxando pelo ombro - É o Guilherme? - ele balançou a cabeça
- Acharam ele...