Além do Inevitável

By katyauthor

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Ao ser sequestrada e torturada, Holly finalmente é resgatada por Jack - como já era de ser esperado. O que el... More

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By katyauthor


            O evento de caridade que ocorria era do Children's, uma instituição que famosos e grandes nomes do mundo se envolviam na causa. Havia uma única instituição em Nova York e recentemente fizeram o resgate de mais de duzentas crianças que moravam em lugares degradantes, sofriam abusos até trabalhos escravos.

O nosso trabalho era leiloar algo de grande ou médio valor para contribuir na ajuda necessária da instituição. Eu havia cedido uma viagem com tudo pago para Grécia de dois acompanhantes. Quando Greg colocou esse evento na minha mesa, eu sabia que precisava ajudar.

Então, aqui estou eu, em meu vestido negro que Tibby havia desenhado e criado enquanto ficava em casa com seu pequeno. Eu havia dito que ela não precisava fazer aquilo, mas Tibby Williams não ficava parada e nunca desistia de um desafio de um vestido elegante.

Era preto com alças finas e um decote nos seios com uns dois dedos abaixo em formato de V. A saia do vestido possuía chiffon da mesma cor e descia pelas minhas pernas, porém, havia uma fenda na lateral do vestido que conforme eu andava, minha perna poderia aparecer por baixo do tecido transparente. Era sexy e elegante.

Minha maquiagem era simples, assim como meu cabelo em ondas. Eu detestava prendê-lo para aqueles eventos, me sentia muito formal e eu gostava quando meu cabelo caía sobre meus ombros.

Meu sapato alto era um azul petróleo com brilhos prateados e quase não o visualizava por baixo da saia, apenas a perna com a fenda. Sentia-me bonita e sentia que Tibby havia criado isso em mente, me fazer sentir sexy quando eu me sentia vulnerável. Me fazer sentir bonita quando me sentia sozinha. E ela havia acertado, de novo.

O salão estava cheio e Owen estava já no evento conforme havia dito uma hora atrás. Recebi cumprimentos e conversei brevemente com os investidores em geral. Alguns da MMG e outros interessados na empresa. Até que um rosto familiar me visualiza e sorri pra mim.

— James, oi — sorrio de volta, aproximando-me dele.

— Hey, Holls — ele sussurra meu apelido. — Como você está?

— Estou bem, obrigada. E você?

— Eu...

— Querido, peguei uma taça para nós — disse uma mulher alta usando um vestido prata e o cabelo preso em um elegante coque. — Oh, não sabia que estava ocupado...

— Não se preocupe, querida — James dá um breve sorriso. — Holly, esta é a Daniella. Minha namorada. Ella, esta é a Holly.

— É um prazer finalmente conhece-la, Ella — eu sorrio, apertando sua mão. — James falou muito de você.

Ella parecia surpresa, porém escondeu com um sorriso enquanto aperta minha mão e sorri.

— Espero que coisas boas e o prazer é meu.

— Claro — eu rio.

— Hm, na verdade, Holly, eu queria falar com você. Sobre negócios — James diz, um pouco sério. Ella se afasta sutilmente.

— Ela é linda.

James sorri sem mostrar os dentes e concorda com a cabeça.

— Eu preciso ir direto ao assunto... Eu queria saber se você pretende abrir mais vagas para ser seu investidor. Quero dizer, eu sei que alguém comprou uma boa grana na sua empresa, mas isso pode não ser uma boa garantia. É sempre bom ter mais garantias e mais investidores confiáveis...

Franzo a testa.

— Do que está falando, James? Ninguém mais investiu na McAdams Media Group.

Desta vez, é o rosto de James que contorce.

— Tem certeza? — Ele tira a mão do bolso da calça. — Eu sei que o seu investidor é o senhor Bishop, mas você sabe que ele tem problemas com jogos.

— Não — franzo novamente a testa. — Não estou sabendo de nada.

— Holly, ele perdeu quase todo o dinheiro dos seus longos anos faturando milhões. Como você não sabe disso? — ele pergunta, como se aquilo fosse óbvio.

— O senhor Bishop está investindo na empresa do meu pai desde que ele a criou. Eu saberia dos seus... vícios — digo, soando nervosa e nenhum pouco convencida.

— Querida, sou amigo do filho de Bishop. Pelo o que entendi, ele recebeu uma proposta por suas ações...

— Isso é equivocado, James. Eu saberia se algo do tipo mudaria dessa maneira. E não recebi nenhuma proposta...

— Bruce Bishop disse que ele havia desistido pois estavam quase falindo — James sussurra pra mim, prestando atenção nos olhares e ouvidos.

— Como sabe sobre isso? — pergunto, sentindo-me confusa.

— Bruce veio pedir ajuda financeira outro dia. Ele nunca me pediu dinheiro, ele sempre me dava dinheiro — cochicha. — Então um dia o senhor Bishop apareceu bêbado e disse pra não se preocuparem e que ia voltar atrás no seu contrato pois fazia parte do acordo.

— Acordo?

— Bruce não soube dizer com quem, ele estava bêbado e mesmo confrontando... ele não contava.

— E quem você acha que seja esse investidor? — pergunto, olhando ao redor.

— Não faço ideia — suspira. — Mas, seja quem for, salvou sua empresa. O único problema é se esse possível investidor seja confiável o bastante e não vacile como o senhor Bishop.

Concordo com a cabeça e depois saio andando, procurando por Owen ou o senhor Bishop. Esbarro em algumas pessoas, peço desculpas e quando encontro Owen conversando com um homem que parecia alterado, eu percebo que era Bishop.

Meu coração martelava contra o peito. Bishop não era mais meu investidor e ele estava sendo, possivelmente, chantageado. Meus sentidos alarmaram que era uma pessoa suspeita, alguém que está me vigiando esse tempo todo...

— Holly, você está fabulosa — corteja o senhor Bishop ao virar seu olhar para mim e abrir os braços para um abraço desajeitado. — Estava conversando com Owen, precisamos comemorar nossas vitórias!

Owen me dá um sorriso nervoso e vem me cumprimentar.

— Ele acha que devo me candidatar para Presidente dos Estados Unidos — disse Owen, ouvindo a risada de Bishop.

— Mas é claro! Owen é um homem leal, inteligente e saberia como ajudar nosso país, você não concorda, senhorita McAdams? — ele pergunta alterado, buscando outra taça de champanhe.

— Hm, claro... senhor Bishop — ensaio um sorriso. — Na verdade, eu gostaria muito de agradecê-lo por ter voltado atrás no nosso acordo. Continuando sendo nosso maior investidor.

Adolphe Bishop para de repente de balançar o corpo, seu rosto fica um pouco sério e ele suspira.

— Sabe, querida, eu sei que você sente falta dele. E eu também — diz ele. — Seu pai foi meu amigo, meu confidente e o padrinho do meu filho. Eu só...

— Eu compreendo, senhor Bishop — ergo um pouco dos lábios.

Ele suspira.

— Eu espero que Jack faça o que foi prometido, quero dizer, eu tenho um vício e eu sei que minhas economias estão diminuindo... mas você tem que entender que não foi de minha vontade — ele solta uma risada, passando a mão no cabelo ralo.

Meu olhar arregala e vejo Owen nervoso ao lado de Bishop.

— Sabe, eu voltei atrás pois eu acredito na capacidade da MMG e porque sempre investi mais do que dinheiro nela — disse, completamente distorcido.

— O senhor disse... que o Jack faça o que foi prometido — estreito os olhos para Bishop, que engole seco ao perceber o que eu havia dito. — Jack foi o investidor que comprou as ações da MMG?

Bishop tinha o rosto vermelho e gaguejou de diversas formas, mas ele estava tão bêbado que saiu cambaleando e seu segurança o segurou a tempo. Viro meu rosto para Owen, que desviou o olhar.

— Foi Jack?

Ele olha para o chão.

— Holly.

— Foi ele, não foi?

— Ele achou que fosse odiá-lo — ele suspira. — Por isso não contou nada.

Consigo encaixar tudo na cabeça quando procuro por Jack na multidão. Ele estava conversando com dois acionistas e segurava uma taça de champanhe em uma mão. Usava o terno negro com uma gravata preta. Seu cabelo estavam levemente bagunçados e parecia entendido do assunto que conversavam.

Aproximei a passos lentos até ele, desviando de tudo e todos.

Jack percebe minha presença faltando dois passos até eles e dá um leve sorriso. Aceno a cabeça para os acionistas e foco meu olhar para Jack.

— Olá, senhorita McAdams. Boa noite — ele cumprimenta. — Está muito bonita esta noite.

— Devo concordar — disse um dos acionistas acompanhados de um sorriso malicioso.

Jack coça a garganta.

— Espero que você não concorde da mesma maneira que eu, Huston — disse ele, parecendo furioso.

— Claro que não — disse Huston, olhando-me de cima a baixo. — Nos falamos depois, Backer. Boa noite, senhorita McAdams.

Ele sai dando uma piscadela. Ignorando completamente aquilo – sabendo que Jack havia visto – o segundo cara parece alheio a toda situação e parece intencionado a continuar a conversa.

— Eu não vou levar muito tempo para o que pretendo dizer — digo, sem tirar os olhos de Jack.

— Tudo bem, Holly, leve o tempo que for. Sei que o senhor Markos entende...

— Obrigada — digo a ele.

Jack olha para mim, parecendo não entender e depois abre um sorriso.

— Claro, a fotografia — disse, parecendo tímido. — Não há de quê. Foi uma lembrança simples.

— Não é sobre isso, Jack — eu digo firmemente. Ele me encara, confuso.

Seus olhos azuis travam uma árdua batalha com os meus olhos castanhos, ele parece confuso e parece se perguntar do que se tratava. Do que significava.

— Obrigada — sussurro para ele.

Jack parece compreender de repente e genuinamente surpreso. Com um pequeno gesto, ele dispensa Markos – que parecia estar alheio aquele momento e se retira – e vira o corpo completamente para mim. Jack não sabia o que falar e estreitou os olhos várias vezes, por fim, ele apenas franziu a testa e olhou ao redor do salão. Como se procurasse por outra pessoa.

— Por que? — ele sussurra, sem me olhar.

— Porque você salvou minha empresa. Você não precisava fazer isso — digo, completamente sincera.

Jack solta um escárnio.

— Você poderia perder tudo, Holly — diz. — Essa empresa é tudo pra você e eu sei disso. Seus esforços falam por si, mas eu não preciso dizer isso. Você já sabe. Não poderia deixar que um cara que tem vícios e irresponsabilidade tirar isso de você.

— Jack, olha pra mim — digo baixinho.

Ele respira fundo, mas não me encara.

— Por que fez isso? — desta vez eu sussurro.

Jack solta uma risada irônica e morde o lábio inferior, como se segurasse um segredo. Logo ele suspira e concentra o olhar no meu, sustentando-o até o fim.

— Eu faria qualquer coisa por você, Holly — ele sussurra, pegando-me de surpresa. — Qualquer coisa.

Eu engulo seco.

Sua voz havia se transformado em um rouquidão e eu acreditei naquilo com todo meu coração. Encaro seus olhos azuis por alguns segundos, afim de vê-lo dizer que fez pra me irritar. Mas, muito pelo contrário, ele nem mesmo piscou.

Sou eu quem quebrou nossa encarada, pois eu me afasto dele com um sorriso. Jack sorri de lado e não me impede. Ele me observa todo o caminho até Owen e durante todo o evento.

✕✕✕

No final da noite, já passando das dez, o evento havia sido um sucesso. Owen havia partido e eu perdi a hora ao conversar com os donos do evento. Havia sido uma grande comemoração, com muito sucesso e salvaria a vida de muitas crianças.

Enquanto o salão esvaziava, procurei por pares de olhos azuis. E ao vê-lo me encarando, ele sorri. Jack aproxima em passos leves e colocou as mãos nos bolsos da calça preta.

— Precisa de uma carona? — Ele pergunta.

Eu sorrio.

— Jack...

— Vamos tomar um café — sugere. — Na minha casa. Eu ligo a lareira.

Solto uma risada.

— Não pode tentar me convencer com café e lareira, Jack.

— Por que não?

— Porque é um golpe sujo — rio, como se fosse óbvio.

Jack finge confusão.

— Acho que está equivocada — ele brinca.

Sorrio.

— Vamos, Holly. Eu prometo não tentar fazer nada além de beber o café — ele ergue as mãos em defesa. — A não ser que você peça.

Eu abro a boca, mas tudo o que sai é o som da minha risada.

— Um café e nada de... mãos bobas — eu gesticulo para suas mãos.

— Pode deixar — ele ri, me levando até o seu carro. — Isso vale pra você também.

✕✕✕

Fazia sete meses desde a última vez que pisei naquela casa e a mansão de Jack estava silenciosa quando chegamos. Com todo cuidado e dedicação, Jack jogou algumas madeiras já cortadas na lareira e se encarregou de acendê-la.

O acompanhei até a cozinha para ajudá-lo no café, mas ele me surpreende ao colocar numa máquina. Enquanto a máquina de café finalizava, Jack buscou um cobertor para mim. Afinal, eu estava tremendo de frio e a casa ainda parecia gelada.

Vinte minutos depois, estávamos sentados no tapete perto da lareira. Jack tinha retirado o paletó e o colocou numa poltrona. Retirou a gravata e deixou o colarinho aberto em alguns botões. Ele apoiava o braço no joelho dobrado enquanto a outra estava esticada. Eu estava encostada em outro sofá, de frente para ele. Bebíamos nossos cafés e falávamos sobre várias coisas.

Não havia sido difícil. Com Jack, nada parecia difícil. E estar perto dele era como voltar a respirar sem a ajuda de aparelhos. Ele me fazia rir, sorrir e sentir coisas. Era a coisa mais intensa que ele proporcionava, pois poderia me destruir ali e agora.

Eu faria qualquer coisa por você, Holly.

Qualquer coisa.

Isso se repetia na minha mente. A cena em que ele dizia essas palavras e meu coração martelava contra meus ouvidos.

— O que deve estar passando de filme na televisão? — pergunto de repente.

— Hmmm, eu não faço ideia. Não vejo tanta televisão pra te dar certeza — ele sorri, dando de ombros.

Levanto do tapete, segurando o cobertor ao meu redor e sorrio.

— Precisamos ver algum bom — digo, pegando o controle remoto que estava no aparador de madeira encostado na parede.

— Tudo bem, maestra. Você que sabe — ele levanta, pegando nossos copos. — Vai mais um?

— Se eu tomar mais um café, eu não durmo essa noite — resmungo.

— Ninguém disse sobre dormir — provoca Jack. Vendo meu olhar, ele gargalha. — Eu estava brincando. Vou fazer um chocolate quente pra você.

— Uau, você quer mesmo que eu fique — brinco.

— Sempre — diz, deixando-me surpresa.

Ligo a televisão que ficava acima da lareira – uma televisão gigantesca – e sento na poltrona de frente a ela. Enrolo o cobertor ao meu redor, sentindo-me mais quente e confortável.

— Você gosta de canela? — escuto Jack gritar da cozinha.

— Gosto — grito de volta.

— Ótimo, não quero ninguém vindo dizer que é alérgica!

Eu rio enquanto vou passando os canais, até que um nome me chama a atenção.

O acusado Luke Horsley, que recentemente saiu da internação ao se recuperar de um tiro no ombro – dado em legítima defesa pela Holly McAdams, a vítima e dona da McAdams Media Group –, que se defendia da injusta agressão de Horsley. Ele conseguiu uma liberação judicial após exames e acompanhamentos psicológicos durante esses oito meses. Por milímetros, o tiro não foi fatal e Luke Horsley se encontra a caminho do presídio Stateville Center, que se localiza em Crest Hill, em Chicago, Illinois...

Alguém vem até a mim, colocando a televisão no mudo e me chama. Mas meu corpo tremia, minha mente gritava e quando encontro os olhos de Jack, eu choro.

— Ele está vivo — eu corto em um sussurro.

Jack está agachado, segurando meu rosto e me olhando preocupado.

— Holly, hey, ele não virá atrás de você...

— Ele está vivo... ele está vivo, Jack — eu sussurro inúmeras vezes, sentindo as lágrimas caírem. Minhas mãos empurram o peito de Jack, mas ele apenas me puxa pra perto.

— Holly...

— NÃO! Não, não, não, NÃO! — Eu o empurro e levanto da poltrona, gritando.

Vejo a sombra de Jack enquanto grito, enquanto choro... e então braços me cercam e eu me balanço neles.

Eu atirei nele — choramingo. — Eu atirei e ele está vivo...

— Shhh, ele não vai tocá-la novamente, Holly. Eu estou aqui — Jack sussurra no meu ouvido, tentando me acalmar.

— Ele está vivo, Jack — eu sussurro entre as lágrimas. — Ele está vivo...

Agarro-me a Jack, chorando alto enquanto a reportagem passava em minha cabeça. Uma. Duas. Dez. Quinze vezes.

Jack me embala nos braços, balançando-me e sussurrando palavras carinhosas. Fazendo carinhos em meu cabelo e na nuca. Pedindo pra ficar e me proteger. Insistindo em deixa-lo ajudar. E implorando para que eu fique aquela noite.

Eu não conseguiria ir embora após descobrir que Luke estava vivo.

Ele está vivo.

Eu poderia sentir o alívio de não ter matado alguém, mas esse alguém era o Luke. O cara que assombra meus sonhos, o meu maior pesadelo e o cara que me torturou por longos dias. O mesmo cara que Jack ousou chama-lo de irmão. O mesmo cara que ele confiou por anos. O mesmo cara que fez minha vida um inferno.

Ele está vivo.

Nada fazia sentido na minha cabeça. Eu buscava um sentido para aquilo, para tudo aquilo.

Solto-me dos braços de Jack e ele franze a testa, esperando eu dizer algo.

— Preciso voltar para Chicago — eu me ouço dizer.

— Está louca? Não pode ir, Luke está preso, Holly — Jack exalta.

— Eu preciso olhar na cara do desgraçado e sair de lá sabendo que... finalmente estou livre dele — suspiro, sentindo uma lágrima cair.

— Você não pode ir sozinha — ele sussurra, limpando minha lágrima e segurando meu rosto.

— Não — eu sussurro, perto de seus lábios. — Eu não posso. É por isso que eu preciso de você.

Jack me olha surpreso e depois concorda com a cabeça.

— Eu vou com você. Vamos fazer isso juntos — ele diz, convicto.

— Promete?

Ele sorri levemente.

— Você vai me fazer repetir?

— Sim — suspiro, apoiando minha testa na dele. — Eu preciso ouvir.

— Eu faria qualquer coisa por você, Holly. Até pra consertar meus erros e fazer o certo — ele sussurra pra mim. — Mesmo que eu precise enfrentar Boggs e Luke novamente. Mas eu faço. E farei. Eu só espero que acredite em mim.

Eu acredito.

E aquilo parece me acalmar.

Pelo menos por enquanto.

▪ o b s ▪


TAN TAN TAAAAAAN.

E as suspeitas foram reveladas: Luke está vivo! 

Folks, mudando um pouco o assunto, amanhã é meu aniversário, mas vim agradecer a vocês. Fico triste quando tenho várias leituras e poucos votos ou pouquíssimos comentários. Mas é por amar escrever e por amar os poucos comentários que eu continuo escrevendo pra vocês. E chegamos aos 17k hoje, então eu agradeço de-mais por isso!!!!!! Obrigada por estarem comigo desde o início, desde semana passada ou desde ontem. E espero que vocês continuem comigo por muito tempo <3

Muaw!

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