Love Wings

By Primrosewords93

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"Diz-se que no amor, quando mais se dá, mais tem para se dar. Mas eu nunca tive nada para dar a ninguém. Às v... More

Capítulo 1.
Capítulo 2 .
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10
Capítulo 12.
Capítulo 13.
capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33
Capítulo 34.
capítulo 35.
capítulo 36.
capítulo 37.
capítulo 38
capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44. FIM!
PRODUTOS LOVE WINGS

Capítulo 11.

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By Primrosewords93

POV Zayn

Estacionei o carro em frente do infantário de Emma e toquei à campainha, aguardando.

- Zayn!

- Olá Susan! - Abracei-a, como de costume, e assim que nos separamos perguntei como tinha corrido o primeiro dia de Emma no infantário depois do acidente.

É claro que eu nunca deixaria Emma num infantário sem que houvesse alguém da minha inteira confiança a olhar por ela. E quem melhor que a tia dela para o fazer? Além de Niall e Leila, só confio em Susan; e são as únicas três pessoas que sabem o meu passado obscuro.

- Ela está muito frágil, ainda. É complicado porque não quer parar quieta e continua a mexer em tudo, mesmo que isso lhe provoque dores. - Explicou ela, tristemente. - Leva-a a fazer algo giro, para a distraíres um pouco.

Senti o meu coração apertar, como sempre sinto quando envolve algum problema com Emma.

- Eu vou pensar em algo. - Respondi. - Podes chamá-la?

Susan foi buscar Emma e quando me viu junto à porta ela correu, cambaleante, para os meus braços. Apanhei-a e elevei-a no ar, deixando-a escorregar para um abraço apertado.

- Olá meu amor. - Cumprimentei, endireitando o travessão cor-de-rosa que prendia o seu cabelo. Peguei nas suas mãozinhas ligadas e, num gesto que repito todos os dias após o incêndio, beijei-as alternadamente.

- Zazza! Vamos passear? - Perguntou, entusiasmada.

- Queres? - Pisquei o olho a Susan que observava a cena com um sorriso.

- Sim!

- Então vamos lá! Até amanhã Susan.

- Xau, Su. - Disse Emma na sua voz adorável, acenando com a mão envolta em ligaduras.

Depois disso fomos até à beira rio, ver os barcos enquanto comíamos um gelado. Emma faz 4 anos na próxima semana, e enquanto lhe ia dando o gelado à boca ia pensando em possíveis prendas para lhe oferecer. Subitamente ela interrompeu o meu pensamento:

- Zazza.

- Diz, Em.

- Eu tenho um namorado.

Rebentozinho do meu coração, repete lá?!

Tossi levemente para aclarar a voz.

- Ora muito bem. Posso saber quem ele é? - Perguntei, mantendo a seriedade. Não quero que ela julgue que não a levo a sério!

- Chama-se Theo.

Oh diabo. Theo, vamos ter uma conversa muito séria sobre as tuas intenções para com a minha miúda.

- Hmm muito bem. - Respondi. - Então e como é que isso começou?

- Ele deu-me um rebuçado cor-de-rosa e um autocolante com um unicórnio. - Explicou ela, levando a mão ao bolso para tirar o autocolante.

Rebuçados e autocolantes de unicórnios? A coisa está séria!

Ao ver que não conseguia tira-lo do bolso devido às ligaduras das mãos, uma expressão triste surgiu no seu rosto perfeito.

- Eu ajudo. - Tirei-lhe o autocolante do bolso e fingi surpresa ao vê-lo. - Uau, Em, é altamente.

- E brilha no escuro! - Acrescentou, entusiasmada. - Eu dei-lhe o meu autocolante dos Pokémons.

- Muito bem, minha querida. O Theo é um bom amigo para te dar um presente tão lindo.

- Não é amigo, é namorado. Nós vamos casar.

- Oh!

 Não estou a acompanhar a evolução dos tempos!

- Nós brincamos às casinhas na escola, eu sou a mãe e faço sopa de folhas para o jantar. O Theo vai trabalhar.

- E ele trabalha onde? - Perguntei, entrando na brincadeira.

- Joga futebol. - Exclamou, orgulhosa.

Um sorriso surgiu no meu rosto.

- Ah, percebo.

- Zazza, porque é que tu não tens uma namorada?

Mas que raio?

Fiquei atrapalhado e deixei escapar uma gargalhada nervosa.

- Eu tenho-te a ti, não preciso de mais ninguém. - Respondi, pegando-a ao colo e indo em direcção do carro.

- Mas comigo não podes fazer o amor.

O QUÊ?!?!?!?

- EMMA?! Quem te disse isso?! - Perguntei, em pânico.

- O Theo.

Aquele estrupiciozinho vai ouvi-las...

- Ele disse que o amor é quando dois namorados comem rebuçados juntos, e dão autocolantes um ao outro.

- Oh! - Libertei um suspiro de alívio e de seguida uma gargalhada.

- Queres que te dê um autocolante para arranjares uma namorada?

Apertei-lhe o cinto de segurança e sentei-me no lugar do condutor.

Que raio de conversa!

- Pode ser, Emma.

- Eu só não tenho é mais rebuçados, mas depois vamos comprar.

O resto do caminho até casa foi passado com ela a falar sobre tudo e mais alguma coisa, mas felizmente pareceu ter esquecido o assunto das namoradas. De facto, era só o que me havia de faltar agora, não haja dúvida. Como se a minha vida não estivesse demasiado ocupada para eu ainda me ir meter num projeto dessa envergadura!

Chegamos a casa e enquanto trocava de roupa o meu telemóvel vibrou.

De: Rose

Explica-me o que se passou hoje!

 

            Sorri involuntariamente. Provavelmente ela não se lembra de quase nada do que aconteceu e vai ser bastante divertido relembrá-la. 

            Para: Rose

            Queres que comece pela parte em que quase arruinaste uma rede empresarial com uma sessão de terapia organizativa que envolvia cantar Spice Girls?  

 

            - Zazza, estás a rir para o telemóvel porquê?!

Oh Raios.

            - Por nada, Emm. – Respondi, atrapalhado. O que se passa com a pelingras hoje?! Não lhe escapa uma!

            - Vou brincar.

            - Vai lá que eu vou preparar o jantar.

            De: Rose

            Oh céus, o que fui eu fazer?! Por que é que não me lembro de nada?!

Consigo imaginá-la a andar nervosamente de um lado pela casa e isso dá-me vontade de rir.

           

            Para: Rose

Vai descansar, depois explico tudo. Amanhã temos jantar da empresa, até lá tens o dia de folga. P.s. Tens lasanha no frigorífico para o jantar.

Aposto que neste momento a sua boca se abriu numa expressão de choque. Provavelmente está a abrir o frigorífico para confirmar, e ao ver a lasanha no frigorífico vai pegar no telemóvel e mandar uma mensagem toda aflita.

3…2…1…

De: Rose

COMO?!

Sorri para mim mesmo, culpando-me mentalmente por estar a deixar esta brincadeira ir longe demais.

Para: Rose

Até amanhã, Rose.

            Subitamente o choro de Emma chamou-me a atenção, e largando o telemóvel em cima da mesa corri até ao quarto dela.

            - Emm?! – Entrei e vi as bonecas espalhadas pelo chão. Emma tentava pegar nelas, mas as mãos ligadas impediam-na de o fazer.

            - Zaz, não consigo brincar. – Disse, por fim, com uma expressão frustrada que me deixou sem ar. Os olhos azulados estavam marejados de lágrimas que iam escorrendo pelo seu rosto pálido e perfeitinho. Baixei-me para ficar à sua altura e ergui o polegar, limpando carinhosamente as lágrimas que brotavam dos seus olhos.

            - Ei, Emm, lembraste quando a Ariel teve de aprender a caminhar sem as barbatanas de sereia?

            Ela acenou silenciosamente.

            - Também vai levar algum tempo a habituares-te a ter as mãos ligadas, pelo menos até estarem boas de novo. Até lá vais ter de arranjar outras formas de brincar. – Expliquei. – Eu acho que tenho uma ideia para te alegrar.

            Ela sorriu timidamente e eu peguei-a ao colo, trazendo-a até à cozinha para jantarmos. Assim que terminamos, ela estava impaciente para saber os meus planos.

            - Então?! – Perguntou.

            - Que dizes de irmos dar uma volta até à casa dos pássaros? – Sugeri, sabendo que ela iria adorar a ideia.

            - À noite?! – A sua voz saiu num tom que tinha tanto de entusiasmo como de dúvida. – Zazza, tu nunca me deixaste ir à noite!

            Eu sorri, acariciando levemente o cabelo loiro e liso que já lhe ultrapassava os ombros. É incrível como nunca deixo de admirar o quão rapidamente ela cresce, e apesar de isso me fascinar, também me assusta. Apesar de tudo o que se possa pensar, tratar de um bebé não é, do todo, complicado… a partir de agora é que começa a parte difícil. Ela começa a ganhar consciência do que a rodeia, a curiosidade passa a ser uma constante, e em breve vai fazer perguntas para as quais eu não sei se estou pronto para responder. Ela vai começar a querer sair da pequena bolha que criei em torno dela, vai querer ir a festas de aniversário dos amigos, em breve vai querer também ir para a escola e certamente recusará as aulas em casa.

Eu deixarei de ter controlo sobre cada pessoa que se aproxima dela e essa ideia deixa-me fora de mim só de a imaginar. Como diz o Niall, vai chegar a uma altura em que eu não poderei mais protege-la de tudo e todos. 

Além disso, à medida que ela vai crescendo, novas preocupações surgem no meu pensamento: às vezes pergunto-me se serei suficientemente capaz de a educar como eles pretendiam…

            - Mas hoje é um dia especial. – Respondi, sorrindo. – Anda, vamos vestir-te outra roupa.

            - Zazza, vou ver as corujas pela primeira vez! – Exclamou, entusiasmada, saltando para o meu colo.

            - Pois vais, amor, pois vais.

            *

            Saímos de casa e fizemo-nos à estrada por algum tempo, até que finalmente chegámos à quinta de Elaine e Peter.

Subitamente lembrei-me de algo.

            - Hei, Emm, tenho aqui uma coisa para ti.

Abri a mala do carro e tirei o quadro que Rose pintara, virando-o na direcção dela.

- Para o teu quarto, gostas? – Perguntei, sorridente.

- Zazza, uma andorinha! É o meu pássaro favorito. – Ela esticou uma das mãos envolta em ligaduras e tocou cuidadosamente sobre o desenho. – Quem fez?

 Sorri involuntariamente, forçando-me a afastar Rose dos pensamentos.

- Uma amiga minha. – Concluí.

- A tua amiga faz desenhos muito bonitos. – Disse ela. – Devias oferecer-lhe um autocol…

-Olha Emm, já vejo uma coruja!! – Interrompi-a antes que regressasse com a conversa estranha de hoje à tarde. Dei-lhe a mão, tendo o cuidado de segurá-la pelo pulso, e dirigimo-nos à casa dos pássaros.

            Como sempre, estava fracamente iluminada por alguns focos vindos do chão que Peter instalara para quando alguém quisesse dar uma volta por lá durante a noite. Era uma coisa que fazia com frequência nos primeiros meses após o acidente, mas depois disso fui perdendo o hábito. Ao regressar, percebi porque me agradava tanto vir aqui para pensar: este lugar tem mesmo alguma coisa de especial, como se fosse talhado por Deuses.

            - Zayn, olha. – Sussurrou, apontando em direcção a uma árvore. Uma coruja branca olhava-nos com curiosidade e Emma riu baixinho ao ver que ela seguia todos os seus movimentos com os olhos.

            Sentamo-nos num dos bancos de baloiço, observando os pássaros nocturnos que por ali andavam. Falamos um pouco, mas acho que até mesmo Emma se contém aqui, pois é como se este ambiente fosse quase sagrado, e perturbá-lo com as nossas vozes seria quebrar um pouco a magia que o envolve.

            Quando vi que estava a ficar tarde, peguei em Emma ao colo e voltamos para casa, sempre em silêncio. Vesti-lhe o pijama com cuidado e aconcheguei-lhe os cobertores, deitando-me de seguida. Estava prestes a fechar os olhos quando um sussurro vindo dela me sobressaltou:

            - Obrigado por me levares a ver as corujas, Zayn.

            Sorri contra a almofada e acariciei-lhe o cabelo.

            - De nada, meu amor.

*

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