O Herdeiro

By Liv_Vieira

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Livro 2. Após uma gravidez difícil e complicada, Marlee finalmente dá à luz ao príncipe Benjamin Tames Armst... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13

Capítulo 12

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By Liv_Vieira


Assim que chego ao castelo, faço de tudo para que Mirella e a sua família sejam bem tratadas e acomodadas. A vila está um caos e devido a situação da senhora Cooper, não poderia deixá-las desamparadas.
Depois de muito insistir, Mirella finalmente me escutou e foi descansar um pouco, levando sua irmã junto. Desde que havíamos chegado no castelo ela não saiu de perto da sua mãe, o que era compreensível. Mas ambas precisavam de descanso. O dia foi longo.

– Qual é a situação da senhora Cooper? – Pergunto, assim que o senhor de jaleco branco e cabelos grisalhos sai da enfermaria. Sua expressão não é nada boa.

– Ela está, de fato, com a peste. Dei um remédio para abaixar a febre
e passei um remédio nas bolhas. Tudo o que se pode fazer no momento, é esperar. – Solto um longo suspiro. Isso era frustrante. – Ela é importante para vossa alteza?

– Sim. – Respondo – Ela é mãe de uma pessoa importante para mim – Passo a mão em meus cabelos, em um gesto de frustração e o encaro – Quero que me mantenha informado sobre o estado da senhora Cooper.

– Como desejar, vossa alteza. – Ele se despede com uma reverência. Me apoio na parede e fecho os meus olhos.

A situação é surreal. Imagino o quão difícil está sendo para a Mirella suportar tudo isso e ainda ter que se manter firme pela sua irmã mais nova. Não consigo nem imaginar o que eu faria se fosse a minha mãe naquela cama...

– Benjamin – Volto a abrir os meus olhos e sorrio – Você sumiu por um bom tempo. O que aconteceu?

– Mãe, eu peço perdão pelo meu sumiço tão repentino – Me aproximo dela e lhe deposito um beijo em sua testa – Tive que sair para ajudar uma amiga.

– Uma amiga? – Ela me olha com desconfiança – Está falando da plebeia que enfeitiçou o meu filho?

Sinto meu rosto esquentar imediatamente.

– O quê? Não, ela não me enfeitiçou. – Desvio o olhar – O que a fez pensar desta forma?

– Sou uma rainha bem amigável. As pessoas deste castelo me deixam informada sobre tudo o que acontece – Ela sorrir e se afasta o suficiente para me observar – E eu sinto muito em lhe dizer, mas não tem como negar o que sente por ela.

– Mas eu não... – Tento protestar, mas ela levanta a mão e eu imediatamente fico quieto. Ela sorrir.

– Você pode negar até o fim da sua vida, mas você não pode esconder o brilho dos seus olhos toda vez que fala sobre ela. – Bufo frustrado dando um pequeno sorriso.

– Está bem, mãe – Sorrio em rendição – Eu gosto dela, só não sei o que fazer... Ela é tão diferente.

– Ela teve uma vida totalmente diferente da nossa e isso a fez mais forte e diferente de todas as garotas que você já conheceu. – Ela passa a mão em seu vestido e me olha com um sorriso esplendoroso – Tenha paciência e se isso for o que você realmente quer, no final, todo esse esforço vai valer a pena.

– Não sei o que faria sem os seus conselhos – Dou-lhe um abraço demorado e sorrio ao me afastar – Onde está o meu pai?

– Ele está em reunião com a senhora Madalena – Ela se afasta suspirando baixo – Tenho tanto medo do que está por vir, nunca vi nada parecido.

– Fiquei horrorizado com o que vi na aldeia – Cruzo os braços – Mas não podemos perder a fé... Por qual motivo não estamos participando dessa reunião? Esse assunto é do nosso interesse também.

– Ela queria falar com seu pai a sós. Tudo o que nos resta é esperar para saber o que podemos fazer para ajudar o nosso povo. – Ela responde com o olhar distante.

– Está certo. – Ouço o som de passos na escada e me viro vendo os longos cachos louros da Mirella – Bem, vamos torcer para que está senhora possa nos ajudar. Eu preciso ir agora, mãe. – Deposito um beijo em sua testa – Me chame se precisar de algo.

– Eu vou ficar bem, filho – Ela sorrir – Vejo você mais tarde.

Assinto e me viro indo ao encontro da Mirella. Ando apressadamente até as escadas e rio ao bater de frente com ela.

– Me desculpe – Sorrio encarando suas íris azuis – Pensei que estivesse descansando com a sua irmã.

– E estava, mas não conseguia dormir direito por causa da minha mãe, então pensei que pudesse descer e ver como ela está. – Ela sorrir de lado – Vossa alteza tem alguma notícia sobre o estado dela?

– Por favor, me chame de Ben. – Dou um meio sorriso – E, sim, tenho notícias dela. O médico disse que já cuidou dela e agora tudo o que podemos fazer é esperar. No momento ela está descansando.

– Então, está me dizendo que ela está bem? – Ela pergunta, vibrando de alegria – Quer dizer, sei que ela ainda está em observação, mas ela está melhor, certo?

– Ela está se recuperando. – Coloco as mãos no bolso da calça e sorrio – Como você está? Espero que os ferimentos estejam melhores.

Desvio o olhar para os curativos em seu rosto e suspiro ao lembrar do ataque na floresta. Só de pensar no que poderia ter acontecido se eu não estivesse por perto faz o meu sangue ferve.

– Vossa alteza... Ben, eu estou bem. – Ela se aproxima e toca o meu queixo com a ponta de seus dedos frios, causando arrepios na base da minha coluna – Não precisa se preocupar. Você me salvou a tempo. – Ela diz, como se estivesse lendo os meus pensamentos.

– Não consigo parar de pensar no que poderia ter acontecido se eu não estivesse por perto. – Coloco minha mão por cima da sua e acaricio os seus dedos – Isso seria imperdoável.

Ela sorrir gentilmente e se aproxima ainda mais, acabando com o pouco de espaço que tinha entre nós dois.

– Mas você estava lá e você me salvou, Ben. – Seus grandes olhos azuis encaram minha boca por alguns segundos antes de voltar a observar os meus olhos – Você é o meu herói. – Ela deposita um beijo demorado em minha bochecha e sorrir ao se afastar com as bochechas coradas.

– Só fui o herói porque você era a donzela em perigo – Sorrio a encarando intensamente.

– Não sou uma donzela em perigo – Ela rir – Bem, não mais.

– Fico feliz que esteja segura – Mordo meu lábio inferior – Já está escuro lá fora, por isso nosso passeio terá que ser amanhã – Sorrio nervoso – Se a senhorita ainda quiser me acompanhar em um passeio.

– Eu nunca mudo de ideia. – Ela suspira sorrindo – Até amanhã, Ben. Tenha uma boa noite.

– Boa noite, Mirella. – Sussurro para mim mesmo enquanto observo ela subir as escadas.

A noite estava longe de terminar, mas eu já estava ansioso pelo dia seguinte.

* * *

Após o término da reunião do meu pai com a senhora Madalena, ele convocou uma reunião com o conselho. A tensão era evidente quando todos já estavam em seus devidos assentos. Cada um com a sua teoria sobre o grande número de mortos e feridos na aldeia nesta tarde, mas somente meu pai, eu e a minha mãe sabíamos da verdade. E ao julgar pela reunião com todo o conselho, estava na hora de todos saberem com o que estão lidando.

– Peço desculpas por convocar uma reunião tão em cima da hora, mas creio que todos os cavalheiros já tenham noção do que aconteceu na aldeia nesta tarde. – Ele se ajeita na cadeira, enquanto alguns conselheiros murmuram entre si – Quero deixar claro que estou aberto à novas ideias para a solução deste grande problema que assola o nosso reino.

– O que exatamente nós estamos enfrentando, majestade? – Um senhor de cabelos grisalhos pergunta.

– Há alguns anos, uma vidente deu um presente ao príncipe. Esse presente se referia a uma informação muito importante do futuro e ela me revelou que o reino enfrentaria uma terrível peste. – Um silêncio horrível se instala na sala – E, bem, depois desse suposto irmão de Augustus e agora essa doença que mata as pessoas sem piedade, eu não consigo entender porque isso foi acontecer justamente com a Inglaterra. Preciso da opinião de todos. Pessoas estão morrendo em toda a parte e ainda não sabemos como curar essa doença ou se ao menos temos uma chance de achar uma cura.

– Está me dizendo que além de estarmos enfrentando um suposto irmão de Augustus que exige seu lugar no trono da Inglaterra, também estamos a mercê de uma doença sem cura? – Indaga um dos conselheiros.

– Sim, é exatamente isso o que eu estou dizendo. – Meu pai suspira, parecendo exausto – Não sabemos se essa doença é só um surto que logo vai passar, ou se é algo que vai durar, podendo tirar milhares de vidas.

– O melhor a se fazer neste momento é preparar o exército para um possível ataque e obter todas as respostas possíveis que conseguirmos sobre a peste. – Digo, encarando meu pai – Não a muito o que se fazer por agora.

– Benjamin está certo. – Um dos conselheiros diz.

Eles continuam a discutir as possíveis causas da doença, enquanto tudo o que eu conseguia pensar era na aldeia. Um lugar que antes era tão calmo, agora se tornou um lugar de tristeza, caos e morte.

A Inglaterra está a mercê de uma peste desconhecida por todos, e tudo o que nos resta é ter fé que isso tudo vai terminar logo.

* * *

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