Vitor Salavar - Os Quatro Reis

By MrMorpheu

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No principio de tudo, antes do tempo existir e muito antes das criaturas serem criadas, o caos dominava o uni... More

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By MrMorpheu


- Insolente, maldito verme insolente – andava de um lado para o outro em seu salão de reuniões, os sete lugares estavam vazios e sua voz ecoava nas paredes negras – como ele ousou tirar de mim a minha caça?

Lucio escolhera uma roupa de couro fervido e uma longa capa preta de veludo, seus longos cabelos loiros estavam soutos e esvoaçavam enquanto andava.

- Gritar não irá te levar a lugar nenhum – Levi estava de braços cruzados no portal, esguio e com seus cabelos cortados em forma de tigela. Os olhos azuis brilhavam por cima do óculos de meia lua quando encarava Lucio.

O rei caminhou a passos largos em direção a Levi.

- O que disse? – Lucio não estava de bom humor para aturar as insolências do subordinado, seus olhos brilharam como esmeraldas – repita se não quiser ver o dia de amanhã.

Levi tinha um sorriso no canto dos lábios

- O reino fala mal do senhor, meu rei – começou – dizem que perdeu para um simples garoto indefinido e que assassinou um homem inocente.

- Um traidor! – esbravejou Lucio, um trovão ecoou ao longe.

- Ambos sabemos que Sirius foi um vil traidor escondendo aquele garoto por dezesseis anos, e ambos também sabemos que este garoto que você deixou ir pode ser a ruina de seu reino – o tom nasal de Levi se tornara serio nas ultimas palavras, quase fazendo Lucio tremer.

Lucio atravessou o portal onde Levi se encontrava e sentou-se na cadeira da mesa de mármore ao lado da entrada. Haviam destroços da perseguição de Levi espalhados por todo o salão.

O local era quente com as cachoeiras de lava fluindo da parede, um palácio digno de um rei, digno de Lucio. As velas no lustre acima de suas cabeças tremeram, fazendo as sombras de ambos oscilarem.

- Chame os outros, preciso de meu conselho aqui – então Lucio esfregou as têmporas – se é que posso chamar aquilo de conselho, estou cercado por idiotas.

Levi saiu antes que o rei terminasse a frase, voltando alguns instantes depois trazendo Azam e mais uma mulher negra com cabelos escorridos ate abaixo da cintura, seu rosto tinha traços delicados e um nariz arrebitado que dava um ar de superioridade à mulher. Utilizava um vestido cor de marfim que aumentava suas curvas, seus olhos eram brancos como a neve, no entanto não era cega. Carregava um colar de presas tão brancas quanto seus olhos.

- Agatha, há tempos que não a vejo – disse Lucio levantando os olhos para a mulher, sem expressar nenhuma reação à beleza dela.

A mulher abaixou os olhos, seu batom preto condizia com sua pele a deixando chamativa a todos, menos a Lucio.

- Obrigada meu belo rei, em que posso ser útil? – sua voz era firme, meio rouca e tremia um pouco.

Levi tossiu atrás deles, segurando uma risada debochada.

- Você é mais feio sorrido do que na sua forma primaria – Azam estava no topo da escada, as rugas em seu rosto demonstrava mais que nunca a sua cara fechada, seu corte baixo dava mais seriedade a sua expressão. – rei Lucio, vós raramente nos convoca, para que necessita dos sete? – Azam desceu as escadas e chegando ao final ajoelhou-se e só após isso sentou-se.

Lucio se manteve em silencio, um silencio perturbador a todos os presentes no momento, todos do conselho eram extremamente poderosos e também se odiavam extremamente. O rei raramente convocava todos os seus conselheiros, os mantendo sempre separados, mas isto era uma situação diferente.

- Onde estão os outros três? – a voz de Lucio estava carregada de raiva – não lhe mandei buscar? – olhou pra Levi.

- Sim meu rei – o homem olhou para os pés – sabes como Abel é demorado, Guildarts não está no reino e Touro...

Levi não teve tempo de terminar a frase, antes que pudesse perceber Lucio havia subido em cima da mesa e aberto às asas douradas, rasgando a camisa. Seus olhos eram duas brasas verdes esmeralda.

Estavam de frente um para o outro, com Lucio ajoelhado em cima da mesa, encarando o pobre homem que estava a sua frente, os delicados traços agora estavam sérios. Por mais forte que fosse Levi não se comparava ao poder de seu rei.

- Está me decepcionando muito Levi – os dentes rangiam, seus punhos estavam cerrados, todos os outros na sala assistiam, Agatha estava de boca aberta e Azam segurava sua risada. – Explique-me como o garoto escapou de uma cela que bloqueia a mana que corre dentro das veias dele e, além disso, conseguiu matar uma gárgula de lava escapando de você com um outro prisioneiro. Estou realmente curioso para ouvir essa historia – seu tom era frio, mas mesmo assim a voz era suave.

Levi engoliu a saliva e, com ela, as palavras.

- Atrapalho-vos em algo? – todos olharam para o longo corredor do outro lado da sala, ali havia um grande homem, sua voz, mesmo baixa ecoava pelas paredes, fazendo o salão tremer.

- venha ter comigo depois Levi – disse o rei enquanto se sentava novamente.

O homem que entrara no recinto era grande e forte, uma longa cicatriz atravessava-lhe o rosto, desde a testa ate os lábios, tinha cabelos longos e prateados, seu tom de pele acobreado dizia a todos que não ficava dentro de palácios. Vestia uma camisa de couro fervido costurado ao ferro, e junto com ela trazia a areia de fora.

- Se me der a licença, meu rei – disse sentando-se, colocando um machado de duas laminas sobre a mesa

- Todos já deveriam ter feio o mesmo Touro – Lucio olhou ao redor e não tardou muito ate todos Azam e Agatha se sentarem.

A atmosfera no ambiente não estava boa.

- A situação é critica, como todos sabem um dos guerreiros d'A Ordem interrompeu uma execução ontem, de um garoto que estava sendo escondido por Sirius – começou Lucio, seus olhos estavam fixos em um ponto na parede – chamei-vos aqui para me darem conselhos, afinal são para isso que os criei.

- As buscas pelo reino já começaram, mas creio que eles não estão mais em Infinit-flame. – Azam disse calmamente

- Imaginei, e não seria nada prudente levar meus soldados para as áreas de meus irmãos não é mesmo?

Azam era o general do exercito do deserto, comandava mais de cinco mil criaturas, quase um decimo do reino, apesar disso, comparados com os outros irmãos de Lucio, o exercito dele era muito inferior em relação a números, não poderia arriscar uma guerra, mandando homens para o outro lado da fronteira.

- Se me permite meu rei – todos se viraram para Agatha – por que não usar os civis a nosso favor? – começou – espalhe cartazes com recompensa pelos reinos, logo os encontraremos pelas mãos dos próprios civis.

Lucio começou com uma leve risada, aos poucos os outros o acompanharam exceto Agatha e Touro que estava de braços cruzados e olhos fechados.

- Inteligente meu pequeno diamante negro – Lucio olhou para ela – no entanto, quem caçamos é um dos quatro homens mais poderosos dos cinco reinos, Morpheu, o emissário da morte. Este nome lhe parece familiar?

A mulher olhou para baixo, calou-se. O nome de Morpheu não lhe era estranho, era d'A Ordem, cavaleiros tão poderosos que poderiam subjugar um rei, essa eram as lendas, tais guerreiros nunca deveriam se revelar à civis, apenas aos reis e as entidades. Se Morpheu estivesse a defender o garoto, não seria fácil de recuperá-lo. No entanto, por que Lucio, um rei tão poderoso estaria se incomodando com um simples garoto indefinido?

- Talvez consigamos atrair o garoto para cá meu rei – era a vez e Levi falar – ele quer o pai de volta, foi assim de descobriu sua forma primordial...

- Forma primordial, ninguém falou nada de forma primaria! – Azam esbravejou cuspindo e interrompendo Levi. – estou arriscando meus poucos homens com uma abominação – olhou para Levi.

Ao longe uma risada ecoou.

- Corvos brigam por pouca carniça mesmo – dizia a voz rindo, era aguda e jovem

- Tem uma ideia melhor então? – Levi olhava para todos os lados procurando o dono da voz

A risada continuava, as velas nas paredes tremeram, sombras dançaram e um vento forte tomou conta do lugar.

- Ora, ora meu querido cara de lagarto, claro que tenho.

O vento parou, em cima da mesa, deitado de frente para Levi surgiu um homem, cabelos negros e lisos, cortados aos ombros, tinha olhos roxos, magro. Dentes brancos enfeitavam sua grande boca.

Lucio se mantinha de braços cruzados fechara os olhos assim como Touro, isto ajudava a pensar.

- Pois então diga seu maravilhoso plano, Abel.

- Por meu rei, eu mesmo irei atrás daquela criaturinha desprezível – disse erguendo-se e sentando na mesa, materializou um cigarro e em seguida, na ponta do dedo, materializou fogo, acendeu o cigarro e esperou Lucio falar.

- Já esperava que você se oferecesse, é o segundo melhor para este serviço – disse olhando para Touro – que seja então, este circo já estava a me irritar mesmo.

Lucio levantou-se sem pedir licença e caminhou a passos largos. Parou no portal.

- Apenas uma coisa Abel – virou-se e todos olharam para o jovem sentado na mesa – não volte ao deserto se falhar.

- Ora, ora meu rei – disse baixo, soltando algumas bolas de fumaça quando Lucio saiu – eu não pretendia voltar mesmo. 

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