O Ceifador - (APENAS DEGUSTAÇ...

Oleh LysaMoura

1.3M 59.9K 8.6K

Esse livro será postado depois da recuperação da minha operação. Mais ou menos em Dezembro. LIVRO REGISTRADO... Lebih Banyak

Sinopse
Prólogo
Capítulo Dois - nuvem negra
Capítulo Três - alerta, PERIGO!
Capítulo Quatro - o Ceifador ataca
Capítulo Cinco - cacos pelo chão
Capítulo Seis - devo ficar ou devo ir?
Bônus
Conhecendo os Callahan's
Capítulo Sete - ratos tem que morrer
Capítulo Oito - fraqueza
Atendendo aos pedidos
Capítulo Nove - Tensão
Capítulo Dez - Alvo
Atenção!!
Explicação
Explicação sobre os personagens
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LEITURA COLETIVA - O CEIFADOR

Capítulo Um - um mundo diferente

51.6K 4.1K 763
Oleh LysaMoura

Olá, olá, olá amorecos! Estou de volta, mas antes, por favor, quero que me entendam. Estou operada, operei a coluna, uma operação de risco e complicada. Estou liberada para certas coisas, mas não posso fazer esforço como ficar muito tempo sentada escrevendo. Começarei as postagens do livro hoje. 

POSTAREI TODAS AS TERÇAS. Por enquanto será uma postagem por semana. O livro está fluindo, mas não tem ainda muitos capítulos prontos, é por isso que postarei uma capítulo por vez, não consigo escrever muito e ainda mês que vem estarei fazendo fisioterapia, então complica um pouco. Espero que me entendam.

Bem, agora vamos ao que interessa. Espero de coração que aproveitem essa nova estória e que curtam, comentem e compartilhem com amigos. É complicado escrever sobre algo que desconheço e um novo assunto para mim. Espero que gostem.

Não se esqueçam dos comentários e das estrelinhas. Beijos e abraços. BOA LEITURA!

TEXTO SEM REVISÃO...

PS. eu sempre posto uma música para cada capítulo, hoje farei diferente. Vamos fazer assim, você ler o capítulo e depois veem uma música internacional que combine com o capítulo. Me mande no privado ou em meu email com seu nome e o nome da música que acha que combine. Olharei cada música e escolherei uma para colocar no livro, a música escolhida a pessoa que a escolhei receberá um brinde! Anunciarei aqui e no privado a vencedora.

Email: lysamourarp

***

Sophia– dois meses atrás


Seguro as lágrimas que insistem em cair enquanto olho para minha mãe deitada na cama com dor. Não é fácil ver a pessoa que você ama sofrendo. Não só isso, mamãe é a única pessoa que tenho nesse momento como apoio e eu não quero perdê-la.

Eu e minha irmanzinha precisamos dela, Ariel só tem quatro anos. Ela precisa da mãe dela.

Depois que descobrimos que ela tinha câncer nos ossos, eu tranquei a matrícula na faculdade para poder cuidar dela, da minha irmã e te rum emprego. Eu não podia me dá o luxo de estudar, trabalhar e ainda cuidar da minha mãe e irmã. A vida me ensinou a ter prioridades e nesse momento, mamãe é a minha maior prioridade.

-Pode ir tranquila, querida. Vou ficar bem. - Mamãe diz tentando me confortar, mas sei que ela não ficará bem. Preciso de alguém para ficar com ela enquanto saio para procurar um emprego. E quando eu conseguir um, preciso de alguém para cuidar dela, principalmente uma enfermeira.

Deixá-la sozinha hoje para uma entrevista de emprego não é nada confortável, espero ao menos conseguir o emprego. Essa foi a última opção. Tenho que conseguir. Meu corpo não é ruim, sei que sou bonita e que tenho um corpo de matar e estou prestes a usá-lo para conseguir dinheiro.

Não é o que eu estava procurando, mas nesse momento é tudo que posso.Ser garçonete em um dos maiores clubes de Stripper's de Nova Iorque '' País das Maravilhas ''. Só o nome me dá calafrios. Espero que seja ao menos descente.

- Eu sei, mamãe. Mas mesmo assim fico preocupada com a senhora. - Digo a ela. Abaixo-me para ficar a sua altura e beijo sua testa. - Qualquer coisa me liga, tá bom?

-Vai, garota. Boa sorte com a entrevista e pode deixar que se eu me sentir mal eu ligarei. - Ela diz me enxotando do quarto.

Mamãe pode está doente, mas como ela sempre diz, ela não está morta e  sabe se impor quando precisa.  

É claro que ela não sabe para o que estou me candidatando. Para ela estou indo para ser administradora de um restaurante, já que consegui fazer um curso de administração antes da faculdade e posso trabalhar nessa área. Mas se ela souber que vou é ser garçonete em um clube de Stripper? Não, mamãe não aceitaria. Não se ela souber quem é o dono e o que eles fazem.

Não que tenhamos certeza. Mas ouvimos boatos e na maioria dos casos, boatos são uma parte da verdade. De uma coisa eu sei, Os Callahan's são temidos, poderosos e mortais. E pela primeira vez estou tendo a ''sorte'' de conhecê-los, bem, de trabalhar para um deles.

- Te amo, querida. - Mamãe diz. Sorrio com carinho para ela.

- Eu também a amo, mamãe, eu também. - Beijo sua testa com carinho e saio do quarto.

Do lado de fora da casa vou até a minha vizinha para avisar que assim que eu chegar da entrevista eu pego Ariel. Beijo a testa da minha irmã que está dormindo no sofá e aceno para a vizinha. Volto para a garagem de casa e entro no nosso carro velho, mas que é um amuleto da sorte para nós duas nesse momento, já que precisamos tanto dele para podermos nos locomover.

Nós temos sorte de termos uma casa para morar. Foi a única coisa boa que papai nos deixou além de Ariel. Sem a casa nós não saberíamos oque fazer. Ao menos isso ele serviu para alguma coisa.

No caminho para o Clube penso no que fazer e como me comportar, não estou acostumada a ter atenção dos homens sobre mim. Não, espera. Bem, eu tenho atenção dos homens sobre mim e já me acostumei com isso, mas não é algo que eu faça de propósito. É apenas como eu sou, meu corpo chama atenção em qualquer lugar, mas agora é diferente. Eu terei que fazer com que eles me notem. Que eles me queiram, só assim ganharei dinheiro suficiente para cuidar da minha mãe e irmã. Nesse momento as duas precisam de mim e farei o que for preciso para cuidar de ambas.

O que mais está me deixando nervosa é que me envolverei em um mundo desconhecido para mim. Um mundo que é tudo ou nada e estou com medo. Medo de me envolver demais e colocar todas em perigo. Sei que o que preciso é me concentrar no trabalho e mais nada, mas é difícil não ver ou ouvir coisas em um lugar público. Posso não conhecer os irmãos Callahan's, mas já ouvir falar deles e o quão poderosos e perigosos são.

Olho para o endereço do Clube em meu celular para saber se estou indo em direção certa. Nunca fui ou sei onde é o clube. Primeiro que ele fica situado em uma área nobre da cidade. Onde só os poderosos vão e eu estou longe de ser poderosa e outra que descobrir sobre a contratação pelo site. Veja bem, '' O país das Maravilhas'' é exclusivo, cheio de burocracias, não é para qualquer pessoa. Muito menos para mim. Por sorte consegui uma entrevista, já que é disputado até para trabalhar lá dentro.

Rolo os olhos ao relembrar as regras do Clube e o que é necessário para conseguir um minuto do supervisor. Espero que eu consiga impressionar o homem, assim ele me passará para o Sr. Caspen Callahan e por sorte ele me contratará. Já que é apenas ele e só ele que dá a resposta final, imagino que ele deva intimidar um pouco os funcionários e ver se são bons o suficiente antes da contratação.

Porque é muito difícil o próprio CEO contratar seus funcionários. Sempre tem alguém para fazer isso.

Minhas mãos começam a suar a medida em que chego perto do Clube. Tenho que controlar todo o nervosismo e a tensão em meu corpo. Não posso demonstrar medo e o poder que o nome Callahan tem em mim.

Paro o carro na frente de um grande portão. Enrugo a testa, isso é estranho. O clube não se parece um clube e sim uma mansã.

-Posso ajudá-la, Senhorita? - Pulo ao ouvir a voz e a batida na janela do meu carro.

Abro o vidro engolindo em seco a olhar para o enorme cara parado ao lado do meu carro me encarrando com uma careta. Deve ser engraçado para ele ver um carro como o meu parado em um lugar como esse. Engolindo meu medo, tento controlar meu riso sarcástico.

-Sim, tenho uma entrevista de emprego. - Respondo a ele.

- Seu nome, por favor? - Pede com a voz grave.

- S-Sophia Clarker. - Respondo a ele.

Para a minha surpresa ele pega seu celular e por alguns segundos mexe nele. Acenando com a cabeça ele volta a guardar o celular e olha para mim. Seu olhar é tão intenso e assustador que me controlo para não tremer.

Mantenha a calma, Sophia. Não demonstre medo, principalmente se for trabalhar aqui, se acostume, mulher. Converso comigo mesma em minha mente.

- Você está me ouvindo? - O grandalhão pergunta me assustando mais uma vez.

- Não, me desculpe. O que disse? - Pergunto um pouco constrangida.

Ele suspira passando a mão pela cabeça careca.

- Menina, se for trabalhar aqui terá que ser mais forte e parar de se assustar ou treme toda vez que alguém falar ou se aproximar de você. - Diz ele olhando bem em meus olhos. - Se não será esmagada aí dentro.

Aceno com a cabeça descontroladamente. Balançando a cabeça ele me dá um pequeno sorriso.

- Novatas. - Resmunga ele. - Eu disse que é para virara esquerda que é onde fica o estacionamento dos funcionários, sua vaga é a 5A. - Pisca ao voltar para o seu posto.

Ligo o carro e faço conforme ele me orientou. É realmente impressionante e organizado. Estacionamento para funcionários? Vaga reservada para uma entrevista? Meu Deus! Em que mundo acabei de entrar?

Estaciono meu carro na vaga, antes de sair fecho os olhos respirando fundo controlando todo meu nervosismo e pânico. Não faço ideia do que me espera lá dentro. Pensando bem, nem se vim com roupa adequada. Só de olhar para isso tudo percebo que não pertenço aqui. Isso é muito. Muito para uma menina como eu. Que vive no meu mundo.

Saio do carro para dá de cara com uma jovem sorridente com uma celular na mão.

- Olá, você deve ser Sophia Clarker, eu sou sua guia está noite. - Ela diz animadamente.

Uou, eu tenho uma guia? Alguém para me levar e me trazer de volta? Realmente esse lugar é demais para o meu gosto.Essa coisa de ter tudo anotado e todos sabendo quem eu sou não é com que estou acostumada.

- Sim, sou eu. - Respondo a ela.

-Siga-me, por favor. Sr. Callahan está em uma pequena reunião e pede desculpa pelo atraso ao atendê-la esta noite, ele pediu para que eu a leve até a sala de espera. - A menina diz, ela me olha de cima abaixo e me sinto incomodada com sua avaliação. - Ah, me desculpa. Sou Bellatrix, mas todos me chama de Bella.

Bellatrix começa a caminhar e eu a sigo olhando em minha volta. Extravagante. Essa é a palavra ideal para esse clube que parece mais uma mansão do que um clube. Bem estranho. Mas o que eu sei sobre esse mundo de ricos e poderosos?

- Pensei que o supervisor que fosse me entrevistar primeiro. - Digo baixinho não sabendo se ela me ouviu.

Bellatrix para e se vira para mim me dando um olhar estranho.

- Sim, era ele, mas houve algo para ele resolver de última hora, sinta-se com sorte por Caspen vê-la direto. - Ela dando um sorrisinho, não sei se foi real ou falso, mas o que me importa?

- Grande sorte. - Sussurro com desdém.

- Disse alguma coisa? - Pergunta ela jogando seu cabelo loiro platinado falso para trás.

- Não, nada. - Respondo.

Dando de ombros ela me dá as costas e volta a caminhar. Isso aqui vai ser bem complicado pelo que estou vendo.

Dinheiro.

Poder.

Falsidade.

Extravagância.

Não, não é o que estou acostumada e não, não gosto nem um pouco.


***



Para a minha surpresa, não entramos pela porta principal. Bufo, não é nenhuma surpresa já que funcionários tem seu próprio estacionamento, então é óbvio que teriam também sua própria porta de entrada.

Minha boca cai aberta quando vejo a área em que entramos, é uma sala grande com lustres com flores e cores vermelhas, pisco algumas vezes tentando entender tudo o que vejo.Mordo meus lábios segurando o riso quando entendo o nome ''O País das Maravilhas'', é claro que se refere ao filme Alice.

- Essa é a área dos funcionários. Ficamos aqui para descansar um pouco ou para conversarmos. Do outro lado tem outra sala para a preparação das meninas antes de começarem, tem também cozinha e banheiros para funcionários, do outro lado é o elevador que vai direto para o escritório que é no quarto e último andar.Ninguém é permitido lá a não ser a administradora, o supervisor e o gerente a não ser que o Sr. Callahan chame. - Rolo os olhos sem ela ver.

Tudo aqui parece girar em todo do grande e magnífico Callahan. Uma pena, pois ele não faz meu mundo.

Sento-me em uma poltrona e espero. Bellatrix fala sem parar, mas não presto muita atenção ao que ela fala. Estou muito abismada com o lugar. Deslumbrada com tudo e com toda a riqueza que existe em minha volta e eu nem sabia.

- Sophia, pode subir, Callahan está esperando-a. -Bellatrix diz. Pisco algumas vezes olhando para ela sem saber o quefazer.

Molho meus lábios em nervosismo.

- Desculpa, o que disse? - Pergunto.

Suspirando, Bellatrix estreita os olhos para mim.

- Meu Deus! Venha, vou levá-la, se não é capaz de se perder por aí e isso não seria bom. - Caminho atrás dela até o elevador.

Quando as portas se fecham começo a me sentir em pânico. Meu coração acelera e minhas mãos tremem.

Se controla Sophia. Pare com isso já. Você não pode ficar com medo ou tensa perto de todos aqui. Eles não vão contratá-la se demonstrar pânico. Repreendo-me mentalmente.

Finalmente as portas se abrem. O andar é mais sombrio e frio me dando arrepios. Esfrego meus braços em sinal de nervosismo.

- Eu fico por aqui. É só ir reto e virar a sua esquerda, é a única porta a sua frente. Basta bater e entrar. -Bellatrix diz. A porta do elevador se fecha a levando embora.

Olho a minha volta. Meu Deus, a onde eu fui me meter? Alguém limpa a garganta atrás de mim, viro-me assustada e dou de cara com mais um armário.

- D-desculpa. - Digo a ao cara me encarando. - Estou aqui para a entrevista.

- Basta ir onde a mandaram. - O homem diz em seco.

Começo a caminhar em passos lentos. O corredor é escuro, as cores também não ajudam, marrom e vermelho escuro. Os lustres são dourados e algo me diz que são todos de ouro. Esfrego minhas bochechas, o frio em minha barriga só aumenta.

Tenho que conseguir esse emprego. Passar por tudo isso e sair daqui de mãos abanando não dá.

Viro conforme me mandaram e paro em frente a grande porta de madeira. Respiro fundo controlando minha respiração.

Fique tranquila. Não trema. Não gagueje. Apenas relaxa. É só mais uma das muitas entrevistas que você já deu. Não há nada de novo ou diferente. Repito mais e mais na minha mente, mas a quem eu estou tentando enganar? Tudo é diferente.

- Você vai entrar ou vai ficar aí encarando minha porta? - Pulo com o som da voz do outro lado da porta.

- Droga. - Esbravejo baixinho. Olho para cima e vejo uma câmera bem em cima da minha cabeça.

Burra. Burra. Burra. É claro que esse lugar é monitorado. Que vergonha, Sophia.

- Entre, Sophia. - A voz é rouca, mas cheia de humor.

Que ótimo. Estou sendo entretenimento para Caspen Callahan hoje. Minha mão vai para a maçaneta da porta que por falar é muito pesada, eu a giro abrindo a porta e dando de cara com um espetáculo de homem. Pisco meus olhos para entender o que estou vendo, para saber se realmente é real. E é real.

Meu Deus! É muito real.

O homem é um espetáculo. Isso tinha que ser proibido. Sim. Homens maus não podiam ser bonitos. Não, Caspen não é só bonito, ele é sexy, seus olhos azuis são incríveis e a mandíbula quadrada é de deixar qualquer mulher de perna bambas, sem falar no pequeno sorriso que ele está me dando.

O cara sabe que estou afetada. E ele usa seu charme como uma arma. Uma boa e incrível arma.

Estou ferrada.

Caspen limpa a garganta, balanço a cabeça tentando voltar ao agora e me concentrar no que estou fazendo aqui.

- De-desculpe-me o que estávamos falando? - Droga, gaguejo logo de primeira.

Ele me dá um sorrisinho fazendo com que minhas pernas tremam.

- Nós não estávamos falando, ainda. - Responde ele achando meu jeito engraçado.

- Oh. - É tudo o que consigo dizer. Sem graça olho para os meus pés.

- Venha e sente-se, Sophia. Temos alguns assuntos para conversarmos. - Caspen aponta para a cadeira a minha frente e senta-se na sua atrás da mesa.

Pela primeira vez reparo em seu escritório. É bem grande e cheia de livros por toda a parte. Atrás dele tem quatro delas de computador mostrando todo o clube e tudo o que está acontecendo. Vejo também a imagem de sua porta por uma das telas. Sorrio. Sim, ele viu todo o meu momento pensativo.

- Sophia, certo? Posso chamá-la assim ou você prefere Senhorita Clarker? - Pergunta ele.

- S-Sophia. - Respondo a ele. Fecho os olhos sentindo minhas bochechas esquentarem.

Sempre gaguejando. Pare com isso, Sophia.

Mas que culpa eu tenho? Caspen parece um deus grego.Lindo de deixar qualquer um de queixo caído de calcinha molhada. Se ele é assim, imagina os outros irmãos? Estou completamente ferrada.

- Eu estava lendo seu currículo e você fez curso de administração e começou a faculdade e depois parou, estou certo? -Sua voz é rouca e me perco nele.

É sério, como posso me concentrar na entrevista sendo que o homem que está me entrevistando é um deus? Não consigo formar uma palavra que já começo a gagueja e falar errado. O homem, gostoso.

Controla-se!

- Sim, fiz o curso e o conclui, mas parei na metade da faculdade. - Respondo a ele soltando um suspiro satisfeito por eu não ter gaguejado e nem parado para me controlar.

- Por que parou? - Ele está sério e sei que terei que ser sincera se quero trabalhar para ele, não que seja um problema é só que a pergunta é pessoal para mim e não quero pena de ninguém.

Respirando fundo e sabendo que não tenho como escapar da pergunta respondo a ele.

- Mamãe ficou doente, então tive que conseguir um emprego para ajudar a ele e cuidar da minha irmã mais nova, não pude me dá o luxo de ter um emprego, cuidar da minha mãe e irmã e ainda ir para a faculdade. Tive que escolher o que era prioridade. -Digo a ele. Caspen me encara por alguns segundos sem dizer nada.

- Entendo, sinto muito por vocês, - Ele diz. Dou de ombros como se não fosse nada.

- Existem pessoas em situações piores. - Comento baixinho não sabendo se ele me ouviu.

- Sim, existe. - Bem, isso responde meu comentário anterior. - Vejo que já tem experiência como garçonete. Tem certeza que quer fazer isso além de outra coisa?

Seu olhar vai para o meu corpo avaliando-me. Meu corpo treme ao seu olhar. Nego com a cabeça me sentindo desconfortável.

- Tenho certeza, não estou aqui para outra coisa além de servi. Não me leve a mal, mas não quero atenção para o meu corpo, não esse tipo de atenção. - Mexo minhas mãos em nervosismo.

Essa entrevista está indo para um lugar bem diferente do que imaginei. Eu só quero servir mesas e nada mais. Não quero dançar para homens desconhecidos, não quero mãos em meu corpo. Eu só quero ganhar dinheiro que dê para sustentar a casa e ajudar minha mãe. Nada mais. Pois o dinheiro que ela ganha paga apenas os remédios. Preciso de alguém para ajudá-la, preciso pagar as conta se alimentos. Não preciso dançar ou ficar nua para estranhos ricos e nojentos. Não que eu fale isso em voz audível.

- Te entendo. Ganharia mais dinheiro como dançarina.- Ele me dá um sorrisinho maldoso.

Mexo-me desconfortavelmente em minha cadeira.

- Só preciso do suficiente, nada mais e nada menos. -Sou firma na minha decisão.

Não acho desonroso quem tirar a roupa ou vende seu corpo por dinheiro. Muitas não tem opção e escolhe o mais fácil que não se torna tão fácil assim depois. Muitas não tem como sair demais. O Clube ''País das Maravilhas'' não vende mulheres, não há prostituição. Não que eu saiba, e se existe, sei que eles cuidam muito bem de todos. Foi por isso que escolhi tentar uma entrevista.Eles são bons no sentindo de contratação. Pagam bem, dão cartão de alimentação, plano de saúde, eles cuidam dos seus e acho que é por isso que é exclusivo.

Eles não te obrigam a nada.

- Tudo bem, vamos começar com um período de teste e conhecimento. Você irá vim todo o final semana das seis da tarde até à meia noite. O que conseguir é seu, não pegamos porcentagem das gorjetas, se você consegui ficar e se sair bem durante o primeiro mês a vaga é sua. Você terá que aceitar as regras e assinar um termo de treinamento e depois de contratação. - Ele diz abrindo uma gaveta e pegando uma pasta com vários papéis dentro. -Tudo bem para você?

- Sim. - Respondo a ele secando minhas mãos suadas em minha calça.

- Vou deixá-la ler tranquilamente e depois volto para saber se concorda com os termos. - Ele pisca para mim me dando um sorriso sedutor e sai do escritório me deixando com vários papéis para ler.

Sozinha, abro a pasta e começo a ler. Tem realmente muita coisa e muitas regras.

1- Nada do que eu ver ou ouvir eu posso falar por aí,tudo o que acontece no clube tem que ficar no clube. Sou paga apenas para servir e não para bisbilhotar.

2- O quarto andar é proibido a não ser se eu for chamada.

3- Tudo o que eu fizer será minha responsabilidade.

4- Se eu quiser dormir com alguém ou me envolver com qualquer cliente ou funcionário terá que ser fora do Clube e os Callahan's não se responsabilizam por quaisquer consequências.

É claro que tudo está listado e cheio de ordens e código penais. Depois de alguns minutos lendo o contrato a porta de abre. Viro minha cabeça pensando que Caspen está de volta, mas quem entra é um homem baixinho e ruivo com um grande sorriso amigável no rosto. Meu corpo relaxa.

- Sinto muito, mas houve um problema em casa que o Sr. Callahan teve que resolver, eu sou Max o gerente e estou aqui para saber e combinar com você o que decidir. - Max estende a mão e eu a aperto.

- Sou Sophia e é um prazer conhecê-lo. - Me apresento a ele. Max acena com a cabeça. Posso imaginar que ele já sabia meu nome.

- Teve tempo suficiente para ler ou quer mais tempo? -Pergunto ao apontar para os papéis que estavam em minhas mão.

- Já li, obrigada por pergunta. - Respondo a ele. -Tem uma caneta para eu assinar?

Max acena com a cabeça. Ele pega uma caneta e me entrega, assino os papéis. Uma cópia é minha e a outra é do clube.

Entrego os papéis e a caneta para Max que ler e concorda com a cabeça.

- Bom, isso é bom. - Ele diz me dando um grandesorriso. - Seja bem-vinda ao País das Maravilhas, Sophia. Venha, vou mostrá-la ao redor.

Sigo-o para fora. Max me leva até o andar de baixo me mostrando todas as áreas do Clube e onde os funcionários ficam.

- Aqui é seu quarto para se trocar e se preparar, cada quarto acomoda três meninas. Essa é a roupa que irá vestir. Temos três peças para cada uma das meninas. Você pode ficar a vontade por aqui. Junto com suas companheiras de quarto você terá um segurança responsável. Esse quarto é responsabilidade do Will, ele é ótimo, mas se tiver qualquer problema com ele é só reportar para a responsável das meninas que é Annabel. Você irá conhecê-la daqui a pouco. - Max me mostra mais alguns lugares.

No momento que acabamos estou cansada e com os pés doendo. Sem falar na dor de cabeça que começo a sentir. O lugar é enorme e são muitas coisas para absorver, muitos nomes para gravar. Annabel é simpática e me tratou super bem, algumas das meninas que conheci foram um pouco geladas, mas nada do que eu não esteja acostumada.

Antes de eu ir embora, Max me entregou meu turno para o treinamento e me deixou nas mão de Bellatrix que me levou até meu carro.

- Foi um prazer conhecê-la, Sophia e espero que você se dê bem no treinamento. Gosto de você. - Ela diz me dando um sorriso.

- Obrigada, também espero me dá bem, preciso do trabalho. - Digo a ela sendo sincera.

- Nós vemos no final de semana. - Bella me dá um aceno.

Entro no meu carro o ligando e dando a volta pelo estacionamento para a saída onde encontro o segurança que me deixou entrar.

- Acho que passou na entrevista? - Pergunta ele me dando um sorriso.

- Como você sabe? - Questiono.

- Você tem um sorriso no rosto, menina. - Responde rindo.

- Ops.

- Sou Jace e fico na entrada com mais alguns seguranças, mas você não pode vê-los, quando não sou eu que estou aqui é o Matt. Você vai gostar dele, só não dê muita bola, ele se acha. - Jace diz sorrindo para mim. - Seja bem vinda e nos vemos no final de semana, Sophia.

Ele tabe no teto do carro e libera o portão para eu passar.

- Até a próxima. - Grito acenando pela janela.

Com um sorriso no rosto eu dirijo para casa. Eu consegui.

Eu realmente consegui...

Só espero conseguir passar por tudo isso e ficar de vez. Espera. Eu só espero aguentar todo o charme dos Callahan's e não cair nos encantos de um deles e Deus me ajude, pois se um Callahan é de tirar o fôlego, imagina os outros...

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