Eu não estava louca a ponto de imaginar um David cheio de arranhões e com o supercílio sangrando, não definitivamente eu não estava imaginando nada, era ele mesmo, Jesus era ele mesmo!
Ele tinha o sorriso mais lindo em seus lábios, sem pensar corri em sua direção e me lancei em seus braços, com cuidado para não machucá-lo mas com força o suficiente para ter certeza de que era ele mesmo, de que eu teria uma nova chance de ser feliz!
Eu chorava igual uma criança, enquanto ele tinha os braços ao redor da minha cintura e beijava o topo da minha cabeça.
- David eu fiquei com tanto medo, tanto medo de perder você - me afastei olhando em seus olhos também marejados - Ah David eu amo tanto você - tornei a abraçá-lo e percebi que ele havia ficado estático com o que eu acabara de dizer, mas eu estava tão feliz que nem pensei antes de falar.
Eu o soltei o ajudando a entrar em casa, Sandra correu até o filho chorando copiosamente, e vi Edward olhando para o céu e agradecendo a Deus baixinho, Brooklyn se juntou a nós e assim que soltou o pai Connor se aproximou de David:
- Irmão você quase mata a gente de susto - Disse abraçando David.
- É não foi dessa vez - David sorria e eu estava gritando de felicidade dentro de mim.
- Pare de falar besteiras David – Sandra retrucou e David sorriu.
Brooklyn, Connor e Sandra metralhavam David de perguntas e o mesmo nos informou que saltou do carro antes dele capotar, andou alguns quilômetros até pedir carona a um caminhoneiro.
Me sentei no sofá ouvindo e admirando ele.
- Filho você devia ter ligado – Sandra reclamava.
- Mãe meu celular estava no carro e eu estava tão cansado, só queria chegar em casa.
-Bom irmão eu vou indo, você precisa descansar. – Connor abraçou David mais uma vez se despedindo
- Obrigado por ter ficado aqui com eles
- Imagine - eles se abraçaram - Você tem uma mulher incrível ao seu lado meu amigo - Connor falou baixo, apenas para David que apenas sorriu.
- Nós também já vamos filho, Isa cuide de nosso menino - ela piscou pra mim
- Pode deixar Sandra – A abracei me despedindo
Eles se despediram de David e foram.
- Pai você "tá" bem mesmo? – Brooklyn abraçava David pela quarta vez
- Sim filho, e seus irmãos?
- Estão bem, Isa cuidou de nós. – Eu apenas assistia a cena.
- Que bom, agora vamos dormir filho, já é muito tarde e eu estou todo quebrado!
-"Tá" bom pai, boa noite - ele abraçou David e me abraçou - Boa noite Isa.
-Boa noite meu bem
Restou apenas nós dois e minha sanidade me alertava sobre o que eu havia dito, eu não estava arrependida, só tinha medo de ser magoada novamente.
David me encarava, eu estava sentada no sofá, um pouco nervosa talvez.
- Precisa de algo David? Eu posso fazer algo por você?
A medida em que eu falava ele caminhava em minha direção.
- Preciso sim Isa.
Ele se aproximou me puxando pelo braço fazendo eu me chocar com seu peitoral e sem demora abocanhou minha boca com a sua de modo quente e possessivo, deixando-me tão trêmula como uma chama de vela.
Encerramos o beijo e olhei em seus olhos
- Vou cuidar de você.
Ele assentiu me abraçando, e assim subimos até seu quarto.
- Tome um banho, vou buscar a caixinha de remédios.
Ele não disse nada, apenas assentiu e se aproximou de mim
- Posso te pedir uma coisa? – Ele me olhava tão furtivamente que me senti nua.
- Claro David
- Fique comigo essa noite – Me beijou novamente sem me dar tempo de pensar com clareza.
- S-sim David.
Ele me deu um selinho e se encaminhou para o banheiro, só então me dei conta que eu não havia tomado banho ainda, Jesus, corri até meu quarto, tomei um banho, coloquei uma blusinha e um shorts, um penhoar por cima, peguei os remédios e corri até o quarto de David, com certeza ele já teria tomado seu banho, mas para minha surpresa não, assim que entrei em seu quarto David saia do banheiro, apenas de cueca e minha boca ficou seca na hora.
Limpei a garganta
- Isabela, me desculpe estar assim, mas minhas pernas estão ardendo não consegui colocar a calça
- Só então percebi o quanto suas pernas estavam arranhadas.
- Tudo bem David, venha, deixe eu cuidar dos seus machucados.
Ele sentou na beirada da cama e eu me coloquei entre suas pernas, seu supercílio ainda sangrava um pouco, limpei todos os seus machucados, passei pomada em alguns lugares e fiz curativos.
- Amanhã cedo vamos ao hospital está bem?
Ele assentiu, recolhi as coisas e coloquei sobre um móvel, ele continuava sentado me encarando
- O que foi David? –
Me aproximei dele passando a mão sore seus cabelos, ele fechou os olhos.
- Senti tanto medo
- David, já passou – abracei seu rosto e ele envolveu seus braços em meu quadril – O importante é que você está aqui e está bem.
David forçou meu quadril fazendo-me sentar em seu colo.
- Eu só pensava em você – Confessou passando a mão pelo meu rosto e eu sorri com aquela revelação.
- Se algo acontecesse com você eu nem sei o que faria David.
- Isabela, a minha proposta ainda está de pé, e julgando pelo que me disse quando cheguei, porque não damos uma chance a nós? – Ele me encarava.
A única coisa que fiz foi beija-lo da forma mais emocionada possível, acariciava seu rosto enquanto nossas bocas pareciam querer não soltar mais.
- David ... – Sussurrei com minha testa grudada na sua
- Isso é um sim? – Ele sussurrou de volta
- Sim, isso é um sim – Eu sorri e David me deu o sorriso mais lindo da face da terra e eu acariciei seu rosto.
Ficamos nos olhando por alguns segundos, mas eu sabia que David estava machucado e era melhor ele descansar.
- Vamos dormir? – Eu propus
- Vamos – Ele sorriu e eu sai de seu colo.
Arrumei a cama e nos deitamos e me surpreendi quando David deitou em meu ombro e abraçou minha cintura, eu me senti a mulher mais poderosa da vida.