Love Wings

By Primrosewords93

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"Diz-se que no amor, quando mais se dá, mais tem para se dar. Mas eu nunca tive nada para dar a ninguém. Às v... More

Capítulo 1.
Capítulo 2 .
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33
Capítulo 34.
capítulo 35.
capítulo 36.
capítulo 37.
capítulo 38
capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44. FIM!
PRODUTOS LOVE WINGS

Capítulo 6.

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By Primrosewords93

POV Rose

- Sobre o que vai ser a reunião? – Perguntei, enquanto olhava distraídamente pela janela, a caminho da empresa.

- Design sustentável. – Respondeu ele, sem desviar o olhar da estrada. Estava de novo frio e distante.

- Hmm, muito bem. E qual é o meu papel?

- Terá de receber as pessoas e encaminhá-las para a sala. – Explicou. – Vêm imensos designers de todo o mundo, pessoas realmente importantes.

“Pessoas realmente importantes.” Sempre com o seu síndrome irritante da superioridade. 

Ele estacionou o carro e eu saí, entrando no edifício, abrandando o passo de seguida para o acompanhar.

- Miss Everdeen, pode esperar aqui pelas pessoas enquanto eu vou tratar de umas questões. Se eu não chegar entretanto pode ir indo para a sala de reuniões que eu vou lá ter depois. Se algo correr mal, arranje forma de eles conseguirem fazer na mesma as apresentações. – Explicou calmamente.

Acenei silenciosamente, embora não tenha percebido a última parte. Vi-o virar costas, dirigindo-se para o andar superior, e sentei-me nos sofás brancos da entrada, aguardando.

- Olá Rose, dormiste bem? – Niall riu alto e deu-me um carinho beijinho na bochecha, fazendo-me sobressaltar. Não estou habituada a gestos tão espontâneos, muito menos de pessoas que nem conheço. Mas Niall é realmente amoroso e é impossível não gostar dele logo à primeira impressão.

- Olá Naill, então já sabes que dormi aqui? – Perguntei, confusa. Como é que ele sabe?!

- Eu passei pelo gabinete do Zayn ontem à noite. – Informou, sentando-se ao meu lado. – Então, pronta para receber os engravatadinhos todos?

Sorri, divertida. Ele próprio faz parte da classe dos engravatadinhos, ainda assim, age sem aquela arrogância do Malik, o que me agrada muito. Talvez devesse apresentar o Naill ao pessoal, eles haviam de gostar dele.

- Prontíssima! – Vi que começavam a chegar e despedi-me dele rapidamente, dirigindo-me para a porta.

É um grupo de 10 designers paisagisticos que vêm cá fazer uma apresentação sobre Design sustentável, isto é, associado à proteção do ambiente.

Encaminhei-os para a sala, como o combinado, mas a porta estava trancada.

- Vamos aguardar um momento, Mr. Malik deve estar mesmo a chegar. – Informei, esperando pacientemente.

Ao fim de um quarto de hora comecei a ficar nervosa. Ligo para ele pela quinta vez e ninguém atende, o segurança não me sabe dar informações e diz que não pode ceder-me a chave da sala.

“Se algo correr mal, arranje forma de eles conseguirem fazer na mesma as apresentações.”

Algo me diz que tenho de agir.

Finjo estar ao telefone por uns segundos e quando termino o meu pequeno teatrinho dirijo-me a eles todos.

- Muito bem. – Clareeio a voz para parecer mais segura de mim, embora não saiba o que fazer.  – Este é o ponto de encontro para seguirmos para o local onde vai ser realizada a demonstração. Mr. Malik está a assegurar-se que está tudo pronto para começar e agradece que esperem mais uns minutos. Vou só conferir se já está tudo pronto.

- Está bem. – Respondem eles, começando a ficar levemente aborrecidos.

Mantenho um passo regular até à esquina do corredor e aí desato a correr. Acho que tenho uma ideia, um bocado louca, mas pode resultar.

*

POV Zayn

            Observo-a a correr e começo a andar de um lado para o outro nervosamente. Ela vai meter o pé na argola e eu vou ter de a mandar embora, como a todas as outras.

Só que desta vez vai custar muito mais.

- Mais um teste, hein? – Niall entra na sala e senta-se confortávelmente num dos sofás. Esta secção do edifício está feita de forma a que se possa observar tudo o que acontece nos andares anteriores sem que nos vejam a nós. É bastante útil, na verdade, especialmente para este teste.

            - Sim. – Confirmo, sem tirar os olhos dela. Vejo que corre em direção ao bar, entrando pelas cozinhas a dentro.

Mas que raio?!

            - Que tal se está a sair?

            - A não ser que tente envenenar os homens ou então entretê-los com comida, não faço ideia o que ela está a tentar fazer.

- Zayn, deixa-a ficar.

Suspiro profundamente, enterrando o rosto nas mãos. Eu não posso dar-me ao luxo de criar simpatias. Não posso.

- Se ela passar nos testes.

- Zayn, isso é ridículo! A lealdade não se mede! Tu não podes…

Rose passa a correr de volta com uma toalha branca debaixo dos braços e um carrinho de mão cheio de almofadas roubadas dos sofás da entrada.

Eu não faço a menor ideia onde ela foi desencantar um carrinho de mão.

- O que é que ela está a fazer?! – Niall aproxima-se do vidro, assim como eu, observado Rose a arrancar flores artificiais das várias jarras ao longo dos corredores, sempre em passo apressado, e lançando tudo para o carrinho.

- Eu não faço ideia. Ela é completamente maluca.  

- No bom sentido.

Vejo Rose a dirigir-se para o terraço, e um sorriso desenha-se no meu rosto ao perceber o que ela está a tentar fazer. A empresa tem um pequeno terraço bem acolhedor com pufs brancos e pequenas mesinhas. Rose coloca as flores em cima das mesas, as almofadas nos pufs e empoleira-se numa das cadeiras para prender a toalha branca contra a parede. Treme ligeiramente ao descer da cadeira e o meu coração dá um pequeno sobressalto, que pára assim que ela aterra em segurança.

- O que é aquilo? – Pergunta Niall, referindo-se à toalha.

- Vais já ver.

Rose tira um pequeno aparelho da mala e apesar de não o ver daqui, eu sei o que é: um retroprojetor portátil.

Testa-o, exibindo umas imagens ao acaso na toalha branca, que serve de tela, e sorri triunfante.

Sem perder tempo, Rose corre até ao local onde eles a esperam, impacientes. Ela recupera a postura como se nada tivesse acontecido, caminhando calma e confiante. Se não fosse o ar corado, nada a denunciaria.

Gosto de a ver corada, mas afasto esse pensamento de imediato.

Ela conduz as pessoas até ao terraço, onde alguns dos cozinheiros do bar estão a distribuir bebidas. O ar de satisfação dos designers é mais que óbvio, e falam alegremente com Rose, que os incentiva a começar a apresentação, projetada na toalha.

- Está na hora de descer. – Informo, sorridente, dirigindo-me para a porta.

- Ela passou?! – Pergunta Niall, expectante.

Observo Rose uma última vez. Ela está encostada a um canto do terraço, bebendo algo colorido por uma palhinha e falando ocasionalmente com vários dos Designers. Eles estão encantados com ela. Respondo a Niall sem me voltar na sua direção:

- Com excelência.

*

POV Rose

Ele vai-me matar.

Eu fiz tudo isto sem a permissão dele e ele vai passar-se da cabeça e vai mandar-me embora. E nem vou sequer poder pagar a renda ao Lou e vou ter de sair do apartamento. Bonito.

Ele entra no terraço e eu encolho-me institivamente. A sua expressão está impenetrável, como sempre. Assim que ele se aproxima eu mordo o lábio, nervosa.

- Eu…desc…

- O que é isto, Miss Everdeen? – Pergunta ele, num sussurro, para não interromper as apresentações.

- Eu…ah..pois…

Ele dá uma pequena risada e pega numa bebida, bebendo um longo gole antes de falar. Acho que é a primeira vez que o ouço rir e tenho a certeza que não vou esquecer este som.

- Parabéns. – Um sorriso desenha-se no seu rosto e eu tenho de me concentrar para não deixar a minha mente divagar. – Esteve muito bem.

Ele afasta-se antes de eu poder responder e senta-se junto dos Designers, discutindo questões para as quais eu não estou nem aí. Volta e meia dou por mim a fixar o olhar nele e a perguntar-me o que será que lhe passa pela cabeça. Ele é tão pouco transparente, e isso agrada-me mais do que deveria.

De repente o meu telemóvel toca, despertando-me para a realidade. “D. Leila” aparece no ecrã. Eu sei que é a governanta de Zayn pois ele pediu-me para apontar o número dela para quando ele não pudesse atender.

 - Estou sim, boa tarde.

- Quem fala?! – Pergunta a senhora, nervosa, do outro lado da linha.

- Sou a Miss Everdeen, Dona Leila, a assistente do Mr. Malik.

- Onde está o menino Zayn? - Balbucia ela.

- Ele não pode atender neste momento, está em reunião. – Informo, mas pela forma como ela fala parece-me que se trata de algo importante.

- Chame-o, por favor.

- Mas ele…

- AGORA! – Ela grita do outro lado da linha.

Eu baixo o telemóvel e aproximo-me do local onde Mr. Malik conversava em voz baixa com algumas pessoas.

- Peço desculpa por interromper, Mr. Malik. – Dirijo-me a ele e chamo a sua atenção, interrompendo a discussão. – Pode acompanhar-me por favor?

- Ros… Miss Everdeen, o que é assim tão importante que não pode esperar?! – Sussurra ele, severamente. Não me passa despercebido o facto de ele quase me tratar pelo primeiro nome e estupidamente isso faz-me sentir uma certa agitação.

- Dona Leila está ao telefone. – Aviso, notando uma certa agitação no seu olhar.

- Diga-lhe que já lhe ligo dentro de 5 minutos.

Eu volto a colocar o telemóvel junto ao ouvido e repito o que ele me disse.

- Eu preciso de falar com ele, JÁ! – A senhora irrompe num choro desesperado e eu fico atrapalhada. – Diga-lhe que a Emma está no hospital!

Oh meu deus. A namorada.

- Mr. Malik…

- Cinco minutos! – Sussurra ele, severamente.

- Miss Emma está no hospital.

Então tudo aconteceu muito rápido: uma expressão de profundo choque atravessou o seu rosto assim que pronunciei aquele nome e as suas mãos tremeram. 

Ele levanta-se bruscamente e sai disparado do terraço, sem sequer se justificar perante o grupo de Designers. Consigo vê-lo correr em direção ao carro e arrancar a toda a velocidade.

Nunca o vi tão fora de si como neste momento. Só espero que tudo se resolva.

*

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