Acende-te, gozo da minha ternura,
Desperta, supera esta solidão,
Pois tu não fazes parte do meu horizonte,
Quanto menos da minha juventude.
Não és o que procuro,
É uma demência envolvente,
Na alma e na mente,
Que afundou meu ser na escuridão.
Bela indiferença, que arranca minha dignidade,
Pois teu anti-amor dilacerou
Minha existência e meu coração.
Restou-me apenas a demência.
Mostra-me o caminho para seguir em frente,
Bela, pois entreguei-te meu coração,
Perdi o sentido do mundo
E só conheço o sofrimento.
Hoje desejo transformar minha vida,
Esquecer-te e caminhar de cabeça erguida.
Ainda te quero? Talvez só na eternidade!
Ismael Ribeiro Lopes