Pov - Alessandro
Ter Dulce comigo estava sendo maravilhoso. Minha filha é um dos meus maiores orgulhos. Apesar de tudo, o trabalho está precisando de mim, não posso deixar ela sozinha nem com a dona Maria. Estive pensando esses dois dias, em contratar uma babá. Porém, não conheço uma que seja boa, confiável ou que tenha alguma experiência. Vou ver se consigo ainda para semana que vem.
O final de semana chegou e eu acordei cedo indo até o quarto da minha filha. Tão bom essa sensação de acordar e ter ela comigo. Abro a porta do seu quarto vendo ela dormir tranquila. Meu bem mais precioso. Sinto tanto por ela não ter nenhum irmão ou irmã. Sei que no fundo ela deve se sentir sozinha, pois é somente ela. Pretendo dar mais irmãos a ela. Porém, enquanto não acho a mulher certa para isso, mimo muito a minha filha.
- Bom dia meu amor. - desejo beijando sua cabeça. - Vamos acordar que o dia hoje é todo nosso.
- Bom dia papai. - disse ela acordando. - O que vamos fazer hoje?
- Você escolhe meu amor... Nosso final de semana está nas suas mãos.
Levantei da cama saindo do quarto para ela se arrumar. Fui para a cozinha e o cheiro de café já estava por toda a casa. Dona Maria é excepcional em tudo que faz.
- Bom dia, meu filho!
Ela saúda terminando de passar o café. Vou até ela beijando sua testa.
- Ótimo dia! - respondo sorrindo.
- É tão bom te ver sorrindo assim. - ela diz me olhando.
- Eu me sinto bem todas as vezes que tenho a minha filha comigo. Ela é o meu maior tesouro. - respondo sorrindo de novo.
- Eu sei bem disso, meu filho. Você sempre fica mais feliz quando ela está aqui. Aproveite muito com ela, pois o tempo passa rápido. - concordo com ela.
- E como passa. Ontem mesmo ela era pequeninha e não conseguia fazer nada sem mim. - digo. - Olha só agora, faz tudo sem mim.
- É por que eu cresci papai. - ela respondeu descendo as escadas. - Bom dia Dona Maria! - minha filha diz indo até ela receber um abraço.
- Bom dia, minha querida. O que gostaria para o café da manhã? - Maria pergunta.
- Que tal panquecas? - os olhos de Dulce até brilham quando ela fala.
- Panquecas então! - Maria diz fazendo minha filha dar pulos de alegria pela cozinha.
Enquanto dona Maria prepara as panquecas de Dulce, ela e eu vamos até a sala e ficamos conversando. Saber tudo sobre a minha filha é o essencial e o mais importante. Algum tempo depois vamos tomar nosso café para sairmos. Nosso final de semana será um dos incontáveis finais inesquecíveis.
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Após o café da manhã resolvi levar Dulce para passear no parque comigo. Assim poderíamos aproveitar o sol e conversarmos um pouco. Ver minha filha alegre me deixava feliz demais. Ela é o bem mais precioso que eu tenho e farei de tudo para que ninguém a machuque.
- Olha papai...
Ela me tira dos meus pensamentos apontando para uma barraca de doces.
- Você pode comprar para mim, por favor? - pede com seus olhinhos de cachorro abandonado.
- Certo. Só não vá contar a sua mãe que fico te dando doces. - pedi e ela afirmou com a cabeça.
Peguei o dinheiro e dei para ela ir comprar os doces, enquanto isso me sentei em um dos bancos ali do parque, que dava de frente para a barraca. O dia estava um pouco quente hoje, com um sol de rachar e poucas nuvens no céu. Minha vontade era de poder ir à piscina, mas Lauren me disse que Dulce ficou doente por esses dias, então achei melhor não arriscar a deixar mergulhar na água.
- Alessandro?
Alguém me chama novamente me tirando dos meus pensamentos.
- Noah! - exclamo vendo um dos meus amigos e brilhantes advogados correndo pelo parque. - Como está? - perguntei apertando sua mão.
- Vou bem e você? Curtindo o final de semana? - perguntou bebendo da sua água.
- Estou sim. Minha filha chegou para passar as férias comigo, então já sabe né? Passear, sair para comer fora entre outras coisas. - nós dois rimos. - E você?
- Estou sim. Todos os sábados eu saio para correr, tento arrastar minha melhor amiga comigo, mas aquela lá, não é de corridas matinais aos finais de semana. - ele comenta rindo.
- Olha papai, quantos doces! - exclama minha filha vindo até mim com uma cestinha de doces.
- Filha, esse é o Noah, amigo do papai. E Noah essa é Dulce, minha filha. - apresento eles.
- Oi tio, Noah! - Dulce o cumprimenta.
- Oi gatinha! - Noah diz sorrindo pra ela. - Aproveitando as férias com o papai? - Dulce sorri olhando pra mim e concordando com a cabeça. - Ela é a sua cara! - ele diz e eu sorrio.
- As pessoas costumam dizer isso. - brinco e todos rimos.
- Toma pai, vou brincar um pouco. - Dulce joga a cesta em meu colo e sai para brincar no parquinho com as outras crianças.
- Ser criança é tão bom, mas passa tão rápido, não? - Noah me pergunta olhando as crianças.
- Nem me fale viu. - respondo ajeitando a cesta ao meu lado. - Noah, como eu sei que você conhece bastante pessoas... Por um acaso você saberia de alguém que poderia ser babá por esses tempos? - Noah me olha.
- Uma babá? - ele pergunta e eu concordo.
- Ter Dulce comigo nessas férias vai ser muito bom, porém é o mês que mais estamos tendo clientes e trabalho. - explico. - Fora que não vou conseguir acompanhar ela por muito tempo, apenas no período da noite.
- Bom, tem a minha melhor amiga, é uma pessoa de extrema confiança, e ela adora crianças e no momento está sem emprego. - Noah me explica.
- Certo. Se caso ela topar uma entrevista comigo, peça que ela vá na segunda na minha casa às onze da manhã, por favor. - peço.
- Claro. Vou falar com ela ainda hoje.
- Obrigado! - agradeço.
- Magina, chefe! - ele brinca fazendo continência. - Bom deixa eu ir, ainda preciso terminar esse treino.
- Vai lá. - digo. - Bom final de semana! - desejo e ele retribui dizendo o mesmo.
Depois do encontro com o Noah, Dulce e eu andamos pelo parque, almoçamos, depois fomos no zoológico. Uma coisa da qual ela ama é ver todos os tipos de animais que ela nunca viu. Chega a ser engraçado ver a curiosidade no olhar dela vendo os bichinhos. Logo depois, voltamos para a casa já no final da noite, ajudei ela com o banho, dando total privacidade para ela, é claro. Antes das nove da noite a gatinha já estava capotada na cama dela. Beijei sua testa e sai do quarto. Antes de ir tomar um banho, recebi uma mensagem do Noah avisando que sua melhor amiga aceitou a entrevista que marquei. Fiquei animado. Sendo melhor amiga dele, fico mais tranquilo, tudo que preciso é de uma pessoa de confiança para ficar com a minha filha.
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Pov - Amanda
Sábado era meu dia favorito. Era o dia que eu não fazia absolutamente nada. Pois na sexta eu já deixava tudo preparado para a chegada do sábado, desde comida, roupas lavadas, casa arrumada entre outras. Noah como sempre, saía cedo para fazer a corrida matinal dele, somente a noite que ele vinha fazer companhia pra mim. Levantei pouco mais de onze da manhã, tomei banho, esquentei minha comida e fui para a sala assistir as minhas séries.
Já era quase de noite e eu permanecia entretida na minha série. Fala sério, quem hoje em dia não curte assistir Brooklyn Nine Nine. Eu chego a morrer de rir com cada episódio. E claro também que para nós solteiros ver o Peralta com a Santiago é chorar sozinho. Mas, gente fala sério que casal mais fofo. Apesar do Peralta ser um engraçadinho, a forma como ele ama e faz de tudo por ela é fofo.
Sou tirada dos meus devaneios com alguém batendo na porta. Levanto a contra gosto e para abrir a mesma.
- Essa porta trancada, que milagre em Amanda. - Noah simplesmente entra sem nem me dar boa noite.
- Boa noite pra você também Noah. - reviro os olhos me jogando no sofá.
- Tenho uma excelente notícia para a senhorita. - diz bebendo do meu suco.
- Qual?
- Talvez eu tenha arrumado um emprego pra você. - diz como quem não quer nada.
- O QUE? - grito não entendendo.
- É isso mulher. - ele se senta mais ao meu lado. - Hoje no parque encontrei meu patrão, ele estava com a filha que chegou a pouco da casa da mãe. - explica. - E disse precisar de uma babá para a filha. Pois como você sabe, andamos com muitos casos lá no escritório. - sorrio sabendo já o que ele vai falar. - E eu indiquei você para ser a babá da menina.
Eu me levanto do sofá pulando de alegria por essa notícia.
- Você é demais cara! - beijo a bochecha dele.
- Ele pediu para você ir na casa dele na segunda às onze da manhã, ao que parece ele mesmo vai fazer a entrevista. - explica pra mim.
- Finalmente uma proposta de emprego.
- O bom é que você curte crianças, porque diferente de mim, não ligo muito. - diz.
- Mas, um dia você vai curtir e vai até sair com crianças. - falo.
- Que crianças? - pergunta assustado.
- As minhas, futuramente. - sorrio pra ele que revira os olhos.
- Falta só o marido, não? - perguntou debochado rindo de mim.
- Engraçadinho viu... - joguei uma almofada nele que desviou. - Eu quero muito ter filhos, é meu sonho. Casar também, com alguém do qual eu ame muito e me faça feliz e me respeite também. - conclui.
- Você vai conseguir um bom marido, minha querida. - Noah disse se levantando. - Você só tem que procurar, ou acha que ele vai cair assim do nada na sua frente?
- É claro que não. - disse. - Mas, é tão difícil achar alguém que preste hoje em dia. Está cada vez mais difícil, não acha? - o mesmo concordou comigo.
- Nem me fale. - disse. - Você sendo mulher não consegue achar, quem dirá eu, um gay. - brincou rindo logo em seguida.
- Para com isso, Noah. - me levantei. - Logo mais você vai achar alguém digno de você. - falei o abraçando.
- E como disse para você, preciso ir atrás de um. - brincou dando um beijo na minha testa. - Preciso ir, amanhã levanto cedo para trabalhar.
- Mas, amanhã não é domingo? - perguntei e ele concordou.
- Sim, mas os negócios não param. Um cliente quer me ver amanhã para discutirmos o caso dele, que vai ser na quarta.
- E claro que não vai sair barato o dia de amanhã, não é? - Noah concordou.
- Claro que não. Ele quer tirar a minha paz de domingo para resolver trabalho, então que me pague a mais por isso. - pontou. - Beijos minha querida.
Com isso Noah foi embora me deixando sozinha em meu apartamento. Volto a assistir minha série e pensando sobre segunda. Finalmente algo apareceu, graças a Noah. Tomara que a criança seja tranquila e goste de mim. Lidar com o filho dos outros não é uma tarefa fácil a ser feita, mas tentarei da melhor maneira possível.
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O meu domingo foi bem mais ou menos. Acordei cedo e resolvi ir tomar café na padaria do seu João. Um senhor de idade, já que tomava conta do lugar. Ele é um amor de pessoa. Muito simpático e carismático. Sempre que posso, venho tomar café da manhã aqui com ele. O mesmo sempre me conta as histórias dele de quando era mais novo e de como ele conseguiu conquistar a mulher dele. Os dois estão casados há mais de cinquenta anos. Ela se chama dona Joana, uma mulher também muito simpática. Ela que na maioria das vezes serve as pessoas, junto as meninas ali. Seu João como sempre já sabe o que vou pedir e prepara com muito carinho o meu pedido.
Pouco mais depois das dez da manhã eu resolvi voltar para casa. Queria aproveitar e terminar de assistir minha série e depois focar na entrevista de amanhã. Estou bem nervosa. Agora o chefe do Noah, também poderá ser o meu chefe. Que louco não? Assim que chego em frente ao meu prédio, um rosto conhecido aparece na minha frente.
- Amanda. - Erick meu ex-ficante vem até mim. - Queria falar com você.
- Oi Erick. - cumprimento ele. - Não sei se é uma boa ideia. - digo sendo sincera. Quando terminei o lance que a gente tinha, eu vi o quanto isso abalou ele.
- Por favor! Prometo ser rápido. - fala tentando me convencer.
- Certo... Mas, vamos lá naquela pracinha. - aponto para a mesma de frente ao prédio
- Achei que iríamos subir para o seu apartamento. - comentou coçando a nuca.
- Achou errado, querido. - brinco e ele se mantém sério.
Caminhamos até o parque e nos sentamos num dos bancos que ali tem. Aqui é tão bonito. Um ótimo lugar para piquenique, vir passear com o cachorro é até mesmo correr.
- Então... - começo. - O que quer conversar? - pergunto.
- Quero outra chance, Amanda. - fala sendo direto.
- Erick...
- Qual é Amanda... A gente se dá super bem, vivemos a tempos assim. Não consigo entender porque de uma hora para outra, você resolve terminar tudo. - fala tudo de uma vez.
- A questão Erick é que você age como se fosse meu marido, dono, sei lá o que se passa na sua cabeça. - explico. - Fora que não vou ser sustentada por você, eu quero um emprego, quero te rainha independência financeira. - ele se levanta do banco ficando de frente pra mim.
- E você pode ter tudo isso, não te impede de nada. - diz - Aquele dia, só comentei que eu poderia te ajudar, apenas isso, não que queria te sustentar. - olho pra ele. - Sei dos seus pensamentos e como você se sente em relação a isso, não se preocupe.
- Mesmo assim Erick, isso já estava indo longe demais. - também me levanto do banco. - Você pensa num futuro para nós dois, já eu não. - sou totalmente sincera com ele. - Entende?
- Você só quer me usar então? - pergunta e eu nego com a cabeça.
- Não! - exclamou já perdendo a paciência. - Quando começamos isso, tanto você, quanto eu, entramos em comum acordo. Era só sexo Erick, não consegue entender? - já sem paciência jogo tudo em cima dele. - Não existia sentimentos da minha parte e eu sempre deixei isso bem claro.
- Você é...
- DIZ! - grito na cara dele para que continue com o que ia dizer.
- Desculpa! - pede passando as mais nos cabelos. - Se foi só sexo, podemos continuar então. - volta o cão arrependido.
- Erick...
- Vamos Amanda, se é somente sexo eu posso suportar isso. - diz me olhando.
- E seus sentimentos? - pergunto com as mãos na cintura.
- Meus sentimentos estão bem, pior vai estar se ficar longe de você. - declara se aproximando de mim. - Fora que somos muito bons juntos. - segura minha cintura. - Na cama nos damos muito bem e você sabe disso. - me sinto fraca perto dele. Pelo menos nisso ele tem razão. Sempre nos demos bem na cama. Erick sabe bem do que eu gosto e vice e versa.
- Certo, posso pensar? - pergunto tentando sair de perto dele. O mesmo não deixa, ele me gruda mais ao seu corpo.
- Só não demora, estou morrendo de saudades de você. - confessa e consigo sentir perfeitamente o volume crescendo entre as pernas dele.
- Está bem! - exclamou me livrando dele. - Qualquer coisa te ligo. - falo. Ele concorda com a cabeça. - Até mais.
E assim volto para minha casa meio atordoada. Não sei se isso vai dar certo, mas não custa tentar novamente. Melhor que aquele homem esquisito que tive o prazer de encontrar duas vezes. Sinto que perto dele sou outra mulher. Não consigo me controlar. E tenho medo de encontrá-lo de novo e perder totalmente o controle de minhas ações.
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