POV - Alessandro
Após uma semana, Lauren finalmente deu notícias de que traria Dulce para ficar comigo. Minha filha ficaria de férias da escola comigo. Praticamente três meses. Eu estava feliz demais. Mas, ao mesmo tempo, preocupado. Porque teria assuntos da empresa para resolver durante esse tempo e deixar Dulce com dona Maria, não é justo. Ela já faz até demais nessa casa. Preciso pensar em uma outra alternativa. Poderia até ser uma babá temporária, mas tenho medo. Teria que ser uma pessoa de confiança, experiência, que saiba lidar com criança, rotina, tenha paciência e mais algumas coisas.
Hoje tinha recebido um convite para ir conhecer um restaurante que abriu, não fiquei animado, afinal detesto sair de casa. Porém, resolvi ir assim mesmo. Aproveitei e convidei o Henry para ir comigo. Ele super aceitou, afinal são poucas as coisas que ele rejeita e por mais que nossa relação não seja como antes, ele tenta ao menos fazer parte ainda da minha vida. Seja ao sair comigo, conversar, perguntar sobre a Dulce. Bom que sobre aquele assunto ele não toca mais e eu agradeço demais por isso.
Subi para o meu quarto tomar um banho e me arrumar para o tal evento. Henry já tinha ido se arrumar também. A ideia era não chegar atrasado. Então é melhor eu me apressar. Alguns minutos depois já estávamos prontos. Escolhemos usar terno, claro que cada um com uma cor. Afinal o que seria melhor do que um terno. Sem contar que eu me sinto bem melhor vestido assim. Fora as roupas casuais que eu costumo usar fora da empresa.
Pouco tempo depois enfim chegamos ao restaurante. Se por fora ele era chique, por dentro era ainda mais. Eu particularmente gostei bastante. Henry pelo visto também.
- Uau! Aqui é muito chique e refinado. - Henry diz observando o local.
- É mesmo. - Respondo observando todos os detalhes também.
- Senhores Lombardo que bom que vieram. - O Dono do restaurante vem até nós. - Espero que gostem e por favor, fiquem a vontade.
- Obrigado! - Henry e eu agradecemos juntos.
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Pelo visto a ida àquele restaurante me saiu bem melhor do que eu poderia imaginar. Ter Amanda em meus braços e principalmente seus lábios, foi a coisa mais extraordinária e magnífica que aconteceu comigo depois de tantos anos. Não consigo explicar o que aquela mulher me fez sentir. Só sei que foi uma confusão estranha.
Por um lado eu sinto medo. Por mim, minha filha. Uma mulher na minha vida agora não seria a melhor coisa... Ou seria? O que Dulce acharia de ter uma madrasta.
Meus pensamentos podem ser avançados. Afinal, foi apenas um beijo e que beijo. Mas, eu já passei da idade de sair por aí aos beijos com mulheres e não pensar em um futuro. Quero muito achar uma mulher correta, decente, que queira construir uma vida e principalmente uma família comigo. Que além do mais ame Dulce como se fosse sua própria filha.
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Poucas horas mais tarde, Henry e eu chegamos em enfim em casa.
- Brother esse sorrisinho aí tem haver com alguma mulher? - Henry perguntou assim que saímos do carro.
- O que? - confuso pergunto.
- Você estava desanimado para ir àquele restaurante, de repente sumiu das minhas vistas e voltou todo alegrinho. - explicou. - Agora está aí a todos pensamentos, sabe se Deus a quem e o que.
- Pode ser que tenha haver com uma mulher. - disse sendo vago. Henry me olhou com as sobrancelhas arqueadas.
- Aham sei... - ele falou divertido entrando em casa. - Boa noite! - desejou caminhando para o seu quarto.
- Boa noite! - desejei retirando meu paletó.
Ao entrar na cozinha, dona Maria já estava toda arrumada para ir embora.
- Meu filho, boa noite! - saudou vindo me abraçar.
- Boa noite. A senhora vai com o motorista que contratei para a senhora né? - perguntei e ela revirou os olhos.
- Sabe que isso não era necessário não é meu filho? - reclamou ela e eu dei de ombros.
- A senhora merece isso é muito mais. Já faz até demais por aqui, nada mais justo que ter alguém para te levar para casa em segurança. - disse beijando sua testa.
- Obrigada meu filho. - agradeceu me abraçando. - Fica com Deus, até amanhã.
- Vá com Deus a senhora, até amanhã. - desejei sorrindo para ela.
Dona Maria é a pessoa mais importante nessa casa. Ela é essencial na minha vida, além de já fazer parte da família. Além de mim, Dulce ama ela como se fosse uma avó. Sem contar que dona Maria mima minha filha com as mais gostosas comidas e doces do mundo. Resolvi não contar sobre a Dulce, quero surpresa para ela. Faz tempo que minha menina pede para vir, tanto para me ver, quanto para ver dona Maria.
Subo para o meu quarto já caindo embaixo do chuveiro. Todos os acontecimentos de hoje vêm à minha mente. Como posso sentir todas essas coisas por Amanda. Esses sentimentos confusos e estranhos. Algo em meu interior diz que ela seria a mulher perfeita para a minha vida, mas a outra parte diz, que é cedo demais para isso. Tem a parte também que tem medo de tudo e de todas as coisas que podem acontecer.
A questão é que eu quero encontrar com ela mais vezes. Os beijos que trocamos naquela sala só me deixaram ainda mais com vontade dela. Juro que teria fodida ela ali mesmo. Sei que ela deveria estar toda molhada por mim. Seria maravilhoso ver ela gozar no meu pau, gritar naquela sala meu nome repetidas vezes. Ver seus olhos revirando pelo prazer que daria a ela. Espero de verdade que novas oportunidades apareçam para nós dois. Preciso ter aquela mulher em meus braços o mais rápido possível. E o quanto antes seria ainda melhor.
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Pov - Amanda
Chegando em meu apartamento corro direto para o banheiro. Eu preciso urgentemente de um banho. Estou toda melada e o estado da minha calcinha é deplorável. Aquele homem sabe muito bem como me deixar desse jeito, não quero nem imaginar o que ele poderia fazer comigo na cama. Juro que sinto que vou desmaiar somente de pensar.
Alessandro além de ser bonito, forte e inteligente. Parece ser um homem de muito dinheiro. Queria muito saber o que ele faz, onde trabalha, se é dono de alguma empresa. Pela cara dele e suas vestimentas, devem ser caríssimas.
Após sair do banho me visto confortável e vou para a sala. Ouço a campainha tocar. Abro a porta e Noah passa por ela.
- Menina, você me deve explicações. - o bonito já entra no meu apartamento se jogando no sofá.
- Como assim? - fecho a porta encarando ele.
- Para de se fazer de sonsa. - pediu revirando os olhos. - O menino que foi te chamar me disse que você já estava vindo que estava na presença de um homem. - engoli a saliva.
- Homem? - resolvi brincar com a cara dele.
- AMANDA! - ele gritou jogando uma almofada em mim.
- Tá bom! Tá bom! - exclamei me sentando ao seu lado - Alguns dias atrás eu conheci um cara. - Noah me olhava com empolgação. - Ele derramou café em mim e me deu seu blazer para conseguir voltar para casa. Até aí tudo bem... Só que, tipo ele é o cara mais gato que eu já conheci em toda minha vida. Elegante, cavalheiro, cheiroso e forte. Além de que, ele me parece uma ótima pessoa.
- Ui! - Noah exclamou batendo palminhas. - Vejo aqui uma mulher totalmente encantada pelo bonitão. - Sorriu concordando.
- Totalmente! E como a sorte sempre está do meu lado, ele estava na inauguração e acabamos nos encontrado naquele lugar. - digo me lembrando novamente do Homem. - E acabamos nos beijando.
- AHHH. - Noah gritou me assustando. - E como foi?
- Foi maravilhoso Noah. - respondo feliz. - Além de bom, maravilhoso, gostoso foi quente. - o safado do meu amigo sorri malicioso.
- Pegou no amigo dele?
Fico vermelha na hora com a pergunta do Noah.
- Nem me vem fingir que está com vergonha, bonita. Por que isso é a última coisa que você tem. - mostro a língua pra ele e decidi responder mais nada.
- Por conta disso, não irei responder mais nada. - digo me levantando do sofá, indo para a cozinha.
- Amanda....
- Não Noah. Vai ficar curioso para saber o tamanho do meu homem misterioso.
- Sabe ao menos o nome dele?
- Sei. Mas, também não irei dizer.
Vejo ele bufar não insistindo mais. Acabo rindo da careta dele e começamos a preparar algo para comer. Quem sabe até o fim da noite ele não mereça saber.
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Pov - Alessandro
Hoje era Quinta-feira ainda bem, Lauren me ligou cedo dizendo se poderia trazer Dulce já, pois minha filha estava doida para me ver. Eu fiquei mega feliz, estava morrendo de saudades da minha princesa. Logo disse que ela poderia trazer agora mesmo, ela confirmou dizendo que em menos de duas horas já estaria aqui.
Pulei da cama já indo tomar um banho. Como o andamento das coisas estava bem, avisei minha secretária que não iria trabalhar hoje, apenas segunda, por motivos pessoais. O bom de ser o chefe era isso.
- Bom dia Dona Maria! - desejo entrando na cozinha dando um beijo em sua bochecha.
- Bom dia meu filho. - ela deseja sorrindo e servindo meu café. - Vejo que não vai trabalhar hoje. - observa pela minha roupa.
- Não vou. Pois tenho uma ótima notícia. - falo empolgado.
- Qual? - pergunta parando de fazer o que ela estava fazendo.
- Dulce está vindo para cá para passar as férias comigo. - Sorrimos juntos e ela vem me abraçar.
- Que felicidade filho, já estava com saudades da menina Dulce. - Maria diz.
- Eu também. Minha filha deve estar grande já, além de muito linda. As fotos que Lauren me manda, ela estava cada dia mais parecida comigo. - brinco e dona Maria sorri.
- A sua cara a menina não tem meu filho, mas a sua personalidade, digamos que ela herdou tudo de você. - conclui e sou obrigado a concordar.
- Tem razão. Dulce é a minha cópia fiel. - respondo. - Mas, o gênio forte é da mãe, isso a senhora não pode negar.
- O pouco que observei a dona Lauren, posso dizer que cinquenta por cento a Dulce herdou dela, mas não pode negar que o jeito brava, implicante e autoritária ela pegou seu meu filho.
Fico pensando se realmente ela tinha razão. Meu jeito explosivo, autoritário e que gosta de tudo na mesma hora e certo, Dulce puxou de mim. Mas, o que posso fazer? Amo minha garotinha do jeito que ela é. Mesmo ela tendo o mesmo gênio que eu.
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Algumas horas mais tarde recebo a mensagem de Lauren, as duas já estão a caminho.
- Ela está chegando meu filho?
Dona Maria pergunta ao meu lado.
- Está sim! Finalmente!
Ansioso respondo vendo o carro de Lauren entrar no quintal de minha casa. Meu coração está acelerado em rever minha menina. O carro para e logo a porta é aberta e ela vem correndo em minha direção.
- PAI!
Me ajoelho no chão e recebo seu corpo no meu em um abraço caloroso. Quantas saudades eu tinha dela. Meu bem mais precioso, minha vida, meu mundo inteiro é essa menina.
-Filha, que saudades eu estava de você. - a abraço muito. - Como você está?
- Estou bem papai. Eu não via a hora de poder ver o senhor. Já estava deixando minha mãe louca.
- E bota louca nisso, não? - Lauren brincou sorrindo. - Quase não dormiu de ansiedade de vir.
Sorriu apertando ela novamente em meus braços.
- Eu te amo tanto. - olho pra ela que sorri.
- Também te amo papai.
Me levantei do chão e Dulce foi correndo abraçar Maria. O carinho que ela tem por ela é como de vó. Dona Maria fica encantada quando Dulce a chama de vó.
- Lauren. - cumprimento minha ex-mulher.
- Alessandro. - ela me cumprimenta de volta sorrindo fraco.
Apesar de tudo que aconteceu, Lauren também é uma parte importante da minha vida. Afinal, sem ela nunca teria o meu bem mais importante que é a Dulce. Mesmo nosso casamento não ter dado certo, eu sempre vou agradecer a ela por ter me dado Dulce.
- Estão com fome? - pergunto para as duas. Já se passavam da uma da tarde. - Dona Maria fez uma comida maravilhosa.
- Apenas vim deixar a Dulce, não pretendo ficar. - Lauren diz.
- Henry não está em casa, saiu para trabalhar. Se essa for a sua preocupação.
- Não, não é. Apesar de tudo, não nos vimos a algum tempo e acho melhor continuar assim. - responde me olhando.
- Não entendo...
- O que? - ela pergunta.
- Me deixou para ficar com ele e logo depois o largou também. - vejo ela respirar fundo. - O que queria afinal?
- O que isso importa? Está no passado. - ela responde.
- Apenas queria saber. Ou melhor, entender.
- Alessandro... - ela me repreendeu olhando para Dulce que agora olha para nós dois.
- O que foi mãe, pai? - minha filha pergunta. - Vocês vão brigar? - seus olhos encaram nos dois.
- Lógico que não amor. - fico na sua altura. - Papai vai apenas conversar com a mamãe. - respondo e ela assente. - Vai com a vovó almoçar.
Ela concorda com a cabeça e vai com Maria. Volto para Lauren que me olha com cara de poucos amigos.
- Depois de tanto tempo, realmente quer falar sobre isso? - Lauren cruza os braços de cara fechada.
- Apenas quero entender Lauren, nada mais que isso. - peço. - Apesar de eu ter sofrido, Henry também sofreu.
- Você já perguntou isso a ele? - nego. - As coisas foram complicadas, Alessandro é isso que quer ouvir?
- Sei que não estávamos na melhor fase das nossas vidas, porém temos uma filha e você nem para considerar por ela. - ela ri e eu não entendo o porquê.
- Não é porque tivemos uma filha que eu era obrigada a continuar casada com você, Alessandro.
- Não foi isso que quis dizer, Lauren.
- Mas foi o que pareceu! - exclamou. - Sério, não quero falar sobre isso. Estou indo embora, cuida bem da Dulce, qualquer coisa me liga que eu venho correndo. - dito isso ela simplesmente foi embora.
Suspirei atordoado. Sempre foi assim, eu queria falar sobre esse assunto e ela simplesmente fugia. Mais conhecendo Lauren como conheço ela estava fugindo do assunto e não de mim. O que era pior. Tinha alguma coisa errada nisso e eu precisava descobrir o que era. Conversar com o Henry também não era a melhor opção, mas depois de hoje era a minha única luz no fim desse túnel. Querendo ou não ele teria que dizer algo sobre isso.
Entro em casa e vou almoçar com Maria e minha filha. Passamos alguns bons minutos conversando sobre tudo. Dulce me contou sua rotina e como sua mãe estava abrindo algumas exceções para ela fazer o que gosta. Isso também era alguns dos assuntos que tinha que falar com Lauren. Dulce precisava fazer as coisas das quais gostava e nem eu e nem ela poderíamos impedir. Minha filha ficava tão feliz quando fazia as coisas que gostava.
- Pai eu acho que já sei o que quero ser quando crescer. - minha falou falou tomando seu sorvete.
Estávamos na área da piscina aproveitando o nosso sorvete depois do almoço.
- O que princesa?
Me virei para encarar melhor ela.
- Médica! - exclamou tomando sorvete.
- Sério?
Perguntei e ela concordou com a cabeça.
- Quero muito ajudar as pessoas.
Sorri feliz com a fala dela.
- Isso é lindo filha.
- Sim papai. - ela deixou seu sorvete de lado. - Contei para a mamãe, ela não gostou muito, mas disse que o que me fizesse feliz estava bom.
Suspirei. Lauren quando quer consegue ser difícil até com Dulce. O que tem demais em ela querer ser médica? Não entendo aquela mulher.
- Meu amor, olha para o papai. - pedi fazendo ela me olhar. - Independente de qualquer coisa a profissão que você escolher eu sempre estarei do seu lado. - declarei e ela sorriu. - Farei o possível e o impossível para que tudo que deseja se realize, mas sabia que também nada será fácil.
- Eu sei papai.
- Ser médica não vai ser nada fácil. Serão longos anos pela frente. - falei brincando e ela concordou.
- Minha professora disse a mesma coisa. Acho que ela disse que seria quase dez anos, não é? - perguntou e eu assenti. - Ainda sim quero ser médica pai.
Meu coração faltava transbordar de amor por essa menina. Minha vida. Meu mundo. Minha princesa. Quero poder fazer ela realizar todos os seus sonhos. Continuarei a ser o melhor pai possível. Dulce é minha vida e sempre a terei como minha primeira opção. Nada e nem ninguém vai mudar isso.
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Oiiii.
Gente, a história está toda mudada. Estou a dias tentando pensar em coisas diferentes para ela e creio que dessa vez a história vai ficar melhor que a primeira versão.
Sei que estou demorando anos para atualizar, mas não está sendo fácil. Tenho ideias e ao mesmo tempo bloqueio para conseguir escrever.
Espero que gostem do capítulo, votem, comentem muito e indiquem aos seus amigos. Até mais babys ❤