Ligo e Quim abre a porta.
— Boa noite Quim! Me desculpe o incômodo, mas eu precisava ver minha mulher.
— Boa noite! Relaxa Kadu, Toni me avisou e agora está tudo bem.
— Eu sabia que tinha alguma coisa errada, o que aconteceu?
— Nada de grave, ela passou mal, vomitou e teve uma pequena queda de pressão.
— Merda! Isso é culpa minha.
— Com certeza. —"Falou com um sorriso.
Não sei porque ele está sorrindo, deve ser de nervoso igual a Carol faz. Deus! Sem querer estou fazendo mal a ela.
— Pode me levar até ela.
— Sim, depois de você tomar um banho e comer alguma coisa, ela está bem acredite.
— Deixe-me vê-la primeiro.
—"Venha.
Chego ao quarto. Ele abre a porta e se retira.
Ela está dormindo tranquilamente e sinto uma felicidade que não sei explicar, fico tão emocionado que só percebo que estou com os olhos cheios quando Quim abre a porta e me manda tomar banho.
—Ela está bem e acredito que amanhã estará melhor ainda.
— Assim espero. — Falo entrando no banheiro
Tomo banho, lancho, passo no quarto da Duda que está dormindo com um lindo sorriso no rosto. Lhe dou um beijo em seus olhos e volto ao quarto que Carol está dormindo.
Já de pijama, me deito ao seu lado. Que mesmo dormindo, diz meu nome, coloca cabeça em meu peito e joga as pernas sobre mim, e eu só agradeço a Deus. Estou tão cansado que finalmente apago.
Carol
Estou com a sensação que tem alguém me olhando. Quando abro meus olhos não acredito.
Meu amor está aqui me olhando com um lindo sorriso nos lábios. Ele se aproxima e me beija.
— Bom dia Preta!
Dou um sorriso maior que o dele e respondo:
— Bom dia amor! Adorei acordar com você, mas...
— Mas nada, fiquei preocupado e vim.
— Vou ao banheiro e já volto.
Quando termino de escovar os dentes, não consigo segurar e coloco tudo pra fora. Sinto Kadu segurar meu cabelo e se ajoelhar atrás de mim, me segurando pela cintura. Que vergonha!
—"Calma amor, respira. — Sugeriu calmamente.
Levanto e lavo minha boca com enxaguante bucal.
— Já passou, obrigada.
—Preta, você deve estar muito estressada e isso é culpa minha. Me perdoa!
— A culpa não é de ninguém se a gente se ama. Que horas são?
— Deve ser umas 9:00 horas, você estava tão tranquila dormindo que não deixei Duda te acordar. — Ela deve estar super ansiosa assim como eu estou.
Conto agora ou espero ver o resultado?
— Kadu, chama a Duda pra mim e pede para ela trazer o notebook.
— Está bem, mas o que está acontecendo?
— Vamos tentar descobrir.
Ele me olha sério e sai.
Kadu
Quando volto com nossa filha. Duda pula na cama e abre o notebook, Carol me olha e me chama para junto delas. O que está acontecendo, será que Kamila fez a merda que prometeu? Não, a Duda está feliz, porém Carol está nervosa demais
— Anda pai.
Me sento com elas na cama. Duda vira a tela apenas para ela, enquanto Carol começa a roer a unha, resolvo falar:
— Duda o que...
— Eu sabia mãe. — Fala sorrindo e virando a tela do notebook para mim e para a mãe.
Meu Deus! É um resultado de um exame de gravidez e deu positivo para Carolina Gomes de Souza e a Carol.
Olho e as duas estão me encarando, a Duda sorrindo e Carol com medo. Medo?
— Fala alguma coisa pai.
Eu quero falar, mas não consigo. Os olhos de Carol se enchem de lágrimas e ela começa a sair da cama.
— Aonde você vai mãe?
— Não sei.
— EU VOU SER PAI DE NOVO. — Enfim consigo falar, ou melhor gritar e gargalhar.
Levanto pegando Duda no colo e beijando todo o rosto da Carol.
— Eu amo vocês, obrigado amor por esse presente de Deus.
Carol sorri e nos abraça apertado.
Quim e Toni entram no quarto já festejando e nos dando os parabéns, trazendo junto uma bandeja com o café da manhã. Quando eles se juntam a nós, Carla chega gritando.
— Vou ser madrinha de novo. -Fala se juntando ao nosso abraço.
Assim ficamos uns dez minutos.
Quando nos separamos eu e Carol estamos com o rosto todo molhado de lágrimas.
— Vocês ouviram? Eu vou ser pai de novo, Porra! Desculpa filha.
— Relaxa pai. — gargalhou igual a mãe.
Coloco ela no chão e dou um beijão na minha mulher, depois beijo sua barriga por cima da camisola.
— Eu te amo preta. Obrigado! Obrigado meu amor.
— Também te amo.
-Tudo lindo, mas a mamãe tem que se alimentar. — Fala Quim.
— Verdade. Vem amor.
Faço ela se sentar na cama encostada na cabeceira. Beijo mais uma vez sua barriga e coloco a bandeja em seu colo.
— Estou sem fome.
-Ah Preta! Come só um pouquinho pro nosso bebê ficar forte.
Todos saem do quarto, quando Duda está saindo, me levanto. Pego ela no colo e à sento entre Carol e eu.
— Pensa que vai à Aonde pequena?
— Pensei em deixar vocês festejarem.
— Sim, mas você é muito importante nessa festa. — Explicou Carol.
— Eu sei mãe, mas eu ia buscar meu Celular para fazer umas ligações.
— Vai ligar pra quem? — Pergunta Carol
— Pra vovó, pro vovô e para o David.
Opa perai!
— Por que pro David? — Perguntei.
— Porque ele é meu melhor amigo.
— Você só conversou com ele dois dias lá em Búzios.
Enquanto falamos Carol come algumas frutas e eu e Duda atacamos o restante.
— Mas falo com ele todos os dias por telefone pai.
— Carol você sabia disso?
— Claro Kadu! Até eu falo com ele as vezes. — Carol me responde gargalhando.
— Por que eu sou o último a saber? Por que ninguém me contou?
— Pra você não pirar né pai. — responde Duda sorrindo.
— Engraçadinha, dá um beijo aqui no papai. — A puxei, fazendo cócegas nela.
— para. pai. — pediu entre risos.
— Eu te amo pequena.
— Eu sei coroa.
— Coroa é seu avô. — rebati fazendo mais cócegas nela.
Tenho que saber dar atenção a minha pequena para ela não ter ciúmes do bebê.
— Vamos ligar para a vovó. — Falei discando e em segundos minha mãe atende.
Coloco no viva voz.
— Bom dia mãe!
— Bom dia vó!
— Bom dia dona Maria!
— Bom dia família feliz! Que bom ouvir todos juntos. — responde minha mãe sorrindo.
— Mãe, papai está ai?
— Está aqui no quarto comigo.
— Coloca no viva voz.
— Pronto.
— Fala a surpresa pra eles filha.
— Vovó, vovô, vocês vão ganhar um lindo presente.
— Já ganhamos você Duda. — Fala meu pai.
— Mas esse presente e tão bom quanto eu.
Eu já tinha falado com meus pais que Carol não poderiaa mais ter filhos.
— E o que é minha neta? — Pergunta minha mãe.
— Vocês nem imaginam?
— Fala logo Duda. — manda Carol, com uma enorme gargalhada que contagia meus pais do outro lado.
— Vocês vão ganhar mais um netinho ou netinha. — Do outro lado uma festa, grito, risos e choro. Choro?
— Vocês estão chorando? — Pergunto.
— Sim filho, de felicidade. -Explica minha mãe.
— Podemos ir almoçar com vocês? — Pediu meu pai.
Olho para Carol e ela consente.
— Podem sim, manda o horário do vôo que vou pegar vocês no aeroporto.
— Quando chegarmos no aeroporto eu te mando uma mensagem. — Fala meu pai.
— Combinado, e pai! eu amo vocês.
— Também te amamos meu filho. — Meu pai responde chorando.
Nos despedimos e saio para chamar o restante da família para almoçarmos fora. Mando uma mensagem pedindo para André vim com meus pais.
Já que esse fim de semana ele não viu a Carla.
Toni cancela a ideia do restaurante é resolvemos fazer um churrasco. Concordo e entrego meu cartão ao Quim.
Ele e Carla vão para o mercado.
Duda, desce falando ao telefone e Toni a leva para para o quintal sorrindo pra mim, Porra! Eu amo essa minha família.
Entro e Carol não esta na cama. Escuto o barulho do chuveiro, tranco a porta. Tiro a roupa e vou para o banheiro.
Quando ela me olha seus olhos brilham e ela morde os lábios inferiores.
— Preta! Só em te ver assim já fico doido.
— Agora já sei porque fiquei tarada em você. — Fala gargalhando.
— Por que? — questionei entrando no box.
— Por causa da gravidez.
— Pensei que eu era irresistível.
— Também.
Encosto ela na parede. Ai já sabe né?
O banho demora uma hora e ela ainda está com cara de tarada.
— Vamos amor, temos que sair desse quarto. — A chamei sorrindo.
— Poxa.
— Ah Preta! Não faz isso. Ou te levo pro primeiro motel que estiver no caminho e só te liberto amanhã.
— É isso mesmo que eu quero.
— Meu amor! Meus pais estão vindo e vão almoçar aqui.
— Que bom! Não queria sair e ter que ficar longe de você. — Porra! Me esqueci dessa merda.
— Preta, não foi por isso. Foi o Toni que achou melhor assim, então eu concordei.
— Sem problemas, vamos terminar de nos vestir.
Nos vestimos e droga! Ela já ficou tristinha, acho que mato a Kamila antes destes cinco meses. Me perdoa meu Deus.
Puxo ela para meus braços
— Amor! Ainda não sei como, mas vamos resolver isso.
— Tudo bem Kadu, eu não vou me afastar de você. Eu te amo demais para te deixar livre para ela, mesmo ela estando doente. Me sinto um lixo, mas não consigo te deixar.
— Lembra o que você me falou? Não temos culpa por nos amarmos tanto. Isso não deve ser errado. Não tem como ser.
— Mas infelizmente é.
Pego seu rosto e olho dentro de seus olhos.
— Me perdoa por não poder estar logo livre.
— Eu te amo do jeito que der. — me respondeu com os olhos cheios e fazendo meu coração ficar pequeno.
— Também te amo Carol.
Ela dá um sorrisinho forçado e muda de assunto.
— Tenho médico amanhã, ele vai me encaminhar para uma obstetra, se você puder ir... Mas se não puder tudo bem, eu entendo.
— É claro que vou amor. Vem. Vamos ver se o Quim chegou com a Carla.
Ela me dá a mão e saímos do quarto.
*********
🌟não esqueçam de votar😘
Beijos da Aline 💋