Estou tentando me manter forte mas não ter nenhuma pista de Eloysa está acabando comigo.
Depois que trouxe Violetta para o galpão a única novidade que fiquei sabendo é que o seu pai, Eliot, a pessoa que me ajudou por todos esses anos é quem está comandando o sequestro da minha irmã e é o mandante do atentado contra minha vida outro dia.
Ele quer que eu entregue a máfia da minha família pra ele de bandeja e por mais que eu nunca tenha aceitado comandar esse império por vontade própria eu não posso fazer isso. É o legado dos meus pais.
Estou uma pilha de nervos e a única pessoa que parece me entender é Nicolas. Esses três dias que estamos sem notícias ele não sai daqui. Expliquei para sua avó tudo o que aconteceu e quando terminei arrumei um lugar seguro para escondê-la.
Estou saindo do meu quarto quando Nicolas passa por mim como um furacão, vou atrás dele e vejo que está chorando.
—Nicolas o que aconteceu?
—Aquela mulher me chamou e eu fui, ela disse coisas horríveis, disse que se não acharmos Eloysa logo vão acabar matando ela.
—Nicolas olha pra mim. Você confia em mim não confia?
—Confio. — o abraço, beijo seu cabelo e seguro minhas próprias lágrimas.
Sally entra correndo.
—Vem rápido pelo amor de Deus. —diz ofegante.
Eu e Nicolas seguimos ela até o galpão, estão todos em formação e eu não entendo absolutamente nada.
As armas de cada um deles estão no chão do outro lado.
Continuo caminhando e do meio do meu exército sai Eliot caminhando tranquilamente.
Eu sabia que ele viria atrás da própria filha mas não imaginei que demoraria três dias.
—O que quer? — pergunto alto e claro.
—Eu vim buscar minha filha. — Eliot diz apontando um revólver pra mim.
—Jura que você entrou aqui pra me matar com um revólver? Ainda mais do antigo, igual aqueles filmes bregas de faroeste. O que aconteceu com as armas de classe? se você quiser eu te empresto uma. —paro em sua frente e cruzo os braços.
—Você não está fazendo gracinhas não é? Sua irmã está na mira de uma arma também sabia? — minhas forças se vão e eu perco o foco. Ele pega de seu casaco um celular, desbloqueia e me mostra um vídeo de Eloysa, assustada.
—Eloah me ajuda, por favor Eloah. —ela fala baixo e em seu tom está estampado o medo.
As lágrimas vem até meus olhos mas não posso chorar agora, não mesmo, não na frente dele.
—Cadê a minha filha? — Eliot pergunta.
—Se não morreu provavelmente está quase. — minha voz é firme ainda encarando o vídeo que agora está pausado.
—Vai buscá-la. — ele faz sinal para alguém atrás de mim, quando me viro vejo Sally apontando uma arma para a cabeça de Nicolas que está ajoelhado no chão. Atrás de Sally tem uma mulher ruiva apontando uma arma pra cabeça de Lincoln o namorado de Sally.
Olho em volta e no meio dos meus soldados tem uns dez que são de Eliot, estão disfarçados, para que eu ache que há somente Eliot e a mulher ruiva.
—Me desculpa. — Sally sussurra, sei que ela está sendo forçada à isso.
—Eu vou pegar a Violetta. — digo com desgosto.
—Um dos meus vai com você. — concordo com a cabeça e discretamente faço um sinal com a mão para Roberta, ela bate o pé dicretamente no chão e sei que entendeu.
—Me dá a sua arma. — o capamga alto, forte e moreno com os cabelos a altura dos ombros pede estendendo sua mão para mim, fico o encarando por uns segundos mas entrego minha arma a contra gosto.
No mesmo instante ele aponta a arma para mim e eu dou as costas saindo do galpão e o mesmo vem logo atrás mim, caminho pelo sentido contrário de onde está Violetta.
****
—Não acha que estamos andando a muito tempo? — pergunta depois de uns cinco minutos caminhando, a arma ainda apontada para mim.
-—Agora. — digo alto e escuto o baque do corpo do miserável no chão.
Viro-me rapidamente e pego minha arma que estava jogada no chão, aponto para sua cabeça. Lia da dois socos no rosto do desgraçado que o deixa desnorteado.
—Como sabia que eu estava aqui? — pergunta ela revistando o homem para ver se ele não tinha outra arma.
E o infeliz tinha mais duas em baixo de seu terno e ela pega me entregando.
—Ouvi seus passos desde que saí do galpão. Vai ajudar os outros. — ela concorda e corre em direção ao galpão.
Com a arma ainda em punho me aproximo do homem no chão e lhe dou uma pisada forte em sua barriga, ele urra de dor e eu me afasto.
Ele se levanta com dificuldades e vem se aproximando devagar. Estou atenta a cada movimento seu.
—Sabe você é bem bonita, e o que eu faria com você... — antes que ele pudesse terminar a frase lhe dou um soco no nariz e ele cambaleia para trás, levanto minha perna para chutar seu peito mas ele agarra meu tornozelo e me empurra para trás.
Caio com tudo no chão e bato a cabeça em uma árvore ele sobe em cima de mim e rasga a minha blusa me deixando apenas de sutiã.
—Imagina como deve ser ver você nua. — diz com um sorriso nojento no rosto, raiva me consome, com toda minha força o empurro para o lado.
Me levanto rapidamente me sentindo zonza por bater a cabeça, ele vem pra cima de mim novamente e consegue acertar um soco nos meus lábios.
Fecho os olhos com força por conta da dor aguda, ele tenta dar outro soco porém sou mais rápida e agarro sua mão virando-a para trás ele grita de dor.
Qualquer movimento brusco que fizer seus ossos iram quebrar.
Começo a puxá-lo de volta ao galpão e fico satisfeita ao ouvir seus gritos de dor cada vez que tenta se soltar.
Chegando no galpão vejo que os capangas de Eliot estão mortos no chão incluindo a mulher ruiva que estava com uma arma apontada para Lincoln, alguns dos meus estão feridos porém nada grave, vejo também que Nicolas está um pouco ferido, com um corte no nariz e testa.
Eliot fugiu pelo visto.
Coloco o maldito que trouxe de joelhos e Roberta caminha até nós e aponta a arma para a testa do mesmo.
—Começa a falar. — pego seu cabelo e puxo com força para trás. Ele sorri para mim e eu o largo.
Dispenso todos só com um olhar, Sally me dá um casaco e eu visto, vou até Nicolas.
—Está tudo bem? — pergunto ajudando ele a se levantar do chão.
—Está sim. — ele concorda. - Sua boca está sangrando.
—É eu sei, vai com a Sally e o Lincoln. Quando eu acabar aqui eu vou. — ele concorda e sai.
—Até que para uma mulher você não é tão ruim de briga. — diz o capanga de Eliot ajoelhado, me viro para olhar aquele maldito nos olhos e ele sorrir debochado.
_____________________
O que estão achando amorxs?
Comentem não sejam fantasmas..
Décimo primeiro capítulo com atualizações 🌹