Além do Inevitável

By katyauthor

104K 9.3K 1.9K

Ao ser sequestrada e torturada, Holly finalmente é resgatada por Jack - como já era de ser esperado. O que el... More

author ◈ before
0 1 ◈ back to h e l l
0 2 ◈ he's in some s h e d
0 3 ◈ where is valentino?
0 4 ◈ rag d o l l
0 5 ◈ shoot m e?!
0 6 ◈ let her g o
0 7 ◈ h o m e
0 8 ◈ m a g a z i n e
0 9 ◈ r e l a p s e
1 0 ◈ break u p
1 1 ◈ n i g h t m a r e
1 2 ◈ b r o t h e r s
1 3 ◈ m m g
1 4 ◈ e m e r g e n c y
1 5 ◈ s e s s i o n s
1 6 ◈ flew b y
1 7 ◈ d i n n e r
1 8 ◈ t r i c k
1 9 ◈ l e t t e r
20 ◈ e v e n t
21 ◈ r e u n i o n
22 ◈ a u c t i o n
23 ◈ d a t e
24 ◈ f l o w e r s
25 ◈ t a l k
27 ◈ i n t e n s e
28 ◈ t e s t
29 ◈ favorite a u n t
30 ◈ b i r t h d a y
31 ◈ just g o
32 ◈ truth or d a r e
33 ◈ eagle b e a c h
34 ◈ t i m e
35 ◈ i m p u l s i v e
36 ◈ he will k n o w
37 ◈ merry c h r i s t m a s
38 ◈ anything for y o u
39 ◈ a g a i n s t h e r
40 ◈ where we b e l o n g
41 ◈ did you miss m e?
42 ◈ w i t n e s s
43 ◈ happy new y e a r
44 ◈ a f r a i d
45 ◈ w e d d i n g
46 ◈ most beautiful p l a c e
47 ◈ p r o v o c a t i o n
48 ◈ f a m i l y
49 ◈ b u d d y
50 ◈ the end.
thank you, folks!

26 ◈ g e l

1.7K 199 42
By katyauthor

J A C K


Seis meses atrás eu cometi um erro.

E todos os dias depois disso eu lembro de como aconteceu.

Estava cansado após um dia infernal e Holly começou a dizer todas aquelas coisas. Eu estava exausto de me manter afastado, com medo de feri-la. De fazer com que ela relembrasse aquele inferno que havia passado com Luke. Mas, ainda sim, eu sentia falta dela. Era a coisa mais louca. Como sentir falta de alguém que está a poucos passos de você?

Mas... em um flash eu relembrei o que Ethan disse, o que meu irmão havia dito e eu fui um covarde. Terminei tudo por achar ser a coisa certa, por achar que estava a ajudando, ajudando a nós. E é aí que eu cometi o grande erro.

Eu a deixei escapar e não há desculpas para tais atos pois eu não voltei atrás. Eu simplesmente a deixei ir.

Lembro perfeitamente dela correr pela escada em direção do quarto chorando enquanto encho meu copo de whisky puro. Lembro de pensar mil vezes em ir até ela e implorar para que perdoasse minhas palavras. Lembro de pensar que aquilo era o melhor pra ela, eu só pensava no melhor pra ela.

Eu espero que você perceba o seu erro, mesmo que seja tarde demais.

Oh, querida, eu percebi.

Eu percebi desde o momento em que eu soltei aquelas palavras, só fui ignorante em pensar que fazendo isso ajudaria Holly a superar, a se livrar do peso de amar alguém como eu. Eu tinha medo dela me quebrar e quem quebrou a nós dois, foi apenas eu.

Os seis meses foi como viver de whisky abastecido e ressacas intermináveis. Kara precisava me ajudar até tarde da noite pra que eu não bebesse durante a leitura dos contratos. Ela acompanhou minhas reuniões e perdi muito cliente por trabalhar bêbado ou de ressaca.

Fui visto por tabloides com mulheres e quando elas aproximavam com os perfumes baratos, meu estômago revirava e eu dava dinheiro pra sair dali comigo. Apenas pra ter a imagem de que havia saído com alguém. E novamente eu fui um idiota. Eu sabia que ela veria tudo aquilo. Eu fazia pra machuca-la, pra ela superar a nós dois, pra ela nutrir raiva, pra ela não ser como eu.

Reencontrá-la foi como dar fôlego ao meu coração. Foi como sentir novamente aquela atração inevitável, aquele ar pesado nos puxando um para o outro. Amá-la e observá-la quietamente era o que eu poderia fazer todos os dias.

Saber que ela havia conseguido entrar no mundo dos negócios me fez sentir orgulho. Eu sabia que ela estava fazendo pelo pai, mas ela me surpreendeu com aquela apresentação. Parecia ter nascido para aquilo e fiquei satisfeito em assinar um contrato com aquela mulher. Ela me tinha por inteiro, até pelo meu bolso.

Sorrio sozinho, lembrando de nossos reencontros e o quanto ela ficava brava. Era a parte mais engraçada pois ela me encara feio, franze o cenho e segura pra não soltar um palavrão.

Agora, aqui estou eu, em um restaurante grã-fino, com três grandes clientes que esperam fechar contrato com minha empresa. Dois deles eram arquitetos e precisavam do apoio da Indústrias Backer para começar as obras. Variava entre dez milhões a trinta milhões. Eram contratos importantes, devo confessar.

O restaurante possuía mesas redondas ao redor do salão e havia castiçais em cada mesa. Havia muitas pessoas ali que vieram pra fazer negócios, talvez seja por isso que um prato era de cem dólares pra cima.

— Como eu estava falando, senhor Backer, a Edgefield Building tem grande intenção de criar uma sociedade com a Indústrias Backer como orçamento desse grande projeto — disse Dalton Edgefield. Um homem muito inteligente e ambicioso. — Trouxe todo o planejamento, custo e pretendo discutir tudo isso com o senhor, é claro.

— Acalme-se, Edgefield — diz Elwin Foreman, brincando. — Vamos jantar, estou faminto!

Eu solto uma risadinha baixa e Edgefield parece ficar vermelho. Olho para o irmão de Foreman, Alden, e ele está olhando para um rabo de saia. Seguro a vontade de rir, e ergo o cardápio.

Por muita coincidência, vejo Holly. Ao fazer menção de levantar, eu paro. Ela estava acompanhada. Não era um investidor ou acionista, era um cara diferente que usava um terno e tinha muito gel naquele topete. Franzo a testa quando vejo ele pegar a mão dela e beijá-la.

Ela estava... em um encontro?!

Minhas narinas parecem inflar e eu sinto vontade de virar um homem das cavernas. Pegá-la pelas pernas e a levar para longe daquele... fajuto cheio de gel! Quero dizer, ele deve ser o dono da marca de gel ou ele abastece todo dia por usar um pote inteiro!

Edgefield e os irmãos Foreman estão rindo e falando de algo, mas eu apenas concentro meus olhos na mesa do canto, na minha frente, em que Holly está sorrindo de algo. Não sorria para ele, Holly. Olhe o tanto de gel há nesse cabelo!

— Com licença, senhores — levanto rapidamente e pego minha taça de champanhe para disfarçar o momento. Dou grandes passos até a mesa deles e enfeito um sorriso. — Senhorita McAdams, que adorável surpresa!

Holly vira o rosto em minha direção de pura surpresa e abre a boca pra dizer algo, mas ela não consegue soltar nada.

— Eu ia ligar pra você, mas estive ocupado — engulo seco, tentando não desmanchar o falso sorriso de canto. — Sinto muito incomodá-la, mas...

— Senhor Backer, estou ocupada no momento, talvez seja melhor você ligar no meu escritório para marcarmos um horário — ela diz, a voz soando nervosa.

— Ora, querida, já estamos aqui — sorrio e aponto a taça para o... cara do topete cheio de gel. — Aposto que o...

— Symonds. Andy Symonds — ele dá um sorriso amigável.

— Claro — contento a revirada dos olhos e a olho. — Aposto que o nosso querido Andy Symonds não se incomode de cinco minutos.

— Oh, não, eu não...

— Não me incomodo não — disse Andy, ao mesmo tempo que Holly e sorri para ela. — Eu posso pedir pra você se quiser.

Holly olha pra mim com descrença, mas força um sorriso para Andy enquanto se levanta.

— Pode pedir uma salada Caesar — diz e ela me dá um belisco. Eu solto um gemido e ela sorri largamente. — Podemos, senhor Backer?

— Vai na frente... querida — resmungo.

— Eu já volto, Andy — ela acena para o cara de gel.

Reviro os olhos enquanto andamos para a parte de fora e Holly está furiosa. Mas ela está linda no vestido longo de uma cor que eu acho ser rosê e o cabelo estava solto em ondas. Ela estava ainda mais linda naquele estado.

— Que diabos, Jack? Está me seguindo?

Eu gargalho.

— Bem que você gostaria — digo. — Estou com três clientes em uma mesa logo do seu lado, você e o senhor dono da marca de gel chegaram depois.

Dono da marca de gel? — Ela franze a testa.

— Qual é, Holly! Aquele cara passa mais gel no topete do que uma pessoa normal. Eu tenho quase certeza que ele trabalha nessa área...

— Ele é farmacêutico — ela dá de ombros. Eu gargalho.

— Tá explicado — digo, rindo. — Aposto que ele anda com um pote de gel no carro.

Holly revira os olhos.

— Acabou? Pois eu preciso voltar ao meu encontro.

— Que merda você pensa que está fazendo, Holly? Só faz uma semana desde que... você me beijou — suspiro.

— Era pra ser uma despedida — ela fica na defensiva.

— Eu não estou morrendo, então me poupe de despedidas — falei rispidamente. — Esse cara é um otário e você merece melhor!

— Essa cena toda que você está fazendo é porque você está com ciúme? — Holly ergue as sobrancelhas.

— Inferno, é claro que eu estou com ciúme, Holly! Você está com o cara do gel bem na minha frente e — eu enrugo a testa — ele beijou sua mão! Você deve desinfetar isso quando chegar em casa.

Pego sua mão que ele beijou e eu começo a passar o dedo, mas Holly apenas dá um tapa e afasta. Ela parecia segurar o riso e olhou em direção da mesa. Andy estava vendo o reflexo do cabelo em uma colher.

— Ele passou muito gel — ela solta, provocando um sorriso em mim.

Essa era a minha garota.

Holly olha pra mim e suspira.

— Eu vou voltar pra lá e espero que você não me siga. Boa sorte nos contratos.

— Holly — puxo-a pelo braço e sussurro. — Você deve ter outros encontros, ok? E estou odiando te ver com outro homem, mas... só não deixe que ele te leve pra casa.

— O que quer dizer com isso?

— Quero dizer que o cara do gel pode parecer bobo, mas eu tenho quase certeza de que ele acha que vai ganhar a sobremesa final — digo, baixinho.

— E se eu quiser? Isso não importa?

Franzo a testa pra ela e a solto.

— Se é o que quer, eu não posso te impedir — engasgo.

Holly olha minhas feições e não diz mais nada, apenas sai andando até a mesa. Em poucos segundos, eu retorno para minha mesa e de vez em quando posso ver que Holly olhava em minha direção e disfarçava sorrindo para... o cara de gel.

Ao finalizar os contratos e faturamento de dez milhões por cada, eu poderia dizer que me sinto bem. Mas, assim que olho para trás e encontro os olhos de Holly, algo em mim se aperta por deixa-la com aquele cara.

✕✕✕

Tudo bem.

Eu não fui totalmente embora.

Estava na área deserta da lateral do restaurante esperando que os dois pombinhos saíssem. Para minha surpresa, demorou apenas quinze minutos depois que sai. Andy parecia animado e Holly parecia querer revirar os olhos. Eu sabia porque ela arregala quando quer revirar. Sorrio comigo mesmo.

O chofer aparece com seu carro e quando ele dá a opção de levá-la, meu coração parece bater rápido e observo de longe o que estava acontecendo. Ela iria com ele?

Para meu grande alívio, ela parece recusar e Andy Symonds entra no carro irritado. Ele sai rápido em suas quatro rodas enquanto caminho em direção de Holly e coloco as mãos no bolso da minha calça.

— Holly.

Ela dá um pulo e suspira ao me ver.

— Você estava certo — ela diz, parecendo amargurada por ter de dizer aquilo. — Ele só queria a sobremesa final.

— Pelo menos você escapou do cara de gel — comento.

Holly solta uma risadinha.

— Pelo visto ela ri também — comemoro.

Ela me dá uma encarada.

— Não exagera.

Eu sorrio.

— Eu te dou uma carona até em casa.

— Você estava me vigiando? — ela franze a testa.

Eu abro a boca pra dizer algo, mas algo me impede.

— Estava, não é?

— Bom... — dou de ombros. — Acho que eu estava interessado em observar o comportamento humano.

— Sei — ela revira os olhos e sorri.

O chofer aparece com meu carro e eu agradeço, dando uma gorjeta. Abro a porta para Holly no banco do passageiro e depois vou para o lado do motorista. Dou partida e logo estou em um pequeno trânsito.

A viagem parece tensa por todo o caminho e quando estaciono na frente do seu prédio, ela suspira.

— O que foi?

— Ficar perto de você é sempre... intimidador — ela sussurra.

Olho para ela de lado e Holly está olhando para suas mãos. Pego uma delas e aperto, parecia tão perfeita na minha. Ela me encara e eu tento sorrir para acalmá-la, mas ela parece nervosa.

Meu sorriso se desmancha e eu aproximo meus lábios dos seus. Em questão de segundos, Holly está quase em cima de mim. Seus lábios tocavam o meu com urgência, necessidade... e quando paramos por um breve instante, ela lambe os lábios.

— Foi a última vez — ela sussurra.

Eu rio perto de seus lábios.

— Repita isso pra si mesma até que comece acreditar. Quem sabe até eu comece acreditar.

Holly tenta segurar o sorriso, mas falha.

Ela sai do carro em direção do seu apartamento e quando entra, algo dentro de mim dá um pulo. Sorrio sozinho e olho para a janela enorme de seu apartamento. Espero que ela acenda as luzes para que eu possa partir pra casa tranquilo.

Tranquilo em saber que ela estava finalmente segura.

▪ o b s ▪

Olá, terráqueos! Como estão? 

O que acharam do capítulo? 

Comente o que achou e vote pra ajudar a titia aqui <3 

beijokassss

ps: segurem os corações e as calcinhas no próximo capítulo, bjx.

Continue Reading

You'll Also Like

56.6K 5.1K 69
Essa mina rouba minha brisa, Acelera o meu coração...
11.9K 451 17
Anne, uma garota meio solitária, foi levada de LONDRES e trazia para os EUA, pois sua mãe Catarina, foi procurar seu namorado Stevan, e foi se encont...
17.6K 1.6K 14
Na beira da piscina, Anastasia é agarrada por Christian Grey, As mãos e a boca desse homem másculo provocam sensações desconhecidas em seu corpo quas...
1.1K 132 9
A obsessão cresce na primeira olhada, e tudo só piora ou melhora , quando ele a encontra novamente. Renzo só não esperava que Lilith se esqueceria de...