Dream Girl [COMPLETO]

Helenayaraaraujo6 tarafından

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Depois de anos lutando para conseguir realizar seu sonho de ser uma cantora reconhecida, Daniela Keisting se... Daha Fazla

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Bônus Taylor Harper
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus Taylor Harper
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 18

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Helenayaraaraujo6 tarafından

Então, então você acha que consegue distinguir

O paraíso do inferno?

Céus azuis da dor?

Você consegue distinguir um campo esverdeado

De um trilho de aço gelado?

Um sorriso de uma máscara?

Você acha que consegue distinguir?

Como eu queria

Como eu queria que você estivesse aqui

Nós somos apenas duas almas perdidas

Nadando num aquário

Ano após ano

Correndo sobre o mesmo velho chão

O que nós encontramos?

Os mesmos velhos medo

Eu queria que você estivesse aqui

(Wish you were here - Pink Floyd)


TAYLOR HARPER

    Não sei de que forma consegui chegar em casa naquela noite, pois não prestei a menor atenção durante o trajeto, só conseguia pensar em Danny e em tudo o que dissemos. A sensação de alívio que eu esperava sentir depois de falar tudo o que eu vinha guardando há anos e que ela tinha a obrigação de ouvir, não veio. 

    Pelo contrário, me senti terrivelmente malvado com ela. Via sua expressão em cada palavra que eu dizia fazendo com que eu me arrependesse em seguida. E o seu golpe final: confessar que era apaixonada por mim. Eu nunca poderia supor que durante todos aqueles anos, Danny nutria por mim o mesmo sentimento que eu nutria por ela. E ainda me confessar entre lágrimas, parecendo destruída pelas coisas que eu lhe havia dito me desconcertou completamente. Quis retirar na mesma hora todas as coisas ruins que havia dito, e tudo o que eu queria era envolvê-la em meus braços. Eu me sentia com a razão, mas me sentia culpado por ter dito e queria reparar o que havia feito, e vendo-a, não a Danny superstar, mas aquela menina que eu conheci e hoje aquela linda mulher parecendo tão frágil diante de mim.

     Abri mão de obter qualquer controle sobre mim e deixei-me guiar pelos meus instintos pela primeira vez desde que a reencontrei a tomando em beijo avassalador cheio de desejo que eu guardei todos aqueles anos. Sua boca, seus lábios, sentir sua respiração descompassada com a minha era enlouquecedor, sentia que quanto mais eu experimentava seu sabor, sua pele, seu cheiro, mais eu a queria, não conseguia parar... Queria-a inteira para mim.

     Vê-la se afastar de mim, e entrar naquele elevador foi devastador. Saber do que eu sabia agora, me sentir do jeito que me senti ao fazê-la sofrer e pela primeira vez ter experimentado seu beijo eram motivos mais que suficientes para que eu não me conformasse com aquela situação e pensasse no que eu teria que fazer para reparar o que eu tinha feito.

    Eu tinha ido procurá-la em seu hotel com o objetivo de despejar tudo o que ela havia me feito passar durante todos aqueles anos, toda a angústia que senti em esperar que ela retomasse o contato por mais magoado que eu estivesse, que eu sabia bem que tudo o que tínhamos vivido não tinha tido o mesmo significado para ela do que teve para mim, senão ela não teria ido embora do jeito que foi, e dizer também que ela não tinha o direito de fingir que se importava comigo, porque eu sabia bem quem era ela.

    Queria fazê-la sofrer do mesmo jeito que me fez, quis ser cruel, dizer tudo o que estava engasgado para que ela sentisse o quanto havia prejudicado a minha vida, pois desde que ela se foi eu nunca mais consegui ser o mesmo. Mas depois de tudo o que foi dito, inclusive de algumas frases que não a deixei terminar tamanha a revolta a qual estava, me fizeram pensar sobre o que eu não sabia... Danny havia dito que eu sabia que ela precisava voltar. Alguma coisa não estava batendo e eu precisava saber dos lábios dela o que tinha acontecido. Pois vê-la ali, tão entregue e tão destruída como eu depois daquela briga, eu tive certeza de que o sentimento não era só meu, era nosso. E que por mais que eu ainda não soubesse, eu pude ver em seus olhos que ela também tinha passado por muita coisa, e sofrido também.

    Cheguei em casa e fui direto para a geladeira abrir uma cerveja, e depois outra, e depois outra, não conseguia ao menos sentir o gosto, só queria a sensação de relaxamento que o álcool trazia. Mas não sentia nada além do coração pulsando fortemente dentro do peito toda vez que me lembrava de como Danny me olhou decepcionada de dentro daquele maldito elevador.

    Me sentia inquieto, agora pelo efeito da cerveja, que ao invés de me acalmar me deixou mais agitado. Sabia que não conseguiria dormir, então abri a porta e me sentei na soleira, apoiando meus pés no primeiro degrau e no mesmo instante, aquele conhecido sentimento e agora sem a minha relutância anterior, me sentia tomado pelas lembranças...

- Mas é muito difícil, Tay! Minha mão não é grande como a sua... - Danny reclamou mais uma vez por não conseguir colocar o dedo em todas as cordas do violão.

- Não é questão de mão grande ou pequena, você vai conseguir... só continuar treinando. - disse encorajando-a, tentando não perder-me naqueles olhos intensamente verdes enquanto a ajudava colocar os dedos da maneira correta. – Chega de aula... hora da diversão. - disse pegando o violão de suas mãos. – Qual música você vai cantar para mim hoje? - e na hora vi suas bochechas enrubescerem. Ela não sabia ainda que tinha a voz mais incrível e gostosa de se ouvir, e eu não poupava elogios para que ela tomasse consciência de quanto era especial. Especial para mim.

- Eu... - disse um pouco tímida. – Aprendi a cantar sua música favorita. - completou abrindo um sorriso que me deixou quase sem ar. Sempre pedia para Danny cantar aquela música e ela sempre desconversava, dizendo que era muito difícil, mas ela sempre me surpreendia. Assim, sem dizer uma só palavra, mas com um sorriso que não cabia dentro do meu rosto, iniciei os difíceis acordes de "Wish you were here", da melhor banda do universo: Pink Floyd. Amava aquela música, mas naquele momento consegui amar ainda mais. Danny a cantava de um jeito somente dela, dando mais significado à canção. Não conseguia desgrudar os olhos, ela mantinha os seus fechados enquanto cantava. Ela era tão pura, tão graciosa, tão doce... tão perfeita. Precisei fechar os meus para que a vontade de lhe beijar os lábios com toda a paixão que carregava me tomasse.

    Danny suavemente cantava "O que nós encontramos? Os mesmos velhos medos, eu queria que você estivesse aqui." . Enquanto eu retornava daquela tarde de primavera de 2006 para a madrugada fria enquanto ansiava com todas as minhas forças que mais uma vez ela estivesse ali comigo.

DANNY KEISTING

    As únicas coisas que consegui fazer foi chegar até meu quarto, abrir a porta e desabar atrás dela. A dor que eu sentia era física, podia senti-la emanando no fundo do meu peito e se espelhando por todo o meu corpo. Chorava por tudo o que a vida poderia ter sido e não foi, chorava por tudo no que a vida havia se transformado.

    Amanheci o dia dolorida até o meu último fio de cabelo. Eu não havia dormido, e sim praticamente desmaiado a ponto de ter apagado no mesmo lugar que havia desabado na noite anterior. Levantei do chão com certa dificuldade e sentei na cama. Tudo o que vivi parecia um imenso pesadelo, daqueles que te fazem não querer pegar no sono de novo com medo que continuasse no mesmo sonho. Mas, o mais doloroso era saber que tudo havia sido real.

    Liguei para Denise para dizer que estava deixando Tulsa e para que ela pudesse dizer à Megan que eu tive que ir embora, mas que não perderíamos o contato. Disse também que depois que eu fizesse às malas iria até sua casa para que nos despedirmos, mas ela insistiu que iria me encontrar no hotel. Denise parecia não se conformar, tentando me convencer a ficar de todas as maneiras possíveis, nem que fossem por mais umas horas.

    Mas eu havia chegado ao meu limite, não queria encontrar com Taylor de novo. Não queria sentir aquela dor nunca mais, por mais que ainda estivesse sentindo. Eu não tinha planejado nada ainda, talvez voltasse para Los Angeles, ou talvez ficasse um tempo com meus pais no Brasil. A única coisa decidida era que eu não poderia continuar lá. Tudo o que eu buscava quando decidi voltar a esta cidade, de uma forma ou de outra, era paz, tranquilidade, me reconectar comigo mesma e poder retomar contato com Taylor. Nem precisava dizer que havia fracassado em todos os quesitos.

Liguei para Flávia para tratar da vinda do jatinho para me buscar enquanto colocava minhas roupas na mala. Ela disse que arrumaria um helicóptero para que eu voltasse para casa, em Los Angeles. Quando soube que eu queria voltar às pressas logo entendeu que as coisas não haviam dado nada certo com Taylor. Disse que não queria falar nada por telefone, mas que explicava tudo quando estivesse em casa.

- Danny, por favor não vai! - Denise entrou quarto adentro de forma apressada. – Você já fez as malas? - perguntou vendo-as arrumadas ao lado da cama.

- Já Denise, o helicóptero vem me buscar em duas horas...

- Mas... quando você falou deu a entender que só iria mais tarde! Está cedo ainda!

- Sim, mas a Flávia conseguiu que o piloto viesse antes.

- Danny... - Denise pegou minhas duas mão e pediu. – Não vá embora! Pelo menos não hoje, não agora. - toda aquela urgência de Denise me surpreendeu. Sei que ela não queria que eu fosse, mas seu olhar era puro nervosismo.

- Você quer me contar alguma coisa, Denise? - perguntei enquanto ela ainda segurava minhas mão de maneira suplicante.

- Não, não... - soltou minhas mãos enquanto olhava para os lados como se procurasse algo.

    Denise se despediu de mim apressadamente dizendo que tinha sido uma honra me conhecer, que esperava me rever em breve e saiu quase que como um foguete. Apesar de toda a estranheza do momento que tive com ela, meus pensamentos ainda estavam em outro lugar. Não conseguia parar de pensar em Taylor e em tudo o que foi dito, e por mais que tentasse raciocinar não conseguia achar um motivo que justificasse o beijo. 

    Aquele beijo... ainda sentia a maciez de seus lábios sobre os meus, o toque urgente de suas mãos sobre meu corpo. E o seu olhar, aquele olhar ao me ver entrar no elevador. Eu estava acabada, mas tinha certeza que havia visto tristeza em seu olhar quando me viu ir embora.

    Já me perguntava se Taylor havia aprendido a fingir muito bem ou se também sentiu a mesma coisa que eu, que não tivesse ficado inerente às nossas lembranças do passado. E foram esses pensamentos que me distraíram enquanto o motorista do hotel me levou até onde o helicóptero iria pousar. O que estivesse se passando com ele, eu não queria saber, pois pensar nele fazia eu me sentir em carne viva e eu estava farta de me sentir impotente. Minha vida já estava uma verdadeira bagunça e ter voltado a Tulsa só piorou ainda mais o meu estado mental. Cada um conhecia o seu limite, e eu havia chegado no meu. Precisava sair dali, pelo bem da minha sanidade.

    Com a ajuda do pessoal do local e um segurança do hotel que me acompanhou, colocamos as malas no helicóptero, mas voltei para olhar mais uma vez para aquela cidade, sob o barulho das hélices. Respirei fundo e desejei de todo o meu coração que a volta à minha cidade preferida no mundo tivesse sido diferente. Vislumbrei a paisagem que se apresentava diante dos meus olhos enquanto sentia a vista embaçar diante de algumas lágrimas que começarem a rolar. Enxuguei o rosto e entrei no helicóptero. Terminado todos os trâmites corriqueiros para que pudéssemos levantar voo, colocando os fones de ouvido, continuei olhando para a cidade enquanto saíamos do chão.

    Então eu vi alguém correndo em direção ao helicóptero balançando os braços desesperadamente. Estava tão absorta em meio a pensamentos que por alguns segundos me recusei a acreditar que era ele, foi aquela camisa xadrez vermelha que me fez ter certeza. Era a mesma camisa que ele estava usando quando o reencontrei pela primeira vez. Taylor gritava por mim enquanto continuava a balançar os braços. Tinha os cabelos bagunçados pela intensidade do vento. Tive a impressão de que meu coração havia parado tamanho o susto, em seguida parecia que iria explodir para fora do meu peito. O que eu faço? Pensei. Sim, eu deveria ignorá-lo, sair deste ciclo de injustiças contra mim e fazer algo de verdade pela minha vida. Sim, eu deveria ir embora e deixá-lo ali.

- Eu tenho que descer! - logicamente eu ignorei todos comandos de alerta me avisando que eu estava procurando encrenca.

- Mas senhorita Keisting... - o piloto contestou.

- Desça esse helicóptero, agora! - ordenei enquanto tentava me soltar daquele cinto.

    O piloto obedeceu, e lentamente voltamos a terra firme, o que pareceu um século. Ele terminou de tirar tudo o que ainda me prendia àquele helicóptero e ao abrir a porta Taylor já estava à minha espera com a mão estendida para mim, enquanto me olhava de forma apreensiva. Aceitei sua mão e senti novamente aquela eletricidade percorrer todo o meu corpo. Como que com apenas um toque ele era capaz de provocar todas aquelas sensações em mim?

- Você voltou. - disse como se não estivesse acreditando, deixando escapar um pequeno sorriso. – Eu... - disse pegando minha outra mão, ficando de frente para mim, me olhando nos olhos. – Eu sei que fui um babaca com você, e quero me desculpar por isso. Mas você também... - eu o interrompi.

- Olha, eu estou cansada de brigar, Taylor... então se você... - foi a vez dele me interromper.

-Eu também não quero mais brigar. Quero entender tudo o que aconteceu, de verdade. Por isso quero conversar...  - disse enquanto apertava minhas mãos firmemente. - Se depois de conversarmos você quiser embora, eu vou entender. Mas acho que devemos isso um ao outro, pelos velhos tempos. - senti sinceridade em cada palavra que falou. Pela primeira vez não vi rancor em seu olhar, vi alguém que se lembrava de tudo o que havíamos vivido.

- Vamos conversar. - disse tentando me fazer de durona, depois de tudo, ele merecia, mas ao me ouvir ele esboçou um sorriso, me desconcertando inteira e quando notei, já estava sorrindo também. Era a primeira vez em 10 anos que o via sorrir daquele jeito. 

Olá pessoal!

Quero primeiramente pedir mil desculpas por não ter conseguido postar o capítulo ontem, mas aconteceu uma daquelas coisas que a gente chama de "força maior" rs. Meu notebook teve um probleminha e me deixou na mão, e eu acabei deixando vocês também

Sorry, sorry... 

Maaaaaas, estou de volta! E de capítulo novo! Eeeeeeee!

Espero que a espera tenha valido a pena, pois esse capítulo tem um gostinho especial para mim. Estamos chegando em uma parte da história em que os sentimentos escondidos e esquecidos da Danny e do Taylor estão vindo à tona, então muita coisa exposta, e com isso revelações....

Agradeço mais uma vez o carinho de vocês em cada comentário, cada voto, cada compartilhamento... vocês tem sido demais e eu só posso agradecer muito.

Depois de agradecer, peço rs, por favor, quem puder compartilhar Dream Girl para que ela possa chegar em mais pessoas... Seria incrível!

E claro, não deixem de votar e comentar, pois é muito importante receber o retorno de vocês. Estou amando ler e responder cada comentário!

Sexta  tem capítulo novo, não percam!

Beijos, beijos

Helena Yara Araujo.

Okumaya devam et

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