Dream Girl [COMPLETO]

By Helenayaraaraujo6

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Depois de anos lutando para conseguir realizar seu sonho de ser uma cantora reconhecida, Daniela Keisting se... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Bônus Taylor Harper
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus Taylor Harper
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 17

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By Helenayaraaraujo6

Você está me dando um milhão de razões para te deixar

Você está me dando um milhão de razões para desistir do show

Você está me dando um milhão de razões

Me dê um milhão de razões

Me dando um milhão de razões

Mais ou menos um milhão de razões

Eu me curvo para rezar

Tento fazer o pior parecer melhor

Senhor, me mostre o caminho

....

Tenho cem milhões de razões para me afastar

Mas amor, eu preciso apenas de uma boa razão pra ficar

(Million Reasons - Lady Gaga)

    Nem tudo o que eu havia passando recentemente fez com que eu me sentisse tão impotente como no momento em que entrei naquele carro e vi Taylor desaparecer através do retrovisor. Tudo o que vivemos não lhe havia despertado nenhuma emoção? E vendo sua apatia pude constatar que quem havia aberto mão de tudo na verdade, foi ele e não eu, pois eu sabia o quanto havia me custado deixá-lo para trás e como eu fiquei nos dias que se passaram ao chegar no Brasil. 

    Não conseguia comer, não conseguia dormir, interagir com os novos colegas da escola, esperando que Taylor entrasse em contato comigo, que me dissesse que não importava a distância, não perderíamos contato. Mas isso nunca aconteceu... Taylor nunca me ligou. O que só contribuiu para que eu ficasse ainda mais reclusa dentro da bolha que havia criado. Mas a felicidade de estar de novo com ele foi o suficiente para deixar tudo aquilo para trás, inclusive o fato dele todos esses anos não ter me procurado. E depois de tudo eu merecia desprezo? Era eu quem deveria tê-lo ignorado e tudo o que eu conseguia fazer era pensar em como eu tinha sido uma tola.

    Naquele dia não consegui comer nada, nem quis sair do hotel. Megan me ligou perguntando se queria almoçar em algum restaurante, na qual eu recusei alegando não estar me sentindo bem. Ela me avisou que nos próximos dois dias estaria fora de Tulsa à trabalho, mas que assim que voltasse nos encontraríamos. Tomei um dos remédios que Flávia havia proibido, e me vali dela não estar ali para me dar aquela bronca que só ela era capaz de dar e em poucos minutos já tinha apagado. 

    Acordei desnorteada no tempo e no espaço, não sabia há quanto tempo estava dormindo. Peguei o celular e vi que já passavam das 19hrs, estava dormindo há pelo menos 8h e ainda me sentia sonolenta. Além das horas, vi que haviam 7 chamadas não atendidas, todas do mesmo número desconhecido. Há anos eu não atendia números que não estivessem salvos em minha agenda, pois fãs ou pessoas sem noção algumas poucas vezes descobriam meu número, por isso eu não atendia. Questões de trabalho eram tratados com a Flávia e o Gerry. Por isso agradeci por estar dormindo e não ter ouvido as ligações. Tomei um banho, pedi serviço de quarto porque estava faminta e me joguei na cama de novo até o dia seguinte.

- Não, Denise... não estou com vontade de sair. Ainda não estou me sentindo muito bem. - respondi desanimada.

- Mas você está de férias, não pode ficar enfurnada nesse hotel! Megan me deixou com a missão de fazer você se distrair e eu não conheço distração melhor do que compras! Duvido que não se sinta melhor depois de um bom dia em um shopping. - Denise tentava ser tão persuasiva que só o seu empenho em me convencer já havia me amolecido.

- Está certo. Sei que você não irá desistir de tentar me tirar daqui. - E em meia hora Denise já estava me esperando no carro do lado de fora do hotel.


- Só não se esqueça que eu não sou rica como você, então o padrão das lojas terá que cair um pouco... digo, muito na verdade. - alertou Denise enquanto nos dirigíamos ao Woodland Hills Mall. Ri de seu comentário, mas tudo o que eu conseguia pensar era na última experiência que tive ao adentrar um shopping. Mesmo já tendo podido atestar que as pessoas de Tulsa não me tratavam como o resto das pessoas do mundo, senti um friozinho começar a se formar em meu estômago.

    Mas, felizmente minha intuição estava certa, não tivemos problema algum para transitar pelo shopping. As pessoas paravam para falar comigo, sorriam, poucas pediam para tirar uma foto, a maioria pais pedindo para tirar foto com seus filhos. Mas não havia invasão do meu espaço, elas me respeitavam, me viam como uma pessoa "normal".

...

- Denise, são 23h! Eu nem vi o tempo passar! - exclamei ao terminar minha terceira taça de vinho. Esticamos nosso passeio do shopping para um restaurante muito bom que já fazia parte da rotina de Denise e Megan. Era um restaurante modesto, mas de comida e serviços excelentes. – Nem sei como te agradecer, o meu dia foi ótimo. - como eu era grata à Denise por me permitir um dia livre dos problemas que circundavam minha cabeça.

- Eu que preciso agradecer, na verdade nem deveria aceitar todos esses presentes que você me deu, Danny. Foram muito caros, eu nem tenho lugar para ir com essas roupas. - apesar da fala, seus olhos brilhavam ao olhar para as sacolas em cima das cadeiras, me deixando contente em também poder fazer algo por ela como ela tinha feito por mim.

- Foi um gesto de gratidão pela amigona que você tem sido para mim. Sei que não estava uma boa companhia hoje, mas você conseguiu me aturar até agora.

- Para de bobeira, Danny. - me olhava compreensivamente. - E seja lá o que houve entre vocês, vocês irão se acertar... - Denise sorriu ao segurar minha mão. Esbocei uma expressão surpresa, pois apesar de passarmos o dia juntas, não havia falado de Taylor para ela. – Eu sei, você não falou nada, mas eu não sou nem um pouco boba. Lógico que você e o Taylor tiveram um trelelê no passado e seja lá o que tenha acontecido, vocês não estão conseguindo se entender. Mas relaxa, no final tudo se ajeita. Já estou na torcida! - disse empolgada erguendo os dois punhos em comemoração. 

- Não, Denise. O que tínhamos no passado, não temos mais. E acho que é melhor mesmo assim. Melhor não mexer mais em feridas já esquecidas. - e tudo o que eu evitei o dia inteiro me voltou como uma enxurrada, me fazendo lembrar que não eram tão esquecidas assim.

- Não, não não... não vamos falar disso. - disse fazendo um gesto negativo com as mãos. - Você ficou tristinha de novo. Vamos falar de coisas divertidas. Eu já te falei como o meu aluno consegue enfiar qualquer coisa pelo nariz e sai pela boca?


    Me despedi de Denise enquanto pegava as inúmeras sacolas no banco detrás do carro. Já eram quase 2h da madrugada quando voltei ao hotel. Já havia terminado de passar pelo saguão quando o recepcionista me alcançou.

- Senhorita Keisting, tem alguém à sua espera. Dissemos que não sabíamos que horas iria voltar, mas ele quis esperar assim mesmo. - a primeira pessoa que me veio à mente foi o Gerry. Ele havia me ligado várias vezes desde que havia chegado à Tulsa, mas eu só tinha atendido uma vez, o deixando irritado. Não podia acreditar que ele tinha conseguido o endereço do meu hotel, que eu tinha feito questão de manter sigilo, exceto de Flávia e minha mãe.

    O recepcionista apontou para uma poltrona em um canto mais afastado do saguão, bem próxima a janela lateral. Não consegui o identificar de longe, pois a poltrona estava virada ao contrário, foi preciso que eu me aproximasse. Cheguei perto o suficiente para reconhecê-lo... dormindo em um sono quase profundo, com a cabeça levemente tombada para a esquerda deixando que algumas mechas loiras cobrissem parte dos olhos. Taylor estava no meu saguão, dormindo profundamente como um bebê.

- Me desculpe, senhorita Keisting mas... ele disse que era urgente. E todos nós o conhecemos, não achamos que teria nenhum mal para a senhorita, por isso o deixamos esperar o quanto quisesse.  - se justificou o recepcionista vendo que eu não sabia como reagir diante de Taylor dormindo na poltrona.

    Disse a ele que não tinha problema nenhum em ter deixado ele ficar. Eu só não fazia a menor ideia do que ele estava fazendo ali até aquela hora me esperando. Me sentia nervosa por ele estar ali, querendo e não querendo saber porque teria ido me procurar. Depois de toda a sua indiferença comigo nunca o imaginaria no hotel. E então eu voltei a olhar para ele, tinha o sono tão tranquilo, o rosto sereno, e tudo o que eu queria era poder tocá-lo, mesmo com toda a raiva e tristeza que tinha.

    Coloquei as sacolas no chão, fiz sinal para o recepcionista que estava tudo bem, que eu poderia assumir dali em diante. Me abaixei, ficando mais próxima dele colocando a mão em seu braço e chamei seu nome. Senti uma vontade imensa e afagar seus cabelos, mas me controlei, pois ele não merecia e só fazia com que eu me sentisse mais boba. Taylor só despertou na terceira vez que o chamei, esfregou os olhos, se endireitou na poltrona e por alguns segundos pareceu não saber aonde estava, olhou ao seu redor... e só percebeu quando olhou para mim, que estava de braços cruzados esperando qualquer coisa que justificasse sua presença ali. Estava encabulado em ter sido pego dormindo, então, olhou para baixo, jogou o cabelo para trás e levantou, olhou para as sacolas no chão e depois para mim.

- Foi um longo passeio... - disse olhando as horas em seu relógio preto.

- E eu tenho certeza que você não ficou me esperando até essa hora para usar seu novo e já frequente sarcasmo comigo, Taylor. - mantinha os braços cruzados enquanto o encarava.

- Embora seja mais forte do que eu, não foi para isso ...  - pigarreou de leve enquanto deu uma breve olhada para baixo e logo voltou a me encarar. - Te liguei várias vezes, você não atendeu, então eu vim.

- Não atendo números desconhecidos. E como você conseguiu meu número? - eu já havia desistido de tentar estabelecer qualquer tipo de conversa saudável com Taylor, então fazia questão de ser ríspida. Havia me cansado de ser tratada como qualquer pessoa. Apesar de todo o passado, eu tinha o meu orgulho.

- Denise. - respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Tentei falar com a Megan mas não consegui, aí liguei para casa dela e disse a Denise que precisava falar com você. - estive com Denise o dia inteiro e ela não havia me dito nada!

    Podia sentir o quanto Taylor estava desconfortável ali, em ter que se explicar. Seu comportamento era completamente diferente das vezes que nos falamos no pub, talvez por estar fora do seu habitat ou por ter sido pego dormindo enquanto me esperava por sabia-se lá quanto tempo.

- Está ok. - fiz questão de ser seca. - E o que você precisa falar comigo? - Taylor não respondeu de imediato. Demorou alguns segundos, como se procurasse uma maneira de iniciar sua frase.

- O que eu tenho pra te dizer é que você não podia ter dito o que disse e simplesmente dar as coisas e ir embora da sorveteria...

- Na verdade, eu podia sim. Eu não ia continuar falando com as árvores, porque você fez questão de fingir que eu não estava lá.

- Porque...porque... - Taylor passava as duas mãos pelo cabelo enquanto eu via sua expressão passar de encabulado para ressentido em instantes. – Você não tinha o direito de voltar depois de todos esses anos e dizer que foi ruim me perder! Você foi embora, sem nem olhar para trás, Daniela!

- Como você pode dizer uma coisa dessas!? Você sabe que eu... - Taylor não me deixou terminar de falar.

- Eu sei que você não pensou em como eu ia ficar aqui sem você! Eu cheguei de viagem e você tinha ido embora. Ainda fez questão de ir  enquanto eu não estava aqui para ser mais fácil. Simplesmente desapareceu... e eu... eu ia...

    Taylor estava muito vermelho, não parava de passar as mãos no cabelo enquanto dava passos curtos de um lado para o outro como se não soubesse o que fazer com o seu corpo. 

– Você não podia ter feito aquilo comigo... e depois de todos esses anos você volta como se nada tivesse acontecido? Esperando que eu ficasse feliz porque você resolveu dar uma pausa na sua vida perfeita e vir aqui... - respirou fundo enquanto passava a mão pelo cabelo mais uma vez. - Na verdade eu nem sei o que você veio fazer aqui. Você não pertence a esse lugar! Você diz nas entrevistas o quanto Tulsa foi importante para você, mas nunca sequer se importou com as pessoas que você deixou aqui, muito menos com esta cidade. - Taylor havia chamado a atenção das poucas pessoas que ainda transitavam pelo saguão pelo volume e acidez em sua voz.

- Você...você não pode estar falando sério! Ninguém sabe o que eu passei em ter que deixar esta cidade, em ter que ficar longe de você... eu fiz de tudo para poder ficar aqui. E eu esperei que você... que você... - estava cada vez mais nervosa por não conseguir terminar uma sentença. E ouvir aquelas acusações era doloroso demais. Nunca me senti tão injustiçada em toda a minha vida, e logo por ele... a pessoa que julgava ser a que melhor me conhecia. 

    Senti meu coração cada vez mais acelerado, respiração ficando ofegante enquanto sentia a raiva dilatar em meu peito e descer para o estômago em forma de queimação. Meu couro cabeludo formigava e eu só conseguia estalar os dedos com muita força enquanto Taylor continuava a despejar em mim todo o seu rancor.

- Achou que eu ia atrás de você? Depois de abandonar nossa amizade como se não valesse coisa alguma? Você realmente se acha a pessoa mais especial do mundo. Você não perde em nada para esses artistas que araque que só querem fama e se sentirem muito especiais. Mas na verdade não são capazes de enxergar nada a frente do seu próprio nariz. Acho que você já era assim muito antes de ficar famosa, sem se importar com ninguém a não ser você mesma. Você era a minha melhor amiga, você era... - respirou fundo enquanto tentava não se atrapalhar com as palavras.

    Ouvir aquelas palavras carregadas de raiva e rancor era como receber uma sequência de golpes, um atrás do outro. Não era possível que o Taylor que eu conheci pensasse essas coisas de mim! Eu estava atônita, não conseguia acreditar que estava ouvindo tudo aquilo. Sentia meu peito arder em chamas. Aquela era a minha vez de interrompê-lo.

- Eu era apaixonada por você! Deixar você foi como deixar uma parte de mim aqui, seu idiota! - disse em meio as lágrimas munidas de toda a decepção fazendo-as desabarem de uma vez. 

    Nunca, em toda a minha vida imaginei que finalmente confessaria meus sentimentos por ele em meios à circunstâncias tão tristes. Sonhava na minha adolescência que quando tivesse coragem para dizer como me sentia, ele os retribuiria. E nem em meus pensamentos mais pessimistas, seria um desabafo em meio a uma discussão de ânimos exaltados com direito a plateia. Mas ele precisava saber dos sentimentos do passado da pessoa que estava sendo acusada ali.

    Taylor já estava preparado para replicar, mas ao ouvir minha confissão se calou arregalando os olhos. Colocou uma das mãos na cintura enquanto a outra passava no rosto, que ainda estava vermelho, com gotículas de suor lhe escorrendo pela testa.

-Você... você o que? - Taylor instantaneamente abandonou a postura de acusador e demonstrava o quanto não estava esperando por aquelas palavras e o quanto não sabia o que fazer com elas.

- Você ouviu! Você sabe que eu tive que voltar para o Brasil!  - gritei a plenos pulmões. 

    Para mim pouco me importava quem estava observando. Mas eu não ia deixar ele continuar me acusando daquela maneira. Não era eu a insensível ali, pois só eu sabia como me sentia em carne viva e exaurida de todas as formas possíveis e imagináveis. 

- Eu te expliquei tudo! E nem assim você teve a coragem de... - Taylor me agarrou subitamente pelo pescoço enquanto invadia meus lábios com uma ferocidade alucinante com sua língua que ansiosamente procurava a minha. Sua boca me devorava com uma necessidade urgente. Ele agarrou minha nuca e puxava meu pescoço levemente para trás enquanto podia ter acesso livre à minha boca, sugando meu lábio inferior de maneira terrivelmente habilidosa.

    Taylor com a outra mão livre puxou minha cintura na tentativa de colar nossos corpos o máximo que conseguia e pude sentir o calor que emanava de seu corpo em contato com o meu. Agarrei seus cabelos com uma das mãos enquanto devorava sua boca com o desespero de quem procura o ar para respirar. O beijo que eu esperei a minha vida inteira, e que eu nunca poderia sonhar que seria tão incrível e delicioso. Tínhamos ali uma necessidade súbita um pelo outro, não conseguíamos parar de nos tocar, de nos agarrar, e de devorar nossas bocas incessantemente. 

    Com força eu mordia seu lábio inferior enquanto Taylor deixava escapar um pequeno gemido por entre meus lábios. Já estávamos sem fôlego, mas não conseguíamos desgrudar nossos lábios e nossas línguas que dançavam numa sincronia deliciosamente perfeita. Já completamente sem ar, paramos de nos beijar, mas não ousamos desgrudar nossas bocas. Um procurando fôlego por entre os lábios do outro. Procurávamos recuperar nossa respiração enquanto nossos corpos e nossas testas permaneciam coladas, misturando nosso suor.

- Você... - tentei dizer enquanto ainda ofegava depois do melhor beijo da minha vida. – Você não pode me beijar depois de tudo o que me disse. - minha mente estava aos pedaços. Não sabia o que pensar, o que sentir, não conseguia respirar. Eu só não queria me soltar de Taylor.

- Eu... - tentou dizer com voz cansada e perdida enquanto me puxava para ainda mais perto de si, mas mantendo o olhar para baixo enquanto recuperava seu fôlego.

- Você não tem mais nada para dizer, porque já disse tudo o que pensava a meu respeito. - e só depois de dizer, eu senti que minha lucidez havia voltado e com ela todas as palavras terríveis que Taylor havia dito contra mim.

   Soltei meus braços que envolviam seu pescoço e comecei a me afastar. Ao perceber que meus braços estavam deixando-o, ele os segurou pelos punhos, impedindo que eu me afastasse mais.

- Não Danny, não faz isso... - disse enquanto tentava me puxar novamente para perto dele, mas eu resisti.

- Não, você fez! Tudo o que me fez ouvir... - fiz questão de puxar de voltar meus braços de seu toque perturbador. – Você nunca me conheceu, ou não teria dito o que disse. -  havia uma grande luta dentro de mim entre meus instintos de sair correndo e me jogar nos braços de Taylor e minha mente que só para me torturar, não parava de ecoar suas cruéis palavras de minutos antes. – Eu me apaixonei por aquele Taylor Harper, o doce, gentil, divertido, que me conhecia melhor do que a mim mesma. Esse que está na minha frente, eu não sei quem é. E seja lá no que você tenha se transformado, eu não quero conhecer. - estava em ruínas por tudo o que ele havia me feito passar e me culpava por tê-lo deixado fazer, e me culpava ainda mais porque depois de tudo, ainda queria estar com ele, mesmo o odiando naquele momento.

- Danny... espera. - conforme eu andava de costas ainda olhando pra ele, Taylor ia atrás de mim. – Vamos... - inspirou fundo também parecendo exausto passando a mão pelo rosto mais uma vez. – Vamos conversar...

- Para mim, chega. Eu não deveria ter voltado.... - disse me virando quase alcançando o botão do elevador. 

    Estava fazendo um esforço tremendo para me manter de pé, e sem ver pude sentir Taylor se aproximar de mim por trás. Mas, não sei se por ver que com mais um toque seu eu desabaria, ou talvez por nós dois, ele ficou a poucos centímetros de distância, mas não me tocou. Porém, sentia sua respiração irregular acima do meu ombro.

- Danny, eu... - disse tão baixo que mal consegui escutá-lo.

- Adeus, Taylor... - o universo vendoque eu não possuía mais forças para ficar tão perto dele, abriu as portas doelevador do qual praticamente me atirei enquanto me apoiava na parede dos fundos.A última visão que tive de Taylor foi com as mãos escoradas no elevador como seesperasse que algo acontecesse e as portas não se fechassem, além de uma lágrimaque ele se esforçava em não deixar cair.


Olá pessoal!

Espero que tenham gostado da surpresa ontem, o capítulo Bônus do Taylor! Fui completamente inspirada por vocês, leitoras que vêm acompanhando e se envolvendo com a história junto comigo. E eu só tenho a agradecer por terem me estimulado a dar mais esse passo dentro da Dream Girl.

Quero dizer também que não parou por aí, logo teremos mais Taylor falando dos seus sentimentos e sobre o passado, e eu mal posso esperar para dividir com vocês!

Além de agradecer, gostaria também de pedir que vocês possam ajudar a divulgar a Dream Girl para que nossa história chegue à mais pessoas e que elas possam se apaixonar por Danny e Taylor. Então quem puder compartilhar e votar, me deixaria ainda mais feliz.

E claro, sempre deixando aquele comentário para saber o que estão gostando, o que não estão, me ajudando como vocês fazem. Vocês são demais!

Até mais! Terça tem capítulo novo, não se esqueçam...

Beijos, Beijos

Helena Yara Araujo

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