DOCE FUTURO | SAGA DOCE 2 (DE...

autoragabriellam által

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6 capítulos não revisados disponíveis para degustação. A versão revisada e com bônus está na Amazon. +16. Li... Több

TRILHA SONORA + BOOKTRAILER
PRÓLOGO
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS - PARTE 1
CAPÍTULO DOIS - PARTE 2
CAPÍTULO QUATRO - PARTE 1
CAPÍTULO QUATRO - PARTE 2
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS - PARTE 1
CAPÍTULO SEIS - PARTE 2
ESPECIAL: QUOTES.
DOCE SEGREDO

CAPÍTULO TRÊS

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autoragabriellam által

Capítulo da dona Ninha, que é dona do crossover e a beta de DP. 💚

I have nothing left to lose
You took your time to choose
Then we told each other
With no trace of fear that...
Our love would be forever
And if we die, We die together
And lie, I said never
'Cause our love would be forever

Muse - Neutron Star Collision (Love Is Forever).

"Tem um lugar no seu coração onde ninguém esteve. Me leve até lá." - Faye and Kenrick.

Robert dirige até a universidade rápido demais e eu tenho pouco tempo com Jensen no carro. Tem algo diferente hoje. Estamos muito grudados. Reviro os olhos quando Carl abre a minha porta.

— Tchau, lindo — Me viro para dar um beijo em Jensen.

— Boa aula, amor

— Bom trabalho — Abro um sorriso e ele me dá outro beijo. Saio do carro com a mochila na mão. Nem me dou ao trabalho de pendurá-la no ombro. Ando tão sem paciência pra mochila e bolsa.

Quando entro na sala Kath, Lau e Hanna já estão sentadas.

— Buenos días — Kath abre um sorriso enorme. Franzo a testa e sento no meu lugar, colocando a mochila de couro em cima da mesa.

— E aí, tudo bem? — Hanna pergunta.

— Tudo bem — Respondo, com um meio sorriso.

— Hoje temos um jantar — Kath sorriu, eufórica. Reviro os olhos.

— É só mais um jantar na casa dos nossos sogros

— Não vem com essa, só porque você vai mais vezes lá do que eu! — Ela reclama. Encaro Lau, incrédula, e ela ri. Kath sendo Kath.

— Eu nem vou lá tanto assim

— Ah, não. Imagina! Quase nem vai lá todo fim de semana — Minha prima ironiza. Dou risada.

— E não vou mesmo, doida. De 15 em 15 dias e olhe lá

— Sei — Ela semicerra os olhos para mim, fazendo as meninas rirem. Rebekah entra na sala, sem me olhar, com April atrás.

— Ela está estranha — Lau comenta.

— Aprontando. Já falei: Cobra quando tá muito quieta, é porque tá preparando o bote. É a cara da cretina — Kath diz como se fosse óbvio.

— Melhor que fique na dela — murmuro, séria. Minha prima ergue as sobrancelhas rapidamente.

— De quem vocês estão falando? — Hanna questiona.

— Rebekah Stone, a cretina. É uma dissimulada, que adora puxar uma briga com a Megan. Já tomou umas duas surras, porque é descarada. A amiga dela, April Miller, é quase inofensiva. Repare que eu disse quase. Provocou a Lau ano passado e levou um belo de um tapa naquela cara de vadia dela — Kath conta, com um sorriso maldoso. Reviro os olhos e bufo. Hanna ri.

— Katherine! — Lau reclama, a testa franzida. Kath encara Lau com uma expressão de: "Mas não é?!"

— Resumindo, elas não tem vergonha na cara. Só que a Rebekah é pior — Esclareço, cortando a pequena discussão que se formou.

— Entendi — Hanna murmura, a testa franzida.

A professora Charlotte entra na sala. Coloco o dedo na boca e faço gesto de silêncio para as meninas. Kath revira os olhos, mas para de falar. Lau me olha. Dou de ombros. O que se fazer com Katherine? Ela exagerou, mas foi tudo verdade.

— Bom dia, pessoal. Hoje teremos atividade — A professora anuncia, fazendo todos reclamares. Reviro os olhos. Terceiro dia e ela já me inventa atividade. Esse ano vai me matar de cansaço.

A manhã passa muito rápido, o que é ótimo. A atividade não é nada complexa, mas é para amanhã. Lau se ofereceu para fazer para mim e eu aceitei. Tenho que trabalhar e ainda tem o jantar essa noite. Realmente não ia conseguir fazer. Na hora da saída eu já vou andando exausta. Tenho estado muito cansada. E é bem estranho.

Saímos pelas portas duplas e eu desço as escadas devagar. O diretor está encostado em um Corolla preto e olhando diretamente para onde estamos. Semicerro os olhos e desvio olhar para as meninas.

— Até amanhã, amiga — Lau me abraça.

— Tchau, Meg — Hanna vem em seguida.

— Tchau, gente

Depois que elas abraçam Kath vão para seus carros. O tempo hoje está agradável até. Não está chovendo e nem com vento gelado. Coloquei uma blusa preta de seda ombro a ombro, calça de couro preta com zíperes e um salto. Estava com uma cara de que ia sair um sol, mas não saiu. Está nublado.

— Se você não fosse trabalhar ia passar a tarde com você

— Bem que eu queria — Faço um bico. Sinto uma pontada na barriga e coloco a mão por cima da blusa.

— O que foi? — Kath questiona, se aproximando.

— Eu não sei — Ofego, sentindo outra pontada. Ela tira meu cabelo do rosto e o prende em um rabo, fazendo os cachos se juntarem.

— Respira comigo — Pede. Observo-a e faço igual. — Melhor?

— Sim, melhorou — murmuro.

— Megan?

Me viro ao ouvir meu nome e vejo Samuel nas portas duplas.

— Oi!

— Lembre o Jensen sobre o projeto para a universidade — ele pede.

— Claro, vou lembrá-lo — Garanto, com um meio sorriso.

— Até amanhã — Samuel volta para dentro.

— Projeto para a universidade? — Kath indaga, a testa franzida.

— Não sei de nada — Dou de ombros.

— Meg, você está pálida. Não vai trabalhar hoje. Não pode ir dessa forma!

Delibero por um momento. Posso pegar um atestado com a minha sogra... Mordo o lábio inferior, tentada com a ideia de passar a tarde em casa.

— Tudo bem. Eu não vou — Declaro, após um momento. Kath abre um sorriso enorme. — E seu carro?

— Eu peço para o meu pai vir buscar. A chave reserva fica com ele. Só vou pegar minha roupa que está lá dentro — Ela diz. Assinto e vou andando para o carro. O diretor continua no mesmo lugar e o olhar ainda fixo em mim.

O carro que me espera é o A8 e Robert sai de dentro dele.

— Robert! Oi — cumprimento-o ao chegar perto.

— Olá, srta. Vellmont

— Não esperava por você

— Sr. King pediu que eu viesse hoje — esclarece, abrindo a porta de trás.

— Kath vai conosco, estou esperando-a — explico, indicando Kath travando o carro dela com uma bolsa grande na mão. Robert anui e continua da forma que está. Kath vem rápido até nós.

— Pronto. Está tudo aqui — Ela me mostra a bolsa enquanto entramos no carro. — É um vestido — esclarece, quando vê minha expressão, e nós duas rimos.

— Vamos para casa, Robert — Informo, quando ele começa a dirigir.

— Está certo, senhorita — murmura, os olhos fixos na rua. Acabo me encostando em Kath e adormeço.

— Meg? Acorda, Meg

Ouço a voz de Kath muito longe, mas consigo abrir os olhos. Ainda estou dentro do carro e quase deitada no colo dela.

— A gente chegou? — questiono.

— Sim, chegamos. Vem — Kath me ajuda a sair do carro e Robert no segue até o elevador. Coloco a mão na boca enquanto bocejo e encaro meu reflexo no espelho. Estou pálida. Deve ser o tempo frio. As portas se abrem e nós saímos.

Destranco a porta do apartamento e entro com Kath.

— Obrigada, Robert — agradeço antes de ele fechar a porta. Deixo a mochila no chão e me jogo no sofá.

— Você está bem? — Kath pergunta, se abaixando na minha frente e tira o cabelo do meu rosto.

— Só estou com sono — sussurro, meus olhos se fechando.

— É melhor dormir, então — ela aconselha.

— Vamos dormir um pouquinho, então — Me sento no sofá, bocejando.

— Tudo bem. Eu durmo com você — Kath me acompanha até o quarto e se deita comigo.

— Coloca o celular para despertar umas 16h, 16h30 — peço. Kath pega o celular.

— Que horas o Jensen chega?

— Entre 16h e 17h

— Ah, então tá — Ela faz uma careta enquanto programa o despertador e arranca as botas. Tiro os saltos e puxo o edredom. Acabo deitando no lado do Jensen na cama e Kath no meu. Fecho as persianas pelo controle e Kath dá risada, maravilhada.

— Eu sei, é demais — sussurro.

— É incrível, Meg! — Pelo tom de voz, ela está sorrindo. Tento sorrir, mas adormeço assim que meu rosto encosta no travesseiro.

Ouço "Can't Stop The Feeling" tocando muito perto. E o som vai aumentando. Kath resmunga ao meu lado e bate a mão no celular. A música fica mais baixa e para.

— Que horas são? — pergunto contra o travesseiro.

— 16h15 — Ela responde, bocejando.

— Hmmm — resmungo, me virando. Ouvimos barulho lá embaixo e Kath se encolhe junto à mim. Dou risada, mas paro quando ouço passos na escada. Cobrimos a cabeça e ficamos em silêncio. O interruptor faz barulho.

— Meg? Está dormindo?

Sinto um alívio ao ouvir a voz de Jensen e tiro o edredom.

— Surpresa! — Kath grita, rindo. Dou risada também. Jensen nos encara com os olhos semicerrados. — Tem duas mulheres na sua cama, aproveita — Ela faz graça, me fazendo rir mais ainda. Jensen não aguenta.

— Que coisa mais bonita. As duas cobrindo a cabeça. Ficaram com medo? — Ele debocha, cruzando os braços, um sorriso maldoso no rosto. Está apenas com a camisa do terno. Franzo a testa, mas vejo o paletó na cadeira perto da porta.

— Escuta aqui, querido — Kath se apoia nos cotovelos para falar com Jensen. Deito novamente e apenas observo. — Quando você chega, deve gritar desde a porta, sabe?! Evita o medo — Ela abre um sorriso enorme.

— Na próxima eu grito, pode deixar — Ele garante, o tom completamente debochado. Acabo rindo deles.

— Vocês são debochados e eu vou tomar banho — Mando beijos enquanto vou para o banheiro. Definitivamente não aguento Kath e Jensen debochando um do outro. É hilário.

Saímos do apartamento nós três e não encontramos os seguranças, nem no corredor e nem na garagem. Quando os faróis do WR-V, o mais novo xodó de Jensen, depois do HR-V obviamente, piscam eu estranho.

— Somos só nós? — Questiono, encarando Jensen. Seu olhar corre por meu corpo e ele sorri. Me olho mais uma vez, procurando algo indecente para justificar o sorriso malicioso que ele me lançou.

Estou com um vestido preto de manga longa cheio de brilhos, que bate na metade das coxas e tem um decote sensacional. Nos pés, um salto preto só com uma tirinha em do calcanhar e outra em volta dos dedos. Meu cabelo está solto e natural. E eu passei um batom vermelho porque combinou muito.

Mas nada fora do que estou acostumada à usar. Nem coloquei as botas. Imagine se tivesse colocado.

— Hein, Jensen? — Kath pressiona. Dou risada.

— Sim, só nós — Ele confirma, após revirar os olhos para minha prima. Entro no carro quando Jensen abre a porta do carona para mim.

— Seu vestido está lindo — Kath elogia enquanto estamos sozinhas.

— Você também! Couro e saia combinam com você — Sussurro, fazendo-a sorrir. Ela está com uma blusa branca e uma saia de couro preta até os joelhos. Está lindíssima.

Jensen entra no carro e começa a dirigir. Nem tiro foto das nossas mãos, apenas me encosto e fico olhando o caminho. Kath liga para Heath e diz que estamos chegando quando Jensen pega o desvio para Burien.

— Pegar o desvio para Burien não é estar chegando, Kath — corrijo-a assim que ela desliga. Ela faz uma careta e dá de ombros. Volto à prestar atenção no caminho. É gostoso pegar estrada ou avenida à noite. A cidade está iluminada e não tem trânsito.

20 minutos mais tarde chegamos na casa dos pais de Jensen. Meredith está na porta com Heath nos esperando.

— Hoje somos só nós — Jensen murmura, enquanto estaciona o carro. Franzo a testa. O que ele quis dizer com isso?

Heath abre a porta de trás para Kath, puxando-a para fora. Saio do carro e minha sogra vem ao meu encontro em um elegante vestido verde. Essa mulher é muito maravilhosa. Sem condições.

— Megan, querida! Como você está linda — Ela me abraça.

— Oi, sogra

— Oi, mãe — Jensen se inclina para beijar o rosto da mãe.

— Oi, Meredith — Kath deposita um beijo na bochecha da nossa sogra e volta à abraçar Heath.

— Cunhada — Ele me dá um beijo no rosto e aperta a mão de Jensen.

— Hoje somos só nós — Meredith repete as palavras de Jensen e vai me puxando para dentro da mansão. Ainda não entendo o que querem dizer até entrarmos na sala da lareira. Só Julianne e meu sogro estão lá.

— Oi! — Julianne vem saltitante até nós e me abraça.

— Oi, Anne — Aperto-a. Em seguida ela vai para abraçar Jensen e eu vou cumprimentar meu sogro.

— Cada dia você está mais linda, Megan! — Anthony me elogia após beijar minhas bochechas.

— Que isso, sogro — Rio, sem graça. Jensen semicerra os olhos para o pai e me puxa para perto.

— Bem engraçadinho, pai — Resmunga, fazendo Anthony rir e abraçá-lo.

— O jantar está na mesa. Venham, queridos — Meredith nos chama. A seguimos até a sala de jantar. Jensen puxa a cadeira para mim e eu me sento. Logo ele se senta ao meu lado.

— Adoro jantar em família — Julianne suspira, fazendo os pais sorrirem.

— Hoje é peixe, gente. Mandei grelhar e está uma delícia — Meredith anuncia quando as empregadas começam a servir.

Não sou muito fã de peixe, mas acabo comendo alguns pedaços. E não está tão ruim. Eu adoro sushi, mas peixe me enjoa. Grelhado não fica tão terrível, confesso. Mas, ainda assim, me enjoa.

— Está bom, Megan? — Julianne pergunta, me observando. Meu prato tem mais arroz que peixe.

— Sim, está — murmuro, com um meio sorriso. Jensen sabe que não gosto de peixe. E, num momento de distração, pega os três pedaços que estão no meu prato. Encaro-o e ele pisca para mim. Que namorado maravilhoso que eu tenho.

Meu prato acaba ficando apenas com arroz e a batata que foi gratinada junto com o peixe, e a salada de acompanhamento. Consigo comer bem, mas não como muito.

Meredith nos oferece café assim que saímos da sala de jantar.

— Megan tem alergia à cafeína, mãe — Jensen murmura, abraçando-me de lado.

— Sinto muito, querida. Eu não sabia. Temos suco — Ela rapidamente oferece.

— Não precisa, sogra. Estou mais que satisfeita. Muito obrigada — Abro um meio sorriso para ela. — Podemos ir embora? — Sussurro para Jensen. Estou muito cansada.

— Claro, amor — Ele concorda rapidamente. — Nós já vamos — Avisa.

— Já? Está cedo — Heath reclama.

— A gente acorda cedo — Jensen murmura.

Após nos despedirmos de todos, vamos em direção ao carro. Jensen está um pouco quieto e isso me preocupa. Quase não falou nada durante o jantar.

— Até amanhã! — Kath grita da porta.

— Até amanhã! — Grito de volta, antes de entrar no carro.

Quando Jensen pega a estrada, observo-o. Ele quer falar algo. Tenho certeza. Só não imagino o que possa ser.

— Lindo, está tudo bem? — Questiono, passando a mão pelo braço dele.

— Sim, amor. Está

— Não, não está — Rebato, o tom de voz calmo. Ele me olha rapidamente. — Não quer me falar o que é?

— Eu só estava pensando em algumas coisas

— Que coisas? — Indago, curiosa. Apoio o queixo na mão, virando de lado no banco.

Jensen respira fundo, parece estar deliberando se fala ou não. Por fim, começa a falar sem desviar os olhos da estrada.

— Eu sempre tive problemas em assumir compromisso — Ele admite, a expressão séria. Ergo as sobrancelhas. Por essa eu não esperava. Logo ele, todo romântico e carinhoso.

— Sério?

— Claro que, com você, é diferente. Sempre foi — Jensen diz, me fazendo sorrir. — Minha mãe e Julianne estão em êxtase. Elas se afogam em alegria toda vez que me ouvem dizer o quanto você é importante para mim. Meu pai está feliz por me ver feliz — Dá de ombros. — E Heath está contente por eu finalmente encontrar alguém com quem quero ficar de verdade. E todos eles te adoram, é claro. Como não adorar? — Sorri.

— Tem gente que não gosta de mim — Replico, rindo.

— Muito menos que as pessoas que gostam de você

— Vai saber — murmuro, fazendo Jensen rir. Ele sai da estrada e pega a I-5. Logo estamos em casa.

— Você, Megan, me fez questionar tudo. Principalmente minhas resistências. Você não tem noção do que faz comigo, do efeito que você tem sobre mim. Eu nunca namorei sério. Nunca. Em 27 anos é a primeira vez, você sabe disso. Eu nunca escondi — Ele me encara. Assinto uma vez. Ele sempre disse que nunca havia namorado sério. — E sinceramente, espero que seja a única. Quero ficar apenas com você. Jamais vou querer outra pessoa. Porque sua companhia é agradável, suas palavras e seu olhar são intensos. Cada atitude sua me surpreende. Tudo com você é muito intenso. E eu amo isso. Amo cada parte do nosso relacionamento

— Tudo para agradar, sr. King — Suspiro, sorrindo. Ele sorri.

— Honestamente? Não imagino minha vida sem você — confessa. Mal me dou conta quando o carro entra na garagem do prédio.

— Não tem que imaginar — digo rapidamente.

— Eu confesso que tenho medo que você me deixe em algum momento

— Eu também tenho esse medo. Na verdade, o sinto cada vez menos. Porque sei dos seus sentimentos por mim. Então parei de me sentir insegura há algum tempo — Dou de ombros. Jensen estaciona e tira o cinto de segurança. Ficamos em silêncio por alguns segundos. Ele olhando para frente e eu olhando para ele.

Quando Jensen me olha, meu coração acelera de uma forma diferente.

— Eu te amo, Megan — ele diz, simplesmente.

Meu mundo para nesse momento. Ele disse? Ele disse que me ama?

Suspiro.

Eu sou dele. Sempre fui. Sempre vou ser. Eu sei. Nunca estive tão certa. Nunca tive tanta certeza. Eu sou incapaz de não reagir à essas palavras.

— Eu também te amo, Jensen — sussurro. Ele suspira aliviado e sorri. Abro um sorriso enorme quando ele chega mais perto, segurando meu rosto entre as mãos, e me beija.

É diferente dessa vez. Parece o primeiro beijo em 1 ano. É diferente porque agora nós falamos. As palavras foram ditas, sem volta. E eu não consigo sentir medo. Só uma felicidade imensa. Jensen me ama. O que mais eu poderia querer?

Ele para de me beijar, mas não se afasta. Nos encaramos, as respiração aceleradas mesclando-se.

— Na noite do seu aniversário do ano passado você disse eu te amo enquanto dormia. Eu não disse nada porque queria ser o primeiro à dizer — Revela. Semicerro os olhos para ele, mas acabo rindo.

— Você é inacreditável, Jensen! — Reclamo, fazendo-o rir.

— Vem, vamos para casa — Chama. Assinto e nós saímos do carro.

Assim que entramos no apartamento, Jensen se abaixa para me pegar no colo de um jeito delicado. Ele sobe as escadas devagar e entra comigo no quarto.

Quando sinto o lençol macio da cama, Jensen se deita por cima de mim. Nos beijamos por um longo tempo. Demora até que suas mãos comecem a tirar meu vestido e apertar com delicadeza minha cintura.

Os toques são diferentes. Os olhares são diferentes. Os beijos são diferentes. É tudo muito diferente dessa vez.

Jensen não desvia o olhar do meu em momento algum. Consigo ver nos seus olhos que é verdade quando ele disse que me ama. E eu acredito. Porque o amo na mesma intensidade.

Depois de hoje, as coisas mudaram. Eu sinto isso. Sinto na forma como ele faz amor comigo. Sempre foi muito especial, cheio de sentimento. Mas hoje, hoje foi com muito mais amor.

Não resta mais dúvidas. Nós nos pertencemos.

Acordo com uma claridade invadindo o quarto e esfrego os olhos resmungando. Essa parede de vidro é linda, mas vai me cegar. Dou de cara com Jensen me observando. Ele suspira.

— Você fica tão linda dormindo — Murmura.

Reviro os olhos, bufando, mas acabando sorrindo. Ele se aproxima para me dar um selinho.

— Podemos tomar banho? — Indago.

— Claro, amor

No banheiro, acabamos tomando banho no box mesmo. Porque eu dormi um pouquinho mais do que devia e Jensen deixou. Apenas ficou me observando dormir. E eu não me sinto incomodada com isso. É lindo ele me admirar, me olhar como se eu fosse a coisa mais linda do mundo.

Depois de me secar, vou para o closet. Fico procurando uma roupa depois de colocar calcinha, sutiã e meia. Acabo colocando uma calça de moletom cinza, uma camiseta preta e minha jaqueta bomber preta. Calço meu tênis de couro preto. Tenho andado muito de salto e botas de salto, sinto falta de usar tênis. E como está frio, tênis é a melhor opção.

Jensen entra no closet quando estou passando perfume. Ele me abraça por trás, para cheirar meu pescoço. Dou risada, me encolhendo.

— Está muito cheirosa — Declara, beijando minha bochecha, e me solta.

— Perfume que você me deu, lindo — Mostro o vidrinho, antes de ficar na ponta dos pés e beijá-lo. Saio do closet e pego minha mochila. Confiro se tá tudo certo e vou para a penteadeira escovar meu cabelo. Passo a escova umas 3 vezes até Jensen sair do closet arrumado.

Quando descemos, tem coisas no balcão. Panquecas, cappuccino e café.

— Hoje sim — murmuro, me sentando.

— É, com uma máquina não tem desculpa — Jensen resmunga, se sentando ao meu lado. Acabo rindo.

— Jensen, não é para tanto

— Claro que é! Todo mundo sabe que você é alérgica à cafeína

— Sim, amor. Todos sabem que sou alérgica, mas ninguém é obrigado à lembrar o tempo todo — Dou de ombros, enquanto como um pedaço de panqueca.

— Eu lembro o tempo todo — Ele rebate, a expressão séria. Me seguro para não rir do drama básico de Jensen King.

— Você é diferente das outras pessoas, lindo — Encaro-o, tomando meu cappuccino.

— Hoje eu já disse que te amo? — Jensen indaga, inclinando a cabeça para o lado. Sorrio.

— Hoje ainda não, sabe?! — provoco, fazendo-o rir.

— Eu te amo. Ah, como eu te amo — Ele suspira.

— Eu que te amo — Me aproximo para dar um selinho nele. Jensen não deixa que eu me afaste e me puxa para um beijo de verdade.

Passamos o caminho inteiro grudados, entrelaçando nossos dedos diversas vezes e trocando beijos discretos. Claro que eu fico com vergonha dos seguranças. Aí Jensen encosta a boca no meu ouvido e me vem com: "Megan, todo mundo sabe que a gente transa" e a expressão séria. Eu apenas o encarei. Ele explodiu em uma gargalhada estrondosa, assustando até Robert e Carl. Quando parou de rir, sussurrou: "Amor, relaxa. Nós fazemos amor e todo mundo deve imaginar isso" Eu não sabia se dava na cara dele ou ria.

Quando chegamos na universidade, Jensen não quis me soltar. Com as mãos no meu rosto, começou a dar vários beijos.

— Lindo...

— Um segundo — ele murmura, antes de me beijar novamente.

— Eu tenho que estudar — argumento.

— Não... — reclama, me beijando outra vez.

— Lindo, é sério. Eu preciso ir — Me afasto dele para conseguir respirar.

— Tudo bem — Com um revirar de olhos, desiste. Dou mais um beijo rápido nele.

— Eu te amo — murmuro contra a sua boca.

— Eu te amo, amor — Ele me beija novamente, e dessa vez me solta. Saio do carro com a mochila na mão. Quando entro na sala as meninas já estão sentadas.

— Mas não tem vergonha mesmo. Olha lá a boca toda vermelha! — Kath provoca.

— Para o inferno, Katherine! — Ironizo, me sentando. Ela semicerra os olhos, fingindo indignação.

— Meg, está pronto — Lau me mostra a atividade.

— Você é maravilhosa — elogia, fazendo-a rir.

Quando a professora Charlotte entra na sala, Kath coloca o dedo na boca, fingindo ânsia. Rimos dela. A professora senta e fica escrevendo coisas. Todo mundo se entreolha, confuso. Continuamos conversando.

Meia hora depois, a senhora ruiva do financeiro entra com um buquê de rosas brancas e uma caixa na mão. Kath e Lau sorriem maliciosamente para mim.

— Licença, Charlotte — ela pede, atraindo a atenção da professora, que assente. — Megan Vellmont — A senhora me encara com um sorriso no rosto. Levanto, ignorando os olhares dos alunos novos e pego o as flores junto com a caixa.

— Obrigada — Agradeço. Ela sorri e sai da sala, fechando a porta. Volto a sentar no meu lugar.

— Que neném — Kath zomba, pegando a caixa. Lau dá um tapa na mão dela, mas Kath abre rapidamente. É uma caixa de chocolate. E chocolate bom.

— São lindas, amiga! — Sorri.

— Que românico, Meg — Hanna elogia. Abro um sorriso para elas.

Deixo as flores em cima da mesa e pego meu celular no bolso da jaqueta bomber. Mando uma mensagem para Jensen.

"Oi, lindo. Já chegou na empresa? O mundo dos negócios está interessante? Só queria dizer que amei as flores; são lindas. O chocolate parece delicioso! E ontem foi extraordinário. Amei o jantar. E claro, amo você. Sua" Eu 08:01

A resposta é imediata.

"Existe melhor jeito de começar a sexta-feira? Tinha que mandar flores para você, para comemorarmos essa fase tão especial. Estou em reunião, infelizmente. E sim, estou revirando os olhos para isso. E aí, como vai o estudo? O mundo dos negócios não é nem de perto tão interessante quanto você. Já sinto sua falta. E eu também amo você" Jensen 08:01

Sorrio ao ler a mensagem.

— Ficou louca — Kath diz, me olhando. Dou risada. Lauren e Hanna a encaram e mandam ficar quieta. Ela apenas ri. Estou tão acostumada com isso, que nem ligo.

"Está parado, a professora nem começou a dar aula ainda. Estou pensando seriamente em ir embora. Já que o mundo dos negócios não é tão interessante quanto eu, gostaria de deixá-lo e vir para mim?" Eu 08:02

Mostro para Kath, já imaginando o que ela vai falar.

— Uou! — Diz, rindo. Sabia que ela ia falar isso. As meninas olham e eu peço para Kath contar, porque chega outra mensagem.

"Isso é um convite, srta. Vellmont? Porque é muito tentador" Jensen 08:03
"Sim, estou te convidando para irmos ficar juntos" Eu 08:03
"Você tem tudo o que você quer, srta. Vellmont. Te pego em 15 minutos" Jensen 08:04

Sorrio.

"Estou esperando, lindo" Eu 08:05

Guardo o celular no bolso da jaqueta.

— Eu vou embora — declaro. As meninas me olham boquiabertas.

— Por quê? — Kath choraminga.

— Pelo jeito, não vai ter aula hoje — Indico discretamente a professora com a cabeça. — E Jensen está vindo me buscar

— Vamos também?! — Hanna olha para Kath e Lau enquanto eu pego minha mochila, as flores e o chocolate.

— Agora! — Kath concorda, já levantando.

— Vamos! — Lau pega a bolsa e levanta. Saímos juntas da sala. E não somos as únicas. Mais alunos estão indo embora, inclusive Rebekah e April. Ignorando-as, saímos da universidade e vamos para o estacionamento. As meninas esperam comigo até Jensen chegar, sozinho no WR-V.

— Eita, que agora vai, hein?! — Kath provoca, com um sorriso malicioso. Reviro os olhos, sorrindo, e abraço as três.

— Até mais — Mando beijos, já indo para o carro. Jensen abre a janela do carona e sorri para mim. Entro no carro e me viro para dar um beijo nele.

— Tudo bem, amor? — Pergunta, quando fecho a porta e coloco o cinto. Ele começa a dirigir

— Tudo ótimo — Abro um sorriso enorme.

— O que quer fazer?

— Podemos ficar em casa?

— Claro, amor. Eu vou adorar. Estou cansado

— Eu também. As aulas não estão nada fáceis — Suspiro pesado.

— A empresa também não — murmura. Não pergunto nada. Se ele não falou, é porque não é da minha incumbência.

— Vamos ver algumas séries, podemos pedir uma pizza — sugiro.

— Perfeito, amor. Eu ia falar isso agora. Pra você não cozinhar hoje

— Tudo bem, mas amanhã eu cozinho — declaro, fazendo-o sorrir e assentir. Estamos ligados de um novo jeito que eu ainda não entendo.

Em casa, trocamos de roupa e deitamos na cama. Abraçados e enrolados no edredom. Jensen fecha as persianas pelo controle enquanto eu escolho um filme na Netflix.

— Pode ser romance?

— Pode ser o que você quiser, amor — Ele me dá um beijo no topo da cabeça. Passo por Eclipse e fico tentada, mas vejo A Escolha mais embaixo.

— Pode ser esse? — Abro a sinopse do filme para Jensen ler.

— Perfeito, amor. Coloca aí — pede. Dou play e o filme começa.

A Escolha é inacreditavelmente lindo. Teresa Palmer arrasou nesse papel. A história é linda, o casamento deles foi lindo. Foi tudo perfeito. É um dos meus filmes de romance preferido. Só não ganha de Para Sempre, Cartas Para Julieta e Questão de Tempo, sem comparação aqueles três filmes.

Quando o filme termina eu desço para fazer alguma coisa para comermos enquanto Jensen escolhe uma série ou vários filmes para fazermos maratona. Faço mais panquecas, porque só sobraram duas de mais cedo. Faço dois copos de cappuccino e dois de café.

Pego uma bandeja de madeira com pezinho e coloco mel, geleia de morango e chocolate derretido. Coloco o resto das coisas, junto com as panquecas na bandeja e subo para o quarto. Entro devagar e fecho a porta com o quadril. Jensen me olha boquiaberto. Ergo as sobrancelhas com um meio sorriso.

— Por que não me chamou para ajuda-la a subir com essa bandeja? — Ele questiona, me observando. Sento na cama e coloco a bandeja em cima do colchão.

— Não estava pesada — Dou de ombros. Ele pega uma panqueca e despeja um pouco de mel. Passo um pouco de geleia de morango na minha.

— Quer assistir Crepúsculo que você ama tanto ou Supernatural?

— Pode ser Supernatural, lindo — Murmuro, encostando-me nas almofadas. Jensen procura o episódio onde paramos e dá play. Comemos enquanto assistimos a série. Resolvemos assistir tudo de novo, porque é bom demais. Eu mesma acabei esquecendo bastante coisa das primeiras temporadas. É bom relembrar. E vamos combinar que Jensen Ackles é uma coisa muito gostosa. Não vou comparar com Jensen, mas os dois são uma coisa gostosa. E eu tenho um Jensen só meu.

Só paramos de assistir quando anoitece. Pauso o episódio. Já estamos no final da primeira temporada. Passam das 19h quando Jensen pega o celular.

— Vou pedir para o Robert buscar a pizza — Me dá um beijo na testa antes de se levantar e sair do quarto. Me enrolo mais no edredom e fico esperando. Demora um pouco até Jensen voltar para o quarto  com duas pizzas na mão. — Do jeito que você gosta — Sorri, colocando-as na cama.

Abro uma das caixas e me deparo com uma pizza de frango com catupiry. Solto um suspiro. Não tem pizza mais gostosa que essa. Comemos sentados na cama, assistindo Supernatural. Estou encostada em Jensen e ele com um braço em volta de mim.

— Tão bom ficar assim com você — Suspiro.

— Te amo — Ele murmura, após beijar minha testa.

— Também te amo — Sussurro, me aconchegando mais nele.

💚💚💚

Olvasás folytatása

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