Dream Girl [COMPLETO]

By Helenayaraaraujo6

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Depois de anos lutando para conseguir realizar seu sonho de ser uma cantora reconhecida, Daniela Keisting se... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Bônus Taylor Harper
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus Taylor Harper
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 14

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By Helenayaraaraujo6

Querido, posso te abraçar essa noite?

Talvez se eu tivesse dito as palavras certas

Na hora certa

Você seria meu

Tracy Chapman - Baby Can I hold you


- Ih, gamou! - zombou Denise. - Eu sei como é, Danny. Eu também sou gamada nele, quer dizer, quem nesta cidade não é? Mas ele é muito difícil, não costuma dar mole pra ninguém. Eu duvido que ele não caia de quatro pela Danny Keisting! - disse animadamente, como era o seu normal.

- Denise, de novo: eu estou bem aqui. Não precisa falar de mim na terceira pessoa. - reforcei. -E não é nada disso. Preciso saber porque ele me tratou daquele jeito. E só há um jeito de saber.

- Então está decidido, vamos tirar essa história a limpo. - completou Denise.

- Mas poderíamos ir lá um outro dia, meninas. Realmente queria apresentar o restaurante para a Danny... - argumentou Megan.

- Nada disso, temos uma missão: Vamos ao "R&B" hoje! - Denise foi enfática.

    No fim da tarde voltei ao hotel para me produzir, abri o armário e não conseguia escolher uma roupa para vestir. Calça, saia, vestido... não conseguia me decidir. E as borboletas no estômago só aumentavam à medida que as horas se passavam. Finalmente iria resolver a história com Taylor. Ele teria que se explicar.

    Não queria parecer arrumada demais e nem de menos por isso, acabei escolhendo um vestido "tubinho" preto simples de alças que ia até metade da coxa, e sandálias de tiras também pretas. Um preto básico sempre caía bem para qualquer ocasião. Com o modelador, fiz as pontas do meu cabelo para acentuarem os cachos largos que se formavam naturalmente. Procurei não fazer uma maquiagem exagerada, mas que realçassem meus olhos, e nos lábios escolhi um tom nude rosado. Chequei meu cabelo no espelho, jogava para um lado, jogava para o outro, vendo qual ficaria melhor. Estava parecendo uma adolescente ridícula tamanha a minha ansiedade.

    Às 21h em ponto, Megan e Denise estavam do lado de fora do hotel me esperando dentro do táxi, para que todas pudessem beber. Enquanto conversavam durante o trajeto, estalava os dedos a maioria das vezes que conseguia, tique que eu tinha quando estava nervosa. Não conseguia me lembrar da última vez que me senti assim. Volta e meia eu sorria e concordava com o que elas diziam para não dar muita bandeira.

    Entramos no "R&B", e pela hora que chegamos, o pub apesar de cheio ainda tinha algumas mesas vazias. Algumas pessoas preferiam ficar no balcão, e outras do lado de fora. Uma banda se preparava para se apresentar e a primeira coisa que fiz ao chegar foi procurar Taylor. Mas ele não estava em lugar algum, o que só aumentou meu nervosismo, não aguentava mais ficar naquela incerteza, precisava esclarecer as coisas, e tinha que ser naquela noite. Me preparei física e psicologicamente para isso.

- Se ele ainda não chegou, pode ser que chegue mais tarde. Hoje não é ele quem se apresenta, fim de semana ele costuma estar aqui cedo, de repente aconteceu alguma coisa e ele nem virá. - explicou Megan sem que eu precisasse perguntar. Com certeza ela percebeu minha impaciência.

- Bem, vamos arriscar... - rebateu Denise antes que eu pudesse abrir a boca. Ela parecia mais ansiosa que eu para que pudéssemos nos encontrar, e olha que a minha ansiedade não era pouca.

    Queria estar tranquila, pelo menos na medida do possível quando ele chegasse, e a melhor maneira para isso era colocar algum álcool para dentro. Pedimos três cervejas enquanto decidíamos o que iríamos comer, enquanto eu tentava desencanar o máximo que podia. Agradeci mentalmente por elas serem tão boas de papo e engatarem vários assuntos, conseguindo me distrair. Até porque, era muito bom estar em um pub, tomando cerveja e jogando conversa fora sem ser incomodada, um prazer raro para mim.

    A banda começou a tocar animando instantaneamente ainda mais o lugar. Muitas pessoas se levantaram e começaram a dançar, outros se concentravam em assistir à banda, e outros não estavam nem aí, continuaram com suas cervejas conversando seus assuntos. Um certo tempo depois que havíamos comido, resolvemos ir mais para frente para dançarmos um pouco. A banda transformava músicas antigas em pop rock, deixando-as ainda mais dançantes. Começamos a nos remexer no meio das pessoas, como se ninguém estivesse nos olhando. Àquela altura eu já estava me sentindo maravilhosa, estimulada e desinibida pelas 5 cervejas que tomei começando a sexta e ainda feliz por ter passado um dia inteiro sem ser parada por ninguém. Estava me divertindo como há seculos não me divertia! Dançávamos sozinhas, abraçadas, tirávamos selfies e cantávamos bem alto com direito à bracinhos para o alto e tudo. Eu estava vivendo!

- Galera, galera! Só um instante! - a vocalista pediu enquanto a música terminava. - Nós temos hoje o prazer de receber aqui no "R&B" , a melhor e mais famosa cantora da atualidade, Danny Keisting! - falou quase euforicamente me fazendo deixar de beber minha cerveja para olhar para ela. – E eu como uma grande fã, gostaria de pedir humildemente que ela viesse aqui no palco cantar uma música para gente. Não querendo abusar , uma música só! 

    Nesta hora todos viraram na minha direção e começaram a gritar meu nome em meio a palmas. Ajeitei meu vestido , entreguei minha garrafa para Denise, e sorrindo me dirigi ao palco. Realmente não esperava aquilo, estava esbaforida e suada. 

 – Desculpe atrapalhar você, Danny. Mas seria muito importante para nós... - disse a vocalista pegando na minha mão com as mãos ainda mais suadas.

- Imagine! Só vamos combinar uma coisa: Eu topo se pudermos cantar uma canção que não seja minha, pode ser? Faz muito tempo que eu não canto músicas de outros artistas.

- Você que manda, Danny!

    Fora do microfone perguntei o que eles costumavam tocar no repertório. Eles me mostraram seu setlist e na hora que olhei já sabia que música queria cantar.

    Os acordes começaram, fechei os olhos. Era uma sensação gostosa poder cantar aquela música de novo. Comecei a cantar prestando atenção em cada palavra e em cada nota daquela canção. Todos aplaudiam de pé, e se aproximavam para ficar mais perto do palco. Me sentia feliz em estar ali. Todos estavam curtindo e aproveitando aquele momento junto comigo, não havia tietagem, havia apenas admiração. A maioria das pessoas conheciam a música e cantavam junto comigo, me fazendo embarcar ainda mais naquele clima me deixando embalar por aquela bela melodia.


    Ao abrir os olhos, avistei Taylor no meio da multidão, o que fez meu coração ameaçar saltar de dentro do peito. Por alguns instantes tinha me esquecido porque tinha ido naquele pub. Ao perceber que eu o havia encontrado, ele não desviou o olhar, mas sua expressão se tensionou. Tinha os braços cruzados no peito e ao contrário das pessoas ao seu redor que balançavam de um lado para o outro, ele não se mexia, permanecendo imóvel no meio das outras pessoas. Aquele comportamento juntamente com as lembranças que brotavam em minha mente me atordoaram de tal forma que tive que me concentrar para terminar a canção. "Baby Can I hold you" de Tracy Chapman foi a primeira música que Taylor havia me ensinado a tocar no violão. E olhando em seus olhos naquele momento eu tive a certeza de que ele se lembrava tanto quanto eu.

- Nossa, Danny! Isso foi lindo! - a vocalista me despertou do contato visual com ele me puxando para um abraço desajeitado.

    Quando olhei de novo para a plateia Taylor não estava mais lá. A vocalista, que disse que se chamava Maya, continuou falando sem parar mas não prestei atenção, só olhava ao redor procurando por ele. Depois de agradecer o carinho daquelas pessoas, voltei para Megan e Denise.

- Nossa, Danny! Cheguei a me emocionar! - disse Denise segurando minha mão.

- Obrigada Denise...  - agradeci sem ao menos olhar para ela. - Vocês viram para onde ele foi?

- Taylor? Não o vimos aqui.  - Megan respondeu fazendo a mesma coisa que eu, checando o pub mais uma vez, o que me fez na hora ter a dúvida se eu o tinha visto ou se tinha sido um truque da minha imaginação pelo fato de estar pensando nele antes de enxergá-lo entre as pessoas.

    A banda fez uma pausa, fazendo as pessoas voltarem às suas mesas. O que possibilitou uma visão melhor do estabelecimento, mas nem assim consegui encontrá-lo. Voltamos também para nossa mesa, e eu não conseguia parar de pensar se ele esteve mesmo ali. Perguntei para algumas pessoas que estavam nas mesas próximas e ninguém o tinha visto. Não era possível eu estar tão lunática e tão desesperada ao ponto de ver uma miragem do Taylor. Pensei que havia surtado e estava imaginando coisas. Pedi mais uma cerveja e a bebi de uma vez. Agora além de confusa estava ficando um pouco tonta enquanto Denise e Megan riam de algo que eu não fazia a menor ideia.

- Meninas, a banda voltou. Vamos dançar! - saí puxando-as pelas mãos.

    Precisava fazer alguma coisa para parar de pensar. Era incrível como minha mente conseguia me torturar direitinho. Quando eu menos queria pensar, mais os pensamentos passeavam em minha mente zombando de mim. Muitas pessoas voltaram para perto do palco para curtirem e dançarem. Tinha acabado de pedir outra cerveja e tudo o que eu queria era relaxar meu corpo e minha cabeça. Deixar a música me levar para onde não houvesse Taylor algum e eu consegui! Com uma ajudinha etílica, em instantes eu estava dançando animadamente com Megan e Denise. Não sei se para serem solidárias a mim ou por elas mesmas estarem tão animadas e cheias de álcool como eu.

    Todo o esforço para espairecer a mente havia funcionado a ponto de esquecer tudo ao meu redor, dançava como uma doida, ignorando as pessoas a minha volta e o que pudessem achar de mim. Foi quando tropecei sem querer no pé de Denise e senti meu corpo ir para frente de uma vez, por pouco não fui ao chão. Mas com o solavanco fiz a proeza de derrubar parte da minha cerveja e quando consegui endireitar o corpo vi que tinha entornado em alguém de camisa jeans que estava de costas para mim.

- Mil desculpas, eu tropecei e... - foi então que eu percebi que eu já tinha visto aquela camisa.

    Era a mesma camisa jeans que tinha visto há poucas horas, e então eu soube. Senti meu couro cabeludo formigar enquanto ele se virava. Não era uma peça da minha imaginação, Taylor estava mesmo ali.

Olá pessoal! Desde o capítulo 13, entramos na segunda parte da história, na qual a Danny irá se reencontrar com o seu passado, onde a música teve papel fundamental na construção da sua trajetória. 

Então nada mais justo que a cada capítulo tenha uma canção, que de alguma forma completa e enriquece ainda mais a história da nossa cantora. Espero que gostem e que vocês se sintam ainda mais imersos nas emoções de cada capítulo de um jeito tão profundo que às vezes só a música nos leva.

E claro, sempre pedindo que quem está gostando possa deixar o seu voto, comentar o que esta achando e se puderem, compartilhar. Vocês tem sido incríveis, muito obrigada e até sexta! 

Helena Yara Araujo 

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