Dream Girl [COMPLETO]

By Helenayaraaraujo6

8.2K 1.3K 759

Depois de anos lutando para conseguir realizar seu sonho de ser uma cantora reconhecida, Daniela Keisting se... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Bônus Taylor Harper
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus Taylor Harper
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 13

147 24 5
By Helenayaraaraujo6


Eu tenho o direito de errar

Meus erros me farão forte

Estou entrando no grande desconhecido

Sinto que tenho asas embora eu nunca tenha voado


- Com tanto lugar pra ir, você quer ir logo para Tulsa? - perguntou Gerry enquanto assinava alguns documentos. Eu estava resolvendo tudo o que estava pendente para poder viajar em paz, sem que ninguém, e quando digo ninguém, quero dizer Gerry Thomas, me perturbasse durante minhas férias. E como eu estava adorando repetir aquela palavra: FÉRIAS!

- Até as minhas férias você quer decidir?

- Só estou comentando. Não é uma cidade lá muito animada, você sabe disso.

- Quero descansar, Gerry. Para mim Tulsa é mais do que eu preciso agora.

- E o que eu vou fazer no tempo que você estiver lá? - olhei para Gerry e não consegui acreditar que ele realmente parecia desnorteado. Olhava para frente com um olhar vazio. O que fez com que eu sentisse pena dele.

    Gerry era um cara divorciado com uma uma filha: Tifany. E não possuía boa relação nem com ela, muito menos com a ex mulher, uma famosa ex modelo que o havia trocado por um cara mais jovem que ele. Quando o conheci ele já era separado, mas pelo pouco que comentou sobre isso, podia-se perceber o quanto havia saído ferido daquele casamento.

    Não era de falar sobre sua vida pessoal, nem de seu passado. O que sabíamos era que ele era filho de Leonard Thomas, grande e conhecido pianista erudito, o que despertou a ira de seu pai quando aos 15 anos resolveu ser guitarrista de uma banda de Hard Rock. Com o passar dos anos saiu dos holofotes do palco para trabalhar nos bastidores como produtor musical e grande descobridor de talentos. Lançou vários cantores para o cenário musical, todos eles fazendo sucesso até os dias de hoje. Mas eu sem dúvida, havia sido seu sucesso mais estrondoso, o fazendo abandonar outros cantores, e empresariando só a mim. Apesar de muitos contatos, possuía poucos amigos, fazendo com que vivesse para o trabalho. E o seu trabalho era eu.

- Tire este tempo para você também, Gerry. - disse segurando sua mão. – Pare de respirar Danny Keisting, e se concentre em você! Nos seus hobbys, no que sempre teve vontade de fazer e não tinha tempo, na sua filha...

- A gente mal consegue se comunicar, Danny. É como se ela estivesse em uma outra realidade paralela. Não conseguimos falar a mesma língua. - disse desanimado agora olhando para baixo.

- É normal alguns pais terem dificuldade para se comunicarem com seus filhos adolescentes. E eu sei disso, porque li em uma revista. - ri fazendo com que ele risse também. – Só não desista dela.

- Obrigado. - disse apertando minha mão. – E me desculpe pela mala que eu tenho sido. Eu... sei lá. Você é importante demais para mim.

- Eu sei, Gerry. Eu só quero que você encontre algo para se dedicar, que te faça feliz.

- Mas... - disse reticente. - Está certo, vou tentar.

- Eu tinha certeza que você iria para o Brasil. Iria aproveitar para tentar ir para lá pelo menos por uns dias para rever a família da minha mãe.

- Eu cheguei a cogitar mas... - mordi o lábio reticente. - Eu preciso ir para Tulsa. Preciso respirar aqueles ares novamente, a cultura, as pessoas, as influ...

- O Taylor... - me cortou com a maior naturalidade. Parei de dobrar meu vesitdo para olhar para ela. – Vai dizer que ele e o fato de estar se remoendo para saber porque ele foi escroto com você não pesaram nem um pouco na sua decisão, lindinha?

- Talvez... - disse parecendo desinteressada colocando outra blusa na mala.

- Esse foi o "talvez" com mais som de "sim" que já ouvi na vida, Daniela! Deixe de ser descarada e mentir na minha cara, sua amiga ingrata! - disse jogando uma calça na minha cara, nos fazendo rir.

- Sim, Flávia Viana. - assumi contrariada. – Além de tudo, o Taylor escroto também foi determinante para essa viagem. Preciso saber o que aconteceu, se é que aconteceu alguma coisa.

- Você não faz mesmo ideia? - balancei a cabeça negativamente. – De repente é maluco, ou ele é daqueles caras que detesta artista. Você sabe que existe este tipo.

- Eu não sei... este tipo não se encaixaria no Taylor que eu conheci.

- Falando nisso, o quão profundamente você conheceu este Taylor? - riu maliciosamente.

- Flávia Viana, você não presta! - joguei nela a calça que ela havia jogado em mim.

    Finalmente tudo estava pronto para minha viagem! Já havia fechado o hotel, que ficava mais ou menos próximo da onde morei. Estava tão ansiosa para estar lá novamente! Havia ligado para Megan comunicando minha ida para Tulsa fazendo-a vibrar como final de copa do mundo do outro lado da linha, perguntou onde e que horas eu iria pousar.

    Fiz questão de ir de jatinho para dificultar que os paparazzis soubessem para onde eu iria. Agimos no maior sigilo possível, e por isso decolei de madrugada. Houve muita discussão e briga com Gerry e Flávia para que eu levasse pelo menos um segurança, mas eu bati o pé. Ter um segurança na minha cola ia contra tudo do que eu esperava e desejava das minhas férias. Arquei com as responsabilidades, sabia que estando em Tulsa eu não precisaria de um. Agora era torcer para que eu estivesse mesmo certa.

    Já havíamos deixado tudo esquematizado pelo telefone. O hotel havia disponibilizado um motorista que estaria me esperando quando eu desembarcasse que me levaria diretamente até lá onde já estaria estacionado um carro que eu havia alugado para me locomover em Tulsa. Não era familiarizada em modelos de carros, apenas queria que fosse um discreto, e com a ajuda de Harry escolhi um Toyota Rav4 na cor preta. Até pensar que eu poderia pela primeira vez em anos dirigir era motivo de felicidade. A melhor parte desta viagem é que, pela primeira vez em muito tempo eu corri atrás de tudo, pois queria que tudo fosse exatamente do jeito que eu queria.

    Eu tinha a sensação de mil borboletas no estômago quando aterrissei naquela madrugada de verão em Tulsa. Não podia acreditar que eu estava novamente ali e que desta vez, poderia ficar, ir aonde eu bem quisesse, aproveitar tudo e ainda rever Taylor. Eram várias sensações que eu experimentava ao mesmo tempo. Cheguei ao hotel e sabendo que não conseguiria dormir, desfiz minhas malas e coloquei todas as roupas nos cabides do armário. Era um belo quarto, com dois ambientes bem confortáveis.

    Me distraí em meio a arrumação e quando terminei o sol já havia nascido lá fora. Me dirigi até a sacada, o dia prometia ser lindo, o que me deixou ainda mais otimista em relação aos dias que se seguiriam. Liguei para Flávia e para minha mãe, que ainda estava indignada por eu ter preferido ir para Tulsa do que para os "braços de sua mãe", palavras dela. Ela não conseguiria entender e eu também não tentei explicar os inúmeros motivos que me fizeram voltar à Tulsa. Disse apenas que estava com saudade dos meus tempos de menina, e que aquela cidade seria perfeita para mais uma vez me influenciar com sua musicalidade; o que ela também não entendeu.

    Disse que música tem em qualquer lugar, mas que meus pais só poderiam ser encontrados no Rio. Prometi que assim que voltasse de Tulsa daria um jeito de dar pelo menos uma passada no Rio, para ficar um pouco com eles e assim consegui cessar o drama de Dona Carolina.

    Havia combinado de almoçar com Megan em sua casa. Ela dividia um pequeno apartamento com Denise. Tomei um banho rápido, coloquei uma camiseta branca, uma calça jeans e um tênis, prendi o cabelo em um coque improvisado e corri em direção ao estacionamento. A sensação de estar à frente de um volante era revigorante. Sentir o vento no rosto, enquanto colocava um CD da Joss Stone para tocar. Sim, eu sempre iria preferir os CDS aos MP3 da vida ou Streaming, o que me fazia com que eu me sentisse meio "old school".

    E isso não era só pelo fato de ser uma cantora e viver de CDs lançados, mas ter um CD era ter o trabalho de um artista literalmente em suas mãos. Então, eu era a louca dos CDs, sempre andava com um monte na mala. Só que agora haviam cada vez menos lugares para tocá-los, por isso levei todos eles para o carro e esperava que pudesse rodar bastante para ouvir todos eles até o fim da viagem.

    Ao começar a tocar "Right to be wrong", uma das minhas canções favoritas, eu cantava a plenos pulmões enquanto pensava que aquela música, mais do que nunca fazia todo o sentido para mim: Eu tenho direito de errar, já me seguraram por muito tempo, Eu tenho que me libertar para finalmente respirar. Tenho direito de errar, Cantar minhas próprias canções. E posso ficar desafinada mas com certeza me sinto bem assim." Pois era exatamente daquele jeito que me sentia.

    Megan me passou o endereço, dizendo que seu apartamento ficava próximo à casa de seus pais, onde morava na época em que a conheci. Surpreendentemente não precisei olhar para o GPS praticamente, aquelas ruas ainda estavam nas minhas memórias. As ruas com bastante árvores, com casinhas umas mais lindas do que as outras. Estacionei o carro próximo ao prédio e toquei o interfone.

- Não acredito que você está aqui! - disse Megan oferecendo um abraço apertado.

- Eu mesma ainda não estou acreditando... - respondi retribuindo o abraço. Depois foi a vez de Denise. - Bem, nunca pensei que receberia a Danny Keisting aqui então, não repara, ok? O apartamento é simples e a gente não gosta muito de arrumar. - Denise e sua sinceridade ímpar.

    O apartamento de Megan e Denise era pequeno, mas os móveis foram organizados de maneira a se ganhar espaço. A maioria deles em tons nude e marfim. Era aconchegante a ponto de fazer com que eu me sentisse à vontade assim que eu entrei.

- Denise, eu estou bem aqui. Não precisa falar de mim na terceira pessoa. Combinado assim? - sorri ao abraçá-la.

- Mas é estranho. Danny... quer dizer, você aqui. Por mais que eu tenha conhecido você, é aqui em casa que eu escuto suas músicas, imito você nos seus clipes... é estranho.

- Estranho é ver você tentar imitar a Danny dançando, Denise. – Megan brincou, nos fazendo rir.

    A tarde foi mais que agradável na companhia de Megan e Denise. Almoçamos, comemos o bolo de chocolate que Denise havia preparado e que segundo ela, era sua especialidade na cozinha. Além de passarmos a tarde conversando sobre a nossa vida. Megan havia se formado em jornalismo e escrevia matérias para o Tulsaworld.com. Denise era professora do jardim de infância, para minha surpresa. Pelo jeito descolado e sem papas na língua de Denise, poderia imaginá-la fazendo qualquer coisa, menos trabalhando com crianças. Realmente era um erro julgar um livro pela capa.

- Então, hoje é sábado. Tem planos para hoje? - perguntei parecendo desinteressada, mas já tendo meu plano em mente.

- Pensamos em como é a sua primeira noite de volta a Tulsa que deveríamos sair para comemorar. - respondeu Megan.

- Exatamente isso que eu iria propor! - disse animada.

- Tem um restaurante muito bom há umas quadras daqui... - comentou Denise.

- Verdade. E a comida lá é ótima, você precisa conhecer, Danny. - completou Denise.

- Hã, seria ótimo mas... - como eu poderia tocar no assunto sem parecer muito interessada? - Pensei de comemorarmos no "R&B"... eu gostei de lá. - Não menti, havia realmente gostado de lá, só não era o único motivo de querer voltar lá.

- Hum... - as duas fizeram ao mesmo tempo e se olharam com um olhar malicioso. – Sei do que você gostou lá. - disse Megan. – Ele é realmente muito bonito. Nem parece o garoto franzino que vivia andando com aquele violão para cima e para baixo.

- Não, é que... - não fazia ideia do que dizer. Tentei pensar em alguma coisa, mas não vinha nada, e sabia que elas não cairiam, abri o jogo. – Sim, eu tenho que ver o Taylor de novo.


Olá pessoal! Primeiramente quero agradecer o feedback tão legal que tenho recebido de vocês, e dizer o quanto isso é incrível, só tenho a agradecer. Aproveitando, gostaria de pedir também... rs

Não deixem de comentar o que estão achando e se estiverem gostando, divulguem e compartilhem com os amigos.

Capítulo novo na terça. Aguardo vocês! Beijos, Helena Yara Araujo.

Continue Reading

You'll Also Like

72.1K 4.5K 49
inspirada em possessive "VOCÊ SEMPRE SERÁ MINHA GABRIELLY E DE MAIS NINGUÉM ESTÁ ESCUTANDO" - noah urrea Any Gabrielly uma adolescente que está em s...
476K 32.5K 54
Elizabeth e Erick se conheceram na infância, no parquinho do condomínio que moravam. De cara, se odiaram. Apesar de muitos acharem o contrário, a imp...
9.8K 1.1K 15
COMÉDIA ROMÂNTICA + AGE GAP 17 ANOS + MÉDICOS + ROMANCE PROIBIDO + TRABALHAM JUNTOS + GRUMPY & SUNSHINE Ele é inteligente, brilhante, sério e devasta...
88.1K 5.4K 44
Ele decide ajudar ela a investigar a morte de seu pai, porém ele quer algo em troca. -Nada é de graça meu bem. -O que quer?-Pergunto -Você. Ela só nã...