A Filha do Meu Padrasto

Galing kay TheOnlyException08

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!!! Contém personagem intersexo !!! se não gosta, não LEIA !!! Meu nome é Lauren Jauregui, e essa com certez... Higit pa

1 - Relembrando o Passado
2 - New House
3 - Intersexual?
4 - Hello Lauren
5 - Seu Namorado É Viado
6 - Cara Chato...
7 - Provocações Parte I
8 - Mentira!
9 - Sozinhas Em Casa
10 - The Kiss
11 - Mani?
12 - Luau
13 - Provocações Parte II
14 - Ops...
15 - Frouxa
16 - I Want You In My Bed
17 - Ouch
18 - Peter Parker
19 - Aberração
20 - As Famosas Borboletas
21 - LOVE
22 - Loira
23 - Curiosidade
24 - Reencontro?
Q&A
25 - Que bonito heim...
26 - Peças de quebra-cabeças
27 - Carinhosa e Atenciosa
28 - Galinha
29 - O Casamento
30 - Merry Treta
31 - Happy New Year
32 - Say You Won't Let Go
33 - Eu sou dela, assim como ela é minha.
HAALLOO
34 - Alejandro e Clara
Q&A ❤
35 - Nova Iorque
36 - Eu Amo Você e Receio
37 - Viagem
38 - Little Things?
39 - Miami
40 - Skype & Conversas
42 - Quartinho
43 - Hospital
44 - Surto
45 - Dra Jauregui & Vocês... Dois?
46 - Happy Bday
47 - Days
48 - Bebê
49 - Alguém?
50 - Noite de Filme
51 - Sua mulher
52 - Batimentos Acelerados
53 - Suco de Abacaxi 🍍
54 - Family
55 - Comer
56 - II Gabbiano
57 - Kitchen
58 - Todos Que São Importantes
59 - SHAMELESS & LIAR
60 - The End
GRUPO?
NOVA FIC CAMREN
Agradecimento!!!

41 - Airplane and Luna

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Galing kay TheOnlyException08

Haaalooo babes! Como é que vocês estão?
Olhem só a gente com um capítulo novinho aqui, e nem demoramos novamente u.u Nos amem. ❤

Esse capítulo está ENORME! Eu espero que gostem de verdade, e continuem aqui conosco. Até o próximo e amamos vocês ❤🌹


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POV Camila Cabello

   Flashback on

    12:22 PM

    Camila: "Preciso falar com você"...

    02:12 PM

    Camila: "Atende o celular, por favor."

     5:50 PM

    Camila: "É urgente."

     10:01 PM

     Camila: "PORRA LAUREN TÁ DANDO O CÚ? MAS QUE CARALHODW"

     11:10 PM

     Camila:   "Vai se foder... eu já vi você online hoje.

    [•••] 01:20 AM

    Uma semana e meia já havia se passado desde que a Lauren voltou pra Miami. Eu estava sentindo tanto a falta dela que me achava uma idiota, eu não sabia o que era chorar até dormir desde o ensino médio, e ela estava me fazendo passar por aquilo. No fundo eu sabia que era besteira, mas pra mim... nossa... o mundo parecia que ia desabar a cada mensagem que eu havia mandado mais cedo e nada dela responder.
    Sabe qual era o pior? Que mais cedo após me convencer de que eu iria para Miami, fiquei toda boba, parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um presente. Um puta presente... eu veria a minha namorada depois de "tanto" tempo, mas agora não... ela não queria me ver, nem estava ligando pra nada, talvez eu me arrependesse mais tarde, amanhã, ou depois, mas não iria mais para Miami, preferia passar a noite em claro, chorando até dormir, morrendo de saudades, do que fazer papel de idiota. Antes orgulhosa do que babaca.
  
      Desviei o olhar para o meu celular que começou a tocar, mostrando no visor o contato da Lauren, logo me fazendo sorrir e rir de forma debochada. Sem hesitar eu atendi o aparelho, apenas para falar um pouco mais alto e de forma nervosa. Eu estava brava, e era algo óbvio, como ela some assim sem me responder ao menos quando ficou online? SIM, EU PASSEI O DIA OLHANDO A PORCARIA DO CONTATO DESSA INFELIZ, E ELA FICOU ONLINE MAIS DE UMA VEZ, POR MAIS DE UM MINUTO.

    – Vai pra puta que pariu, Lauren! - Não​ hesitei em falar, e bufei caminhando até a janela do meu quarto.

    – Jesus... é assim que você quer conversar comigo? - Ela perguntou baixo e aparentemente surpresa pelo modo no qual eu havia atendido a ligação. – Eu sequer mexi com o celular hoje, Ariana estava o usando para falar com o Chris e os pais dela. Eu vi suas mensagens, mas depois do modo que me deixou falando sozinha na chamada de video, pensei que você queria o seu tempo.

   – Se eu enviei mensagens como queria tempo? Que tempo, Lauren!? - Perguntei ainda de forma nervosa, e suspirei baixo apoiando os cotovelos no mármore da janela, eu estava morrendo de dor de cabeça, depois dessa então... – Esquece. O que você quer agora? - Perguntei em um tom mais baixo.

    – Olha... você está muito estranha comigo. Eu não estou entendendo mais nada, poxa Camz... até parece que eu estou confortável e feliz com essa situação. - Murmurou com a voz embargada, e fungou baixo me fazendo engolir a seco.

    – Eu estou com saudades. - Disse e não era mentira alguma, mas era apenas um pedaço do que acontecia dentro de mim... eu estava sim com saudades, mas estava também com ciúmes dela passando todo o tempo com aquela mulher, estressada, me sentindo mal a maior parte do tempo, sem nada pra fazer porque corria o risco de eu sair de casa e passar mal, e a Ash não podia ficar aqui comigo... eu iria enlouquecer! – Perdão, não é culpa sua, eu sei... de qualquer forma eu só queria dizer que talvez eu fosse pra Miami por esses dias, mas não acho mais que seja uma boa ideia.

    – Estou morrendo de saudades de você, não precisa se desculpar... só n... sério? Você vai vir pra cá? - Perguntou não conseguindo esconder seu tom animado, e eu respirei fundo caminhando até a cama para me deitar na mesma, na intenção de encontrar uma posição confortável pra que aquela maldita cólica fosse embora.

    – Era o que pretendia... mas ficaria na casa da minha mãe, e você passa o dia inteiro aí. Do que adiantaria? Só se na primeira noite você fosse me buscar no aeroporto, eu ficasse aí com você, e logo cedo sairia. - Falei sugestivamente, e fechei os olhos começando a massagear devagar o meu ventre. – Amor, eu vou morrer de tanta cólica... precisava muito das suas massagens agora.

    – Adiantaria tudo, Camz. Estaríamos bem mais próximas uma da outra, e nada de ficar na casa da sua mãe. Eu quero você aqui, do meu lado. - Me respondeu em um tom baixo, se ajeitando com certeza sobre a cama que havia feito um barulho. – Vem que eu prometo te fazer quantas massagens quiser. E sobre te buscar no aeroporto, eu vou sim, com Norminah. - Deu continuidade me fazendo sorrir fraco. É óbvio que eu queria ir... só precisava do empurrãozinho que seria a vontade dela.

    – Me diz o dia e o horário que você vai estar disponível. - Pedi enquanto ia me virando para ficar de barriga pra baixo.

    – Sábado eu posso ir. Meu irmão disse que ficaria aqui com a Ariana e aí quando ele chegar, eu posso ir te buscar. Cerca de meio dia ele estará aqui. - Me respondeu rapidamente, e eu apenas concordei com a cabeça como se ela pudesse ver. Escutei o barulho da cama, e alguns passos depois a porta sendo fechada, até a sua voz novamente. – Você já está melhor?

    – Faz menos de cinco minutos que eu disse que iria morrer de cólica. O que você acha!? - Fiz essa pergunta retórica de forma meia cortante antes de bocejar e desviar o olhar para o relógio digital do meu criado mudo. – O que está fazendo no momento? Velando o sono da ruiva?

    – Eu quis dizer sobre a tontura, mal estar... e não estou velando o sono de ninguém. Estou no quarto de hóspedes que agora é meu, basicamente, e apenas falando com o amor da minha vida. - Falou em um tom baixo, e eu escutei o barulho da cama rangendo tendo certeza de que ela havia voltado a deitar... colchão de molas...

     – Seu quarto era pra ser esse daqui... e sim, estou bem, e não estou fazendo nada demais, inclusive acho que vou dormir... - Tornei a bocejar e suspirei baixo, finalmente havia encontrado a melhor posição...

    – Ainda voltarei para o nosso quarto. Está cansada? Se quiser podemos nos falar direito amanhã, sobre a viagem e tal... - Escutei ela bocejando, e soltei uma risada baixa mas rouca. Ela parecia um gatinho manhoso bocejando...

    – Estou exausta, poderia hibernar pra sempre. - Falei baixinho e preguiçosamente.

    – Você precisa descansar, e, já foi ao médico para ver essas cólicas? Eu fico muito preocupada por aqui... - Comentou suspirando pesado, acabando por bocejar novamente.

    – Não é necessário, só o meu período menstrual que está querendo vir um pouco antes, e isso vem acabando comigo. Fica descendo aos pouquinhos, sabe? É um inferno. - Comentei fazendo uma careta ao me lembrar da situação.

    – Bom... mesmo possuindo um pau, tenho em mente que isso não é algo normal de acontecer. - Ela falou, mas em seguida deu continuidade rindo. – Acho que vou acabar dormindo no meio da ligação, céus... - Não conseguiu evitar de rir baixo e de forma rouquinha, me fazendo fechar os olhos e suspirar... que saudades daquela risada gostosa contra a minha boca, o meu ouvido... – Calma aí, amor. - Ela me despertou e eu escutei algumas batidas na porta de lá, e a voz da Clara do outro lado da mesma.

    – Estou calma. - Soltei uma risada baixa e me virei de barriga pra baixo devagar.

    Escutei ela se levantando pelo rangido do colchão, e a porta logo foi aberta, tendo a voz da Clara soando nítida o suficiente para que eu escutasse.

    – Não acha que já está na hora de dormir, filha? Está falando sozinha? - Ela perguntou e eu quis gritar um "NÃO" pra ver se ela escutaria, mas eu sabia que seria impossível.

    – Vou daqui a pouco, estou conversando com a minha namorada, já que durante o dia e tarde todo mundo resolve ter compromisso, e sobra pra mim. Com licença, tenha uma ótima noite! - A Lauren lhe respondeu, e eu prestando atenção em tudo, me virei de barriga pra cima resmungando baixinho por conta do enjoo repentino. Bem que me avisaram sobre esses malditos remédios...

    – Pronto, agora sem interrupções além do sono. Você está com sono também? - Ela perguntou ao se jogar na cama fazendo um um mega barulho enquanto ria.

    – Na verdade eu estou me sentindo um pouco mal. Acho que vou comer alguma coisa e dormir, tudo bem? - Perguntei com a voz baixa e levei a mão até o meu estômago pressionando ali bem devagar. Legal, quando você acha que não poderia piorar... – Ou só dormir.

    – Sem problemas, Camz. Se for comer, se alimente de algo saudável, não deixe de se hidratar, ir ao banheiro direitinho e me dar todos os tipos de notícia. Qualquer coisa chame a Ash, ela não vai se incomodar em lhe ajudar. - Disse em um tom normal e deu continuação. – Eu te amo demais, dorme com Deus, e sonhe comigo.

    – Acho que quando eu for para Miami a Ash nem deve ter voltado ainda, só pra constar... uhm... eu também amo você, dorme bem. - Lhe respondi simples, e não tardei em desligar o celular antes de o jogar para o lado, e me levantar da cama em um pulo correndo até o banheiro do meu quarto. Mais uma noite colocando tudo o que não tinha no estômago, ninguém merece!

    Flasback Off

    [•••] 02:22 PM

    Tive que fazer meu check-in lá mesmo no aeroporto internacional, já que pelo site tudo estava congestionado, e se tinha uma coisa que eu não estava, essa coisa se chamava paciência. Pra começar que meu voo além de ter atrasado, estava trocado, haviam me colocado junto com mais outras cinco pessoas em outro avião, da companhia aérea AirNow, cujo eu nunca havia voado na minha vida. A sensação de ter a sua vida na mão de um estranho é horrível. Você está impotente e passivo, e sua vida depende de dois sujeitos que você nunca viu e em cujas credenciais você só pode confiar cegamente. É só entrar na porcaria de um tubo voador e pronto: todos os detalhes adquirem o potencial de mudar a sua vida – e o pior é que você não pode fazer nada. Não que eu tivesse medo de voar, já havia voado diversas vezes, mas eu estava nervosa, em uma companhia de classe média que já tinha sua má fama, todos conheciam a AirNow apenas por tragédias... não foi diferente comigo.
 
     Estava acontecendo uma tempestade tropical que não era normal em Miami, voos cancelados, pessoas desistindo, ou até mesmo algumas das melhores companhias superlotadas, o que fizera eles despacharem as pessoas para as outras, alegando que nos devolveriam tudo o que já havia sido pago.
    A única sorte que eu tive com o voo JW1022, foi de me sentar ao lado da Luna, uma garotinha adorável de apenas sete anos, que voava pela primeira vez sozinha. Sim, sozinha! A coragem daquela pequena, ter ela ali ao meu lado, e a necessidade que eu sentia de cuidar e protegê-la por aquelas duas horinhas, definitivamente foi o que me manteu consciente.

    Flashback On

    10:15 AM: Aeroporto Internacional John F. Kennedy

    Todos os cinco que tiveram seus voos trocados assim como eu, entraram em fila indiana procurando o assento em meio àquela cabeçada de gente já posicionada e nos encarando de cara feia, como se nós fôssemos o motivo do atraso do voo deles, mas mal sabiam que eu já deveria estar chegando ao meu destino. Eu me sentia nesse momento no corredor da morte travestido de início de folga. Com a aeronave abarrotada, todas as malas socadas, havia muita mala no compartimento superior, e o cara ao meu lado começara a usar todas as forças para colocar um pacote de pelo menos 40 quilos em um espaço de 30x60 cm.

    – Com licença, eu preciso colocar minha maleta nesse espaço também. - Disse educadamente o fitando por através dos óculos escuros, e o mesmo se tocou da merda que estava fazendo. Cadê os comissários ou as aeromoças pra dar um toque nesse retardado mental!?

    – Perdão, esse é o presente de aniversário da minha noiva, eu não pude despachar. - Ele sorriu de forma sem graça, e eu logo me senti mal por ter sido tão seca antes. – Pode deixar a sua á frente do meu pacote. Deixe-me colocar pra você! - Ele pediu e eu curvei os lábios em um sorriso fraco lhe entregando a minha maleta dos minions.

    – Obrigada. - O agradeci e fui direto para o meu acento.

    Tive ao menos a sorte de me sentar no início do corredor, eram acentos preferenciais, ou seja, havia mais espaço. Até então meu acento era a poltrona da janela, mas tinha uma garotinha toda encapuzada, de calça jeans, sapatos que acendiam, um casaco que parecia ser bem quente, cachecol e uma touca linda com um pompom amarelo, eu juro que tive vontade de ter um igual.

    – Ahn... olá... eu acho que você pegou o meu acento, mocinha. - Chamei sua atenção de forma mais dócil, afinal, era só uma criança.

    – Perdão... eu não consego enxergar as nuvens da pontinha - Sua voz aguda e envergonhada soou baixinho, e ela desviou o olhar da janela me olhando com seus verdes escuros, bem escuros, e suas bochechas que de tão brancas, estavam parecendo tomates, e ela já estava tentando retirar seu cinto de segurança.

    – Oh, não! Não precisa, eu me sento aqui na sua, e está tudo bem. - Me apressei em falar, e logo me sentei ao escutar as palavras do comissário no auto-falante, alegando que logo iríamos decolar, e que era para todos conferirem os cintos.

    – Obrigada! Qual é o nome da senhora? - Ela me perguntou já com um sorriso lindo nos lábios, mesmo sem dois de seus dentinhos, era lindo, um dos mais lindos e puros que eu já havia visto, e aquilo aqueceu meu peito de uma forma inexplicável.

    – Eu me chamo Camila, mas pode me chamar de Camz, ou Mila... e você? - Perguntei ao colocar meu cinto, e desviei o olhar para baixo. Ela é tão miúda que seus pés estavam sobre sua pequena mala de mão, que por pura coincidência, era idêntica á minha dos minions. O branco um pouco mais amarelado mas ainda sim eram iguais. – Temos a mesma mala, você tem bom gosto.

    – Luna! Mas a mamãe me chama de Luna Isabela quando está brava comigo. Você pode escolher também... - Eu ri da forma na qual ela havia falado, e retirei meus óculos escuros para me virar a olhando um pouco melhor, me lembrando no mesmo segundo da Sofi. Sofia Isabela, seria loucura minha pensar que até os traços fininhos do nariz, e dos lábios se pareciam com o da minha irmã caçula? – A mala era da minha mommy.

    – Luna Isabela são dois nomes lindos. Minha irmã se chama Isabela também. Sofia Isabela. - Respondi a pequena logo desviando o olhar para ao redor notando que ela não parecia ter vínculo nenhum com qualquer pessoa alienada ali dentro, o que me deixou curiosa. – Cadê seus pais, Luna? - Perguntei a olhando, e no momento em que o avião decolou, eu senti um arrepio intenso e um frio na barriga que não era meu.

    – Minha mamãe está na casa do meu vovô que ficou dodói, então minha mommy deixou eu visitar a mamãe e o vovô lá na casa do vovô. A mamãe ficou brava com a mommy, mas ela já deve estar até no aeroporto me esperando. -Ela explicou tudo quase que minunciosamente, e entendi pouco, mas entendi o suficiente pra saber que uma pessoa louca, completamente retardada e doente da cabeça deixa uma criança voar sozinha de Nova Iorque á Miami. Eu sabia que nesse caso era necessário uma autorização, que a criança vinha sendo acompanhada por um comissário, mas era loucura demais! – A mommy não entende que eu sou grande pra voar sozinha, eu já tenho sete anos, e já sou até banguela! Mas não é pra sempre, calma Camz, vai nascer de novo.

    Ela disse como se aquilo fosse me tranquilizar sobre seus dentinhos nascerem novamente, e foi impossível não rir.

    – Eu vou escutar música, quer escutar comigo? - Perguntei colocando meu óculos pendurado na blusa, e peguei meu celular no bolso logo desenrolando o fone para colocar um em minha orelha esquerda, e um em sua direita por baixo da touca já que ela havia dito que queria.
   
     A pequena cantou cerca de três músicas do Ed Sheeran, e uma chamada Falling For You, de uma bandinha aí que a Lauren gostava. Eu mal sabia a letra e ela deu de dez á zero em mim. Depois de alguns minutos, ela já estava dormindo completamente encostada contra o meu corpo, nem o braço que separava nossos acentos estava mais ali, e ela dormia feito um anjinho com a cabeça contra o meu peito, eu estava até com medo de me mexer e acordá-la, mas estava ainda mais preocupada com o fato de que ela mesmo aparentando ser tímida, era comunicativa e simpática demais, ainda falava e ia com qualquer pessoa. Eu definitivamente procuraria a mãe dessa garota no aeroporto.

    [•••] 11:02 AM
   
    Luna não havia dormido nem vinte minutos, quando acordou cantando Katy Perry de forma animada, juntinho com a voz da cantora no fone. A menina já sem a touca, com os cabelos desgrenhados e o rosto amassado parecia ter uma energia do caramba, e aquilo me deixou tão animada quanto, estávamos até fazendo dancinhas juntas com os pés.
    Passamos quase uma hora nesse ritmo enquanto as pessoas ao nosso redor cochilavam, escutavam música, ou jogava da tela que eles disponibilizam nos acentos, quando do nada o avião fez uma curva inesperada, fazendo com que os comissários que serviam os sucos de lá para trás, até aqui na frente com o carrinho, viessem parar aqui na frente e no chão. Eles estavam despreparados!
   
     Os murmúrios começaram a ficar mais altos, e a voz do auto-falante deu início á uma pequena lista de coisas que deveríamos fazer em caso de emergência extrema, os comissários mal tiveram tempo de pensar em levar a mesinha junto, quando foram se sentar e colocar seus devidos cintos porque logo em seguida um segundo movimento inesperado da aeronave fez com que eles tivessem a necessidade de correr para os seus acentos. Então foi em questão de poucos segundos, que eu olhei na rota de voo da pequena tela á minha frente e estávamos á 12 mil pés, até o avião começar a despencar.
   Estava parecendo um carro descendo numa velocidade de 800km/h uma lomba esburacada, parecia corcovear.  Eu estava tendo uma sensação terrível. Todas as luzes começaram a piscar, e no momento em que por conta de toda aquela velocidade fomos perdendo oxigênio, as máscaras despencaram em sincronia de cima do acento, e eu sem pensar duas vezes, tentei alcançar a máscara da Luna já que ela estava desesperada ali já chorando baixinho no acento, enquanto ofegava e chamava pela sua mãe. Eu não conseguia alcançar sua máscara dali, e isso fez com que eu retirasse o meu cinto o mais rápido que pude para me levantar em um impulso, e me esticar pegando a máscara com certa dificuldade, eu já estava recebendo pouco oxigênio, mas consegui colocar o mesmo na pequena em questão de segundos, foi quando ela acalmou a respiração, mas continuou chamando pela mãe quase desesperadamente. Em um solavanco que a aeronave deu para cima, eu bati com a cabeça no ferro em que segurávamos no corredor, e por sorte consegui me segurar ali e puxar no mesmo segundo a máscara para o meu rosto começando a respirar fundo. As pessoas ao meu redor estavam tão desesperadas quanto a Luna, e eu só tentava me manter consciente após todo aquele tempo sem receber oxigênio em um momento de agonia.
    Eu me mantinha firme segurando ali, mas não tinha impulso, não conseguia ir pra frente de jeito nenhum, nós mesmo após o solavanco pra cima, ainda despencávamos.

    – C-Camz... - A Luna soluçou baixo, mas eu consegui escutar em meio aquela tormenta de toda a gritaria e choro das crianças, até ela puxar as mangas do meu casaco que estava amarrado em minha cintura, foi quando eu finalmente consegui me sentar e colocar o cinto novamente. Minha cabeça doía, eu me sentia fraca, mas ao meu lado tinha uma garotinha desesperada que precisava de mim, e isso fez com que eu logo respirasse fundo e me virasse um pouco para abraçá-la contra o meu corpo, nós estavamos agora completamente no escuro, e era possível ver apenas pela pequena janela, o branco das nuvens pela qual estávamos passando, doze mil metros de altura é coisa demais, e em questão de poucos minutos a rota já mostrava que estávamos em seis mil metros, era no mínimo desesperador! Aquela sirene interminente tocando, as luzes vermelhas piscando, os gritos das pessoas ao meu redor e aquela garotinha em pânico nos meus braços era desesperador!
    As luzes se acenderam novamente, a sirene parou, e aos poucos a aeronave se estabilizava, seu motor não fazia mais barulho, e parecia mais leve.

    – Luna? Como você está? - Perguntei baixinho para a pequena que não me soltava de jeito nenhum, e assim que ela apoiou o queixo no vale dos meus seios e me esboçou um sorriso banguela com seus olhinhos marejados e o nariz vermelho, eu senti meu peito se apertar. E se eu não tivesse tido força o suficiente pra levantar por ela? Ela teria ficado sem ar, e eu teria um infarto. Eu juro que se algo a mais acontecesse com ela eu derrubaria essa merda de linha aérea, e infelizmente jamais me perdoaria.

    – Eu amo você Camz... obrigada, obrigada... - Ela fez um biquinho fofo, e eu percebi o motivo no segundo seguinte, as lágrimas escorriam por meu rosto e eu sequer percebia.

    – Eu também te amo pequena. - Falei seguido de uma risada, e logo tratei de secar o rosto a deixando aparentemente aliviada. É claro que ela não me amava, quero dizer, só por esses minutos, mas amanhã ela com certeza esqueceria de mim. Ah, tudo bem, não amanhã, mas no final da semana isso nem fará mais parte das suas lembranças.

    Eu não sei explicar quanto tempo durou o problema, mas que, passado o susto inicial, o piloto informou que houve um "problema técnico" e que estava avaliando pousar em uma base próxima. Pouco tempo depois, voltou a se comunicar com os passageiros informando que o voo seguiria até Miami, e eu só pude agradecer á Deus milhares de vezes.
    As pessoas foram se ajeitando em seus bancos, e não foi aconselhado que retirássemos as máscaras, mas eu já havia o feito há muito tempo, assim como todos, o que nos fez colocar tudo outra vez.

    – Vamos escutar música? - A pequena me perguntou, e eu parei de viajar no nada, pegando meu celular e meu fone de ouvido que estava jogado no chão, e pelo menos estava tudo bem com eles também.

    – Vai, eu deixo você escolher. Mas só avisando que não aguento mais Katy Perry. - Falei como se fosse sério, e ela riu antes de pegar meu celular e colocar a senha que havia gravado e eu nem tinha percebido, colocando justamente o que? Uma música da Katy. Aliás, a mesma música que ela havia me feito repetir diversas vezes.

    – Birthday de novo? Ah Luna... você me enganou! - Brinquei fazendo um bico ao colocarmos o fone, e soltei uma risada baixa antes de instintivamente beijar o topo da sua cabeça, e me encostar para trás enquanto colocava o fone. Minha cabeça doía tanto, eu me sentia estranha, mal fisicamente como nunca antes, mas foquei em pensar que logo estaria nos braços da minha mulher, e que tudo isso passaria.

     Flashback Off

    Após chegarmos finalmente no aeroporto de Miami, com quase duas horas de atraso, fomos recebidos por equipes com paramédicos, porque algumas pessoas haviam se machucado de verdade. Todos fomos obrigados a passar por pelo menos um enfermeiro, e por isso eu tinha um curativo em meu cenho que havia sido cortado e eu sequer tinha percebido. Eu só queria ir pra casa, já eram cinco e pouca da tarde, meu humor estava péssimo, eu estava mal como nunca tivera antes, por motivos óbvios, olha esse puta susto! Pra completar no meio de toda aquela multidão, a Luna havia sumido da minha vista, e eu sabia que nunca mais a veria, seria loucura minha dizer que me sentia mal também por aquilo? Ela não se parecia uma criança qualquer, e não era, não mesmo.
   
     Ao finalmente me sentar já com as minhas malas do lado de fora do desembarque, relaxei o corpo, e liguei a internet retirando o celular do modo avião, respondendo vez ou outra que eu estava bem, e o que havia acontecido dentro do voo, aquele aeroporto havia parado pra receber o pessoal que até então, havia caído no meio do Oceano Atlântico, até mesmo os jornais já falavam dessa loucura, e foi por isso que meu celular não parava nem um segundo. Eram diversas mensagens seguidas da minha mãe, da Ashlee, até mesmo do meu pai, eles estavam preocupados, e era óbvio, quem não estaria? Meu voo já era notícia internacional.
    Tratei de enviar uma mensagem para cada um avisando que eu estava bem, e fiquei mais alguns poucos minutos ali antes de me levantar com as minhas coisas para que fosse pra casa. Lauren não estava ali, tudo bem que o voo havia atrasado, e provavelmente todos pensaram que já estávamos mortos no meio do nada, mas sério que eu teria que pegar a porra de um táxi? Aqui é uma merda pra conseguir um livre.

   [•••]

    Depois de mais de meia hora esperando um taxi livre passei, a viagem inteira conversando com o senhor simpático que dirigia pra mim, sobre exatamente tudo o que havia acontecido lá dentro, e ele demonstrava tanta gratidão por eu estar ali "bem" e pelo nosso voo ter escapado de uma, que quando cheguei em meu destino por volta das sete horas, foi impossível não lhe dar um abraço e agradecer por ter me escutado, e por ter me ajudado com a maleta e a mala até a porta da casa do meu pai após eu pagar a corrida, não me importando nem um pouco com o troco. Ele merecia.
    Respirei fundo logo engolindo a seco enquanto não sabia se apertava a campainha ou simplesmente abria a porta que ficava sempre destrancada. Eu não queria estar aqui, mas já que estou, queria ter ido pra casa da minha mãe, eu precisava comer alguma coisa, ou desmaiaria á qualquer momento. Tomar um banho, deitar um pouco... meu corpo ainda estava trêmulo, se eu parasse dava pra sentir, e eu não sabia como controlar. Então eu por impulso toquei a campainha, e em questão de segundos a porta foi aberta pela Lauren, que arregalou seus olhos vermelhos e me agarrou fortemente.

    – C-Camz! Céus... eu... r-recebi uma mensagem, passou na TV. Você está aqui comigo, céus... - Ela falou contra o meu pescoço, e eu lhe abracei a cintura devagar.

    – Estou... eu acho. - Murmurei antes de afrouxar o aperto, e logo nos separar enquanto olhava ao redor de onde eu estava. – Não foram nem pra reconhecer os meus restos mortais. - Falei como se estivesse brincando, mas no fundo não estava nem um pouco; e ela sabia que eu não estava satisfeita.

    – Norminah sumiu... Chris não veio, minha mãe saiu. Me perdoa por não ter ido, eu já chorei tanto, pensei que fosse te perder! - Ela murmurou em meio ao choro, tendo suas lágrimas molhando o meu pescoço enquanto não me soltava um segundo sequer. Parecia uma criança sem querer se separar da mãe no primeiro dia de aula... me lembrava a Luna em meio áquele desespero.

    Eu estava ainda sem reação, a única coisa que estava fazendo novamente era abraçá-la contra o meu corpo mais uma vez. Nem eu acreditava que estava mesmo aqui com ela, o perigo foi tanto que acharam mesmo que nós havíamos morrido!?

    – Lauren... para de chorar feito uma boba e termina aqui a massagem, seu filho está chamando por você olha... - Eu escutei a voz da Ariana, e minha garganta se fechou no mesmo segundo. Eu estava com raiva dela, queria chorar, gritar, tacar as coisas nela enquanto a Lauren ficaria correndo de um lado para o outro tentando defendê-la. Eu realmente não acreditava que estava me submetendo á isso. Em troca do que? Sofri um susto enorme de avião me despencando de Miami pra cá, e nenhum filho da mãe teve a porcaria da coragem de ir me esperar. Fosse esperar a porra do meu caixão!

    – Eu estou cansada, com fome, e morrendo de dor. Minha mãe está me esperando, só passei aqui pra lhe dar um abraço já que não pode ir ali na esquina, tem que ficar de babá pra uma vagab... - Parei ao que meu tom de voz ia aumentando conforme eu sentia o choro preso da garganta cada vez mais forte. – Mas, a gente vai se falando.

    – Não vai pra longe de mim amor. Fique comigo, a casa também é do seu pai, e a minha mãe não pode fazer nada. - Ela me respondeu sem sequer se dar o trabalho de olhar para trás, e após me soltar limpou novamente suas lágrimas, antes de ir negando com a cabeça enquanto ia segurando meu rosto devagar.

    – Se fosse só pela Clara eu realmente não iria me importar. Eu acho que já até acostumei com ela. - Falei baixo e em seguida pressionei o curativo em meu cenho. Eu estava parecendo uma louca, certeza. – Pede um uber pra mim, por favor. - Falei posicionando a mala encostada na parede ao lado da porta, e em seguida afastei suas mãos do meu rosto devagar para me sentar sobre a mala pequena de mão, dos minions, até me inclinar e apoiar os cotovelos sobre as coxas.

     Talvez eu estivesse sendo uma idiota, algumas pessoas me chamariam de dramática, mas ninguém está se sentindo realmente como eu estou nesse momento, como venho me sentindo. Então não dou o direito de achismo alheio em minha vida. Se a Lauren pensava que eu ia mesmo aturar toda essa merda, pra poder ficar aqui com ela, a mesma estava muito errada. Mentira, ela estava certa. Mas eu não iria aturar ela com outra mulher dessa forma, que ela o fizesse longe de mim. Em outro momento até poderia ser, mas eu não estava em um bom, e não forçaria mais a barra.

    – Camz, entra. Vamos lá pra cima. Eu não quero que você fique longe de mim... - Pediu mais uma vez já se aproximando, e eu levantei a cabeça a olhando, podendo ver ela suspirando pesado e olhando para as suas mãos. As lágrimas ainda escorriam por seu rosto e aquilo fez meu coração se apertar. Eu não queria, e nem ia chorar, sei que quando o fizesse iria desabar. – Estou com tanta saudade... é tanta coisa acontecendo. S-Seria mais fácil... c-com você ao meu lado. - Ela terminou e eu respirei fundo antes de me levantar devagar e me inclinar pegando a minha mala de mão, escutando a Ariana tornando a chamar pela Lauren.

    – Faz essa mulher calar a boca, pelo amor de Deus. - Resmunguei logo puxando a mala maior, antes de a deixar para trás sabendo que a Lauren a traria enquanto eu adentrava a casa.

    – Ariana chega por favor, a minha namorada está aqui, ela passou por um momento muito complicado, e agora eu vou cuidar dela! - Lauren disse fechando a porta atrás dela, e andou até mim que estava parada ali próxima a escada, até ter a mais velha segurando minha mão para ir me guiando pela escada.

    – Mas o avião não tinha caí... calma Lauren, era uma brincadeira! - A ruiva ia falar quando foi cortada pelo olhar da minha namorada, e eu apenas ignorei. – Que bom que você está bem. Oi Camila! - Ela tentou chamar minha atenção e soltou uma risadinha no final, fazendo com que eu apenas olhe pra trás com um sorriso nada simpático no rosto.

    – Cadê o meu pai? - Perguntei baixo enquanto caminhávamos pelo corredor em direção ao quarto.

    – Ah, o Ale saiu cedo, logo que chegou a notícia do voo ele saiu correndo provavelmente foi na Sinu. - Ela me respondeu logo abrindo a porta de madeira do quarto de hóspedes, e me deixou entrar primeiro.

    – Estou preocupada, acho que ainda não receberam a minha mensagem. - Deixei a mala ali no chão mesmo, e fui seguindo para o banheiro enquanto me despia, em questão de segundos minha blusa, jaqueta, sapatos e calça jeans já estavam espalhados pelo chão. E olha que eu odiava quando a Lauren o fazia, obrigava a mesma a voltar e a catar tudo, mas agora sem condições.

    – Posso te dar banho e depois te fazer uma massagem? - Ela perguntou em um tom baixo e nitidamente receoso.

    – Não dá... eu estou com a menstruação querendo vir ainda. - Falei andando até a pia para me olhar no espelho e fitar o curativo. – Seria esquisito mas, eu aceito a massagem depois. - Comecei a puxar aquela gase devagar, e fiz uma careta para o corte em meu cenho. Parecia que eu tinha levado um soco.

   [•••]

    Não enrolei no banho, dez minutinhos no banheiro foram suficientes, e quando eu saí do mesmo enrolada na toalha da Lauren, fui direto para a cama me jogar ali, de certa forma aliviada. Nem tinha mais fome, meu cansaço definitivamente estava acima de qualquer coisa que eu sentia no momento.

    – Licença, estou entrando. - Escutei a voz da Lauren após ela abrir a porta do quarto, e logo a trancou em seguida caminhando até mim, deixando uma bandeja no criado mudo e se sentando ao meu lado bem na pontinha da cama. – Camz, eu trouxe vitamina de banana, e torradas pra você. - Ela disse me fazendo sorrir fraco e eu não tardei em me sentar ajeitando a toalha em meu corpo já me esticando para pegar o copo.

     – Obrigada, eu estava planejando comer só amanhã com preguiça de descer. - Falei experimentando um gole da vitamina, e logo tomei alguns bons goles.

    – Não precisa agradecer. E eu vou cuidar de você, inclusive da sua alimentação. - Ela se inclinou pegando uma das torradas pra ela, e a mordeu desviando o olhar pra mim, fazendo com que eu desvie o mesmo. Ela parecia sem jeito.

    – Uhum... - Concordei como se acreditasse e logo virei o copo todinho acabando com a bebida em menos de dois minutos. – Não vai vir deitar? - Perguntei deixando o copo sobre a bandeja, e me deitei de lado virando de costas pra porta e pra mais velha.

    Assim que a Lauren terminou de comer, eu escutei ela estalando os dedos deixando claro que estava nervosa, e bom, eu não sabia o motivo.

    – Você quer que eu deite com você?  - Perguntou já subindo melhor na cama, ficando com os joelhos apoiados sobre o colchão. – Ahh, ainda quer a massagem? - Tornou a perguntar um pouco mais alto, e eu neguei com a cabeça.

    – Sim para a primeira pergunta. Por quê você ficou nervosa? - Perguntei agora me desenrolando da toalha como dava, e fui me virando até ficar de barriga pra cima começando a me cobrir. – Vem aqui... - Fiz um gesto para que ela se deitasse também.

    – Porque ultimamente você não vem me tratando muito bem... - Sussurrou apagando a luz no interruptor ao lado da cama, logo vindo se deitar ao meu lado bem embaixo do edredom também, e eu nada falei.

    – Boa noite. - A respondi em um tom baixo, e em seguida cheguei para trás devagar até ter meu corpo bem próximo do seu, na esperança de que ela me abraçasse.

    – Boa noite amor... - Sussurrou suspirando pesado antes de se virar de barriga pra cima. – É... ainda não é bem de noite, mas durma bem. - Deu continuidade, e eu me virei um pouco só pra pegar seu braço e o passar por ao redor do meu corpo.

   – Passou das seis é noite. Me abraça direito, obrigada. - Murmurei a fazendo se virar de lado.

    – É... ok... - Deixou que eu a conduzisse, e me abraçou devagar, quase sem vontade. Sorte sua que no momento em que ela sentiu o cheiro dos meus cabelos, a mesma me puxou melhor contra o seu corpo, e me abraçou com carinho, saudades... por mais que eu reclame e reclame com ela, esse é o abraço que eu mais esperei todo o dia. O mais gostoso de todos. Estar nos braços da mulher que você ama, não tem preço.

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