Dream Girl [COMPLETO]

By Helenayaraaraujo6

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Depois de anos lutando para conseguir realizar seu sonho de ser uma cantora reconhecida, Daniela Keisting se... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Bônus Taylor Harper
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus Taylor Harper
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 8

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By Helenayaraaraujo6



Era como se eu houvesse sido atingida por uma onda muito arrebatadora. Milhares de sentimentos e sensações eu sentia efervescerem dentro de mim, mas eu só conseguia olhar para ele. E então ele me viu.
Talvez quem não entendesse de música, não tivesse percebido mas eu sim. Ao me ver Taylor errou alguns acordes, e errou a letra daquele velha canção também. E eu sabia que ele sabia tocar aquela música de olhos fechados, pois costumava cantá-la para mim, pois sempre foi a minha favorita: "Sweet child o' mine". Por alguns incontáveis segundos nossos olhares se cruzaram e era como se tudo o que tinha acontecido naquela noite era para que nossos olhos pudessem se encontrar de novo. Olhar para ele era como se eu tivesse encontrado algo que eu ansiava há muito tempo. Era como estar em casa de novo.

Fui arremessada de volta quando ele terminou a canção e com ela, nossa conexão, quando desviou o olhar. Mas eu ainda não conseguia tirar meus olhos dele. Taylor tirou seu violão do colo, e em pé disse algo que não consegui prestar atenção, acho que era algo do tipo em fazer uma pausa e entregou seu violão para um cara que estava mexendo no som. Eu estava eufórica como nunca estive. Depois de todos aqueles anos, ele estava bem ali na minha frente! Uma avalanche de lembranças da nossa adolescencia passavam na minha mente como um filme, flashes rápidos, sendo sincera.

Não conseguia deixar de sorrir. Olhar para Taylor e ver o quanto havia mudado. O cabelos antes de um loiro claro, agora se apresentava em tons mais escuros. Havia deixado o cabelo crescer, deixando as pontas de trás encostarem na nuca, além de ter ficado ainda mais alto do que eu conseguia me lembrar. Exibia um porte esguio, não sendo o tipo musculoso, mas pela camisa flanelada xadrez vermelha dobrada, dava para ver os bíceps ligeiramente definidos. Usava uma calça jeans preta justa nas coxas. Além de um all star um tanto surrado, também da cor preta.

Na hora em que ameaçou sair do palco, tive a esperança de que ele viesse falar comigo. Claro que faria isso! Foram muitos anos sem nos vermos! Respirei fundo e esperei. Entretando, esperei em vão, pois Taylor saiu de onde estava e se dirigiu até uma porta que tinha ao lado do palco, fechando-a atrás de si.

Continuei parada no mesmo lugar por alguns minutos esperando ele voltar, o que não aconteceu. Pra onde ele teria ido? Eu precisava falar com ele! Corri de volta até a mesa onde estávamos.

-Danny, aonde você...?

-Megan, aquele cara era o Taylor! Você... você...?-eu estava tão eufórica que não conseguia formular uma simples pergunta decentemente.

-Se eu sabia que aquele era o Tay? Sabia! A gente vem aqui quase toda sexta pra ele ver se apresentando. No caso todo mundo no Pub também.

-Então ele está aqui toda sexta?

-Ele está aqui todo dia. Ele é o dono do "R&B", Danny.

-E por que você não me falou que vínhamos no Pub do Taylor?

-Pra falar a verdade, não me liguei. É tão comum vir pra cá, que não me dei conta que você não sabia.-Pelo jeito Megan continuava desligada como sempre foi.

-Ele estava no palco mas entrou não sei aonde. Aonde posso encontrá-lo?-a ansiedade era notória em minha fala.

-Hã... geralmente quando ele não está tocando, ele fica pelo Pub, vendo se está tudo ok, às vezes ele fica no balcão de bebidas. Daqui a pouco ele deve aparecer. Você conhece o Tay também?-perguntou Scott.

-Sim, fomos grandes amigos. Ele que me ensinou a tocar violão...-dizer isso em voz alta depois de tanto tempo era algo estranho e agradável ao mesmo tempo.

-Mais que isso! Viviam juntos para todos os lados. Foi quando a Danny conheceu o Tay que eu perdi o posto de melhor amiga. Embora a vizinhança comentasse se vocês eram só amigos mesmo...-Megan respondeu por mim.

-Hum, um romance?-sugeriu Denise. –Não sei como ele era quando pequeno mas agora ele é um gato. Meu sonho de consumo, devo dizer. Mas... nunca, nem uma olhadinha sequer para mim.-suspirou em tom de desânimo.

Continuaram a falar sobre Taylor mas minha mente não estava ali, tamanhas as lembranças que vieram à tona e não me deixavam em paz. Os primeiros acordes que me ensinou, as partituras embaixo da árvore no quintal da minha casa, nossos passeios de bicicleta pela vizinhança, nossa sorveteria favorita; íamos lá quase todos os dias e pedíamos sempre os mesmos sabores: Eu, chocolate com menta e Taylor chocolate meio amargo com creme.

-Danny... Danny?-Megan me despertou de memórias que eu não visitava há tantos anos. Olhei para ela ainda meio fora de órbita. –Estamos falando com você e você no mundo da lua. Perguntei se você teve contato com o Tay depois que voltou pro Brasil?

-É claro que não né! Não viu o jeito que ela ficou quando o viu?-Denise respondeu por mim. –Talvez, sentimentos do passado estejam brotando aqui, gente.

-De repente, ela poderia ter mantido contato com ele, eram grudados um no outro! Quando você foi embora já não éramos tão próximas assim. Embora eu tenha esperado você entrar em contado.-disse Megan demonstrando desapontamento.

-Eu... me desculpe Megan. Não mantive contato com ninguém de Tulsa.-não sabia como explicar pra ela meus motivos estúpidos.

E assim o clima naquela mesa passou de descontração para desconforto nível médio. Casey e Scott não sabiam o que dizer. Megan pareceu que só neste momento lembrou que não mantive contado com ela ao voltar para o Brasil e tentava desfarçar mas era óbvio que não conseguiu. Denise desesperadamente falava sobre qualquer coisa para tentar puxar algum assunto, sem sucesso. E eu não conseguia parar de pensar e Taylor e de segundo em segundo voltava os olhos ao redor do Pub à sua procura.

Pedi mais uma cerveja, enquanto minhas pernas não paravam quietas debaixo da mesa. Queria me redimir com Megan, mas era difícil pedir desculpas mais uma vez quando não lhe olhava nos olhos, pois não parava de procurar Taylor. Até que o vi surgir por detrás do balcão. Estava ajudando os barmen a atender os inúmeros pedidos de bebida das dezenas de pessoas que pareciam que brotavam em frente do balcão.

Fiquei lhe observando de onde eu estava. Parecia agora mais relaxado, sorrindo para os clientes que pediam suas bebidas. Como eu podia achar que ele havia mudado tanto e ao mesmo tempo achar que não mudou nada? Tinha o mesmo olhar simpático, o mesmo jeito de sorrir com os olhos, o mesmo jeito de jogar o cabelo para trás, o mesmo sorriso. Aquele lindo sorriso branco impecável que sem a menor sombra de dúvida faria qualquer um se derreter. Mas Taylor não era mais um garoto; havia se tornado um homem, um belíssimo homem. Seus traços antes mais suaves agora eram mais sérios, e agora exibia alguns pêlos em sua barba por fazer deixando seu visual ainda mais sedutor e viril.

-Olha quem voltou! Vai lá falar com ele, Danny!-disse Casey animada.

-Ele está ocupado agora... olha quanta gente tem lá!

-Mas quem tem que atender são os barmen. E vocês são amigos. Claro que ele vai parar pra falar com você.-continuou.

Olhei para Megan para ver o que ela achava e sem eu precisar peguntar e ela só com o olhar me mostrou que eu deveria ir até lá. Então eu me levantei, minha roupa, joguei o cabelo pra o lado e um sorriso não saía do meu rosto. Mas ao mesmo tempo senti uma pontada leve de frio na barriga, até porque, fazia década que não nos falávamos. Tentei não pensar nisso e fui em direção ao balcão com o pretexto de pedir mais uma cerveja. A princípio não consegui chegar perto do balcão tamanho o empurra-empurra. Porém, ao ser reconhecida, as pessoas sorriam pra mim e abriam espaço para que eu passasse. Cheguei no balcão e apoiei os cotovelos, Taylor estava de costas falando algo com um dos barmen enquanto apontava para lá para dentro. Ao se virar pude ver se que assustou, dando um pequeno passo para trás. Era uma surpresa para mim também depois de todos esses anos estar de frente para ele assim.

Sorri para ele, e aí me dei conta que não fazia a menor ideia do que dizer. O que se diz ao reencontrar uma pessoa depois de tanto tempo? Tudo o que vinha a minha mente soava estúpido ou ridículo. E por incrível que pareça escolhi a pior do concurso de "Jeitos terríveis de se começar uma conversa"...

-Taylor Harper...-tentei consertar exibindo um sorriso de comercial de pasta de dentes.

-Danny Kiesting, que honra.-ele respondeu. Mas apesar do que disse, não senti entusiasmo em sua voz. E ao me ver, não parou de fazer o que estava fazendo, abrindo garrafas de long neck e entregando as pessoas ao meu lado.

-Nunca imaginei você como o dono de um Pub.-comecei mais uma tentativa tosca de puxar assunto. O que estava acontecendo comigo e minha arte de iniciar uma conversa, meu Deus?

-Pois é. A vida às vezes toma uns rumos bem loucos.-dessa vez nem sequer olhou pra mim ao responder. Será que eu estava o atrapalhando? Talvez preferisse falar sem aquele mundo de pessoas em volta.

-Mas me conta, como você...

-Olha, você vai pedir alguma bebida? Porque se não tem bastante gente atrás que de você vai.-me interrompeu bruscamente apoiando as duas mãos no balcão se aproximando, finalmente voltando sua atenção para mim.

Decididamente eu não esperava aquela atitude cheia de rispidez. Olhava em seus olhos e não reconhecia em nada o Taylor das minhas lembranças. Não havia ternura, não havia empatia, não havia nada. Me senti como se abrisse um buraco abaixo dos meus pés. Não tive reação, não sabia o que dizer, nem como reagir.

-Hã...uma Bud.-finalmente consegui responder.

-Kevin, uma Bud para a superstar aqui. -disse virando-se de costas para mim enquanto pegava uma garrafa de Vodka no armário que ficava na parte de cima. Demorei para conseguir ter alguma ação. Não conseguia acreditar que Taylor havia me tratado daquela maneira. O tamanho do desdém em sua voz em me chamar de Superstar dava quase para segurar de tão pesado que era. Engoli em seco, peguei a cerveja com pesar e saí andando com aquele nó que não se desfez nem depois de beber quase metade da garrafa em um gole só. Me senti sufocada, com toda aquela gente e todo aquele barulho. Andei rápido até a porta e ao sentir o ar gelado da madrugada fechei os olhos e fiz o exercício de respiração que havia aprendido já há algum tempo com um terapeuta, mas não me ajudou em nada. Terminei a garrafa em mais um gole, porém o nó era um tanto insistente para o meu gosto.


A pergunta era por quê? Por que Taylor me tratou com tanta rispidez e até uma certa arrogância? O que nunca fizeram parte da personalidade dele. Pelo contrário, Taylor sempre foi a pessoa mais sociável que eu já havia conhecido. Todos queriam ser amigos dele, tamanho era seu senso de humor e em como ele sempre ajudava todo mundo. Seria possível mudar tanto assim em dez anos? E o que teria acontecido, eu não fazia ideia.

_________________________________________________________________________

Olá pessoal! Espero que tenham gostado do capítulo. Por essa a Danny realmente não esperava... 

Postamos capítulos novos todas as terças e sextas. 
Não deixe de dar o seu voto e, se possível divulgar a história para os amigos! Toda ajuda é muito bem-vinda! 

Até sexta! Beijos! 

Vamos conhecer o nosso elenco: 

Megan Sanders

Casey Woo

Scott Crammer

Denise Fox


Nosso Taylor cantando Sweet Child o' mine. s2



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