N: Primeiramente: FELIZ ANIVERSÁRIO PARA O MEU IRLANDÊS FAVORITO NO MUNDO.
EU NÃO TO BEM, MEU NENÉM TA COMPLETANDO 24 ANINHOS. TO FICANDO VELHA.
Segundamente (sei que não existe tá): Me desculpem a demora, eu fiquei pior do que já estava esses dias e hoje que eu fui melhorar.
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O caminho de volta para o condado de Wolverhampton foi bem lento na opinião de Liam. Ele estava ansioso e essa ansiedade não ajudou em nada, porque ficar olhando de cinco em cinco segundos para relógio em seu pulso não ia fazer com que os ponteiros se movessem mais rápido, e nem ficar balançando a perna ajudaria.
Harry sentia tudo que o seu melhor amigo estava sentindo. Mas ele estava mais preocupado com o seu ômega, falando nele obviamente que Louis entendeu a situação, entretanto não tinha como Harry se despreocupar, pois seu marido já estava com a gravidez bem avançada e o alfa temia que algo acontecesse com o seu mate enquanto ele estivesse longe. Porém, Harry tentava manter sua mente longe dos pensamentos negativos, era o melhor a se fazer.
Liam quase berrou um "finalmente" quando passaram da placa de "Bem vindos a Wolverhampton".
- Primeiramente vamos a casa do Evans, Sr. Higgins. – o alfa herdeiro pediu.
- Sim, alteza. – o mais velho respondeu.
Liam não queria aparecer no palácio antes de confrontar o Evans, ele tinha algumas perguntas que precisavam da resposta do motorista.
Como Paul sabia muito bem onde o outro morava, alguns minutos mais tarde o carro que dirigia estacionava em frente a uma casa simples, porém bem cuidada. Os três saíram do veículo e esticaram seus corpos, devido ao longo tempo de viagem, depois se aproximaram da porta e Liam tocou a campainha em seguida.
Eles ouviram passos em menos de um minuto e uma moça muito bonita abriu a porta, ela era loira de olhos azuis e os mesmos se arregalaram ao se deparar com ninguém menos que o príncipe herdeiro em sua porta.
- Oh meu Deus! – a moça sussurrou, alarmada, e pigarreou em seguida, contendo-se – Alteza, a que devo a honra?
- Lucy, querida, nós gostaríamos de falar com o seu irmão, por favor. – foi Paul quem lhe respondeu.
- Oh, ok. – ela assentiu e deu espaço – Por favor, entrem.
Liam entrou primeiro, seguido de Harry e por último Paul. Lucy os direcionou para a sala de estar e pediu para que as visitas se sentassem enquanto ela chamaria seu irmão mais velho.
Ela subiu as escadas correndo e assim que entrou no quarto de Peter, abriu a boca o informando de que a realeza estava em sua sala. Peter – que ainda se recuperava do acidente – praticamente deu um pulo e desceu as escadas devagar, indo até a sala de estar e se deparando com o príncipe, seu fiel escudeiro Lorde Styles e o chefe da segurança pessoal do rei, Paul Higgins.
- Bom dia, senhores. – ele se fez presente e os três homens se levantaram para cumprimentá-lo.
Após os cumprimentos, todos se sentaram e a jovem Lucy ainda estava na porta, curiosa.
- Os senhores gostariam de algo pra beber ou comer? – ela ofereceu educada.
- Não, obrigado, senhorita. – o príncipe lhe dirigiu a palavra e a mocinha faltou morrer por dentro – Eu gostaria, se não for incômodo, de conversar com o seu irmão a sós.
- É claro! – ela disse, sorrindo – Com licença. – e fez uma pequena reverência, saindo da sala.
Assim que a garota saiu, Liam encarou seriamente o homem sentado à sua frente.
- Sr. Evans, eu tenho algumas perguntas a fazer. – ele disse – E gostaria que o senhor pensasse muito bem nas suas palavras ao me responder.
O rapaz engoliu seco e apenas balançou a cabeça, assentindo.
- Chegou ao meu conhecimento de que o acidente que eu, meu marido e o senhor sofremos, foi uma armadilha. – Liam disse sério – E também é do meu conhecimento que foi armado pelo meu pai, estou certo disso Sr. Evans?
Peter estava tremendo. Ele sabia que isso aconteceria. Por que ele deu ouvidos ao rei? Era óbvio que era um plano malfeito, mal planejado, é claro que iria sobrar pra ele.
- Alteza, eu fui ameaçado pelo rei. – ele tentou não gaguejar – Sei que ao dizer isso posso estar sujeito a pena de morte, mas a verdade é essa. – respirou fundo – Minha família está passando por problemas e eu fui coagido. Meu pai tem problemas com bebidas e jogos, depois de muita discussão e lágrimas, conseguimos convencê-lo a se tratar. E a clínica de reabilitação não é barata. – ele suspirou – Minha irmã mais nova teve que largar a faculdade por não termos como pagar e teve que se submeter a trabalhar no comércio para me ajudar a pagar as contas. – o rapaz estava nervoso – O rei ameaçou me demitir e a acabar com a minha família... – seus olhos se encheram de lágrimas – Eu não tive escolha... Por favor, alteza, eu não quis-
- OK, já entendi, Evans. – Liam interrompeu – Eu só acho que se submeter a qualquer tipo de ameaça ou chantagem vai contra qualquer princípio, mesmo que você estivesse tentando proteger a sua família. – ele suspirou – Não estou dizendo que concordo, mas posso entender. Só quero que você compreenda a gravidade da situação, eu quase perdi o meu filho.
Evans voltou a engolir seco. O príncipe era um alfa e ele era apenas um beta. Ele se sentiu pior do que já estava, ele realmente não queria ter feito aquilo, mas o rei ameaçou sua família. Era compreensível.
- Eu quase perdi o meu filho e nem sei o real motivo disso tudo. – Liam voltou a falar – Eu quero que você seja franco comigo, Evans. – tomou fôlego – Você sabe o motivo? Não fique com medo, meu pai não vai fazer nada com você e a sua família, eu posso garantir isso.
- Alteza... – Evans suspirou – Eu realmente não sei. – encarou o príncipe a sua frente – O rei não me disse o motivo por detrás dessa armadilha, só mandou que eu provocasse um acidente. Eu tentei contestar, mas ele me ameaçou.
- Entendo. – Liam assentiu – Muito obrigado pelo seu tempo e por ter sido honesto comigo, assim espero.
- Falei a verdade, alteza. – Evans disse, sincero.
Liam e Harry se entreolharam, o príncipe pediu sua opinião com apenas um olhar e o lorde apenas assentiu com a cabeça, concordando com as palavras do outro.
- Tudo bem, então. – Liam voltou a falar – Obrigado novamente, e não se preocupe com nada, o rei não irá fazer nenhuma maldade com a sua família.
- Eu agradeço, alteza. – o rapaz balançou a cabeça agradecendo.
- Eu precisarei vê-lo de novo, em breve, pode ser? – o príncipe indagou – Vou tomar medidas drásticas contra o rei e preciso do seu depoimento juntamente com o do Sr. Higgins aqui.
- Tudo bem. – Evans assentiu.
E a conversa se deu por encerrada. Os três foram embora e quando entraram no carro, Liam deu as ordens:
- Ligue para o palácio e veja se o rei está lá. – suspirou – Quero que acione os guardas e a polícia, não deixem que ele saia, mas não o deixe saber, e também diga que estou chegando e preciso conversar com ele.
- Sim, alteza. – Paul concordou.
- E depois que ele se dirigir ao escritório dele, coloque guardas lá à minha espera. – Liam continuou.
Higgins só assentiu enquanto discava o número do palácio, obedeceu as ordens do príncipe e então partiram para o castelo.
- Você tem certeza do que está prestes a fazer? – Harry indagou Liam.
- Não, mas é necessário – ele bufou e esfregou as têmporas com os dedos – Eu não vou deixar que isso fique impune, quero saber o que realmente está acontecendo com meu pai. Quero saber o que o levou a forjar o assassinato do próprio neto e talvez até o do próprio filho. – disse com raiva – Ele não vai me escapar, Harry. Não posso deixar isso acontecer. Ele pode ser meu pai, mas atentou contra a minha vida, a do Zayn e a do nosso filho que ainda nem nasceu.
- Entendo. – foi a vez de Harry suspirar – Estou do seu lado.
- Obrigado. – Liam sorriu minimamente – Quero você lá comigo e fique com seu telefone a postos, assim que entrarmos quero o seu gravador ligado, ok?
Harry assentiu e então minutos mais tarde eles estavam entrando pela palácio. Liam foi informado pela governanta que o rei o esperava em seu escritório como previsto. E ele agradeceu internamente por sua mãe não estar no castelo.
- Higgins, você vem conosco. – o alfa disse e o outro alfa apenas assentiu.
Eles entraram no escritório do rei e encontraram-no sentado em sua cadeira, bebendo um copo de uísque.
- Liam, meu filho, que bom vê-lo vivo! – o rei exclamou, sorrindo largo.
- Sério, pai? – o príncipe debochou – Eu acho que você na verdade me queria ver morto.
- Liam James, isso são maneiras de falar com o seu pai? – o rei alfa fez uma cara de desgosto, levantando-se.
- É o tratamento que você merece, majestade. – disse irônico.
- O que está acontecendo aqui? – o rei não estava entendendo – Por que o Higgins e o Lorde Styles estão fazendo aqui? Exijo uma resposta, ande!
- O Sr. Higgins veio me comunicar do seu plano que, graças a Deus, não deu certo. – Liam cruzou os braços sobre o peito – E o Lorde Styles está aqui como testemunha.
- Que plano? – o rei perguntou, dissimulado.
- O plano que você arquitetou com o Sr. Evans. – Liam respondeu – Olha só, eu não estou com paciência, então eu agradeceria que você fosse objetivo e confessasse de uma vez. – disse frio – Eu sei que você ameaçou a família do Evans se não fizesse o que você estava pedindo. Só confesse e me explique o porquê.
Os olhos claros do rei Geoff se esbugalharam e então, ele perdeu a cabeça. Jogou o copo de uísque no chão com força, fazendo o mesmo se espatifar em vários pedacinhos. Nenhum dos três homens se assustaram, eles sabiam muito bem como o rei podia ser.
- Eu não queria um herdeiro para o meu trono! – o rei esbravejou – Eu nunca quis uma junção dos reinos! – bufou – Eu só fingi aceitar para não perder o posto.
- Que posto? – Liam revirou os olhos – De rei benevolente e inteligente?
- Sim! – o rei exclamou de novo – A ideia de juntar os reinos foi incitada nas várias reuniões antes mesmo do seu nascimento e o do seu maridinho, querido filho. – debochou – Uma unificação já era prevista desde aquela época, era inevitável nos olhos dos dois parlamentos. Mas eu nunca quis! Era perca de tempo.
Liam não conseguia entender, como não aceitar uma unificação? A Inglaterra já foi uma só antigamente, funcionou por muitos séculos antes dessa revolução mundial onde muitos reinos foram divididos ou unificados. E nos seus anos de estudo, Liam entendia que um país funcionava melhor se fosse unido e democrático. A monarquia já foi extinta antes e podia acontecer de novo, por que não?
- Então, um acordo de seu casamento foi selado quando o príncipe Zayn nasceu. – o rei continuou seu discurso – Eu e sua mãe concordamos, é claro. Sua mãe como a romântica idiota que é, ficou sonhando com isso durante anos. E então, eu tive bastante tempo pra pensar... Organizar e planejar coisas.
- Que coisas? – Liam tornou a perguntar.
- Eu sou o líder da rebelião. – a majestade confessou – Eu que comecei com todas essas ideais rebeldes pra apressar as coisas. Eu estive por de trás de todos os ataques. Eu planejei a morte da família real de Bradford.
Os três ali presentes ficaram chocados com a última informação.
- Mas é claro que as coisas tinham que dar errado, não é? – o rei revirou os olhos – Eu pensei que todos iriam morrer, mas a rainha sobreviveu com as pirralhas gêmeas. Mas pouco me importa, com o seu casamento e o do filho ômega dela a caminho, as coisas continuaram do jeito que eu pensava.
- Mas o reino iria ser unificado de qualquer jeito! Por que planejar a morte de pessoas? – Liam perguntou, aturdido.
- Por que mesmo com o seu casamento e a unificação da Inglaterra eu não seria o rei! – o rei confessou.
- Você é maluco. – Liam disse, incrédulo – Um demente, sedento pelo poder. E você está preso e vai ser destituído do seu cargo.
E assim que Liam disse aquelas palavras, a guarda real entrou no escritório e saiu escoltando o rei que berrava e tentava de soltar.
- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! ESSE TRONO É MEU! – ele berrava – ESSE PAÍS NÃO ANDA SEM MIM! VOCÊ NÃO ESTÁ PREPARADO PRA ISSO!
Liam apenas se jogou na cadeira mais próxima e suspirou, cansado e não contendo as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
- Alteza, vou garantir que o rei... Bem, que o seu pai seja escoltado em segurança e que não fuja. – Higgins disse – A polícia também já está aí, então vou organizar tudo.
- Obrigado, Sr. Higgins. – Liam agradeceu, limpando as lágrimas.
E então o alfa saiu do escritório, deixando Harry com Liam.
- O que você vai fazer agora, Liam? – Harry indagou o amigo, sentando-se de frente pra ele.
- Agora... Vou consertar os erros do meu pai. – Liam disse, procurando fôlego – Unificarei esse país e vou voltar a democracia juntamente com o capitalismo. Voltaremos a ter um primeiro-ministro e consertar as coisas dentro deste país. Conto com a sua ajuda, Harry.
- É claro. – Harry sorriu, amigavelmente – E vamos tentar conter o escândalo?
- Não. – Liam disse, pensativo – Vou fazer uma coletiva de imprensa, pra explicar os fatos, mas antes preciso trazer meu marido de volta pra casa e você o seu. – ele sorriu, mais calmo – E vou precisar de muito jeito pra contar ao Zayn e sua família o que o Geoff confessou.
- Boa sorte com isso, cara. – Harry sorriu de novo, só que dessa vez reconfortante.
- Vou precisar. – Liam concordou.
Liam não conseguia entender como seu pai teve a coragem de fazer tudo isso e apenas por causa do poder. Mas agora... Ele pensava que as coisas iriam se acalmar de verdade. Obviamente que ele ainda enfrentaria uma tempestade assim que sua mãe e seus irmãos soubessem da verdade, mas ele pensava que era apenas questão de tempo para que as coisas voltassem a sua normalidade.
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N: Sorry os erros. ❤