Não sinto a solidão chamar à minha porta
Pois estou trancado no túmulo de meus medos
Cujo epitáfio me serve de escudo
Enquanto os lamentos desviam de meus olhos.
Sinto a crueza férrea em seus lábios tristes
Numa boca sem voz que emudece minhas dores
Enquanto o vento destrói minha juventude
Espero enquanto aprecio o fim do mundo.
Sinto a pétala da flor de minhas vidas
Se despedaçar diante dos nossos olhos
Olhos sem ternura, sem cor e sem desejo
Que infelizmente vertem lágrimas de pena.
Não guardo rancor dentro de meu corpo oco
Apenas uma dor essencialmente existencialista
Existencialmente intimista
Absolutamente derrotista.