Criminal Blood

By stealmyziall_

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Pode-se dizer que para nós, os Biebers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não cria... More

1 - Prólogo.
2 - You Own Me, Bitch.
3 - I Will Knock You Up.
4 - New Reality.
5 - Positive.
6 - Unbelievable.
7 - Making Friends.
8 - Better Than One.
9 - Accidents Can Happen.
10 - Part Of Me.
11 - Kidnapper.
12 - No Escape.
13 - Black.
14 - Daddy's Way.
15 - Four Walls.
16 - Past Is In The Past.
17 - Do You Mind.
18 - Training Mood.
19 - I Do This Often.
20 - Born To Be.
21 - Family Business.
22 - Or Nah?
23 - Mind Your Own Life.
24 - Still The Same.
25 - Back To Sleep.
26 - Weakness.
27 - I am all Fucked Up.
28 - Privacy.
29 - Question & Answers: CB.
30 - I Would Love To Hate You.
31 - I Got Your Back, Girl.
32 - Partition.
33 - Good and Bad Decisions.
34 - Grey.
35 - You Ruin Me.
36 - I Did What?
37 - Some Facts.
Personagens De Criminal Blood.
Criminal Blood No spirit.
38 - Wet It All.
39 - Memories On.
40 - Break Free.
42 - There For You.
43 - Bad Dreams.
44 - Up And Down.
45 - Family Sucks.
46 - Ghosts.
47 - Fix You.
48 - Sign Of The Times.
49 - All That Matters (Penúltimo).
50 - Wicked Games (FINAL).
Agradecimentos.
Trailer 2 Temporada!
2 TEMPORADA DISPONÍVEL!
CONTINUAÇÃO 2 TEMPORADA
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41 - Bound To You.

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By stealmyziall_




MEU PAI DO CÉU, PASSAMOS DOS 1K DE COMENTÁRIOS NO ÚLTIMO CAPÍTULO, VOCÊS NÃO TEM NOÇÃO DO QUÃO FELIZ CONSEGUIRAM ME DEIXAR!

Para vocês terem uma noção, esse capítulo tinha 5100 palavras, eu corrigindo ele agora conseguir fazer ele se transformar em um capítulo de 7257 palavras, então... ESPERO QUE GOSTEM!

Esse capítulo é um dos meus favoritos e acho que até o final entenderão bem! Ah... E antes que eu esqueça, tenho uma surpresa para vocês, já que comentam tanto e votam tanto, sinto que vocês merecem ver como será a capa da segunda temporada de CB, então... Aqui está:

ESPERO QUE TENHAM AMADO ELA TANTO QUANTO EU, AGORA DESCULPA ESSES AVISOS, BOA LEITURA E LEIAM AS NOTAS FINAIS!

***

"Como você pode ver através de meus olhos como portas abertas, conduzindo você até meu interior onde eu me tornei tão entorpecido. Sem uma alma, meu espirito dorme em algum lugar frio até que você o encontre e o leve de volta pra casa. — Evanescence (Bring Me To Life)."

Megan's Point Of View.

19 de agosto.

10:23 a.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

— Sim, a gente sabe disso. — O Dylan fala para o pai e logo em seguida sorri para mim.

Teoricamente deveríamos estar lá embaixo tomando o café da manhã, mas como o Justin ainda está bem machucado eu pedi que trouxessem tudo aqui para cima, então eu e os gêmeos estamos com ele no quarto enquanto comemos.

Não preciso nem dizer que ele ficou furioso e negou até a morte, mas digamos que estou começando a ganhar mais espaço nessa casa, especialmente com os funcionários, que parecem me respeitar mais a cada dia que passa. Então sim, talvez essa intimidade à mais com os gêmeos e o Justin seja algo extremamente agradável.

— Eu estou falando sério. Vocês tem duas provas hoje com o Ryan, se eu ver menos do que um 9 em qualquer uma delas, serão punidos. — E eu suspiro de uma maneira mais discreta, sabendo que embora eu tenha evoluído com ele em diversos aspectos, ele ainda mantém essa sua mente fechada quando se trata com a criação de seus filhos.

Eu queria poder quebrar essa barreira com ele, assim como fiz com outras. Eu quero que ele veja os filhos com um olhar diferente, não os vendo como o seu futuro na máfia, mas com dois meninos que se importam com ele, e muito.

Sei que para os gêmeos um bom relacionamento com o pai seria algo novo e realmente desejado, mas o problema é o Justin, é fazer ele perceber que ele não precisa ser o "senhor Bieber" 100% do tempo, que ele pode fazer coisas mais "mundanas", como sair para jogar bola com os filhos, ir ao cinema ou até mesmo os por em um curso com outros adolescentes normais.

— Eles estudaram bastante nos últimos dias e vão se sair bem, tenho certeza. — Eu falo meio que afirmando, não querendo que eles se sintam mal por agora, ainda mais nesse momento "intimo" que nós os quatro estamos tendo por estar nesse quarto.

— Pai, você mandou ligarem o elevador de novo, não é?

— Sim, a Megan já está indo para o sétimo mês de gravidez e eu não quero riscos, ainda mais desajeitada do jeito que ela é. — E eu noto um leve divertimento em sua voz, me fazendo sorrir.

— Engraçado, porque nos próximos dias quem vai ser o desajeitado, é você, que nem se mexer direito pode. — Digo dando uma cotovelada de leve em seu braço, sentindo o olhar dos gêmeos pesar sobre nós com essa "intimidade" toda, mas eu sinceramente queria que eles pudessem ver um lado do pai que às vezes apenas eu consigo e posso.

— Zac, se você derramar só mais uma coisa que seja na minha cama, eu juro que...

— Como se você não tivesse funcionários para limpar o seu lençol assim que pedir, deixe ele em paz. — Eu murmuro na defensiva, vendo o sorriso arrogante no rosto do Zac.

— Viu, a Meg está do meu lado.

— Ela só está do seu lado porque nesse momento eu não posso transar. Pois garanto que quando puder, ela realmente...

— Vai mandar você calar a boca e comer, anda. — Falo em resposta, vendo que ele me olha sério, como se não quisesse que eu o tratasse assim na frente dos filhos. — Mas Zac, tente comer sem derramar mais ovos na cama, você realmente está sujando tudo. — E agora sim ele faz uma careta, não gostando da minha observação.

— Já acabamos, temos ainda uma aula de natação antes de fazermos a prova. — O Dylan fala levantando e eu o olho séria ao perceber que ele ia diretamente até a porta do quarto. Ele estranha o meu olhar e então tem que me questionar. — O que foi?

— Podem juntar a sujeira que fizeram e ir largar lá embaixo na cozinha, os dois. — Falo e eles olham rindo para o pai, esperando que ele ria junto e me mande calar a boca, mas cruzo os braços e sigo encarando ambos. — Não entendo porquê ainda não fizeram isso, andem! Ninguém vai subir para buscar os pratos das princesas aqui, então andem. — Digo levantando e pegando um dos pratos do Justin. Abro a porta e vejo que os dois relutantes pegam a sujeira que deixaram e saem do quarto com ela, fechando a porta atrás de si.

— Eu levo para você. — o Zac fala pegando o prato e eu sorrio em força de agradecimento, percebendo que o Dylan ainda fica aqui no fundo do corredor comigo, me fazendo estranhar.

— Aconteceu algo? — Pergunto e ele olha para o lado nervoso, sorrindo de leve e me fazendo ver um brilho em seus olhos, como se ele estivesse animado, mas ao mesmo tempo não quisesse parecer idiota. — Você sabe que pode falar comigo. — Tento em um tom mais calmo para o confortar, o que parece funcionar.

— Eu tenho 13 anos, e essa foi a quinta vez em toda a minha vida que entrei no quarto do meu pai. Foi também a primeira que fiquei mais de meia hora. — E eu desmorono ainda mais com essa frase. — É a primeira vez desde que eu nasci que vejo ele deitado em uma cama, simplesmente calmo e comendo de forma tranquila, sem se preocupar com a postura dele ou em como as empregadas trazem sua comida na hora, seja fervendo da cozinha. — E percebo que ele morde o lábio nervoso, então afasto o prato de sua mão e o puxo para mim, lhe abraçando da maneira mais apertada que consigo.

— Dylan, eu sei que ele já fez muita coisa errada, muita coisa que nenhum de nós jamais vai ser capaz de esquecer ou perdoar, mas eu juro que tem algo bom dentro dele. Eu juro que bem lá no fundo, trancado em mil chaves, existe uma parte dele que é como qualquer outra pessoa. Que gosta de carinho e pessoas que se importem com ele. — E ele apenas segue com o braço na minha volta.

— Isso foi uma das coisas mais normais que fizemos com ele. Só... Eu queria mais momentos em família, entende? Eu queria poder ter amigos, só para me gabar do quão foda meu pai é! Queria poder ter um cachorro, eu queria também ter aqueles domingos em família que todo mundo odeia, mas que eu morreria para ter! — E a cada palavra que sai de seus lábios, mais arrepiada ainda eu fico.

— E vocês merecem isso, eu juro que merecem. — Falo me inclinando e dou um beijo em sua bochecha.

— Eu queria poder o ver assim mais comum, sem ter que manter a etiqueta, classe ou calma. Eu nunca sequer o vi gargalhar, acredita nisso? — E eu juro que chego a segurar as lágrimas que ameaçam cair. — Eu quero muito isso, pelo menos antes.. — E ele para de falar, se afastando e limpando as lágrimas com pressa para não parecer "fraco" ou "indefeso".

— Antes de eu ir embora? — E ele concorda, me fazendo suspirar e cruzar os meus braços, olhando para ele com calma.

— Você não pode ficar? Eu... Eu acho que o meu pai realmente gosta de você, ele se importa! E eu prometo que eu e o Zac podemos ajudar mais, até mesmo com o nosso novo irmão. Mas se você for embora, você sabe que nunca teremos esses momentos de novo. — E ele praticamente implora, me fazendo fechar os olhos pois tenho certeza que lágrimas cairão deles.

— Dylan, eu tenho o meu pai me esperando. Eu tenho uma vida, até mesmo uma social. Eu tinha um maldito Instagram, um facebook e até twitter, eu era uma pessoa normal que sonhava em conhecer o mundo. — Falo secando as lágrimas e sorrio de leve. — Eu tenho minha faculdade, amigos que supostamente acham que eu estou viajando.

— Mas se eles assistem às noticias, sabem que você está aqui e grávida, de qualquer maneira você... — E ele para de falar, me fazendo negar.

— Eu posso estar ajudando aqui, mas não é o que eu quero para o resto da minha vida, não é algo que eu possa simplesmente sempre aceitar de cabeça baixa.

— Mas se em 8 meses o meu pai já mudou, imagine em como...

— Dylan, eu não posso ficar aqui esperando e dependendo das mudanças de humor e temperamento do Justin. Eu quero ajudar e estou fazendo o meu máximo, porque eu quero que vocês vivam a vida de vocês, não apenas "sigam" com ela.

— Essa é a sua missão? — Ele ironiza e eu penso em como por para fora meus pensamentos.

— Sabe, eu realmente não sou do tipo de mulher que aguentaria ficar em casa, sendo regrada pelo cara e controlada, ainda mais que pode ou não algum dia apanhar de novo caso cometa algum erro. Eu nasci para ser livre, para conhecer o mundo e conhecer pessoas novas, para ser independente e ser dona de mim mesma.— Eu falo com o coração na mão.

— Eu e o Zac estamos aqui por você, com o tempo o nosso pai...

— Querido, eu juro que entendo, eu juro que quero acreditar com todas as minhas forças que eu possa de alguma maneira ser a salvação do homem que está dentro daquele quarto, me entende? Mas eu simplesmente não sei se vale à pena investir em algo que não tem futuro.

— Você vai ter um filho.

— E acha mesmo que seu pai me deixaria fazer parte da criação do mesmo? O amolecer? — E só percebo que estou chorando quando as lágrimas chegam até minhas bochechas.

— Eu não sei se depois de provarmos uma realidade com você, vamos conseguir voltar atrás.

E é isso que mais me quebra, porque eu quero ficar para os ajudar, para ter mais avanços com o Justin, mas ao mesmo tempo... Essa não é a vida que eu sonhei em ter, pelo menos não nesses termos.

Sonho com meu diploma da faculdade, com um marido que me ame e trate bem. E eu sei que a maneira que o Justin é hoje não é sua culpa, sei que o danificaram tanto o ponto de nem ele entender o que se passa dentro de sua mente.

Eu apenas não sei se estou disposta a me perder para o salvar, é algo de alto custo, que eu simplesmente não sei se teria algum futuro.

— Eu tenho uma saída dessa realidade, de todas essas coisas horrendas do mundo e desse contrato que regula cada simples merda que eu faço.

— E nós? — Ele fala se referindo à ele e ao Zac.

— Por mais que eu ame muito você e o Zac, eu não...

— Peraí, o que foi que disse? — E o prato cai de suas mãos, me fazendo sorrir e o encarar com ternura nos olhos.

— Que eu amo vocês, porque amo mesmo. Eu me importo e vejo ambos como os meus filhos, se pudesse levaria vocês e o novo bebê para terem uma vida nova comigo, onde não seriam obrigados à nada, mas você sabe que não funciona assim. — E ele concorda, baixando a cabeça enquanto eu penso em como continuar. — Eu prometo que quando eu for embora vou tentar sempre acompanhar vocês e saber o que está acontecendo, eu tenho um laço com você. Esse mesmo laço que nunca vai ser quebrado, você sabe disso, não é?

— Você tem um laço com o Zac que tem seu rim e com o bebê que vai sair de você. Tem um laço com o meu pai que te proporciona horas de prazer e...

— Dylan Drew Bieber. — Falo séria e ele chega a rir, ajeitando o seu cabelo em seguida.

— Enfim, você tem um laço com eles, mas comigo não, pois eu...

— Dylan, você foi o primeiro dos três que me tratou com respeito e se importou comigo. Não conte para o Zac ou para o seu pai, mas você é meu favorito. — Eu digo sorrindo para tentar o alegrar, mas é mais do que notável que ele continua chateado com esse assunto todo. — Vem comigo. — Seguro sua mão e ele passa por cima do prato quebrado.

— Não vai me fazer limpar? Afinal, parte de seus últimos dia nessa casa é nos transformar em empregadas. — E eu aperto o seu ombro.

— Relaxa, vamos fazer algo antes. — E vou para o elevador, chamando o mesmo e esperando chegar ao nosso andar. Sim, ordens diretas do Justin para não descer mais as escadas, o que é uma merda mais do que enorme, mas tudo bem.

— Por que estamos aqui? — Ele pergunta em relação a cozinha, mas eu pego apenas uma das pequenas facas e vou com ele para o jardim, onde nenhum dos funcionários está a nossa volta. — É essa a hora que treina como esfaquear alguém? Porque eu posso trazer o Zac para isso. — E eu rolo os olhos, percebendo que talvez a faca que eu tenha pego seja grande demais para isso.

— Me dê seu dedo. — Eu digo após com a faca, fazer um pequeno corte no meu dedo indicador, já vendo o sangue sair.

Ele sem entender nada me dá seu dedo e eu faço o mesmo corte, vendo que seu sangue sai ainda mais do que o meu.

— Megan... — Ele fala quando encosto nossos dedos e deixo ambos os nossos cortes se encostarem, fazendo nossos sangues se misturarem e se tornarem "um só".

— Viu? — Eu questiono com um sorriso estúpido no rosto. — Agora temos o mesmo sangue também, temos o nosso próprio laço.

Digo passando a mão por sua cabeça e ele sorri, me dando um beijo na bochecha.

— Isso não é tão grande quanto um rim, mas...

— Quer que eu tire o outro para te dar? — Provoco e ele nega com um sorriso no rosto.

— Apenas ia dizer que embora não seja o rim, ainda é o suficiente para mim. — E eu percebo que ia chorar ainda mais, então melhoro a postura e tento me fazer de forte.

— Agora vá para o centro de treinamento antes que o Zac estranhe sua demora.

— Certo. — Ele fala todo bem atrapalhado, se afastando de mim e correndo até o local, me fazendo sorrir só de o ver assim.

Eu queria poder ficar, queria poder... Na realidade, eu sei que não queria.

Eu amo os meninos e por mais que deteste admitir, me importo muito com o Justin, sem contar que eu vou colocar uma criança no mundo que eu amaria demais poder manter e criar, mas de maneira alguma ia conseguir viver dessa maneira para sempre.

Ele cuida cada mínimo passo que eu dou. Eu não posso sair daqui sem sua permissão ou com alguém de sua confiança, não posso nem sequer dirigir um maldito carro! Eu sigo uma dieta rigorosa e pratico exercícios que inúmeras vezes me machucam, mas não é só isso.

Eu me sinto presa emocionalmente, me sinto presa de uma maneira que eu quero poder ter alguém aqui para sentar e conversar, poder me abrir e ser eu mesma, mas mesmo assim depende do humor do Justin, depende do que ele passou e o como ele vai lidar com o que eu falar.

Eu entendo que ele sofreu na vida, eu entendo ainda mais que ele precisa de ajuda e sinto que estou o puxando aos poucos, mas não posso ficar para sempre no "e se", não posso basear minha vida no temperamento de alguém que possui um estilo de vida nada simples.

Eu sinto pena dos gêmeos, sinto pena do Owen que nem nesse mundo está e sinto pena do Justin, mas não seria algo possível.

Ele nunca nem sequer deu um sinal de que queria que eu ficasse, ele simplesmente está aproveitando o período do tempo como eu, mas sei que no final quando eu for embora, ele vai tocar sua vida de uma maneira indiferente, pois é isso que ele faz de melhor. Ele vai simplesmente ignorar tudo o que aconteceu entre nós, e talvez isso seja o que mais está me machucando nesse momento.

Por mais que eu deteste admitir, eu não sou de ferro... Eu criei sentimentos por ele, criei sentimentos que eu sei que futuramente podem ser a minha ruína.

Eu simplesmente não quero ser um peão em suas mãos, não quero criar uma família com ele e ao mesmo tempo não ter voz quando tratamos da mesma. É doloroso e complicado, mas espero com o tempo superar, assim como faço com tudo na minha vida.

Eu volto para dentro e penso em subir, mas decido por final ficar aqui embaixo sozinha um pouco, pensando com mais calma à respeito de tudo. Pensando no que a minha vida era e no que se tornou com o passar dos últimos meses.

— Senhorita Hernandez? — Ouço a voz familiar e ergo o olhar, sorrindo ao perceber que era o Roberto.

— Roberto, fazem praticamente meses que eu não vejo você! — E é a realidade. Foi ele quem nos ajudou quando compramos o Alfa, mas logo depois que o Justin descobriu eu dificilmente passei por ele ou sequer o vi dentro de casa, achei que havia talvez sido despedido.

— Sim, eu estava com o senhor Jeremy por uns tempos, mas já estou de volta.

— Nossa, você tem sorte de conseguir conviver com aquele homem por alguns meses e voltar inteiro. — Murmuro e vejo seu sorriso, logo em seguida ele baixa o olhar para a minha barriga.

— Não querendo ofender, mas a barriga está enorme! — Ele fala não querendo me chamar de gorda e me fazendo sorrir, sabendo que se fosse o Justin já chegaria falando o quão gorda e inchada eu estou.

— Sim, acredita que já estou indo para o sétimo mês? — Falo ao por a mão sobre a barriga. — Ele está mesmo chutando, consegue ver? — Pergunto tirando a mão e vendo os pequenos movimentos através da minha fina blusa, esse garoto nem nasceu e já é extremamente forte.

Justin Bieber's Point Of View.

19 de agosto de 2017.

12:00 p.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

Eu havia acabado de descer pelo elevador devido a dor na minha perna, pois realmente precisava ir até o meu escritório adiantar os documentos sobre a prostituição de algumas das putas da minha boate, no entanto quando ouço a voz da Megan é como se os meus pés sozinhos fizessem o caminho até o local. O que eu realmente não esperava era ver ela aqui toda sorrindo para um dos meus empregados, como se ele fosse a droga de um amigo dela.

Minha vontade é de ir até eles e fazendo ele limpar todo o chão da minha casa com a sua maldita língua, ou até mesmo cortar ela pelo simples fato de ele estar a fazendo sorrir, o que... Eu não deveria me sentir assim, não deveria mesmo ter essa possessão á mais em relação à ela, mas é algo simplesmente incontrolável.

Ela agora está próxima à ele e com a mão na barriga. Por que ela está com a mão na barriga? Ele não vai tocar nela e muito menos sentir o MEU filho se mexer, pois ai sim eu corto é o braço inteiro dele para fora, de uma maldita só vez.

— Atrapalho algo? — Eu pergunto em um tom alto, vendo que ambos se surpreendem com a minha presença e ele de imediato nega, baixando a cabeça.

— Não, senhor Bieber. Eu apenas...

— Eu dei ordens diretas para que nenhum segurança dessa casa olhe para a senhorita Hernandez cara-a-cara. E ainda especifiquei de que quando ela passasse, todos virassem de costas. — Eu falo com os braços cruzados, caminhando de maneira lenta e sentindo todo o meu corpo doer, mas de maneira alguma que eu iria sequer mostrar isso para algum deles.

— Justin, ele...

— Não estou falando com você. — E sei que fui mais bruto do que ela esperava, mas eu estou com raiva. Estou mesmo com raiva não só de ela ter falado com ele, mas ela também riu com o maldito filho da puta.

Porra, eu dificilmente a faço rir. Na realidade ela ri das próprias merdas, mas nunca tento melhorar seu humor, isso enquanto ele está com ela a apenas alguns minutos e parece ter a porra de alguma intimidade que seja.

— Saia da minha cara, e nunca mais fale com ela, me fiz claro?

— Si-sim, senhor Bi-bieber.

— Eu não escutei, estava gaguejando como a porra de um covarde. Eu perguntei se me fiz claro.

— Sim. — E o empregado faz isso, se retirando com uma puta pressa.

— Que merda você tem na cabeça? — Ela pergunta furiosa e eu a ignoro, me virando e começando a caminhar em direção ao meu escritório, mas é mais do que óbvio que ela me segue e entra lá antes mesmo de mim, pois ela consegue caminhar normalmente.

— Eu tenho que trabalhar, então...

— Justin, é sério! Por que não consegue ser um ser humano decente com os outros?

— Eu não sou pago para agradar ninguém, então não é meu problema. — E falo sério. — E mesmo se fosse, ele é a porra do meu empregado, ele é alguém inferior!

— Também não é pago para ser um ignorante! O que custa ser simpático? Ou até nem isso, mas custa não ser grosso?

— Sim. — E me sento na minha poltrona, a olhando de cima a baixo e reparando em cada mínimo detalhe de sua roupa.

— E se vale lembrar, eu também estou aqui "trabalhando" para você e recebendo a porra do seu dinheiro sujo, isso me faz inferior também, não é? — Porra, quando mulher quer comprar briga, eu juro que consegue.

— É diferente, eu durmo com você, não com ele. — E só o pensamento me dá náuseas.

— Isso é ridículo, não pode simplesmente decidir como trata alguém devido ao seu trabalho ou...

— Sabe, eu realmente não estou no clima para receber lição de moral, talvez mais tarde?

— Custa não ser um babaca?

— Por que estava falando com ele? De onde vocês sequer conhece os homens que trabalham aqui? — E não consigo me segurar nas perguntas. — Eles não merecem seu tempo, são tão sujos quanto eu. — E eu pareço patético aqui, querendo mostrar que sou uma pessoa "não tão ruim".

— Onde quer chegar com essa merda?

— Ele já deu em cima de você? — E agora sim meu punho fecha, mas ela cruza os braços e me olha ainda puta. — Porque se algum deles já deu em cima de você ou sequer olhou para a porra do seu corpo com desejo, eu...

— Sabe, às vezes é bom falar com um cara que não me trata como merda quando quer. — Certo, e eu não ia mesmo perder o meu tempo discutindo, mas posso fazer isso.

— Se quer que eu te trate como merda eu posso muito bem começar a...

— Você já faz isso! Apenas... Quer saber, não vou brigar com você porque sempre que fazemos isso de nada adianta. Você é cabeça-dura demais, então que se dane. — Ela fala saindo e eu levanto furioso.

— Megan, não é para sair!

— Você não manda em mim, então se eu quiser posso sim sair! E é exatamente isso que eu quero fazer agora. — E ela realmente sai, fazendo eu me segurar para não quebrar absolutamente nada aqui dentro enquanto caminho atrás dela.

— Nem ouse! — Digo quando passo pelo corredor e ela praticamente corre pela sala, indo até a porta de entrada e abrindo a mesma, literalmente saindo de casa e se aproveitando do fato de que não posso me mexer direito.— ARIZONA. — Eu aumento o tom de voz, caminhando e em seguida vendo meu funcionário aparecer em prontidão na sala.

— Sim?

— Não deixe que nenhum dos meus homens lá fora obedeça a senhorita Hernandez. Ela não tem permissão para sair sozinha. — E ele concorda, saindo antes de mim e parando na porta, me fazendo bufar quando passo por ele e percebo que ele faz isso porque de fato a Megan já havia não somente subido em um dos carros aqui fora, mas que um dos motoristas seguiu suas ordens e saiu de casa com ela.

Maldita hora que mandei os funcionários dessa casa a obedecerem, isso que ela nem sabe o poder que poderia ter sobre eles.

— Quer que eu vá atrás e...

— Não. Não quero que faça nada. — Falo apenas isso puto da cara e me viro, indo em direção ao meu escritório novamente.

Quem ela pensa que é? Como ela sequer ousa sair assim na minha frente e ainda esperar que eu não bata nela ou... Eu não bateria nela.

Eu não sei se seria capaz de fazer isso agora, a esse ponto.

Eu estou com raiva de ela ter me desobedecido, não por ela ter saído. Pois se eu me colocar no lugar dela e imaginar ficar trancado dentro dessa mansão por praticamente meses, eu certamente perderia a cabeça.

Eu quero poder ir atrás dela e a jogar em um carro, lhe bater como deveria para a por no lugar dela, mas também sei que se eu fizesse isso, ela não falaria mesmo comigo depois. E não, não é como se eu dependesse dela, mas ela muitas vezes é o mais próximo que eu tenho de um amigo, algo que eu nunca tive em toda a minha vida. Então só... Eu não sei que porra fazer.

Pego meu celular e ligo para o dela, mas obviamente ela não responde. Ela já deveria saber que eu tenho um rastreador nesse celular dela, então realmente posso a achar a qualquer momento, mas... Que droga. Por que eu sequer me importo? Por que eu quero ser uma pessoa "menos pior" para ela? Queria conseguir simplesmente ser um ignorante novamente, mas não é assim tão fácil.

Eu saio do escritório sentindo realmente dor no meu corpo, mas não é nada que eu não esteja acostumado.

Caminho em direção a sala e o Arizona já estava a minha espera, como se soubesse que eu voltaria atrás na minha decisão.

— Traga os gêmeos para mim caso eles tenham acabado a prova com o Butler, estarei os esperando dentro da minha Mercedes. — Digo apenas isso e saio de casa, indo em direção a entrada e passo o chafariz, caminhando em direção ao estacionamento externo que tenho para alguns dos meus carros.

Assim que subo no carro e ligo, fico os esperando enquanto tento ligar novamente para a Megan, mas nada de ela me atender.

E o pior dessa situação toda é que eu de fato não fiz absolutamente nada de errado, simplesmente fui realista e isso não lhe agradou.

— Aconteceu algo? — O Dylan pergunta ao abrir a porta do passageiro e se sentar do meu lado, me fazendo ver o Zac no banco atrás de nós os dois.

Eu dou a partida e percebo a confusão no rosto de ambos, mas não quero falar nada ainda, pois sei que eles vão ter a ideia errada com essa situação toda.

Sugo dirigindo pelas ruas e tentando manter a calma, mas juro que meu corpo em si está todo ansioso.

— Você vai comprar outro carro? Uma BMW ainda? — O Zac pergunta e logo sorri quando entramos no estacionamento de uma distribuidora. — É para a gente? Assim a gente pode escolher e...

— Não se iluda, não vou comprar carros para vocês os baterem. Ou esqueceu do seu acidente? — Ironizo e percebo que ele baixa a cabeça, envergonhado. — Agora desçam, precisamos chegar em casa antes da... Antes de eu precisar sair de novo. — E falo ao descer do carro, indo em direção a concessionária enorme da BMW com diversos modelos de carros do lado de fora.

— Vai querer caminhonete ou um modelo mais esportivo? — O Dylan pergunta e eu já penso em uma cadeira de bebê, então o esportivo seria melhor para a Megan, mas logo me lembro que ela vai usar esse carro até o bebê nascer, mas que depois não.

— Esportivo.

— Vamos olhar os últimos modelos então. — E eu concordo, mandando uma mensagem para o Christian e pedindo que ele me mande foto com todos os documentos da Hernandez, pois colocaria esse carro no nome dela.

Ela que me agradeça por sair dessa casa em algumas semanas com uma conta bancaria enorme e um carro zero com ela.

— Boa tarde, senhor. Como posso ajudar hoje? — O vendedor pergunta e pareço acordar de meus pensamentos, me virando para ele e percebendo que o mesmo encara descaradamente o meu rosto, que está ainda com cortes recentes causados pelo meu querido pai.

— Pode começar a ajudar quando resolver não encarar as feridas no meu rosto. — Digo de forma gruta e ele melhora a postura.

— Sinto muito, não foi a minha intenção.

— Pois bem, não tenho tempo para te por no seu lugar agora. — E ele concorda, baixando a cabeça como cada imbecil que eu preciso envergonhar. — Meninos. — Chamo e percebo que ambos olhavam um modelo de carro especifico, um esportivo e que tinha as portas abertas para cima, como o típico modelo de uma Lamborghini.

— Aquele é um dos nossos esportivos, a BMW i8. — Ele diz isso e concordo, pois já havia ouvido falar desse carro.

— O que tem para nos falar a respeito dele? — Pergunto quando nos aproximamos e vejo os gêmeos babando pelo monitor na frente deles, e eu honestamente fico surpreso, pois o design dele é bem interessante.

— Híbrido, o i8 tem dois motores. O elétrico é capaz de gerar 131 cv, enquanto o propulsor de três cilindros turbo, de 1.5 litro, se encarrega dos os outros 231 cv. Além dos 59 anos, são 8 cilindros e 2.5 litros de diferença entre o alemão e o italiano.

— Quanto tempo para alcançar os 100 km/h?

— 4,4 segundos.

— Interessante. E onde os motores estão? — Pergunto ao dar a volta e observar com calma o carro em si.

— Cada motor do i8 está posicionado em um eixo. Na dianteira, o propulsor elétrico, enquanto o motor a combustão fica na parte central-traseira. Eles podem ser acionados simultaneamente ou de forma independente.

— Isso significa que a tração pode ser dianteira, traseira ou integral. — Completo e ele concorda, surpreso por eu realmente entender à respeito do que ele está falando.

— Há quatro modos de condução. No mais "verde" deles, eDrive, o veículo utiliza apenas o motor elétrico, enviando a força apenas para as rodas dianteiras.No modo Eco Pro, o motor a combustão é acionado quando o nível da bateria alcança um índice muito baixo. O Comfort acelera até os 60 km/h com o motor elétrico. Ele prioriza esse tipo de propulsão em saídas de semáforos e ultrapassagens. O modo Sport é o mais esportivo dos quatro disponíveis. Nele, os dois motores são acionados ao mesmo tempo. Para isso, basta empurrar a alavanca de câmbio para a esquerda. — E os gêmeos ficam passando a mão pelo carro, realmente felizes.

— Certo, eu vou levar. Mas não gostei desse tom prata.

— Temos um completamente preto com detalhes em um azul água e as luzes internas no mesmo tom. — E eu concordo.

— Os dois, para o carro. — E jogo a chave da mercedes para eles, não querendo que eles estejam lá enquanto eu passo o nome para ela. Eles vão saber e eles que darão para ela, mas não quero eles imaginando coisas. — Eu vou precisar que entreguem o carro, pois vim dirigindo. — E ele concorda, abrindo a porta do seu escritório para mim.

— O carro custa mais de 200 mil dólares, mais os impostos. — E ele ainda está me questionando?

— Isso não é problema para mim, apenas agilize isso de uma vez. — E me sento na cadeira, começando a bater o pé no chão com pressa.

Megan's Point Of View.

19 de agosto de 2017.

8:23 p.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

— Precisa de ajuda? — O segurança pergunta e eu nego, sabendo que teria que pegar todas as sacolas de compras que eu fiz e entrar correndo em casa, pois o Justin com toda a certeza vai rasgar elas e ainda por cima me fazer juntar.

Certo, talvez eu tenha mesmo exagerado nessa questão de subir em um carro com um segurança e dizer que o Justin obrigou ele a fazer tudo o que eu queira durante o dia, mas eu estava sufocada!

Eu já não saia à dias, mas ai com essa discussão idiota eu me senti pior ainda! Preciso admitir que eu amei o fato de ele ter sentido ciúmes, mas eu simplesmente não consigo lidar com o fato de ele ficar rebaixando os outros, é um absurdo!

Eu sei o estilo de vida que ele leva e nunca vou tentar mudar isso, pois é o que ele é, mas a maneira que ele trata os outros é algo que me corta demais, pois eu sei que ele tem um jeito mais calmo e sutil de ser, não assim tão ogro.

Eu fiquei impressionada e até mesmo chocada com o fato de ele não ter ligado e mandado o segurança me trazer de volta, o máximo que ele fez foi me ligar algumas vezes e mesmo assim eu não atendi, então para não brigar mais eu esperei a minha bateria acabar por completo, pois assim pelo menos poderia mentir e dizer que passei a tarde todinha sem o celular.

— Aqui. — O segurança abre a porta de entrada para mim e eu agradeço, primeiro entrando de fininho e suspirando de alivio ao ver que ele não estava na sala me esperando, então seguro todas as sacolas com força, indo em direção ao elevador para poder ir até o meu quarto.

— Megan. — E quando ouço sua voz meus pés congelam, então apenas fico parada e espero que ele comece a me xingar ou até mesmo a gritar, mas para variar, ele me surpreende. — Vá largar suas compras no seu quarto e desça, estarei te esperando aqui. — E ele fala com a maior calma do mundo, então eu sigo em direção ao elevador com o coração na mão.

Será que vai o acalmar o fato de eu ter comprado algumas roupas para ele e os meninos? Porque eu sabia que ele estaria bravo, então pensei que lhe dando um agrado seria melhor.

Após o elevador parar no andar de cima, eu vou até o meu quarto e largo as sacolas no chão, querendo internamente ficar aqui e não descer para o enfrentar, mas respiro fundo e crio coragem, indo novamente até o elevador e descendo com o coração na mão, me preparando psicologicamente para mais uma discussão.

— Justin, em minha defesa eu... — E começo a falar enquanto caminho pelo corredor e já o vejo de longe, mas ele ergue a mão, como se quisesse falar.

— Você sabe que o que fez foi errado.

— Eu sei, juro que sei! Mas eu estou cansada, sempre fico aqui trancada como um animal, e nós somos amigos, você confia em mim e sabe que agora mais do que nunca quase na reta final dessa gravidez eu não faria nada!

— Eu sei.

— Por isso eu fui e... Você sabe? — Pergunto surpresa e ele concorda.

— Sei, e admito que se eu parar para pensar no seu lado, vejo o quanto aguentou sem reclamar ou fazer algo mais "pesado" desse jeito.

— Onde está querendo chegar? Porque eu estou suada e cansada, não estou muito no animo para transar. — Murmuro e ele sorri de lado. Como é que ele está de bom humor depois do que eu fiz?

— Tudo para você tem que levar ao sexo, pelo amor de Deus, Megan. — Ele ironiza e eu rolo os olhos, vendo que ele mexe os braços ansioso. — Eu quero te mostrar algo. — Ele fala e eu sorrio, já arqueando a sobrancelha.

— Seria uma surpresa para mim? — E ele não fala nada. — Pois eu amo surpresas! — Falo animada enquanto ele apenas aponta para o quintal como se estivesse lá, então concordo e para a sua surpresa, seguro sua mão, entrelaçando nossos dedos e sorrindo ao ver que ele não tenta soltar sua mão da minha.

— Os meninos tiveram essa ideia e que fique claro que eu neguei muito antes de aceitar, então não fique deslumbrada com isso, pois não é nada demais e não foi nada que eu planejei. — E eu não entendo nada, mas sigo com ele até o quintal e involuntariamente levo ambas as minhas mãos para cobrir a minha boca, que se abre em puro e completo choque ao ver o que está diante à mim.

— Vocês não...

— Foram os gêmeos. Eles imploraram por isso e não aceitaram não como resposta, não é? — Ele pergunta sério e rápido, como se eu precisasse da confirmação dos gêmeos de imediato, mas eu vejo os dois do lado do carro, o mesmo que tem um laço vermelho sobre o mesmo.

— Surpresa! — Os dois falam juntos e eu fico olhando ainda sem acreditar, intercalando o olhar entre o carro MARAVILHOSO na minha frente, os gêmeos, e é claro, o Justin. — O pai hoje...

— O pai hoje não fez nada, calem as malditas bocas. — Ele fala cruzando os braços e se fazendo de indiferente, mas a surpresa é tanta no meu rosto que eu simplesmente não consigo acreditar.

— Isso é... — E eu não consigo nem falar, apenas caminho até o carro e vejo a porta aberta, então me sento dentro do veiculo e juro que seguro as lágrimas, sentindo o cheiro de carro novo.

Ele sabe que é meu carro favorito. Não que eu não mereça uma Ferrari ou algo do tipo, mas porra... Ele usou os sentimentos na escolha, os levou em consideração ao invés da "razão".

— Olha os documentos, estão no seu nome. — O Dylan me mostra e eu mordo o lábio nervosa, não conseguindo acreditar que ele fez mesmo isso.

— Os dois, quero um abraço agora! — Exijo animada e eles não se importam com a presença do pai, pois vem até mim e me abraçam de uma só vez, praticamente me carregando. — Obrigada por esse presente, eu não sei nem como agradecer, vocês não tem noção. — Eu digo os apertando e dando beijo em ambos, vendo que eles riem animados pela minha felicidade.

— Vai deixar a gente dar uma voltas, não é?

— Ela não tem outro órgão do corpo para te dar caso você o bata, Zac. — O Dylan provoca.

— "Ela não tem outro órgão...". — Ele faz uma voz afeminada e dá um soco no braço do irmão. — Filho da puta.

— A mesma que você. — E eu vejo que o Justin segura a risada com os comentários dos filhos.

— Enfim, acho que eu deveria ser o primeiro a testar o carro. Não acha?

— Claro, que não. — Falo para o Zac, apertando sua bochecha e continuando abraçada à eles enquanto ainda olho o carro na minha frente, simplesmente chocada, sem poder acreditar que eu ganhei um carro, e não qualquer um, mas um dos que eu mais gosto.

— Já chega dessa melação toda. Os dois, para o banho. — Ele fala autoritário e os filhos resmungam, mas se afastam e finalmente vão para dentro de casa, me dando assim a chance de envergonhar um pouco o Bieber aqui.

— Vai falar ou não? — Cruzo os braços com um sorriso no rosto e ele me olha sério.

— Não sei do que está falando. — E eu nego, caminhando até ele e descruzando os seus braços, pois ponho os meus na volta dele e o abraço com força, inalando o cheiroso perfume que ele carrega em sua pele.

— Por que comprou isso para mim? — Pergunto e sinto suas mãos na minha volta, sorrindo com a ação.

— Foram os gêmeos.

— Certo, então por que os deixou comprar? — Ironizo.

— Porque a partir de hoje você vai poder sair mais, no seu próprio carro. — E eu abro a boca em choque, continuando abraçada dele eu ergo o rosto e o encaro sem poder acreditar.

— O que?

— Terá sempre um segurança com você e não pode quebrar o acordo de não ir ver seu pai. — E eu concordo na hora, sabendo que isso realmente é melhor do que nada.

— Mas por quê? — E eu ainda fico sem entender, vendo que ele não consegue me olhar nos olhos quando fala as palavras a seguir.

— Porque você é minha amiga, não é mais uma puta nessa casa. Eu me importo com você, então confio em você o suficiente agora. — E quando ele fala isso, as lágrimas que haviam parado de cair, voltam agora. — Porra, não é para chorar!

— Hormônios da gravidez, então eu posso! — Respondo e ele nego, mas fico na ponta dos pés e lhe dou um selinho de inicio, sentindo suas mãos descerem mais pela minha bunda quando ele põem sua língua para dentro da minha boca, pedindo espaço e intensificando o beijo.

Passo uma de minhas mãos pela lateral do seu rosto e acaricio sua bochecha, mexendo no seu cabelo e sentindo ele me erguer, então ponho ambas as minhas pernas na volta de sua cintura, com o intuito de ficar no seu colo por mais tempo, mas ele mesmo segue me segurando, querendo manter o máximo de contato possível.

Esse é o lado bom da dieta nessa casa e os exercícios, eu engordei apenas 10 quilos durante toda a gravidez, então embora a minha barriga esteja visível, não é algo extremamente enorme e que atrapalhe.

— Certeza que não vai querer transar? — Ele brinca e eu rio, dando um beijo em sua bochecha.

— Você não conseguiria dar conta de mim nesse estado, bebê. — Murmuro e ele rola os olhos, mas sigo lhe dando diversos beijos pelo rosto todo, completamente feliz com isso. — Obrigada mesmo, você não tem noção do como essa independência é importante para mim. — Digo e ele concorda, mas permanece me olhando fixamente. — O que foi?

— Sempre que sair terá que me avisar, certo? E quando tiver algo fora dos planos também. E eu não quero nunca mais que saia desse jeito no meio de uma discussão, você se aproveitou totalmente do momento. — Ele fala e eu sorrio.

— Então pode admitir que estava com ciúmes? — Questiono e ele nega.

— Eu não estava com ciúmes.

— Justin, é feio mentir.

— Não tenho ciúmes porque sei que ele nunca vai poder te ter, é simples. — E eu ainda permaneço no colo dele, com as mãos na volta do seu pescoço e concordando, olhando de lado para o lado e ainda sorrindo sem poder ver que é real.

— Quem disse que ele nunca vai poder me ter?

— Eu mato ele antes mesmo de ele poder pensar em algo com você. — E eu me aproximo, segurando seu lábio inferior com os meus dentes e o puxando, sugando o mesmo entre os meus lábios. — Megan, não provoca. — E eu desço meus beijos, indo até o seu pescoço e chupando a região, sentindo até mesmo sua barba roçar contra minha pele.

— Então admite. — Me aperto mais contra ele, erguendo o meu rosto e deixando nossos lábios bem próximos um do outro, mas não chego a os colar, apenas deixo um raspar sobre o outro.

— Admitir o que?

— Que sente ciúmes. — E com minha mão direita, acaricio o seu cabelo, vendo que ele se arrepia e desvia o olhar, então eu sabia o que ele falaria, pois jamais quando está desconfortável consegue me olhar nos olhos.

— Eu fiquei com um pouco de ciúmes, mas foi só um pouco.

— Um pouco? — O provoco ainda mais.

— Certo, muitos ciúmes, porque eu não te quero com mais ninguém. — E o sorriso é mais do que óbvio no meu rosto.

— Está tudo bem, Boo. Eu também tenho ciúmes de você. — E para não o envergonhar mais, eu colo os nossos lábios, ainda chocada com a reviravolta enorme que o meu dia teve hoje.

Continua...

Notas finais:

Esse é o carro que a Meg ganhou:

E ENTÃO GENTE? GOSTARAM DO CAP?

Eu amo muito a aparição dos gêmeos, pois estavámos com saudade! Ainda mais o negócio do sangue que ela fez com o Dylan, pois já estava com isso em mente!

ELE COM CIÚMES E ADMITINDO <3 AI AMO AMO AMO

E bem... O pensamento da Megan, isso é algo que eu tento sempre trazer para mostrar o quanto ela difere das outras personagens femininas de algumas histórias... Ela tem amor próprio, algo que eu jamais vou tirar dela! Ela é ciente e tem noção da vida que eles levam, tipo ela é dura na queda, me entendem? Eu amo muito a personalidade dela por isso!

E com o Justin mais "mole" eu quero que percebam que embora ele esteja melhor, não mudou a essência, e eu sempre tento manter isso em todos os meus personagens!

E caso estejam se perguntando de onde pedi a capa, eu pedi de um novo blog chamado "wattsmeeting", elas são maravilhosas e me ajudaram muito mesmo! A capa da primeira temporada foi do "Nyah!Conference", então caso estejam procurando capaz, sugiro esses dois sites divinos!

Desculpem se nesse capítulo falei tanta coisa, acho que me animei com os 1K e tudo mais, vocês são demais!

All the love. H

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