Criminal Blood

By stealmyziall_

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Pode-se dizer que para nós, os Biebers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não cria... More

1 - Prólogo.
2 - You Own Me, Bitch.
3 - I Will Knock You Up.
4 - New Reality.
5 - Positive.
6 - Unbelievable.
7 - Making Friends.
8 - Better Than One.
9 - Accidents Can Happen.
10 - Part Of Me.
11 - Kidnapper.
12 - No Escape.
13 - Black.
14 - Daddy's Way.
15 - Four Walls.
16 - Past Is In The Past.
17 - Do You Mind.
18 - Training Mood.
19 - I Do This Often.
20 - Born To Be.
21 - Family Business.
22 - Or Nah?
23 - Mind Your Own Life.
24 - Still The Same.
25 - Back To Sleep.
26 - Weakness.
27 - I am all Fucked Up.
28 - Privacy.
29 - Question & Answers: CB.
30 - I Would Love To Hate You.
31 - I Got Your Back, Girl.
32 - Partition.
33 - Good and Bad Decisions.
34 - Grey.
35 - You Ruin Me.
36 - I Did What?
37 - Some Facts.
Personagens De Criminal Blood.
Criminal Blood No spirit.
38 - Wet It All.
40 - Break Free.
41 - Bound To You.
42 - There For You.
43 - Bad Dreams.
44 - Up And Down.
45 - Family Sucks.
46 - Ghosts.
47 - Fix You.
48 - Sign Of The Times.
49 - All That Matters (Penúltimo).
50 - Wicked Games (FINAL).
Agradecimentos.
Trailer 2 Temporada!
2 TEMPORADA DISPONÍVEL!
CONTINUAÇÃO 2 TEMPORADA
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39 - Memories On.

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By stealmyziall_




       

"Quando eu acordar de seus passos assim que você se levantar da cama, eles fazem uma música que soa tão simples, mas dança na minha cabeça. — Shawn Mendes (Memories)."

Justin Bieber's Point Of View.

17 de agosto de 2017.

8:45 a.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

— Por que você está sequer acordada? — Eu pergunto enquanto caminho até o meu closet, não conseguindo acreditar que ontem após ela ter adormecido eu a deixei ficar na cama, mas não, não "dormimos" juntos, pois depois que ela apagou eu desci até o escritório e fiz questão de em 7 horas, achar o cara que abusou dela.

— Você abriu a porta de forma forte. — Ela fala ainda sonolenta e chega até mesmo a bocejar. Eu quero mandar ela levantar e ir para o quarto dela visto que eu vou viajar, mas sei que isso apenas começaria outra discussão e acho que não me importo tanto com o fato de ela deitar na minha cama. — Vai sair agora?

— Sim, o jatinho já está me esperando. — E está, mas preciso dar uma parada em um local antes.

— Os meninos vão com você?

— Não, eu pretendo voltar ainda hoje então não vejo necessidade de os arrastar comigo só para eu matar um ou outro cara. — E ela concorda, se enrolando mais nos meus lençóis pretos e me encarando fixamente, começando a me deixar tenso. — O que foi?

— Você vai trazer meu globo de neve? — Porra, sabia que ia esquecer de alguma merda.

— Onde colocou os outros? Eu nem sequer vi os outros três. — Falo sem acreditar que eu realmente me prestei para pegar para ela um globo dos últimos lugares dos quais viajei.

— Eles estão no meu quarto, eu juro. — E só o jeito que ela morde o seu lábio inferior me deixa completamente louco, mas eu sei que se transar com ela de novo agora vou me atrasar e não vou poder fazer o que quero em Toronto antes de sair.

— Se eu tiver tempo eu trago. — E ela nega.

— Nem ouse aparecer aqui sem. É algo nosso, você não pode simplesmente quebrar isso. — E eu rolo os olhos, mostrando que para mim não tem tanta importância.

Eu sento na ponta da cama e começo a por os meus calçados, vendo quando ela se senta melhor e se aproxima de mim ainda se tapando com os lençóis.

— O que quer? — Pergunto quando ela ergue a mão e acaricia o meu cabelo, me fazendo eu estranhar, mas no entanto a sensação é mais agradável do que eu quero admitir. — Vai ficar me provocando? — Eu pergunto em um tom mais sério e ela então inclina o rosto, começando a morder o meu pescoço com calma.

— Está com pressa para sair? — Ela ironiza ao subir seus lábios até a minha orelha, beijando ela e em seguida fazendo o caminho até o meu maxilar.

— Está querendo algo de mim antes de eu ir embora? — Pergunto direto já com uma expressão mais arrogante ainda, vendo que ela concorda e aperta mais o meu ombro com seu braço.

— Sua língua poderia fazer coisas divinas...

— Às 8 horas da manhã? — E ela concorda, ainda atrás de mim quando eu nego.

— Não preciso usar minha língua para te fazer gozar. — E nesse momento ela solta um riso fraco.

— Quer fazer mais o dirty talk? Sério mesmo? — E eu nego, me levantando e ela permanece sentada, então a seguro pelo braço e ergo seu corpo, a levando comigo até a parede do meu quarto.

— Acordou com esse fogo todo? — Questiono ao baixar sua manga e começar a dar beijos na região de seu ombro, levando os mesmos até o pescoço e chupando com uma puta força o local.

— Porra.— Ela murmura ao virar a cabeça para o lado, me dando ainda mais abertura para marcar toda sua pele.

— Será que eu consigo te deixar molhada? — Pergunto perto do seu ouvido e uma das minhas mãos segura sua cintura, pois impulsiono meu quadril contra o dela e faço o movimento mais vezes, embatendo sua bunda diversas vezes com mais força contra a parede.

— Isso é um maldito jogo? — E eu nego, levando os meus lábios até o seu queixo e mordo o local, não chegando a beijar seus lábios ainda. — Não me provoque.

— Por quê? — E levo minha mão livre até o cós de seu short do pijama, logo desço minha mão e sorrio ao passar a mesma sobre a calcinha e sentir a umidade. — Sempre tão preparada para mim, é como se sua buceta já soubesse à quem pertence.

Passo com mais força minha mão sobre sua calcinha e vejo que ela morde o lábio inferior ainda tensa, parecendo querer conter seus gemidos.

— Me toca com mais força. — Ela pede e eu ergo a cabeça, encarando seus olhos enquanto ponho a mão dentro de sua calcinha e fico esfregando meu polegar no seu clitóris. — Caralho, Justin... — Ela fala manhosa e meu olhar permanece serio e fixo no dela.

— Você gosta disso? — E brinco com meu dedo indicador na sua entrada, vendo o pânico no seu olhar se alastrar cada vez mais com a espera.

— Eu gosto.

— O quanto você gosta? — E sigo esfregando meu dedo nela, vendo que ela fecha os olhos e nega com a cabeça.

— Não me torture, por favor... — E ela tenta por a mão sobre a minha, mas tiro minha mão de sua cintura e a seguro.

— Está com pressa? — Ironizo no mesmo tom que ela havia usado, vendo que ela geme frustrada e se inclina para me beijar, mas eu nego e permaneço onde estou.

— Me fala o que quer. — Eu falo já mais ofegante, então vejo seu peito de forma agitada enquanto ela segura o gemido de frustração a medida que aperto mais seu clitóris.

— Seu dedo, entrando e saindo de mim.

— Tem certeza? — Pergunto em um tom lento, vendo que isso está acabando com ela.

— Isso é tortura.

— Certeza?

— Eu imploro, enfia o seu dedo grosso em mim. — E com isso introduzo o primeiro dedo, vendo o sorriso crescer em sua face a medida que o mexo dentro dela. — Você parece estar aproveitando, não é?

— Coloca mais um. — Ela pede e eu chego a segurar o sorriso.

— Só se pedir com jeito. — E levo meus lábios agora até seu pescoço, chegando a morder e chupar o outro lado.

— Enfia o outro dedo em mim, é sério, eu preciso de mais. — Ela fala com a voz falha e eu faço isso, mas dessa vez introduzo dois, deixando por completo três dedos dentro de sua buceta. — Porra, Justin! — Ela aumenta o tom de voz quando giro meus dedos nela, que pelo fato de ela estar molhada facilita ainda mais o meu trabalho.

Eu sigo meus movimentos com a minha mão, entrando e saindo dela com rapidez enquanto ela geme alto, não contendo as palavras que saem de seus lábios.

— Mais alto...

— Caralho. — Ela fala quando leva uma das mãos até o meu ombro, pois suas pernas chegam a ficar bambas enquanto seu corpo treme, mas isso de forma bem mais desesperada.

— Pode gozar, eu deixo... — Brindo com ela e ela abraça o meu pescoço, encostando a cabeça no meu ombro e mordendo o local enquanto ela goza com meus dedos, deixando em seguida o som de sua respiração ofegante ser o que domina o quarto.

— Isso foi... Uau. — Ela fala ainda cansada e eu então retiro minha mão de dentro dela e de sua calcinha, logo ergo meus dedos ainda molhado e os levo até os meus lábios, chupando um por um enquanto ela me olha atenta. — Tem certeza que não pode ficar só para uma rapidinha? — Ela pergunta sorrindo ao puxar minha mão e em seguida lamber os dedos depois de mim, me deixando mais duro ainda.

— Hoje de noite me espere com essas belezas abertas, simples assim. — Falo ao passar minhas mãos por suas coxas, vendo que ela concorda e tenta ajeitar o cabelo, o mesmo que ficou bagunçado de tanto seu corpo embater contra a parede. — Eu tenho que ir. — E ela concorda.

— Tome cuidado.

— Preocupada comigo? — Arqueio a sobrancelha quando me viro para ela, a vendo concordar.

— Sempre. — E ela pisca para mim, se afastando após eu me afastar e voltando a se deitar na cama, a mesma que eu poderia precisar muito já que estou morrendo de sono.

Eu sei que minha mala já está no carro lá embaixo e que agora tudo o que eu tenho que fazer é descer, mas é como se os meus pés apenas caminhassem pelo resto do quarto para ver se esqueci algo, quando acho que internamente espero que ela levante e me dê um beijo, que ela me encha a paciência pedindo um abraço e eu irritado lhe dê um antes de sair.

— O que foi? — Ela pergunta se esticando para pegar uma das minhas camisetas pretas jogadas no chão, me fazendo negar.

— Nada, vou indo. — Digo caminhando até a porta e ouço seus passos atrás de mim, ela segura meu braço e me vira para ela, então eu nem espero ela falar nada e já a puxo pela cintura, colando os nossos lábios enquanto a mão dela sobe até o meu pescoço, arranhando a região.

Aperto ela contra mim e sinto cada centímetro da sua boca, desde como a língua dela está calma e agindo de forma lenta, até como os seus braços se mexem de forma mais rápida e ágil, querendo ter o máximo de contato possível.

Me afasto dela por uns instantes e sinto os beijos dela no meu pescoço, me mordendo e até mesmo chupando com força.

— Está tentando me marcar? — Ironizo e ela concorda, então ergo o queixo dela e colo os nossos lábios por apenas alguns segundos, logo realmente me afastando e a olhando de cima a baixo enquanto ela caminha apenas com a minha camisa de volta para a minha cama.

— Se quiser, me liga quando chegar.

— Eu vou ficar bem.

— Eu sei que vai. — Ela sorri sem graça, então saio do quarto com pressa antes que eu falasse algo que fosse depois me arrepender. O que eu sequer ia falar? É claro que eu não quero ligar para ela, por que faria isso? Não faz o menor sentido e... Não tem sentido.

— Arizona. — Chamo serio ao descer as escadas e não me surpreendo ao ver que ele já me esperava na sala.

— Está tudo pronto. — Ele diz enquanto me segue e eu concordo, passando pelos gêmeos na entrada e apenas acenando com a cabeça, vendo que eles acenam como se estivessem se despedindo.

Entro no carro e o meu braço direito está sentado na frente ao lado do motorista, então pego o papel do meu bolso e estendo para ele.

— Antes de irmos para a minha pista particular, quero passar nesse lugar. — E ele concorda, dando as instruções para o motorista enquanto eu encosto minha cabeça no banco de couro e fecho os olhos por breves momentos, lembrando da luta que foi para mim achar os dados do homem que ela comentou ontem.

Eu tive primeiro que hackear o sistema e por o endereço do antigo bar do seu pai, entrando assim nas filmagens e já indo para o ano de 2012/2013, tendo depois que procurar o mês que o abuso pode ter acontecido.

Depois eu percebi que as câmeras não ficavam ligadas após o lugar fechar, mas peguei todos os dias que ela fechou até mais tarde e tentava analizar o rosto dos clientes, vendo quais eram os mais frequentes e vinham sempre.

Após isso, eu cheguei no dia que o ataque aconteceu, e eu sei que isso aconteceu porque foi o único dia que ela desligou as câmeras antes do normal, pois todos os clientes já haviam ido embora e só tinha um homem, então ela provavelmente achou que ele iria embora, então ele teve ainda mais sorte que essa porra toda não foi gravada, pois ai sim ele iria sofrer ainda mais.

Depois de fotografar a cara do homem e pegar os dados fisicamente necessários, eu entrei no site da polícia com a senha e usuário que eu tenho, procurando diretamente pela sua face e não ficando surpreso ao achar sua ficha criminal minutos depois, esse mesmo cara que já foi acusado de abuso sexual, mas jamais preso por isso.

Então agora eu estou indo até a droga que deve ser a casa dele, apenas para fazer um breve acerto de contas. Porque ele definitivamente deve ter esquecido, mas ela nunca mesmo vai esquecer isso que se passou com ela pelas mãos desse filho da puta.

Como ela sequer pode agir normalmente com isso? Ela é de longe a pessoa mais positiva e otimista que eu conheço, porque mesmo com muita merda para cima dela, a Megan tenta superar e mostrar que não se afetou, sendo no fundo mais parecida comigo do que imagina.

— Chegamos. — O Arizona fala e eu concordo, saindo do carro e vendo que ele abre a janela. — Quer que eu desça?

— Não, não vou demorar. — E não vou mesmo, detesto enrolar quando vou matar alguém ou fazer a droga que for, apenas dá mais tempo ainda para a pessoa tentar se soltar ou fazer merda comigo.

Caminho de forma rápida até a pequena porta que está aberta, assim que a abro vejo as escadas acima, então apenas subo de maneira calma e respiro fundo, tendo que abrir a força a porta de cima. Então quando empurro a porta com tudo, o homem velho e nojento que está deitado no chão da sala acorda em um pulo, bem assustado.

— Mas que porra você... — E eu nem o deixo terminar, pois deixo a raiva me controlar só de o ver e chuto sua cara com tudo, empurrando seu corpo para trás de uma maneira bruta.

Eu me ponho de joelho e o seguro pela gola da camisa, não lhe dando tempo de processar o que acontece quando ergo o braço e o soco diversas vezes, uma atrás da outra.

— QUEM É VOCÊ? — Ele grita desesperado e eu pego a faca que eu tinha no cós da calça, não medindo esforços quando enfio a mesma de forma bruta em sua barriga, pouco me fodendo com a frieza que isso irá levar.

— Lembra de uma garota chamada Megan Hernandez? — Pergunto ainda frio enquanto enfio mais e mais a faca nele.

— Do que está falando? — Ele começa a chorar e me irrito com o fato de eu estar me sujando com o seu sangue.

— Essa blusa é da Dior. — Digo puto, me erguendo e o puxando pelo braço, o empurrando contra a parede enquanto ele nem força para se debater tem. — Isso é para nunca mais tentar abusar de uma garota com 17 anos, seu maldito e doente filho da puta. — E agora seguro a faca na volta do seu pescoço, o encarando no fundo dos olhos enquanto o corto cada vez mais fundo, percebendo que chega ao ponto de ele já estar morto em meus braços, mas isso não me impede de continuar com essa porra, como se eu descontasse a minha raiva da situação toda nele.

Jogo o corpo e cabeça dele no chão, fechando os olhos para tirar de mente a imagem dele transando com a Megan assim enquanto ela só chorava mais e mais.

Desço com pressa e limpo o sangue de minhas mãos em minhas roupas, saindo dessa maldita casa e entrando no carro ainda puto.

— Arizona vá para o volante, Michael vá para lá e limpe aquela sujeira, não quero a policia envolvida porque senão o Sloan vai me encher o saco. — E o até o chefe da polícia às vezes cansa de ter que limpar a minha merda quando a deixo solta.

O Michael desce e o Arizona já começa a dirigir, então observo minhas roupas e tenho noção de que no jatinho terei que me trocar, foda-se.

Assim que chegamos na minha pista, desço e recebo olhares dos meus funcionários pelo estado que eu me encontro, mas apenas vou até o jatinho já tirando a minha camiseta, pegando outra do compartimento de bordo.

Assim que me sento na poltrona, eu fecho os olhos com o intuito de dormir, mas como pode a Megan simplesmente não sair da minha mente? Caralho.

Eu me aconchego melhor no enorme acento de couro e encosto minha cabeça perto da janela, finalmente apagando por completo, pois estou exausto.

Flashback On.

— Sim, mamãe. — Falo sorrindo, comendo mais uvas com ela enquanto nos balançamos na rede em que estamos deitados.

— Então quer ter 8 filhos? — Ela faz uma careta e eu concordo.

— Assim nenhum dos meus filhos nunca vai se sentir sozinho. — E ela ri fraco, passando a mão no cabelo e fazendo eu me arrepiar.

— Eu queria muito mesmo poder te dar um irmãozinho, querido. No entanto às vezes esses não são os planos de Deus para a gente. — E eu concordo, sabendo que o papai e a mamãe não podem me dar outro irmãos, mas que não é culpa deles.

— Eu podia ter um cachorro? — E na hora ela abre um sorriso, concordando animada.

— O que acha de irmos agora mesmo comprar um? Fazer uma surpresa para o seu pai? — E eu sorrio saltando da rede, estendendo a mão para ela e segurando a mesma enquanto ela caminha comigo e me abraça de lado.

— Eu te amo muito. — Falo e o sorriso dela aumenta ainda mais, me fazendo sorrir com ela.

— Para onde, senhora Bieber? — O Esteban pergunta e minha mãe nega.

— Eu consigo me virar sozinha com o carro. Quando o Jeremy chegar, avise que eu saí com o Justin, certo? — E ele concorda, olhando de canto de olho para mim e sorrindo, parecendo saber que eu ia ganhar um cachorro.

— Como devemos chamar ele? Pode ser uma menina? Porque ai ela vai ter vários filhos e teremos muitos cães em casa! — Digo animado e ela ri concordando, me colocando no banco de trás e fechando o meu cinto. — Mãe, eu já tenho 6 anos. Consigo fechar sozinho! — Falo porque os seguranças nos olham, mas ela não dá bola e fecha a porta, subindo também e começando a dirigir o carro comigo dentro.

— Quer um cão grande ou pequeno? Se for grande podemos colocar uma casa no quintal, o que acha? — E na hora eu concordo, olhando pela janela os outros carros que passam do nosso lado enquanto fazemos o caminho até a loja.

— Mãe, quando vou aprender a dirigir? — E ela ri. — O papai vive dizendo que eu já sou um homem, então devia dirigir. Ele disse que não gosta quando você dirige. — E ela nega com a cabeça.

— O seu avô coloca muitas coisas na cabeça do seu pai.

— Eu gosto quando você dirige, o papai vai muito rápido e eu tenho medo que ele bata o carro, mas com você não. — E ela se vira para me olhar, sorrindo enquanto entra no estacionamento da loja de animais. — Mãe, olha aquele na vitrine! — Aponto animado pela janela e tiro o cinto, descendo do carro antes dela e correndo até ali, abanando para o cachorro bem claro, acho que em um tom de amarelo claro.

— É um labrador.

— Podemos levar? Ele é tão bonito e parece divertido. — E ela concorda, segurando a minha mão e entrando comigo na loja. — Moça, a gente quer aquele cachorro ali. — Aponto e ela sorri.

— É uma menina, vai querer uma coleira junto? — E eu concordo, pegando a roxa já que é a minha cor favorita, mas o papai sempre reclama dizendo que as únicas cores que homens podem gostar são azul, verde ou preto. Só que como é uma menina acho que ele vai entender.

— Diga algum nome para ela por, querido.

— Justina? — Pergunto rindo e vejo que o sorriso da minha mãe aumenta mais ainda, mas nega.

— Você é único, meu amor. Pense em outro.

— Rapunzel?

— Se for esse seu pai vai saber que eu te deixei ver o filme, pense em outro.

— Lola? — E ela concorda, sorrindo para a vendedora e concordando, indo em seguida pagar e eu sorrio, pegando a minha nova cachorra em mãos enquanto a mamãe comprava algumas outras coisas para ela.

— Lola, você vai adorar a nossa casa! É bem grande e tem uma piscina. Eu já estou fazendo aulas de natação, então posso te ensinar a nadar. — Falo beijando ela e saindo da loja, vendo que a mamãe caminha atrás de mim e abre a porta do carro para que eu e a Lola entremos.

Coloco o cinto e fico segurando ela, a mesma que não para de se mexer e latir no meu colo.

— Acha que o papai vai gostar da surpresa? — E a mamãe concorda, me fazendo sorrir e abraçar mais a Lola. Ela não é um irmãozinho, mas pelo menos não vou me sentir sozinho, ainda mais quando o papai e a mamãe brigam, porque ai ela poderia ficar comigo.

Assim que chegamos em casa eu desço animado do carro com ela, vendo que o carro do papai está aqui na frente. Então corro para dentro depois do Esteban abrir a porta.

— Papai, olha o que eu e a mamãe compramos! — Grito animado enquanto entramos, vendo ele e o meus tios na sala, os outros três. — Por que o tio Mark, Derek e George estão aqui? — E os três me olham com caras sérias, em seguida olhando para trás de mim, que é de onde a mamãe vem.

— Além de mulher, vai dar ao garoto um cão? Agora dá para ver o porquê do nosso pai querer que você comande tudo, um puta mão mole. — Meu tio Mark fala para o meu pai e eu me assusto enquanto o papai anda até mim com a sua cara de brabo.

— Mas que porra, Patricia! — Ele fala para a mamãe, a mesma que me puxa para ela e fica na minha frente.

— Era uma surpresa, apenas fomos ao... — E o papai vira um tapa no rosto dela, fazendo eu abrir a boca completamente chocado.

— Foi ideia minha, pai! — Eu digo chamando a atenção dele, mas ele pega a Lola da minha mão e a joga no chão, pisando nela. — PAI! PARA, ELA É UM BEBÊ! — E ele me empurra, pegando de novo ela e dessa vez jogando ela contra a parede, fazendo com que eu queira chorar.

— JEREMY! — Minha mãe grita indo até a Lola, mas ele apenas a joga no chão enquanto os meus tios olham, todos de braços cruzados sem me ajudar a parar o papai.

— ELE VAI VIRAR A PORRA DE UM VIADO SE SEGUIR O TRATANDO ASSIM, VADIA. — E ele chuta a cabeça da mamãe, então corro até ela e fico na sua frente, empurrando o papai para que ele pare.

— Olhe só, parece que o Justin também é apaixonado por uma vadia. — O tio Derek comenta e eu empurro de novo o meu pai.

— NÃO BATE NELA! — E eu fico chorando nervoso, vendo que ele me joga para cima dela e me faz quase vomitar quando chuta a minha barriga.

— PARA COM ISSO! — A mamãe grita e ele não escuta, pegando a Lola e rindo divertido para os seus irmãos.

— Qual de vocês tem uma arma? — E agora não seguro mais as minhas lágrimas, apenas tento a alcançar enquanto o papai me olha bravo. — JÁ FALEI QUE HOMENS NÃO CHORAM. — E eu ia gritar, mas antes que eu faça isso eu escuto o som de um tiro, logo em seguida vendo o como o corpo da Lola fica manchado de vermelho, de sangue.

— JEREMY! — A mamãe grita e eu tento segurar ela enquanto o papai a joga no chão, vendo que ela se mexe ainda desesperada, mas que aos poucos para de se mexer e eu não posso acreditar nisso.

— POR QUE MATOU ELA? POR QUE VOCÊ...

— NÃO GRITE COMIGO! — E ele ia me acertar, mas eu me abaixo e chuto a sua perna, chorando de raiva.

— EU TE ODEIO! VOCÊ NÃO PODIA FAZER ISSO, ELA ERA... — E eu não termino, porque agora sou puxado para trás pelo meu tio, o mesmo tio que acerto um soco em cheio no meu rosto.

— DEREK! — Minha mãe grita e ele não se importa com isso, apenas me joga contra a mesa de centro e faz com que eu machuque muito minhas costas.

— GAROTO MAL EDUCADO. — E ele chuta o meu rosto, fazendo eu ficar deitado no chão sentindo o gosto de sangue escorrer dos meus lábios.

— NÃO ENCOSTA NELE! — E eu não preciso abrir os olhos para saber que estão batendo na mamãe, mas nesse momento não tem nada que eu consiga fazer para ajudar.

Flashback Off.

Acordo sentindo uma mão em mim e na hora por reflexo empurro a pessoa ao abrir os olhos, mas percebo que é apenas a funcionária do jatinho, avisando que iremos pousar.

Eu me sento melhor no meu acendo e enquanto observo a vista pela janela, já passo a mão pelo rosto com o intuito de limpar os pingos de suor que possuo na mesma.

— Porra. — Murmuro para mim mesmo e respiro fundo, apenas tentando tirar o ódio que carrego dentro de mim antes de encontrar o meu tio, mas sei que nesse momento isso é algo bem complicado mesmo.

Megan's Point Of View.

17 de agosto de 2017.

11:25 p.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

Eu permaneço deitada no sofá, enrolada em um cobertor e esperando que ele passe por aquela porta. Eu não sei o porquê de estar o esperando ou até mesmo o porquê de estar com o coração na mão devido ao fato de ele não ter me ligado, mas ele disse que voltaria hoje, então ele vai voltar.

Está tudo bem, não é? O avião não caiu, ele não esteve em um acidente nem nada, apenas... Por que ele não chegou ainda? Por que ele não atendeu minhas ligações?

Eu me sento melhor no sofá e coloco a televisão no mudo, não querendo me focar em nada nesse momento, mas começando a ficar louca com essa demora toda que está levando.

— Querida, ainda está de pé? — A Simone pergunta ainda com suas roupas de trabalho e eu concordo, vendo que ela traz uma xícara de chá para mim, então sorrio agradecendo e pego a mesma.

— Ele disse que chegaria hoje, ele nem sequer levou uma mala.

— Relaxe, ele sabe se cuidar. Tenho certeza que está tudo bem. — E ela se senta no sofá comigo, algo que ela jamais faria caso ele estivesse aqui ou os gêmeos acordados.

— Mas e se deu algum acidente? Você sabe como essas coisas são. E ele sempre me atende, mas é como se hoje eu pudesse sentir que ele não está bem, juro. — Eu digo bebendo mais do líquido quente no copo. — Eu preciso o ver ou escutar sua voz para saber que está tudo bem. — E digo isso sem pensar, nem sequer entendendo o porquê eu estou tão preocupada, mas eu sinto o meu coração acelerado ao extremo aqui. — Vá dormir, você tem que estar amanhã de pé cedo.

— Assim como você. — Ela fala se levantando e eu concordo.

— Se ele não chegar até a meia-noite eu subo e vou dormir.

— Certeza que não quer que eu espere? — E eu concordo, não querendo passar esse meu surto para ela aqui sem nenhum motivo. Ele provavelmente deve estar bem e deve ter ficado lá para ir até a droga de uma boate ou... A quem eu quero enganar? Esse imbecil nem de boate é o maior fã.

Eu levanto e sigo caminhando de um lado para o outro, tentando ligar para ele por mais duas horas, mas nada.

Onde diabos ele se meteu?

Caminho irritada até a capela que ele tem aqui em um dos corredores isolados, sabendo que se eu for pega, vão falar para ele e eu vou me ferrar, mas agora não me importo.

Eu simplesmente caminho até lá e entro no lugar, sendo surpresa quando percebo alguns copos ainda com água sobre a mesa, como se ele tivesse passado por aqui recentemente.

Me sento em uma das enormes poltronas e não posso conter o sorriso quando sinto o seu cheiro até mesmo sobre as almofadas que acompanham o móvel.

Eu passo os olhos sobre alguns dos livros do lado da mesa e simplesmente congelo quando vejo algumas imagens do bar do meu pai, mas minha surpresa e choque são ainda maiores quando vejo as datas.

— Porra. — Murmuro e logo cubro a minha mão, pois percebo que estou em um local sagrado, mas eu fico sem saber o que esperar quando vejo que ele tinha até mesmo achado o homem que tinha me violado. Como ele achou tudo isso em algumas horas? Foi só por isso que ele não dormiu comigo? Eu achei que era porque ele estava desconfortável ou de fato trabalhando em algo no escritório, mas novamente me enganei.

Cruzo as pernas e mordo o lábio por ver como a sua letra é escrita de maneira cursiva, simplesmente tão delicada e ao mesmo tempo simples, como se ele não ligasse para as palavras, mas com um lindo formato.

— AGORA! — Ouço o Arizona gritar e eu me assusto tanto que salto da poltrona e bato contra a mesa, derrubando a água sobre os papéis que ele tinha separado provavelmente nessa madrugada.

Eu não me preocupo nem em limpar, apenas saio daqui da maneira mais despercebida o possível.

Caminho pelos corredores e percebo que o número de seguranças na porta é enorme, então apenas apuro o passo e ouço as vozes vindas de fora juntamente com o carro que para de maneira brusca.

Eu tento me erguer para ver melhor, mas é quando eles abrem espaço para ele entrar que o meu coração para definitivamente por completo.

Eu recuo quando vejo seu corpo sendo carregado pelo Arizona. Ele está com o corpo coberto de sangue e inúmeras feridas abertas, a maioria delas feita por facas provavelmente grossas. Ergo o olhar vendo seu rosto e cubro a boca, vendo que seu olho está inchado e roxo, assim com seu lábio completamente cortado. Que droga aconteceu com ele que o fez ficar até mesmo desacordado?

— Eu quero o médico aqui agora! — O Ryan fala furioso e sobe na frente deles pelas escadas, sendo seguido pelo Chris e Charles que carregam o Justin com o Arizona escadas à cima.

Eu subo as escadas sem nem perceber o que faço e quando me dou conta, estou na porta do seu quarto os vendo enquanto começam a tirar as roupas do Justin com o mesmo deitado na sua cama.

— Que porra aconteceu aqui? — O Chris pergunta ainda chocado e eu me encolho mais, ficando arrepiada com o olhar que o Arizona dá.

— Ele não vai estar de bom humor quando acordar, posso garantir isso à vocês.

— Isso se ele acordar, olha o estado dele. — E eu nego para mim mesma, observando seu rosto completamente danificado e seu corpo repleto de sangue, me dando agora sim um verdadeiro motivo para me preocupar.

É óbvio que ele vai acordar, é óbvio que esse imprestável vai ficar bem e depois vai apanhar de mim por ter ido fazer a merda que for sem ajuda de ninguém.

Eu o odeio, mas odeio mais ainda o fato de eu me preocupar e ficar com o coração na mão de o ver assim, sem eu poder fazer absolutamente nada para o ajudar.

Continua...

Notas Finais:

Hey meus amores, sem palavras para agradecer o fato de que no capítulo passado passamos dos 800 comentários, vocês são inacreditáveis! Sempre antes de dormir eu fico lendo eles com um sorriso no rosto.

Gente esse capítulo mexe tanto com as minhas estruturas, esse flashback é o que mais me dói e tem ai um motivo que lembra o Alfa, o porquê daquela reação do Justin quando ele o achou!

E esse início ficou muito casal deles <3 Sem contar a preocupação dela com a demora dele, isso acaba ainda mais comigo, é tão péssimo!

E esse final... O que será que aconteceu... FAÇAM SUAS APOSTAS!!!

Até o próximo, all the love. H

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