Os Implícitos Craig e Desmond...

By jonasEhugo

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Éden era uma pacífica cidade brasileira do interior onde a flora era rica e a paz reinava. Até que uma mister... More

O preço da liberdade
Éden, a cidade "Paraíso"
Conveniência 24 horas

Divorcio do paraíso com a paz

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By jonasEhugo

Nova Éden, 2020

"Que Sábado lindo e perfeito para um matrimônio" Pensava Júlia no banco de trás de um carro dirigido por seu pai. Junto com eles estavam presentes sua mãe e uma prima que veio de longe para estudar na cidade e estava hospedada em sua casa.

Todos estavam indo para a celebração de um casamento muito falado nos últimos meses. Andriele, filha do prefeito Joel se casaria com um jovem empresário do ramo farmacêutico.

Talvez aquele era o único assunto nos jornais que não fosse desgraças pela cidade envolvendo roubos, assaltos e homicídios. As coisas haviam mudado muito nos últimos dois anos...

A família de Júlia era muito importante na cidade, embora morassem por ali a apenas dois anos. Armando Reis, o seu pai era um professor cientista renomado de grande relevância no país. Grande pesquisador atendeu ao convite do governo para morar em Éden e comandar as pesquisas no novo complexo construído. Júlia além de filha exemplar era sua assistente, apesar de ter apenas vinte e dois anos era muito eficaz e inteligente! Seguia os passos do pai para se tornar um dos maiores nomes entre os cientistas botânicos. Além do talento Júlia carregava em seus traços físicos muita beleza. Cabelos loiros e longos que casavam bem com seu tom de pele clara.

Júlia e seu pai eram muito ligados, ao ponto de gerar ciúmes em sua mãe as vezes.

Naquele dia especial ela usava um vestido rosa com brilhantes e um sapato da mesma cor combinando, ao entrarem na igreja quando olhou para seu pai notou que havia algo que lhe preocupava.

— Pai? Parece preocupado – Disse com a mão em seu ombro.

— Não é nada, apenas estou indisposto hoje – Disse com uma falsa espreguiçada.

Logo se sentaram para esperar o grande momento. A igreja estava linda muito bem decorada com flores e tecidos dourados por todos os lados, na frente aguardava o noivo nervoso para receber a amada, seu sorriso era resplandecente, era um homem bom e todos estavam felizes por ele, em minutos não haviam mais assentos e muitas pessoas começaram a ficar no fundo de pé para a cerimônia. Presente estavam todos os vereadores e principais empresários da cidade. Todos com suas roupas caras afim de conseguir bajular o prefeito.

Mas ainda sim algo parecia estar errado com Armando que tremia em seu terno caro.

— Pai o senhor está bem? Quer que eu chame ajuda.

— Filha... saiba que amo você e sua mãe! Eu fiz de tudo por essa família, mas eu falhei, me perdoe por favor, haja o que houver você precisa seguir meus comandos mesmo que eu não esteja por perto.

— Pai por que está chorando? O que está havendo?

Foram interrompidos pelo barulho da porta principal se abrindo, todos ficaram em pé para receber a noiva. Por sinal estava linda e deslumbrante, deixava muitas mulheres por ali com inveja. Aquela música tradicional da noiva parecia ser tocada por anjos e orquestrada por Deus, todos ali ficavam arrepiados com a melodia. Júlia ficou emocionada pois Andriele foi uma das únicas amigas que teve na cidade naqueles dois anos. O prefeito Joel estava orgulhoso levando sua filha ao altar, logo entregou sua querida e única filha ao noivo que emocionado derramava lágrimas!

Armando estava muito aflito e não tirava os olhos do celular como se estivesse esperando algo acontecer. O padre começou a falar:

— Queridos! Estamos aqui para celebrar esta união entre esses dois jovens que...

Um barulho alto como se algo tivesse estourado tomou conta do ambiente com um grande eco. O padre Caiu ao chão, uma histeria coletiva se formou ao perceberem que ele tinha sido alvejado na cabeça. Em seguida vários homens armados e fardados de preto entraram atirando em todas as direções. Júlia logo se jogou para baixo para se proteger assim como sua família, em um momento de curiosidade Júlia ergueu a cabeça para ver o que estava acontecendo, foi quando pode ver o noivo sendo assassinado a sangue frio com uma grande facada na garganta à frente de sua amada horrorizada, seu assassino era um homem muito estranho, usava roupas que pareciam ser tiradas de filmes antigos, uma capa preta e um chapéu, ele parecia ser o líder do ataque. O prefeito e a filha foram imobilizados, já o vice-prefeito Conrrado conseguiu sair escoltado pelos seguranças para fora. Armando puxou Júlia pelo braço e a arrastou por uma porta do lado junto a esposa e sobrinha.

Dentro da igreja os convidados eram executados um a um a sangue frio. Alguns eram mortos com tiros e outros com os pescoços cortados. Ninguém mais ali sairia de lá com vida.

Os tiros continuavam! Ao saírem da igreja a família de Júlia que estava assustada pode presenciar a chegada de alguns veículos com homens mascarados e trajados de preto saindo, como se estivessem em uma guerra.

Entraram com tudo no carro, Armando estava muito nervoso, antes de fechar a porta já saiu acelerando com tudo cantando pneu.

— Eu sabia, eu sabia que isto iria acontecer, tem que dar tempo – Dizia repetidamente nervoso.

— Armando o que está acontecendo, o que você sabe? – Questionou a esposa.

— Agora não é hora! Temos que chegar em casa, peguem comida e mais nada que não seja importante, temos que fugir daqui agora, o mais rápido possível!

— Pai como assim o que está me escondendo, estamos correndo perigo? – Perguntou Júlia preocupada.

Sem responder mais nada entrou com o carro dentro do jardim da casa sem abrir o portão.

— Vamos, façam o que mandei agora!

Enquanto todas as três mulheres faziam o que foi mandado Armando pegou uma barra de ferro e começou a quebrar seus vários computadores, parecia ser muito importante não deixar vestígios. Todos estavam pegando o estoque de comida quando ouviram um carro chegando e vozes por perto, Armando pegou Júlia e a mandou se esconder e não sair até ter certeza de que o perigo havia acabado, Júlia tinha uma espécie de porão no assoalho de seu quarto e logo foi entrando, mas antes perguntou do resto da família, Armando a empurrou a escada a baixo o que a levou perder os sentidos.

Algum tempo depois acordou um pouco descoordenada e confusa, assim que caiu a ficha do que havia acontecido subiu as escadas do quarto escuro e tentou escutar se ouvia algo, escutou algumas vozes que não eram de sua família.

— Então é isso Allan. Pegamos o Armando Reis, a Esposa Edna Reis, e a filha Júlia Reis, não falta ninguém, matamos todos!

Aquilo foi uma pontada no coração de Júlia, ela queria sair de lá e vingar-se mas sabia que não conseguiria, voltou a ouvir.

— Que coisa João. Me haviam dito que está tal de Júlia era muito gata, mas não vi muita coisa nela.

— Ah cale-se, você não reclamou quando estava por cima dela. Agora chega de perder tempo, temos mais algumas famílias para visitar, e não podemos demorar porque o chefe foi claro hein! Quer que sejamos rápidos! Vamos para os próximos da lista!

Assim que se foram Júlia saiu do esconderijo procurando sua família, a primeira a encontrar foi a pobre prima na cama, ensanguentada e violentada. Foi morta no lugar de Júlia por serem parecidas, Júlia se sentiu muito mal com aquilo e nem conseguia pensar direito, depois foi ao quarto dos pais onde viu sua mãe ao chão com o cabo do telefone enrolado no pescoço. Júlia já não podia mais com aquilo tudo, mas ainda faltava encontrar seu pai. Ao adentrar no escritório viu seu pai todo mutilado por vários ferimentos, mas ainda respirava, quando chegou perto para ajudar ele tentava dizer com muita dificuldade:

— Júlia, você tem que descer... tem que descer.

— Pai, precisamos chamar a polícia e tenho que te levar ao hospital!

— Não há tempo, desça! Tudo está lá! Desça.

— O que? Descer aonde pai? Respira devagar, eu preciso te levar até o carro...Pai? Meu Deus, não Pai, volta a falar comigo papai!

Armando não respirava mais, ele havia morrido deixando Júlia à beira de um colapso. Ela estava em choque sem entender o que acabara de ver. O que havia sido tudo aquilo? Aquela matança em um casamento que devia ter sido lindo? A sua família morta e a lista da qual os bandidos disseram? Aquilo foi ordem de quem?

Enquanto Júlia se perguntava isso, sua cabeça começou a doer de uma maneira estranha. Sua visão ficou turva, seus olhos começaram a sangrar assim como orelhas e nariz, ela começou a gritar como uma louca até que desmaiou caindo ao lado de seu pai morto.

Vinte quatro horas se passaram daquilo tudo. Júlia acordava bem, mas não entendia o que estava acontecendo, olhava para o pai morto, mas não o reconhecia, nem o ente querido nem a casa. Ficou totalmente errante pela casa até sair para rua sem lembrar de nada. Começou então uma caminhada a direção do nada e sem objetivo, as ruas estavam desertas, todos estavam entocados para dentro de casa, o que ouve no casamento todos já sabiam, e estavam encurralados pelo medo. Júlia andava por uma avenida que normalmente seria muito movimentada, mas naquele dia nem alma penada havia. Se tivesse pessoas por ali ficariam assustadas ao ver uma moça pálida fraca com um vestido todo sujo de sangue.

Enquanto andava na rua distraída não pode perceber um carro vindo em sua direção por suas costas. O impacto a arremessou a muitos metros. Júlia caiu desmaiada juntamente com fragmentos do para-brisa do carro que havia lhe atropelado.


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